O Filho do Juiz escrita por Cigano


Capítulo 37
Capitulo 37


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o final se aproxima para o jovem Mikael.
Como ele reagirá?



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Numa terra fria da Sibéria perto da ponte Bifrost, surgiram Mikael, Victoriya, Alex e Osíris do portal que tinha aberto ali, e agora desaparecia. No exato momento em que pisaram nas terras geladas, um doloroso frio os pegaram de surpresa, e eles rapidamente tiraram seus casacos térmicos das mochilas e vestiram. Osíris como estava em sua forma divina, não sentia o frio que o corpo mortal sentiria, e ficou do jeito que estava procurando com o olhar algum sinal mágico da ponte. Depois de muito procurar, finalmente encontrou a ponte, e com um balançar do cajado os fez aparecerem na entrada da ponte, onde com o seu toque divino, a magia que a tornava invisível sumiu, mostrando a beleza do arco-íris belamente construída na forma de ponte.

– No momento em que pisarem nesta ponte, ela irá imediatamente tentar expulsar todos vocês, por não serem dignos de entrarem em Asgard. Para evitar isso, os três formem uma barreira de magia como escudo, protegendo todo o seu corpo. Principalmente você Victoriya. A ponte reconhecerá o sangue divino de Mikael e Alex, e não forçará tanto como fará com você que é puramente mortal, apesar de usar telecinese. Seu escudo deverá ser duas vezes mais poderoso do que o deles, se você quiser sobreviver. Entendeu? – perguntou Osíris numa voz poderosa e séria.

– Sim senhor! – respondeu Victoriya com a alma serena e calma de preparação.

Rapidamente os três começaram a recitar feitiços, e as três barreiras os rodearam. A de Mikael era dourada e brilhante como o sol, culpa do treinamento de Rá. A barreira de Alex misturava uma cor azul e um cinza forte, derivado da sua ascendência celta. E em comparação com eles, a de Victoriya era de um azul profundamente escuro, quase um azul marinho pela intensidade e força da magia que ela usou para fortalecer o escudo, mesmo que isso deixasse sua testa franzida de concentração e pequenas gotas de suor surgissem em sua testa.

– Vão logo, que Victoriya não suportará por muito tempo. Vão. – gritou Osíris ao perceber que hordas de monstros do caos se aproximavam rapidamente deles, para impedir sua passagem.

Observando Osíris em toda sua glória dizimando os monstros, os três de mãos dadas, pisaram na ponte, e ao tocarem sentiram que nunca se esqueceriam daquelas experiências não importava o quanto vivessem, e se vivessem.

No exato momento que pisaram na ponte, foram transportados a uma velocidade alucinante, como se estivessem sentados num carrinho de montanha russa que girasse pelas curvas, fosse pra cima, pra baixo, e desse voltas e mais voltas para todos os lados sempre seguindo em frente. Esta era uma das sensações que eles tinham, mesmo estando firmemente presos ao chão que os seguravam. A outra sensação era a forte rejeição da ponte que queria jogá-los no imenso espaço sideral que estava por toda parte ao redor deles. Somente suas barreiras, os protegiam da força que a Bifrost fazia contra eles. Victoriya estava em pior estado por não ter sangue divino, e mal conseguia se manter em pé sem o apoio dos garotos em cada lado de seu corpo lhe segurando. Contando com eles para não cair, ela concentrou-se apenas em manter o escudo funcionando. Após algum tempo desde que subiram a ponte, eles agora admiravam o belo céu do universo que se estendia por todo o plano em que se via. Inúmeras estrelas, planetas, nebulosas de todas as cores misturadas aos meteoros que faziam anéis em torno dos corpos celestes. Mais ao longe, puderam observar o planeta deles do tamanho de uma bola de gude de tão pequeno comparado, com a grandiosidade da galáxia a sua frente. Passado mais algum tempo, o estado de energia dos três era quase nulo. Ambos começavam a fraquejar, e Vicky rezava para que chegassem logo antes que suas forças chegassem ao fim. Finalmente depois de muito céu escuro e estrelado pelos planetas do sistema solar, viram ao longe, uma extensa terra suspensa no meio do espaço que tinham um enorme palácio branco e cintilante que parecia feito de diamante. Souberam que tinham encontrado o palácio Valhalla, lar dos deuses nórdicos aesires. Finalmente depois de tanto tempo, pisaram em solo sagrado e os escudos desapareceram. Todos estavam totalmente exaustos, e caíram de costas na grama numa estranha cor azul como se tivessem jogado um balde de tinta por toda a terra. Vicky e Alex tinham apagado no momento da chegada em terra firme, e Mikael ainda cambaleava quando sentiu uma forte presença ao seu redor, e usou suas últimas forças para revelar quem estaria observando. Reunindo seus poderes do sol em seus olhos, os abriu e brilhando como o sol que deveria estar, encontrou um ser escondido a menos de quatro metros de onde eles estavam.

– Quem é você? Por favor, apareça. – pediu Mikael numa voz fatigada.

– Ora, ora, pelo menos os invasores bárbaros possuem um pouco de educação. – disse uma voz misteriosa que Mikael acompanhou o surgimento do homem que era o dono dela. Ele era alto em sua forma humanizada. Era belo e fascinante. Tinha longos cabelos loiros como seus olhos dourados, intensos olhos azuis celestes que o olhava sem julgar, um corpo musculoso de uma forma atlética, que era coberto por uma bela túnica branca e dourada, acompanhado de uma calça também branca e botas intensamente douradas. Em seus cabelos, no alto da cabeça tinha trançado o cabelo para formar uma espécie de coroa para segurar o longo cabelo. Ele de cara soube que estava olhando para o pai de Freya.

– Meu nome é Balder o deus da luz. E vocês quem são? – perguntou Balder. Ele observava cada um dos invasores, especialmente aquele de olhos tão dourados como o seu cabelo que o observava com um olhar de saudade e sofrimento em seu rosto. Se ele não fosse um dos intrusos, reconfortaria aquela pobre alma que vivia em estado de agonia e sofrimento por tanto tempo, que ele tinha percebido em seu olhar.

– Sou Mikael Volkov. Estes são Alex McKinley, E Victoriya Volkov meus irmãos. – respondeu Mikael sentindo uma conexão com Freya que estava lá em algum lugar.

– E qual o objetivo de vocês invadindo as terras sagradas de Asgard? – perguntou Balder que tentava ler sua mente, mas surpreendentemente não conseguia por estar vazia de pensamentos. Aquele mortal era bem poderoso para um semideus.

– Viemos aqui deter o plano de Loki, e salvar Freya. – disse Mikael finalmente não aguentando mais e perdendo a consciência.

Balder olhou chocado para a forma com que aquele estranho Mikael pronunciou o nome de sua filha. Ao dizer seu nome tinha tanto amor e paixão que ele ficara um pouco comovido que alguém a amasse tanto assim. E finalmente com a perda de sua consciência o bloqueio mental dele caiu por terra, e Balder pode ver tudo o que tinha se passado na terra. A trama de Loki e Seth, a busca do objeto que eles queriam impedir do deus do caos de possuir, dos planos de Loki de se aliar ao deus da terra para tomar o trono de Asgard e pegar Freya como esposa. E finalmente viu a tortura que o humano controlado por eles, fizera os três a passar. Na memoria do jovem caído aos seus pés, pode sentir tudo o que ele sentiu ao ver as duas pessoas mais importantes da sua vida sendo torturados. Angustia, agonia, desespero, medo, raiva, ódio, fúria, dor, e muita tristeza em sua pobre alma que foi incapaz de salvar ninguém e foi obrigado a assistir sua filha sendo levada de seus braços. Viu como ele chorou, como seu coração se partia a cada dia de saudades e temor pelo estado de Freya, com sua ausência, sua segurança.

Balder sem perder mais tempo, com um estalar de dedos fez com que os quatro desaparecessem da grama azulada de onde caíram exaustos na inconsciência.


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