Camp Hogwarts escrita por Drica O shea


Capítulo 7
The Indictment - Day 5


Notas iniciais do capítulo

Cara esse foi realmente rápido! Já escrevi até o final da história...#Poxavida
Genteeeeeeeeeeeeeeee 5 capítulos para o fim... #Choros. Por isso próximos capítulos serão lançados semanalmente! Feliz Ano Novo meus lindos!
Povo lindo, estou escrevendo duas fics, são elas: Garota Mimada(Jogos Vorazes) e Witches of Light Falls(Originais). Em ambas eu to precisando de 2 personagens mulheres! Ai eu pensei, será que se eu pedir aos meus leitores eles me ajudam?!
E aqui estou eu, alguém se candidata a aparecer nas fics?
Me mandem no privado, nome do personagem e suas características.
Por favor ajudem alguém desesperada!
Amo vocês demais!
Beijos

Boa Leitura
Nessie



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(Lílian)

Era a hora da competição de nado. O lago estava lotado e fazia um belo sol. Tive a oportunidade de notar todos ali presentes, inclusive Nate em suas muletas e Pontas, que estava na torcida dos Sharks, mas acenara para mim com um tímido sorriso, que eu retribuí. Tirei meu roupão, ajeitei minha touca horrível e chequei meus óculos de mergulho, subindo na marcação delimitada para cada nadadora e respirando fundo. Ouvi o apito ressoando e deixei que meus braços e pés fizessem todo o trabalho por mim: coloquei neles toda a força que existia dentro de mim e permiti que meu corpo fluísse com total rapidez e leveza dentro d’água. Controlei minha respiração e tentei não prestar muita atenção nas minhas oponentes, objetivando ficar o mais concentrada possível. No entanto, infelizmente permiti que a imagem um beijo com James invadisse minha mente involuntariamente e, no mesmo segundo, afastei-a de mim o quanto antes, porém tarde demais. Atravessei a linha que fora demarcada como linha de chegada, e pude notar, com pesar, que eu havia ficado em terceiro lugar. Os Sharks levaram mais uma vez, e aquilo me deixou ainda mais puta - eles iam me pagar... Assim que eu finalmente descobrisse a culpa dos garotos quanto ao acidente de Nate.

Após receber a medalha de bronze, decidi que era hora de colocar mais uma vez meu plano em ação, e dessa vez, era hora de apelar.

– Pontas! – Chamei-o enquanto eu corria esbaforida em sua direção – Posso te pedir um favor?

– Fala aí, Lily. – Pontas assentiu.

– Eu fui a primeira a sair do quarto, e as meninas o trancaram e minha chave ficou lá dentro. Não consigo encontrar nem Lene e nem Dorcas. – Menti. - Você se importa se eu tomar um banho no seu quarto? – Perguntei da maneira mais meiga e angelical possível. Notei que sua respiração ficou um pouco mais pesada. – Normalmente eu pediria a Luke, mas não sei onde ele está, você percebeu que ele anda sumindo muito ultimamente? – Inventei uma conversa fiada e ele concordou com a cabeça.

– Hum... Ok, Lily. Sem problemas.

Chegamos ao quarto em que os quatro garotos dividiam. Naquele quinto dia de estadia, o local que antes fora limpo e organizado mais parecia um chiqueiro. Era incrível de se observar como eles conseguiram transformar aquele lugar em sua casa: haviam colado na parede um cartaz ridículo que sei lá por que razão dizia “Recanto dos Guerreiros”, outro com a foto de um tubarão do filme de mesmo nome, sorrindo e mostrando os dentes, e uma foto da Angelina Jolie colada ao lado do cartaz. Não pude contar um sorriso ao ver aquela imagem, lembrando-me das calorosas discussões que sempre tive com Luke, dizendo que Jennifer Aniston era muito melhor que ela.

– Bem, vou deixar você a sós. Vou ficar na frente da porta te esperando... Caso o retardado do Almofadinhas queira entrar no banheiro sem bater antes, como ele sempre faz. – Pontas disse enquanto ia a caminho da porta. Antes que ele pudesse alcançá-la, eu o puxei pelo braço, trazendo seu corpo para junto do meu, questionando a mim mesma de onde eu havia tirado toda aquela audácia. Só sei que parecia algo natural. Pontas me olhou um pouco confuso, mas, como todo bom homem, deixou-se levar pelas minhas ações: eu sorria para ele sincera, de alguma forma sem pensar que tudo aquilo era somente parte de um fingimento. Ele trancou a porta, jogando a chave em cima de uma das camas e voltando até mim. Passei minha mão pelos cabelos sedosos do garoto, e senti suas mãos pousando em minhas costas. Inclinei meu rosto um pouco para o lado e colei meus lábios nos seus da maneira mais quente que havia feito até aquele momento, sentindo aquele toque que já começava a me parecer familiar. As mãos de Pontas rapidamente desceram pelas minhas costas e pararam, hesitantes, próximas ao meu quadril. Eu sentia toda a troca de calor dos nossos corpos e Pontas investindo cada vez mais em nosso beijo, com seus lábios descendo até meu pescoço, me fazendo mais uma vez inclinar a cabeça para o lado, de maneira que eu ofegava como reação a seu toque tão próximo, e isso acabava por estimulá-lo ainda mais. As mãos de James agora estavam na parte de dentro da minha blusa e roçavam minha cintura, tentando me trazer ainda mais perto, de um jeito que com certeza deixaria marcas vermelhas de suas mãos. No entanto, quando aquilo começava a ficar bom de verdade, o barulho de alguém tentando abrir a porta trancada fez com que nós nos afastássemos em uma fração de segundos, deixando nossa respiração completamente falha.

Pontas, ofegante, entre uma respiração e outra, me disse para tomar banho, enquanto ele seguraria quem quer que estivesse do lado fora. Pegou as chaves em cima da cama e saiu do quarto, me deixando sozinha, e eu voltei à realidade do por que estava ali: era a hora perfeita para procurar alguma prova, algo que pudesse finalmente me ajudar a descobrir se foram eles quem sacanearam Nate daquele jeito cretino. Liguei o chuveiro para que eles acreditassem que eu realmente estava no banho, e após jogar minha cabeça embaixo d’água para dar mais realidade em minha encenação (algo que não era muito necessário, pois meu cabelo já estava úmido pela prova de natação), troquei de roupa. Procurei pelo quarto todo, até mesmo embaixo dos colchões, mesmo sabendo que eles eram grandes demais para esconder qualquer coisa ali. Peguei a mochila que eu sabia ser de Luke e não encontrei nada ali, a não ser um belo estoque de camisinhas que quase me fez vomitar. Deduzi que a mochila de Pontas estava em cima da cama que ele jogara a chave do quarto quando trancara a porta. Depois de revirar todas as suas camisetas e até mesmo algumas cuecas que eu não sabia nem mesmo se estavam limpas ou não, eu estava prestes a desistir, até que olhei no bolso lateral da mochila. Aquele velho ditado de que as coisas sempre estão no ultimo lugar em que você procura fazia todo o sentido: passei as mãos por um objeto que fez meu coração parar. Tudo o que eu queria era sair dali e enfiar a porrada na cara de cada um, principalmente de Luke e Pontas, mas tentei ao máximo me controlar para não perder a razão. Se era verdade que os Sharks sempre ganhavam por conta do senhor Potter, então eu também mostraria ao pai de Pontas que sabia jogar sujo. Peguei o celular de Nate, guardei em meu bolso e saí em disparada para dar um fim naquela história toda.


(...)

– Isso é uma acusação muito séria, senhorita Evans. – Charles Potter, dono e coordenador do acampamento (e pai de Pontas), parecia absolutamente perplexo. – É difícil acreditar que Pontas e os garotos poderiam fazer uma coisa desse nível. Mas encontrar o celular de Nathaniel, logo na mochila dele... Realmente, é uma prova inegável. – Mande-os entrar, por favor.

Já era final de tarde, e eu e Lene havíamos chego à sala do senhor Potter no meio de uma crise histérica, com Nate em nosso encalço, tentando acompanhar com suas muletas nossas passadas furiosas. Antes mesmo de me ouvir, o coordenador mandou que buscassem Luke, Pontas, Almofadinhas e Aluado, e havia mais de meia hora que eles estavam esperando na recepção. A essa altura dos acontecimentos, todos os presentes no acampamento, menos os garotos, sabiam que eles estavam sendo acusados por mim de terem desacordado Nate e quebrado sua perna. Tudo o que faltava era a confissão e, todos os participantes de Camp Hogwarts – inclusive eu – aguardavam ansiosamente o desfecho daquela história. Eu estava com olheiras profundas e terrivelmente pálida. O choque por finalmente ter a prova concreta de que Lene e Dorcas estavam certas em suas desconfianças me atingiu em cheio. Eu não comia nada desde o almoço e meu estômago doía devido à ansiedade.
Os garotos entraram, curiosos por não saber o que estava acontecendo. Mantive meus olhos em Aluado, que de todos era o mais neutro para mim. Se olhasse para meu irmão ou Pontas, provavelmente cortaria suas gargantas com o primeiro objeto que aparecesse na minha frente. Ou desabaria esgotada logo de uma vez. Depois das confissões da noite passada, eu simplesmente não conseguia acreditar que Pontas foi realmente capaz de fazer tudo aquilo comigo.

– Meninos... Filho. – Charles Potter mal era capaz de esconder sua total surpresa. – Lílian Evans apareceu em meu escritório hoje com uma grande acusação. Vocês por acaso sabem o que é isso? – Estendeu o celular de Nate, desligado.

Almofadinhas achou graça.

– Um celular, ué. As pessoas geralmente usam pra fazer ligações e mandar mensagem, Charles. Achei que fosse do seu tempo. – Ele riu.

– Sirius, ao contrário do que você pensa, eu sei muito bem o que é um celular. – Ele respondeu secamente, enquanto eu apenas olhava para Nate. Ele encarava os quatro garotos sem expressão alguma. – O que eu quero saber é por que o celular de Nathaniel Grantt estava dentro da sua mochila, Pontas.

Pontas arregalou os olhos, enquanto os outros três olhavam para ele, também assustados.
– O quê? Não, só pode ser algum engano. E-Eu nunca vi esse celular na minha frente. – Ele começara a gaguejar. - Quem disse que ele estava comigo? É sério, eu não sei do que vocês estão falando e...

Eu vi. – Disse, minha voz soando mais firme do que eu pensei que sairia. – Eu mexi na sua mochila, Pontas. Logo depois que você saiu do quarto, e lá estava o celular. Nate disse que não o via desde quando tudo aquilo aconteceu, e então ele magicamente apareceu dentro das suas coisas. Engraçado, né? – Eu ironizei, aflita.

– Eu não sei como isso aconteceu, pai, mas eu juro que não fiz nada! – Ele ergueu as mãos para o alto, como se estivesse tentando se inocentar.

– Vou dizer como isso aconteceu. – Lene se levantou e tomou a palavra. – Tudo começou quando eu escutei uma conversa entre vocês no refeitório. Estavam falando sobre Nate. E sobre alguma coisa que iriam fazer com ele. Ao que tudo indica, Luke estava comandando alguma espécie de plano. Almofadinhas a princípio não entendeu muito bem, e nem eu.

“Cara, eu ainda não entendi nada disso aí que vocês estão falando. Explica de novo.” Almofadinhas coçava a cabeça enquanto Pontas se sentava ao seu lado.
“Caralho, Almofadinhas, foi seu cérebro na privada hoje de manhã?” Aluado perguntou a Almofadinhas.
“Sirius, coloque a massa cinzenta para trabalhar. Não tem erro. Eu só quero conversar. Procedimento padrão.” – Luke explicou.


– Pensei que era coisa da minha cabeça, mas um dia depois Dorcas me contou que escutou Luke e Pontas conversando. Mais uma vez vocês discutiam sobre Nate.

“ Relaxa, Pontas. Eu não me preocuparia tanto com ele se fosse você.” Luke sorriu estranho.

– No outro dia, durante o jogo dos Tigers, Almofadinhas e Luke estavam numa discussão inflamada sobre Nate. Como eu sei? Porque apontavam para ele durante o jogo inteiro. Ah, e tem mais: após o jogo, vocês ficaram totalmente putos com o talento de Nate, e sabiam que não tinham chance contra ele no jogo de futebol. Por isso decidiram colocar o tal plano secreto em prática. Mas precisavam tirar Lílian de vista, não é mesmo? – Lene cruzou os braços, parecendo uma detetive chegando no fim de um mistério. – Ela era a única que podia querer procurar por Nate durante a noite. Então, quando Lily apareceu para conversar com Pontas depois do jogo, não havia nada mais apropriado do que marcar uma conversa para mais tarde. E, enquanto ele a entretia com alguma conversa furada, provavelmente aconteceu o seguinte: vocês, de alguma forma, doparam Nate e o desacordaram. Levaram ele até aquele lugar completamente do nada e viraram o banco em cima da perna dele. Não é tão difícil fazer isso em três, Lily me contou que o próprio Pontas conseguiu removê-lo sozinho. Parte da encenação, é claro.

Marlene Mckinnon era horrivelmente boa com as palavras.

– Vocês souberam muito bem até mesmo onde colocar Nate. Afinal, se deixassem ele daquele jeito a noite toda, era provável que aquele banco prendesse a circulação de Nate, e o estrago seria ainda maior. Só precisavam inviabilizar a perna por uns dias, até o final do acampamento, mais que isso não era necessário, não é? Então o colocaram bem no meio do caminho que Lílian faz para voltar do lago até seu quarto, para que ela o visse propositalmente, e Pontas aparecesse como o bom herói que salvou Nate de uma paralisia ou sei lá o que. E não vamos esquecer do celular. – Ela dava um sorriso triste, como se odiasse o que estivesse fazendo, mas era necessário. - Eu aposto que, se Nate ligá-lo e o desbloquear, vamos encontrar uma ligação de um dos quatro, provavelmente combinando um encontro para o mesmo horário em que Lily saiu com Pontas. E isso não poderia acontecer nunca, estragaria todo o plano de vocês. Não conseguiram descobrir a senha de bloqueio de Nate, e é um celular caro demais para se destruir. Então o guardaram, pensando que nunca ninguém o encontraria. Mas nós somos mais espertos. Você trouxe o carregador, Nate?

Ele assentiu, totalmente em choque com as palavras de Lene, assim como todas as pessoas naquela sala, inclusive os garotos, pálidos como neve, mas em silêncio total e completo. Com sua narração, tudo pareceu ainda mais perfeito, ainda mais bem bolado. Nate conectou o carregador em uma tomada, e em questão de segundos o celular revivia. Assim que digitou a senha, Lene tomou o aparelho para si. Acessou as chamadas recebidas e, tão de repente quanto tirou o celular das mãos de Nate, deixou-o cair no chão.

– Sirius... – Ela o olhou, os olhos enormes ficando vermelhos. – Eu conheço seu número de longe. A última chamada aqui é sua, Sirius.

Era isso. Não havia mais o que dizer. Meus olhos ficaram chorosos, sentia meu nariz trancar com as lágrimas vindo.

– Como você pôde? – Olhei para Pontas, indignada. – Como você pôde? – Dessa vez, olhei para Luke.
O primeiro a se pronunciar foi ele.

– Não é o que parece... – Sua voz saía fraca. – Nate, você não se lembra? – Ele negou com a cabeça, fazendo Luke se desesperar ainda mais. Tudo isso que você falou, Lene, todas essas conversas estranhas e diálogos secretos... Eu só... – Ele tentava encontrar palavras. – Era um plano, sim. Mas não esse que você está pensando. Nós nunca machucaríamos Nate. Eu só queria ter uma... Conversa de irmão com ele. – O olhei, perplexa. – Queria conversar seriamente com o namorado da minha irmã, como nos filmes, em que eu o ameaçava para que cuidasse bem de você, Lily. Aquelas que papai sempre disse que teria, mas você o conhece, ele não consegue ser bravo com ninguém. Chamei os garotos para me ajudar, e nós ligamos para Nate para que nos encontrasse no refeitório. Estava vazio. Antes que eu me esqueça: Pontas nem sabia do que estávamos falando, ele nunca chegava a tempo ou prestava atenção o suficiente para acompanhar o andamento das coisas. Na hora, chegou até a ser engraçado, Almofadinhas e Aluado ficaram atrás de mim enquanto eu falava com ele, de braços cruzados, forçando o muque e com cara de guarda-costas. Mas foi isso que aconteceu. Só isso, eu juro. Depois ele foi embora, e cada um de nós foi para seu canto. Eu fui o primeiro a chegar ao quarto, e já era bem tarde. Fiquei puto porque algum desses idiotas havia deixado a chave pro lado de fora, e depois descobri que tinha sido Pontas, que saiu às pressas para encontrar Lily. – Ele olhou para Nate, desesperado. – Você não lembra de absolutamente nada do que aconteceu?

Nate cruzou os braços, sério, obviamente não sabendo se acreditava muito bem naquilo.

– Foi mal, cara. Seja lá o que aconteceu, eu apaguei mesmo. Não lembro de nada depois que cheguei no meu quarto no final da tarde.

Charles Potter, que estava durante todos aqueles discursos tapando a boca com as mãos, absolutamente impressionado, resolveu se pronunciar.

– Tudo bem, garotos. Já que essa é a versão de vocês, e que, segundo Luke, “cada um de vocês foi para seu canto”, onde vocês três estavam? Com quem estavam? Sabemos que James estava com Lily, mas ao que tudo indica ele só estava cumprindo o papel dele de mantê-la longe do garoto. – Ele olhou para o filho, suplicante. – Eu preciso de seus álibis.

Os três olharam para baixo, perdidos. Almofadinhas e Luke olharam para Pontas, que os observou curioso. Passaram longos segundos em silêncio, sem pronunciar uma palavra.

– Não podemos dizer. Por razões pessoais. – Disse Aluado em nome de Luke, ele e Almofadinhas.
Era isso. Eles eram os culpados, afinal de contas. O senhor Potter soltou os ombros, cansado de tudo aquilo, e também convencido, como todos os outros.

– Então vocês não me deixam outra escolha. – Ele se sentou na cadeira reclinável, colocando os cotovelos em sua mesa. – A não ser expulsá-los, definitivamente e sem possibilidade alguma de retorno, do acampamento. Todos vocês. E quando voltarmos à cidade, o mais sensato seria Nathaniel procurar um advogado. Vocês precisam indenizá-lo por essa brincadeira sem graça, e em dinheiro. Estão com sorte que provavelmente não serão presos. – Ele suspirou, e os garotos começaram a protestar, dando socos na mesa do pai de James e cada um implorando e tentando se inocentar. Mas nada que eles dissessem poderia negar aquela situação.

A não ser três batidas na porta, seguidas pela entrada da dupla mais estranha já vista em Camp Hogwarts: Dorcas, dos Tigers, e Lauryn Woods, dos Sharks. Aquela garota que partira o coração de Pontas.

– Com licença, senhor Potter. – Dorcs pediu, com um sorriso tímido enquanto absolutamente todos as olhavam, confusos e intrigados. – Mas é hora de mais explicações.

Elas se posicionaram no meio de toda aquela confusão. Lauryn foi a primeira a se pronunciar.

– Fiquei sabendo dessas acusações aos garotos e... Queria dizer uma coisa. – Ela olhou para Pontas, com aquela cara de pena que ele havia me dito. Era realmente entristecedor. – Luke definitivamente não está envolvido nisso. – Ela afirmou, segura de si mesma. – Ele estava comigo no horário em que tudo aconteceu. E nós estamos juntos há algum tempo. Posso provar.

Ai. Meu. Deus.

– O quê?! – Eu perguntei, ainda mais chocada do que quando Lene descobriu a chamada de Almofadinhas no celular de Nate. – Você é o garoto de quem ela gostava quando terminou com Pontas? Você, Luke?
Ele cerrou os lábios, ainda mais desesperado. Então esse era o motivo pelo qual ele não podia dizer onde estava. Porque estava com a garota de Pontas. Acho que eu ia desmaiar a qualquer segundo. Ele olhou para Pontas com as sobrancelhas franzidas de pânico.

– Me desculpa, cara. – Ele pediu, mas Pontas se limitou a cerrar os punhos, visivelmente muito irritado. Nem ao menos olhou para meu irmão. Almofadinhas se movimentou para ficar no meio dos dois, evitando qualquer tipo de conflito previsível.

– É por isso que você andava sumido, então. E quando conversamos na festa, eu perguntei onde você estava e você desconversou. Estava com Lauryn. É claro. – Pontas trincou o maxilar duramente, ainda não mantendo contato visual algum com Luke.

Dorcas decidiu distrair os garotos – e todos os presentes, extremamente chocados e curiosos - daquela situação, lançando mais uma grande fofoca no ar.

– E eu estava com Aluado. – Ela deu de ombros. Sua novidade não era tão chocante quanto a de Lauryn para alguns, mas eu e Lene estávamos quase tendo um ataque epilético.

– Então é por isso que você ficava insistindo que a gente não podia acusar todos eles! Porque você sabia que um deles era inocente... Inocente até demais, ao contrário de você! – Lene apontou, nervosa.

– Quando você pretendia contar isso pra gente, assim, só pra saber? – Perguntei, incrédula. – Sua safada!

Ela apenas deu uma risada nervosa.

– Não pensei que vocês encontrariam provas contra os garotos, então pretendia levar isso comigo ao túmulo. – Ela deu de ombros. – Afinal, foi só uma vez. Não vai acontecer de novo. Não tinha por que contar de um pequeno deslize. Vocês também me escondem coisas! – Ela protestou.

– Que seja. Mas e Almofadinhas? – Lene perguntou, frustrada porque só seu garoto não tinha uma desculpa.

– Eu... – Ele olhou para Lauryn, e depois para Pontas. – Acho que não tem mais problema eu falar qualquer coisa, né? Eu estava vigiando Pontas e Lily. Para que ele não pegasse Luke e Lauryn no flagra. Estava ali, escondido entre as árvores na beira do lago, olhando vocês.

– Você sabia disso tudo desde o começo? – Pontas trincou o maxilar de novo, ficando cada vez mais incomodado.

– Nós sabíamos. Não era só ele. – Aluado protegeu o amigo, deixando Pontas ainda mais puto e com aparência ainda mais violenta.

– Ok, Sirius, mas quem garante que você não acabou de inventar isso para se aproveitar da situação entre James e Luke e encontrar uma desculpa? – O senhor Potter perguntou.

– Eu... Eles podem provar que eu estava lá. – Ele olhou pra mim. – Você chegou primeiro, Lílian. E Pontas veio por trás, fingindo que ia te derrubar na água, mas te segurou. Depois de muito tempo em silêncio, depois começaram a conversar e não pararam mais. Quer dizer, até que... – Ai não. Ele ia falar. – Até que Pontas beijou a Lily. E depois beijou mais uma vez. – É sério, eu ia socar Sirius Black no meio daquela carinha idiota dele. - E depois ela se levantou do nada, foi embora, e eu escutei algum barulho estranho e agudo, e logo depois Pontas saiu correndo.

Você beijou Pontas? – Dorcas estava horrorizada. – E depois quer falar de mim? – Ela começou a rir. Como ela sempre conseguia levar as coisas numa boa?

– Lily! – Lene gritou, desesperada, enquanto Nate apenas levantou-se, com as sobrancelhas franzidas e extremamente chateado.

– Achei que esse seu plano era pra valer, e não um pretexto idiota para continuar beijando James Potter na minha frente. – Ele cuspiu, amargo, e olhou para o coordenador, ainda sentado em sua mesa, abanando-se com uma folha de papel. – Acho que ficou claro que ninguém aqui é culpado de nada. A não ser de serem péssimos amigos e namorada. Ou quase namorada. – Ele me olhou com os olhos cerrados. Claro que ele tinha de frisar na frente de todo mundo que não estávamos namorando.

– Plano? – Pontas questionou? – Que plano?

– Lily queria se aproximar de você para tentar descobrir algo sobre o acidente. É claro que a tentativa deu completamente errado, como podemos perceber. Mas eu penso que deu certo até demais. – Nate revelou, saindo da sala mancando em suas muletas, e eu queria espancá-lo até a morte.

– É claro. – Pontas consentiu com a cabeça, trincando ainda mais o maxilar. – Como eu poderia esperar algo diferente de Lílian Evans? Você não é diferente de Lauryn, se chegou a pensar isso alguma vez. Você é pior. Seu nível é o mais baixo que eu já conheci. Só não é pior do que vocês. – Ele encarou os garotos uma ultima vez e também saiu da sala.

Um silêncio se instalou no ar até Almofadinhas quebrá-lo.

– E você? – Olhou para Lene. – É tão difícil assim vir conversar comigo antes de me acusar de ter quebrado a perna de um cara? – Ele também fez sua saída dramática, sendo seguido por Lene, que tentava puxá-lo pelos ombros, chamando-o chorosa.

Luke foi o próximo a sair, junto com Lauryn, discutindo alguma coisa num tom de voz tão baixo que ninguém conseguia escutá-los. E logo depois, Dorcas e Aluado, separados e em total e absoluto silêncio.

Sobramos eu e o senhor Potter.

– Pensei que quando vocês crescessem esses dramas de criança se encerrariam. Acho que estava enganado. Acabamos por hoje, Lily. – Ele disse, me tocando para fora da sala e fechando a porta em minha cara.

A minha última reação do dia fora sentar no chão da recepção do acampamento e chorar toda a porcentagem de água de meu corpo, sentindo uma dor de cabeça explosiva, principalmente por baixo do maldito curativo. O resto da noite foi vivido na mais total e completa dormência emocional.


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Notas finais do capítulo

Lily meu amor tem que pensar antes de agir querida.

Comentem por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E não se esqueçam do que eu pedi pra você nas notas iniciais.
Beijos

Nessie



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