-Bom dia Sheldon!- Era um dia normal para Amy quando veio à ideia de falar com Sheldon pelo telefone, sua incerteza ainda evidente em seu tom animado, não tinham se falado desde sexta quando tiveram a mais intensa de suas seções “amasso” no sofá, já era domingo. Alem do mais, teve a briga.

-Bom dia Amy! Percebo que este não é o seu horário habitual para ligações. - Sheldon não demonstrava aflição em sua voz, embora por dentro uma grossa camada disso o afligia.

-Realmente, eu apenas queria ouvir sua voz. –Ela sentiu a respiração de Sheldon mudar, era sinal que ele exibia um sorriso.

-Gratificante, é concluível que minha voz é um doce, por isso o desejo de ouvi-la. – O modo como ele falada a deixava quente, era a mais pura verdade que, quando Sheldon recebia elogios, sua voz era direcionada para o famoso sotaque texano, irresistível.

-Esta certo Doutor Cooper. – Ela inesperadamente resolveu se soltar, não sabia se era devido a ultima noite ou se apenas ponderou a ideia do quão gratificando chama-lo assim iria ser, sabendo que ele sentia o mesmo.

-Eu sempre estou... Doutora Fowler. – Ele deixou as ultimas palavras saírem como um ruído, consciente do que estava provocando.

-Você esta pensando no que discutimos sexta? – Ela estava se referindo as fantasias que tinham prometido escolher para a festa de Stuart, o tema tinha sido tão intenso na escolha de peças apropriadas e não apropriadas... é claro que o que ocorreu depois veio em sua mente em primeiro lugar.

-Eu continuo com a ideia do Spock Amy, você sabe como ele combina comigo... - “Errado” pensou Amy “Spock não tem impulsos como você!”, Sheldon riu inesperadamente. -Mas ele continua sendo parecido comigo em outras coisas.

Ela quase derrubou o celular ao perceber que tinha falado aquilo em voz alta, de repente corando furiosamente, pelo que sentia Sheldon não parecia estar chateado, ele tinha percebido que fora por querer e estava rindo.

-Você parece bem no traje de enfermeira....teve uma vez que Spock estava enfrentando pon farr e atacou a enfermeira, bom, atacou não é bem a palavra por que afinal era ela que já estava jogada em cima dele mas mesmo assim.- Ela soltou uma respiração profunda. – O que eu quero dizer é que se me vestir de Spock vai ter pelo menos um episódio onde eu combine inteiramente com ele... só uma parte de um episódio mas...

-Eu não estava praticamente jogada em cima de você sexta!- Ela bufou, ele esbugalhou os olhos.

-Não foi isso que eu quis dizer, a enfermeira era apaixonada por Spock e quando ele entrou em por farr ela viu uma oportunidade de ele aceita-la.

-Eu não iria me aproveitar de você!

-Foi ele que se jogou em cima dela ok? - Sheldon bufou um pouco desanimado.

-Não! Você me comparou com uma louca apaixonada por um cara que não tem sentimento algum por ela, Spock não se sentia atraído pela enfermeira, ele gostava da Uhura porque ela não era uma louca sentimental, pelo amor Sheldon, tem vários filmes sobre isso.

-Quando exatamente você aprendeu sobre isso? – O orgulho saia em sua voz.

-Eu escuto você..

-Você não é a enfermeira Chapel....

-Não sou e nem você é o Spock, pode até ser o flash ou o homem de ferro ou o Batman, mas não o Spock.

-Isso é quente. - Sheldon não teve controle do que falou, saiu tao verdadeiramente que chegou a dar choque.

-O que? - Amy podia dizer que tinha recebido o choque também.

-Nada.

-É quente quando eu falo esses nomes para você? – Ela pode sentir mesmo através do celular eu ele assentia levemente com a cabeça. - Super.- Homem, Coringa....Hulk..

-Hm....

-Então é quente para você eu falar nomes de personagens, mas não é quente me beijar na sexta. – Amy revirou os olhos para o típico Sheldon.

-Por que você acha que não é quente te beijar? – Ele estava com os ouvidos grudados no telefone, intrigado com a conversa.

-Você parou e saiu correndo.

-É claro! Estávamos indo rápido demais! – Sheldon se afastou um pouco e bufou.

-Não era rápido...foi apenas fora do comum e então você saiu correndo, eu sei que você gostou.

-Amy, eu não podia continuar lá.

-Por que?? - Ela chegou a quase gritar no telefone.

-Você esta onde?

-Em casa...

-Espere eu vou sair da vista de pessoas.- Ele morambidou para seu quarto. – Pronto.

-Pode me responder?

-Não quero, é vergonhoso e humilhante. - Amy sentiu a pontada de tristeza.

-Você acha que o que estávamos fazendo é vergonhoso?

-NÃO! Não é isso.

-Então o que é?

-Vai mesmo me fazer disser?

-Vou! Fale logo.

-Eu...eu sai por que...estava sofrendo de algo que poderia assusta-la. - Ele não acreditava que estava confessando aquilo, como foi péssimo o trabalho de guardar para si.

-Tipo o que?

-Verdade? Você não entendeu?

-Bom..eu era...eu não estava conseguindo....hm....eu ia..

-Ah...

-É...

-Que droga, você não deveria ter saído, isso é normal.

-Isso iria te assustar.

-Não iria me assustar...muito.

-Eu estou falando, iria te assustar sim.

-Não queria que você tivesse ido embora.

-Me desculpe. - Ele abaixou a cabeça.

-Ok...Você sentiu esses impulso quando estava me beijando?

-Amy...

-Quando minha boca estava na sua...devagar....quando você levemente abriu...você sentiu?

-Não...

-Então foi mais longe?

-Por favor..

-Foi quando você começou a me puxar para seu colo? Foi quando nossas pernas se entrelaçaram? É claro, foi nesse ponto que você fugiu.

-Foi.

-Pensou no que aconteceria se não tivesse fugido? – A voz castra de Amy aguçou Sheldon.

-Como assim? – Ele achava que sabia do que ela estava falando, Amy sabia que sim.

-Você poderia ter continuado ali, enquanto nos beijávamos e esfregávamos nossas pernas...então eu me mudaria para beijar o seu pescoço...e seu peito e sua orelha e..seu umbigo. – Sheldon tremeu enquanto escutava sua voz, tentando no ouvir seus pensamentos. Ela tinha que parar.

-Amy... – Ela fechou os olhos um pouco enfurecidos, era verdade que aquela atitude seria derivada somente do fato de ela estar brava por sexta.

-Não, você quer ser Spock não é? Spock aguenta qualquer tipo de provocação reprimindo os sentimentos com a técnica de kolinar..

-Eu não quero ser Spock... – Sheldon suplicou, é claro que ele queria mas dizer que não pareceu apropriado no momento.

-E eu não quero ser a enfermeira Chapel.! !

-Mas a festa... – Eles pararam de falar e ficaram ouvindo a respiração mutua por um tempo.

-Você estava com as mãos na minha cintura...você poderia subir elas não é? Você estaria tão envolvido no beijo em sua barriga que nem sentiria suas mãos se movendo para o meu..

-Você quer parar com isso!!!

-Não! – Ele sentiu o tom severo em sua voz, por mais que quisesse ficar irritado com aquilo tudo o que saia era um pedaço de desejo, Sheldon nem podia imaginar que Amy estava igual.

-Suas mãos estavam seguindo o trilho de minha cintura até chegarem a seu destino, um suspiro inaudível de sua boca foge enquanto meu rastro de beijos desse mais ainda... – Ela parou para receber uma resposta de Sheldon, ao longo da linha tudo o que se ouvia era sua respiração acelerada. – Você sabe que eu estou chegando perto...estamos deitados e todo o meu corpo esta pressionado ao seu.

-Já chega você já pode parar. – O efeito da fala de Sheldon saiu totalmente ao contrario do que ele queria, seria ele implorando por mais? Um homem da ciência vai perder seu próprio tom de voz só porque sua namorada esta falando quente do outro lado do telefone? De qualquer jeito, era melhor trancar a porta do quarto.

-Eu não quero.. – Amy não entendia como a voz pode sair daquele timbre, era um tão novo para ela, talvez o barulho da porta sendo trancada tivesse a deixado louca. Seu olhar no mínimo dizia que sim. – Eu tiro as minhas mãos de sua cintura e subo para debaixo da camisa, qual retiro usando o que resta da minha força, suas mãos são amassadas embaixo de mim com o movimento.

Sheldon estava corado. Olhando para sua imagem em um pequeno espelho, ele tinha que agradecer por Amy não estar lá o vendo assim. Na verdade, uma parte de seu corpo queria muito que Amy estivesse ali, seria duro reprimir aquilo em tais circunstancias.

-Você deve retirar a camisa também. – Amy ouviu sua ordem um pouco assustada pelo rumo das coisas, ela sabia que ele com uma frase tinha tomado a frente, levando seu jogo mais além ela retira devagar sua camisa, sabendo que Sheldon esta ouvindo seus movimentos.

-Tudo bem, eu retirei. – Amy deu um largo sorriso malicioso para si mesma pensando em como deve estar o resto de Sheldon naquele momento. –Sua vez.

-Você fica parada e para de tocar em mim. – Sheldon não ficou intimidado, ele tinha consciência de que era aquilo que ela queria, e ele não estaria disposto a dar a ele, ele estava no jogo. – Eu mando você retirar a saia.

-Você faz? – Ela fica bêbada com sua reação, aquilo era demais para ser verdade.

-Sim e você obedece. – O sorriso gordo sai de Sheldon quando a sensação de estar vencendo isso o sobe, ou talvez outra coisa.

-Não, eu não retiro minha saia, em vez disso, eu me jogo ao seu encontro e puxo sua cabeça para beija-lo. – Amy entendeu o desafio, ela tinha vindo com um comentário potente, mas sua boca soltou apenas beija-lo, é claro que ela queria fazer muito mais, é claro que ela estava com vergonha.

-Se não me obedecer eu não vou te beijar de volta. – Sheldon usa a voz mais sedutora que tem, não que ele tivesse consciência de estar fazendo isso.

-Não vou retirar a saia. – Amy sussurra, uau ela queria mesmo retirar a saia.

-Tente lembrar que eu poderia ter sussurrado em seu ouvido que quero muito ver você. – Sheldon estava perdido nas novas sensações que dominavam seu corpo, não era mais a vontade de vencê-la no próprio jogo, era uma coisa muito maior.

-Uhum. – Amy fechava os olhos e se via naquela cena maravilhosa, Sheldon poderia fazer qualquer coisa com ela que ela concordaria com a cabeça.

-E agora eu retirei a sua saia.

-Sim, você fez. Você a retirou a eu peço para que deite, não vou esperar você responder, eu quero morder o seu pescoço, e eu faço. Você sente todos os calafrios? Isso é as minhas mãos arranhando suas costas nuas, você gosta e geme, eu me aperto mais ao ser corpo. – Sheldon sorriu como ela tinha voltado, descrevendo aquelas coisas que o deixavam com vontade de explodir.

-Eu balanço contra você.. – Sim, era com certeza o que ele queria fazer agora.

-E nós continuamos nisso – Amy suspira. - ..Eu não quero que pare.

-Eu não vou parar. - As respirações são profundas enquanto os dois estão de olhos fechados imaginando a cena, nunca tinham estado íntimos daquele jeito, era tao estranho e gratificante.

-Isso é... - Amy deixou sair incompleto, ele sabia exatamente o que era.

-Eu te amo. - Sheldon deixou escapar, ele queria tanto dizer aquilo, parecia quase uma necessidade no momento.

-Eu também te amo. - Ela se emocionou com o sentimento.

-Não vamos nos fantasiar de Spock e Enfermeira Chapel Amy. - Sheldon cedeu a ela, ele cederia tudo a ela, e ela estava conseguindo isso.

-Obrigada.

-Eu que agradeço... - Os dois sorriram. Espera, do que exatamente ele estava agradecendo?

-Quer vir amanha para pensarmos em outra fantasia?

-Sim. - O entusiasmo com a ideia fez os dois rirem.

-Legal. – Amy deu um sorriso ainda em exaustão ou talvez fosse o choque.

-Muito. – Ela ouvia sua implicação se perguntando novamente a que ele estava se referindo, alias a que ela estava se referindo?

A ligação é desligada por Sheldon, que por um bom tempo iria continuar com as cenas em sua cabeça. Podia ser estranho e novo para eles, mas também foi a coisa mais emocionante que fizera, a verdade seja dita, ele estava ansioso para fazer aquilo de novo.

E sobre a fantasia? Hm...Amy ficaria bem de Mulher Gata. Ele tinha que discutir essa possibilidade com ela no dia seguinte.

Aquilo seria totalmente difícil de parar.