O Filho do Juiz escrita por Cigano


Capítulo 44
Capitulo 44 - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, queria dizer muito obrigado a todos os que acompanharam, comentaram, favoritaram e os que acessaram a história. muito obrigado por me ajudarem a criar essa minha primeira historia. e com vocês, o último capítulo do Filho do Juiz.
Muito Obrigado pelo apoio e até a próxima.



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15 ANOS DEPOIS

Los Angeles

Mitchell Alex Campbell era o herdeiro de 23 anos da famosa e rica família Campbell, que atuava no ramo da justiça a várias gerações, conseguindo maior prestigio do que a grande família irlandesa O’ Connell. Mas depois da trágica morte do herdeiro dos O ’Connell o nome foi lentamente se apagando das colunas sociais até que foram esquecidos e se mudaram para seu país de origem, Irlanda para viver pacatamente já na velhice. Como era o jovem Campbell? Muito convencido e arrogante, fazendo uso do dinheiro da família a torto e a direito como bem quisesse e tudo o que queria era só pedir. Sua aparência você pode se perguntar? Mitchell era um jovem bonito e sedutor que sempre conseguia que todas as mulheres caíssem aos seus pés sem fazer muito esforço de sua própria parte. Cabelos pretos curtos e sedosos que brilhavam mesmo sem ser iluminado pela luz, olho da cor de mel, pele branca bronzeada do sol da praia. Musculoso e muito bem definida que ele fazia questão de exibir a todas as mulheres que passavam por ele com suas regatas super apertadas que moldavam completamente seu peitoral incrível que faziam as mulheres olharem com desejo até encontrar seus olhos de mel, sua boca sedutora naquele rosto belo e másculo que se jogavam literalmente, em seus braços.

Ele também era muito inteligente considerado quase um novo gênio nas leis da justiça, e por isso tinha se formado dois anos antes, e exercia o cargo de juiz que ele conseguiu ao atuar brilhantemente como advogado logo após sua formatura. Mas nem tudo eram flores para Mitchell pois sofria pesadelos terríveis com uma guerra sangrenta e assustadora onde deuses, magos, criaturas diabólicas lutavam entre si e contra um homem da mesma altura que ele de pele meio escura bronzeada, olhos tão dourados como uma moeda, e forte como um touro. No final, num golpe de covardia de uma sombra para proteger uma garota o homem atirou-se na frente para protegê-la e morreu cercado por varias pessoas. E em especial uma delas, lhe chamou muita atenção por lhe dar a sensação de que era muito familiar. Longos cabelos loiros quase prateados, olhos azuis que estavam vermelhos de tanto chorar. Pele branca como a neve, corpo pequeno e forte, porem muito sensual trajando uma armadura branca e dourada que estava limpa como se nunca tivesse estado em batalha.

Ao ouvi-la gritar o nome do homem que estava em seus braços, seu coração se contraiu por um momento de dor e desespero para confortá-la o que era loucura se ele nem a conhecia, e uma dor de cabeça muito forte ao lembrar o nome que ela gritava: Mikael.

Mitchell tinha o mesmo pesadelo todas as noites desde que era pequeno, e nunca descobriu o porque. Tinha ido a vários médicos, tomado vários remédios, passaram por vários tratamentos para se livrar disso, mas só conseguiu acalmar um pouco a dor.

Ele pensava tudo isso enquanto chegava em casa, depois de um dia inteiro no tribunal e ia para o chuveiro tirando as roupas e deixando pelo caminho no quarto. Entrou no boxe, ligou o chuveiro e deixou a água quente relaxar sua mente e seu corpo. Após vários minutos enquanto relaxava sob o chuveiro e na banheira luxuosa, ele decidiu sair enrolado numa toalha de caxemira branca, e saiu com o torso nu em seu quarto bagunçado. Para alguém que ditava ordens aos outros, seu quarto não era muito organizado e ele preferia assim. Tirou a toalha e jogou no cesto no canto do quarto acertando em cheio. Somente com uma boxer branca como pijama, pulou na cama, puxou o lençol por cima dele, e torceu para ter bons sonhos e adormeceu.

Numa certa casa num bairro nobre de Los Angeles, vivia uma família grande de sete pessoas numa imensa mansão branca. Nos jardins se ouvia o barulho das crianças ao brincarem e dos irmãos mais velhos reclamando do barulho que elas faziam. Seus pais observavam de uma varanda que tinha três cadeiras de balanço onde estavam sentados, um casal que aparentava ter uns 43 anos já apresentando alguns fios brancos na cabeleira de bronze, e caramelo do homem e da mulher ali sentados que já exibiam algumas rugas da idade. Ao seu lado estava uma mulher um pouco mais jovem de uns 38 anos, de cabelos loiros e olhos azuis que já mostrava algum sinal da idade com alguns fios brancos que a deixava ainda mais bonita.

– Victória e Alex parem de implicar com seus primos. – disse a mulher de olhos azuis que estava a tricotar um cachecol para seus sobrinhos já que o inverno estava chegando.

– Deixa Freya são crianças. – disse Alex ao lado de sua esposa Victoriya.

– Nada disso. Só porque estão mais crescidinhos, não vou deixa-los com ego inflado por serem maiores. – disse Freya com um sorriso.

Victoriya ao ouvir isso deu uma risadinha ao lembrar como a cunhada e amiga era quando era só um pouco mais velha do que eles, e sorriu com saudade daquele que eles esperaram tanto encontrar mais desistiram depois de tanto tempo.

– Você está pensando nele não está? – perguntou Freya com um sorriso sereno ao lembrar-se de seu finado marido que há muito tempo falecera e ainda não tinham encontrado sua reencarnação.

– Estou. Já faz tanto tempo que esperamos encontrar alguém que lembre ele, que talvez ele não tenha renascido nesse tempo. – disse Vicky meio abatida.

– Talvez só não tenhamos procurado direito. Freya antes de me conhecer, você foi a primeira que ele abriu seu coração e contou seus maiores desejos para quando acabasse a luta. O que ele disse exatamente que era esse desejo? – perguntou Alex numa voz cansada.

– Bem ele disse que seu maior desejo, era viver comigo num lugar pacifico exercendo sua profi... – parou Freya no meio da frase quando teve uma epifania de onde poderia encontra-lo e sorriu para espanto dos dois que a esperavam.

– O que foi Freya? Lembrou-se de alguma coisa boa?- perguntou Alex ansioso enquanto sua esposa Vicky estava com um sorriso, porque tinha entendido qual seria a ideia de Freya.

– Ele sempre disse que um dia se tornaria um juiz, e faria com que vivêssemos em paz. Ainda não procuramos no lugar mais óbvio. Nos tribunais ou nas advocacias. Certamente algum deles poderia facilitar a busca. - disse Freya ansiosa.

No dia seguinte, Freya, Alex e Vicky andaram pelo parque natural de Los Angeles para descansarem depois de tanto andarem por entre os locais de justiça tentando achar alguém que os trouxesse algum sentimento familiar. Ao sentarem no banco, Freya sentiu como se alguém puxasse seu coração para o lado, e suas pernas começaram a se mexer e andar sem obedecer a suas ordens.

– Freya para onde você vai? – perguntaram Alex e Vicky que seguiam ao seu lado.

– Eu não sei bem, apenas tenho a sensação que tenho que seguir por aqui por algo que está puxando meu corpo sem eu conseguir me impedir. – disse Freya andando até umas árvores ali perto até chegar em uma maior do que as outras, e afastada ficando perto do lago. Ali deitado com pernas cruzadas e com os braços apoiados atrás da cabeça estava um homem jovem de cabelos negros, musculoso, e alto que dormia tranquilamente com um livro sobre o rosto. A pele era bronzeada, mas dava para perceber que era naturalmente branca. Usava roupas de grife, e sua camisa era regata moldando os músculos exageradamente definidos e sarados sob a camiseta lhe dando um ar sedutor mesmo dormindo.

Mas não foi por isso que Freya começara a chorar assustando os dois ao seu lado. Ela chorava porque enfim seu coração tinha voltado a bater de novo depois de tantos anos, ao ser levada para aquele jovem despreocupado a sua frente nesse lugar. Era como se tivesse recomeçando como naquele dia, em que ela o pegara a espiando por trás das árvores até ter coragem de se aproximar e ganhar seu coração.

– É ele. – disse Freya aos dois que olharam chocados, e depois começaram a chorar silenciosamente de alegria. Enquanto eles observavam, o garoto começou a se mexer inquieto no sono, e começara a falar durante o pesadelo que estava tendo.

– Não... Pare com isso Adam. Alex você não tem culpa de nada. Frey. Freya adeus. – murmurou o jovem enquanto dormia e pôs as mãos na cabeça com dor e começou a gritar de agonia.

Rapidamente os três entenderam o que estava acontecendo. Era Mikael que estava querendo despertar na mente do rapaz, e o mostrava toda a batalha que aconteceu pela coroa do sol. Freya se aproximou do rapaz, e o sacudiu docemente para acordá-lo.

– Ei, acorde isso não é real. Acorde. – disse Freya fazendo o jovem rapaz acordar do susto e rapidamente colocar a cabeça em seus joelhos respirando fundo.

– Você está bem? Você estava gritando enquanto dormia quando o encontramos aqui. – disse Freya gentilmente.

– Ah, estou bem obrigado. É só uns pesadelos que tenho sempre. – disse o jovem levantando os olhos dourados como mel e encarando os profundos olhos azuis de Freya.

– Você, não pode ser. É a mesma mulher do sonho, e vocês dois também. O que está acontecendo comigo? – disse o jovem enquanto recuava com medo contra a árvore.

– Do que você está falando? Nós acabamos de passar aqui e encontrar você aos berros, e é assim que agradece por acordá-lo? Dizendo que somos parte dos seus pesadelos menino? – disse Vicky com um sorriso provocador.

– Hm, tem toda razão senhora, queira me perdoar. Estou um pouco confuso agora que acordei. Mas mesmo assim, não tiro a sensação que conheço vocês de algum lugar. – disse o jovem.

– Porque não nos diz seu nome? Ainda não sabemos como chama-lo. – disse Alex.

– O que? Que grosseria a minha. Minha mãe me mataria se soubesse desse ato grosseiro com as pessoas que me ajudaram. – disse o jovem enquanto os três se olhavam.

– Muito prazer. Sou Mitchell Alex Campbell. E vocês? – perguntou Mitchell enquanto via o homem sorrir de alegria.

– Também me chamo Alex. Alex McKinley. – disse o homem chamado Alex que fez com que sua cabeça doesse ao ouvir o nome.

– Sou Victoriya Volkov McKinley, esposa de Alex. – disse a mulher com cabelo caramelo que fez com que a dor ficasse mais forte fazendo-o colocar as mãos na cabeça.

– Eu sou Freya Volkov. – disse a loira ao seu lado e isso fez sua cabeça explodir de vez com a dor. Nessa dor de cabeça, lembranças dos sonhos que tinha tido desde pequenos começaram a se juntar pedaço por pedaço como num quebra cabeça, e finalmente aquela parte de seu coração e alma que ele sempre sentia vazia por dentro, se completou e ele se lembrou de quem foi e uniu ao que era agora e com um sorriso enorme na face de olhos de mel, que agora se tornaram tão dourados como fora um dia na sua vida anterior, levantou o rosto e sorriu para os três.

– Irmãozão você envelheceu hein? E essa barriga ai?- disse Mitchell para Alex que começou a chorar e o abraçou.

– Finalmente você voltou irmãozinho idiota. – disse Alex rindo.

– É eu me lembrei. – disse Mitchell. – Maninha. Vejo que você se tornou uma bela mulher como eu tinha previsto. Apesar de que você também não escapou do tempo não é? – provocou Mitchell rindo da cara de irritada dela.

– Mas que ironia é essa do destino. Você renasce na próxima vida, mas não perde a chance de me alfinetar não é? – disse Vicky rindo ao abraçar seu irmãozinho que voltou depois de tantos anos.

– E por fim, voltei a encontra-la uma vez mais, perto de uma árvore minha bela e doce Freya. – disse Mitchell acariciando a face da bela mulher que mesmo com o passar do tempo, continuava linda e pura como no dia em que a conheceu.

– Mike. Esperei tanto por você. – disse Freya acariciando o rosto do homem que os atara num laço tão forte que conseguiu superar a fronteira da vida e da morte.

– Eu também esperei muito por esse momento, já que vivia apenas metade da minha vida como o juiz gênio e bilionário de uma das famílias mais ricas e poderosas dos Estados Unidos. – disse Mitchell com um sorriso ao verem o choque na cara dos três quando caiu a ficha do que ele disse.

– Você é um juiz? Na sua idade?- disse Vicky surpresa.

– Vocês podem não saberem ou lembrarem, mas eu sempre fui um gênio na minha outra vida para direito. Porque eu não seria um gênio também em minha nova vida? – perguntou Mitchell num sorriso presunçoso levando Freya a risos, e Alex a gargalhadas enquanto ambos olhavam a cara irritante que Vicky fazia.

– Continua o mesmo metido de sempre. Só que agora é um playboy sexy. – disse Vicky maliciosa fazendo-o rir.

– É isso mesmo. Sabem por que eu não os procurei antes? – perguntou ele. Os três negaram.

– Porque caso vocês se lembrem da profecia que Osíris tinha feito era que, eu só teria minhas lembranças passadas de volta, quando encontrasse vocês três precisamente, e todos juntos. Eu já os vi em muitos lugares separados. Alex como um dos CEO da empresa de turismo, você Vicky como a diretora dos hospitais Volkov espalhados por Los Angeles, e você minha doce Freya também já li seus livros que são muito renomados e cheio de prestigio. Sempre que eu estava com problemas, eu lia seus livros e conseguia um pouco de paz. – disse Mitchell a eles que agora apenas sorriam.

– Finalmente eu voltei, não como Mikael o semideus, e sim como Mitchell o juiz que eu não pude ser antes. E agora posso desfrutar de uma vida com vocês novamente. E tem uma coisa que esperei uma vida para ter de volta. – disse Mitchell sorrindo para Freya que também sorria.

– E o que seria isso senhor Juiz? – perguntou Freya aproximando seu corpo cada vez mais até ser pega por aqueles braços fortes que tanto amava com um riso.

– Isso. – disse Mitchell pegando Freya em seus braços fortes e a beijando apaixonadamente até que não pudesse mais respirar outra coisa que não fosse ela.

Às vezes quando o amor é puro e forte, ele consegue atravessar as barreiras físicas e alcançar a próxima vida apoiando-se na força dos laços que os unem.

CIGANO.

FIM.


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Notas finais do capítulo

Por favor, já que é o último capítulo gostaria que as treze pessoas que acompanham até agora o momento em que posto esse capítulo que comentem o que acharam da historia do começo ao fim.
Novamente meu muito obrigado a todos que leram do inicio ao fim, e até a próxima.



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