2 escrita por agarotadoforninho


Capítulo 4
Surprise!


Notas iniciais do capítulo

BRASEEEEEL EU ACHEI QUE NÃO IA ACABAR NUNCA.. MAS ACABOOOOUU!
hahahhahahahhahaha Enfim saiu o capítulo, espero que gostem, se possível amem!

Escutar as músicas que estão inseridas no capítulo é de suma importância. Eu não tô pedindo, eu tô mandando: ESCUTEM! Vai fazer toda diferença.
Então vamos ao capítulo... SURPRIIIIIISEEE!!!

P.S.: É lógico que amo todas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563843/chapter/4

(Dê play AGORA! http://www.youtube.com/watch?v=Bi5hjrVRq-k)

"Enquanto os sábios pensam sem certeza,

os idiotas atacam de surpresa."

Eu só faço merda! Definitivamente eu, Karina Duarte, deveria ganhar o prêmio de burra do ano.

Estou na minha 18ª dose de tequila.

Sim, tô bebona, bebaça, bêbada pra caraca, com força! E pra completar minha loucura, tá tocando Drunk In Love.

Desço até o chão com a batida, sensualizando, jogando meu cabelo e deslizando minhas mãos por todo corpo.

Claro que está todo mundo me olhando e eu tô nem aí.

Ah não, tô ligando sim... Pra uma única pessoa que está paralisada me olhando: Pedro Ramos!

Segurei os cabelos e fui descendo lentamente, mordendo a boca, a cada batida eu descia um pouco mais. As luzes ajudavam no efeito.

Confesso que estava me sentindo. Aquela roupa ajudava no trabalho sujo.

Subi lentamente também, junto com o ápice da música, balançando a cabeça e os cabelos enlouquecida.

Bom trabalho Karina! Seria melhor ainda se você mesma não o tivesse feito se afastar e terminado bêbada. A ressaca vai ser ótima amanhã.

Fiquei 4 dias me preparando pra terminar assim.

...4 dias atrás...

EU NÃO ACREDITO!!! NÃO POSSO ACREDITAR!!!

EU TÔ SONHANDO? Pedro Perfeito Ramos vai sair comigo!

Tá, não é bem sair, vamos pra uma choppada da faculdade, mas vai ser como um casal.

CASAL!

C-A-S-A-L!

Ok, já pode se controlar Karina.

Assim que eu ouvi Pedro dizer: “Serve eu?”, meu mundo caiu, desabou, o forninho despencou ladeira abaixo.

— Acho que sim. — eu fingi não ligar, embora tremesse dos pés a cabeça.— Vou nessa, até mais Pedro!— foi impossível não sorrir feito boba pra ele.

— Tchau, Ka... Ka o que mesmo? Sabe que até agora não nos apresentamos direito, né? Que vergonha Pedro, vai levar a menina pra choppada dos amantes e nem ao menos sabe o nome dela.

Quando terminou de dizer isso, Pedro fez sinal de reverência, pegando minha mão.

— Me chamo Pedro Ramos.— meu coração parou quando ele beijou minha mão direita.

— Karina Duarte.— sim, eu fui fofa e cruzei as pernas de forma a abaixar o corpo, do mesmo jeito que as mulheres fazem aos cavalheiros nos filmes, dando sequência a ceninha de Pedro.

Ele conseguiu que eu fosse fofa.

Não acredito que você ta apaixonada Karina.

— Um lindo nome, para uma linda dama.— comecei a rir quando Pedro disse isso e lógico que fiquei corada.— Você é tímida, né? Desculpa.— ele coçou a cabeça, desajeitado, como se tivesse feito algo de errado.

— Desculpa o que, Pedro? Obrigada pelo elogio.— um pequeno silêncio de 3 segundos se instaurou enquanto nos olhávamos.— Acho que agora eu vou nessa, tô cheia de coisa pra arrumar.

— Ah, claro. Se precisar de ajuda... só chamar.— disse rindo.

— Entende de decoração?

— Pô, entendo mais de coração.

Comecei a rir que nem uma besta.

— Você não existe. Tchau, palhaço!

— Tchau esquentadinha.— eu já estava me virando quando o olhei de volta.

— Do que você me chamou?

— Esquentadinha...

— Por quê?

— Ah, você luta, já percebi que tem um gênio difícil e além disso ainda consegue ficar vermelha feito pimenta quando envergonhada.— corei com sua constatação.

— Tá vendo?— foi ele quem riu dessa vez.— Esquentadinha!

— Eu gosto de pimenta mesmo.— disse rindo.

— Eu também.

STRIKE DOIS!

Pedro vai me matar.

— Então tchau, né?— repeti pela milésima vez e saí andando.— Pedro...

— Oi.— ele me respondeu prontamente, já que continuava me olhando, mesmo eu já tendo me afastado alguns metros.

— Eu também gosto muito do seu nome.

Agora eu estava deitada na minha macia cama, pirando, depois de ter dado a ele um sorriso de orelha a orelha e corrido pro quarto.

Sabe aquelas adolescentes bobas e apaixonadas dos filmes? Essa sou eu neste momento.

Pulei bastante pelo quarto e depois que me recuperei comecei a arrumar tudo. Terminei quando já era tarde, tomei um banho e fui me deitar.

Meu celular apitou quando estava quase caindo num sono profundo.

“Boa noite esquentadinha >.<”

COMO ELE CONSEGUIU MEU NÚMERO?

“Boa Pedro :) Como conseguiu meu número? rs”

“Pedi pra sua irmã... Te acordei?”

“Mais ou menos”

“Vai dormir então... deve ta cansada. Bj e até amanhã!”

“Beijo, até amanhã ♥”

Me atrevi a mandar um coraçãozinho no final.

Cara, eu tô delirando ou ele está me dando assunto? Pedro parecia me paquerar o tempo todo, mas vai que é só delírio meu...

Passou-se a terça, a quarta, a quinta, tranquilamente e nos esbarrávamos de vez em quando, com um sorriso no rosto — já que não pegamos nenhuma matéria juntos.

Pedro todos os dias mandava mensagens de bom dia e boa noite. E eu retribuía.

Quando chegou o grande dia, sexta feira, eu estava inquieta e ansiosa.

O que esperar de uma choppada com esse povo louco e Pedro do meu lado?

Fui pra única aula que tinha no dia e só conseguia pensar em qual roupa ir pra essa choppada, o que aconteceria nela, o que significava Pedro ir comigo. Será que ele estava interessado em mim?

Percebi um bolinha de papel voando até minha mesa. Abri.

“Ka, ansiosa pra hoje.. VOCÊ E O PEDRO VÃO JUNTOS MESMO?”

“SIMMM!”

Joguei a bola de volta pra minha irmã, já rindo.

Ri mais ainda quando ela abriu o papel e me olhou tão eufórica quanto eu.

Tínhamos essa aula juntas e uma outra toda quarta.

— Karina, você e o Pedro tão ficando?

— Lógico que não. Só vamos a festa juntos.

— E por que tanta felicidade então? Vai dizer que não ta afim dele?

— Só um pouquinho...— eu confessei pra esteria de Bianca, que saiu gritando pelo quarto.

— Você tem que ir arrasando! Ele tá muito na sua também, dá pra ver.

— Você acha?

— Acho! Vou terminar de resolver as coisas, descansar um pouco e me arrumar. Você vai com o Pedro?

— Vou sim. Ele disse que me pegaria às 23:00.

— Ai que lindo!

— Para Bi. Não temos nada.

— Ainda.

Resolvi descansar também, já passava das quatro da tarde, ainda teria muito tempo até a hora da festa.

Quando estava pronta, me olhei no espelho, ainda em dúvida se ia com aquela roupa ou não.

Usava uma saia prata, com um efeito meio cromado que brilharia muito no escuro, cabelos soltos levemente ondulados e bagunçados, uma sandália preta, maquiagem básica com os olhos esfumados no tom da saia, um gloss cor de boca e o ponto alto do look: uma blusa branca decotada, que mostrava bastante do meu colo.

Eu estava me achando bonita e sexy.

Mas estava muito insegura se ia ou não com toda aquela produção.

— KARINA!!!— ruiva e minha irmã disseram surpresas, em unísso, assim que entraram em meu quarto. Ambas também já estavam arrumadas, com looks tão fatais quanto o meu.

— Você tá um arraso, Ka!

— Tá mesmo, adorei a saia!

— Obrigada.— respondi envergonhada aos elogios.

— Estamos indo. Vim te avisar e ver se precisava de ajuda. Mas já está perfeita!

— É, dei meio jeitinho. Vai lá, Pedro já deve estar chegando também.

— Ok, se comportem no caminho hein.

— Cala a boca, Bianca.— ri a colocando pra fora do quarto.

5 minutos se passaram e eu recebi a mensagem:

“Tô te esperando nas escadas”

Dei uma última olhada no espelho e fui na cara e na coragem.

Ao sair da ala das meninas, para chegar no pátio principal, existia uma escada.

Virei no último corredor e quando cheguei as escadas lá estava ele.

Pedro estava com uma jaqueta preta, blusa branca com alguns escritos, calça preta jeans e um tênis da mesma cor.

Resumindo: estava perfeito!

— Você está perfeita!— Pedro quase babava enquanto me assistia descer as escadas.

— Obrigada!— o disse feliz e envergonhada.

Foi nesse momento que parei de frente para Pedro, senti aquele cheiro maravilhoso do seu perfume e ele me olhou tão profundamente que cheguei a me arrepiar.

Pedro foi diminuindo a distância entre nós — eu já estava vacilante, minhas pernas não obedeciam— e depositou um beijo gostoso em minha bochecha. Eu até fechei os olhos com aquele beijo. A nossa proximidade.

— Vamos.— me estendeu a mão e me levou até seu carro.

O caminho até a festa foi silencioso. Pedro arriscou colocar uma música, mas pareceu não gostar de nenhuma e desistiu.

— Onde vai ser a festa? Até agora não sei.— disse pra quebrar o clima chato.

— Ah, parece que é na casa de um tal de Lírio. Se acha, mas é gente boa e rico... Foi o que me disseram.— Pedro terminou rindo.

— Ah, sei quem é, também faz Artes Cênicas.

— Você, ao que me parece, conhece bastante por aqui né?

— Mais ou menos. É porque minha irmã já estuda aqui a um ano e digamos que eu vim no campus algumas vezes. Daí eu conheço algumas pessoas de vista e outras que ela já falou.

— Ah sim. E eu não conheço nada. Nem as pessoas, nem o local.— ele ria de sua constatação.

— Já já você se enturma com todos, se é que não já se enturmou. Em uma semana já conheceu uma menina pra levar pra choppada. O que não faz em um mês?— brinquei.

— Ah, mas você é diferente. Sabe disso.

— Sou é?

— Uhum. Chegamos!— Pedro disse animado, desviando do assunto.

Na hora que eu estava abrindo a porta Pedro me parou.

— Espera aí, mocinha.— saiu do carro e abriu a porta pra mim, me estendendo a mão para ajudar a sair.

— Você não existe. Fala sério, Pedro!

— Sou apenas um cavalheiro, ok? E você tá toda linda aí, só quis te ajudar pra não se desarrumar.

Nesse momento digamos que ele deu uma bela conferida em mim. Dos pés a cabeça.

— Decote bonito.— Pedro teve a cara de pau de me dizer isso e minha única reação foi abrir a boca, pasma.

— Vamos entrar antes que você me bata...

Ele saiu me carregando festa a dentro e logo o som ensurdecedor e o cheiro de álcool nos atingiram.

— ESSE POVO É MUITO LOUCO MESMO!— Pedro gritava para que eu conseguisse o escutar, já que o som era ensurdecedor.

Uma batida eletrônica rolava e estavam todos muito loucos dançando na pista.

Chegamos a área externa da casa, onde ficava a piscina e estava tão cheia quanto o ambiente anterior, que parecia ser a sala.

Existiam pessoas na piscina, no jardim, no chão, sobre as mesas. Aquilo dali nem parecia que tinha acabado de começar.

— Vou pegar alguma bebida, você quer?

— Não, tô bem por agora.

Pedro foi em direção a um bar que ficava do outro lado da piscina e foi nessa hora que vi os rostos familiares.

— Fala cunhadinha!

— Fala Duca!

— Tá gata hein, que que isso novinha!

— Para né!

— Tá gata, sim... E nem te conto pra quem é Duca!— nesse momento Pedro voltava com uma bebida na mão e Bianca, é claro, não perdeu a oportunidade.

— Pedro! Estamos aqui falando em como a Ka está gata.

— Está mesmo, já disse a ela.— ele disse com um sorriso maroto nos lábios.— Principalmente o decote!

Todos começaram a gargalhar e eu corei na hora.

— Me passa essa bebida.— arranquei o copo de Pedro e bebi o líquido existente dentro.

Não fazia ideia do que era, mas era forte.

— O que é isso?— disse fazendo careta ao engolir.

— Caipirinha no capricho!

— Tchau pra vocês que a gente vai dançar!— Bianca saiu carregando Duca.

— Eu só estava brincando, tá? Não fica chateada comigo.

— Eu não tô chateada, Pedro.

— Então deixa eu te dar um abraço.— o olhei confusa e ri.— Posso te abraçar?

— Por que não poderia?— nesse momento ele me abraçou.

Envolveu seus braços fortes pelo meu corpo, com a força ideal. Nossos corpos colados. Eu sentia sua respiração.

Envolvi meu braços em seu pescoço e nesse momento podia sentir sua respiração em meu ouvido.

— Você poderia achar que eu só quero me aproveitar de você.— claro que ele disse isso com a voz mais sexy e rouca e sedutora do mundo, fazendo meu coração saltar no peito.

— Eu sei que você nunca faria isso.— tive que retrucar, no mesmo tom.

Pedro desgrudou nossos corpos e pegou minha mão, me levando para o lado mais calmo do jardim, quase não existia luz lá.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Fala.

— Você está mesmo afim de mim?

— Como assim?

— Ah, é que sua irmã disse que você estava afim de mim e que era pra eu investir em você caso eu também quisesse. E eu queria escutar de você se isso é verdade. Não quero forçar nada e preciso ser sincero.

— Como é que é? A Bianca te disse que eu estava afim de você? Com que direito ela te disse isso?

— Sei lá, Ka. Ela só falou, a questão é se você...

— Ela SÓ falou? Pedro, ela não tem direito nenhum de se meter na minha vida e você deve estar se sentindo, achando que eu tô caidinha por você.

— Ka, não é assim...

— É assim sim, Pedro Ramos. E quer saber: VAI SE FERRAR! Você e ela, que acham que podem manipular as pessoas. E não, NÃO ESTOU AFIM DE VOCÊ.

Estava furiosa, joguei tudo contra Pedro... e na mesma hora me arrependi.

— Tá ok, Karina.— Pedro saiu com um olhar tão decepcionado que eu quase corri para pedir desculpas.

Mas o maldito orgulho não deixou.

ONDE É QUE EU TÔ COM A CABEÇA?

Karina o garoto perguntou se você tava afim dele e você faz esse show? O que Bianca fez não é certo, mas também não era pra tanto.

Por quê? Por que eu tinha que ser tão explosiva?

Agora o garoto que eu estou apaixonada nunca mais vai olhar na minha cara. Justo agora que eu gosto de alguém, essa pessoa começa a me corresponder, eu vou lá e estrago tudo.

Voltei pra festa procurando por Pedro e não o encontrei.

— João você viu o Pedro? Me diz que sim.

— Calma... Karina? Que que tá rolando? Ele passou boladão indo lá pro bar.- João não estava muito bem, já devia ter bebido todas.

Nem o esperei terminar e fui em direção ao bar pra ver se encontrava Pedro.

E pra minha decepção e total ódio, uma louca com cabelos negros estava em cima do Pedro.

(Dê play AGORA! http://www.youtube.com/watch?v=nO7-0ZuiXuE)

Claro Karina, você queria o que? Que Pedro ficasse chorando por você numa festa? Lógico que ele ia pegar geral já que você não quis.

Já que está tudo ruim mesmo... VAMOS BEBER!

Parei no balcão e pedi uma tequila ao barman. Eu sabia que era forte, mas já tinha provado algumas vezes e gostado.

Depois da primeira, pedi mais duas e quando estava na terceira começou a tocar Locked Out Of Heaven.

Eu já estava meio alegrinha e a música só contribuía.

Comecei a cantar loucamente: “Cause you make me feel like, I've been locked out of heaven... For too long, For too long!“

Era um remix e quando chegou ao ápice eu sabia que não tinha outra coisa a fazer se não me jogar na pista. Bebi mais uma tequila, numa golada só, e fui pra pista.

Eu enlouquecia. Estava me sentindo livre!

Depois dessas 4 tequilas não parei mais, bebi mais duas... três... quatro... cinco....

E foi assim que eu vim parar bêbada, depois de 18 tequilas.

Dançava sem parar, sensualizava, jogava os cabelos, descia até o chão descontrolada.

Senti um braço me segurar fortemente pela cintura, quando subi depois de uma rebolada— que não duvido do meu útero ter aparecido com aquele decote.

Pedro Ramos estava parado na minha frente, sério, com aqueles olhos de um castanho tão profundo que me hipnotizaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ME SEGUUUURAAA PRODUÇÃAAAO!!!! EEEE AIII CADÊ O FORNINHO?

(Peço desculpas por qualquer erro, tô loucona aqui as 01:06 postando isso hahahhaha)