Casa Arendelle 06:01am

A noite foi longa para algumas garotas da Arendelle, em especial Anna. A garota não conseguira dormir por mais que se esforçasse. Tentava várias posições para seu melhor conforto, de bruços, barriga pra cima, estirada, do avesso, agarrada ao travesseiro, mas nada era o suficiente para conseguir ter seu descanso merecido.

Com bastante cuidado, ela pousou seus pés no chão do quarto e se direcionou à janela que dava livre acesso à uma varanda. Ela trajava um short de tecido fino e uma blusa moletom.

Do lado de fora, ela pode ver o amanhecer do sol. O céu que antes estava azul escuro, agora estava em um tom de azul bem claro com poucas nuvens se misturando a ele.

Seus olhos azuis esverdeados rolavam sobre o horizonte de uma forma travessa, imaginando como seria a reação de sua irmã ao saber o que ela e o namorado Kristoff fizeram na noite passada.

Flashback : on

Após o lanche/jantar com Jack, Hiccup, Merida e Elsa. Anna e Kristoff saíram correndo pela chuva para um lugar mais afastado dos prédios e casas que formam o campus para curtirem um momento juntos.

Kristoff a levou para um prédio abandonado, pois dissera a ela que no terraço era bem divertido. Porém, tudo que Anna encontrou foi um lugar vazio, com uma capa de um violão.

– Nossa que divertido - Comenta ela sarcasticamente fazendo o loiro rir.

– Calma que vai ficar - Responde Kristoff a direcionando para perto do parapeito. Assim feito, Kristoff elevou o violão e o posicionou sobre uma de suas penas.

– Vai tocar pra mim? - Pergunta Anna com seus olhos brilhando.

– Sim e não. Na verdade eu quero que você me acompanhe - Anna se surpreendeu fazendo-se engasgar com sua saliva.

– Não, eu não quero cantar na sua frente. Vou ficar com vergonha - Fala ela se recuperando.

– Ah qual é Anna. Só uma música - Insiste Kristoff segurando a mão de Anna - Você já cantou em público e ficou tudo de boa, agora você vem me dizer que está com vergonha de cantar pra mim.

– É que o público não tem esses olhos que me facinam, não tem esse cabelo que adoro pentear, não tem essa boquinha linda que eu adoro beijar - Kristoff a encarou sério, fazendo a mesma respirar fundo - Tudo bem.

Assim Kristoff começou a tocar o instrumento e Anna acompanhando com sua linda e doce voz.

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Depois de algumas horas, Kristoff levou Anna para casa pela quinta vez, pois ambos ficaram dando voltas pelo quarteirão andando de bicicleta à pedido de Anna.

Ao chegarem na porta, Anna encarou a mesma com desânimo.

– Hey, o que foi? - Pergunta Kristoff acariciando o rosto da garota.

– Não queria que esta noite acabasse, tava tão bom - Responde ela.

– Tirando a parte que você me obrigou a dançar All about that bass, pra mim essa noite foi bem divertida - Anna rir ao se lembrar da cena e Kristoff a acompanha - Sabia que eu te amo?

– Sabia não.

– Então já sabe agora - Kristoff a beija e Anna o retribui, no entanto logo separa com extrema preocupação em seus olhos.

– Que horas são?

– Uma e meia eu acho, por que? - Com suas mãos nas bochechas, Anna ficou com um semblante de angústia bem visível aos olhos do loiro, o deixando preocupado.

– Elsa vai me matar. Na verdade ela vai me dar uma bela de uma bronca, aí vai me matar - Kristoff comprimi os lábios e os lambe logo em seguida.

– Ela deve está dormindo agora, é só entrar e ir pro quarto.

– Você não conhece minha irmã. Parece que ela tem um sexto sentido para saber que eu aprontei - Kristoff rir.

– E você já aprontou muito pra dar essa experiência a ela? - Pergunta Kristoff com os braços cruzados.

– Meu filho, tu não manja das coisas não. Posso até ser filha de um duque, mas não sou uma princesa boazinha não.

– Então já vou ,minha princesa malvada - Kristoff lhe dá um selinho e Anna entra em casa com a maior cautela possível.

Flashback : off

Anna suspira e sorrir em seguida. Com um movimento rápido a mesma entra pela janela e tenta tirar um cochilo, mas foi em vão, afinal não teve tanta facilidade para voltar a dormir como tivera mais cedo.

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Campus da UM 11:37am

O sol escaldante veio com vontade, esquentando boa parte de Miami, deixando os universitários mais dispostos para cumprirem suas atividades durante o dia. Dentre eles Jack, nosso agente.

Jack caminhava com rapidez, queria alcançar uma garota que deveria ter uma conversa. Essa era Rapunzel que estava alguns metros de distância longe do albino sem nem saber que o mesmo a seguia.

Jack já havia calculado tudo. Deveria perguntar o motivo da loira de não ter comparecido ao "encontro" que eles marcaram e tentar colher informações mais tarde com Hiccup, para testar se os motivos se batem.

Ao chegar bem próximo Jack a gritou e a mesma o fitou.

– E aí? Andou me evitando ultimamente, o que foi? - Fala Jack caminhando ao seu lado.

– Oi. Eu andei te evitando? - Fala Rapunzel.

– Bem, faz um bom tempo que não nos falamos, o que acha de irmos almoçar? Eu pago - Rapunzel ficou sem fala e um tanto desconcertada. Lambeu seus lábios para tentar responder, porém Jack foi mais rápido - Vem, meu carro está logo ali - O albino a puxou e a direcionou para sua Ferrari. Rapunzel se sentou e Jack dirigiu até um restaurante próximo.

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Ao estacionar, ambos desceram com pressa e logo adentraram o local procurando por uma mesa vaga, a qual não demorou a encontrar.

– Jack eu agradeço o convite, mas não era para eu almoçar aqui. As meninas e eu, iríamos fazer lasanha - Fala a loira tentando ser a mais gentil possível.

– Mas tá de boa, porque aqui também tem lasanha - Responde Jack.

– Mas é que...

– Moça, nos trás uma lasanha de...você gosta de lasanha quatro queijos?

– Gosto, mas eu...

– Então pode trazer duas de quatro queijos - A garçonete anotou os pedidos em um pequeno bloco e se retirou, os deixando - O que você queria dizer?

– Esquece, depois eu me desculpo com elas - Fala a loira e Jack dá os ombros.

Com alguns minutos de silêncio Jack o quebra.

– É né, nem se desculpou com o furo que você me deu - Rapunzel fica surpresa e envergonhada.

– Jack eu queria muito ir, mas aconteceu uma coisa que eu jurei não contar pra ninguém - Responde ela preocupada com a reação do albino.

– Nem pra mim? - Rapunzel o encarou com incerteza, mas por fim se rendeu à vontade de contar.

– Tá legal, mas por favor não conta pra ninguém, ninguém mesmo - Rapunzel era leal, mas sabia que podia confiar em Jack. E também ela se sentia obrigada à lhe contar pois deve satisfação ao albino.

– Juro que só fica entre nós - Promete ele.

Rapunzel respirou fundo vasculhando sua memória e começou a contar.

Flashback : on

Depois de uma longa arrumação, Punzie já se encontrava em seu carro em uma estrada um pouco deserta e com falta de iluminação. Se não fosse pelos faróis de seu carro, ela estaria perdida.

Rapunzel já sabia onde era a tal Casa Flutuante, pois já fora em festas que a convidavam no ano anterior. Só não esperava ter dificuldades para chegar lá em tão pouco tempo.

Com sua consciência lhe dizendo para ir de devagar, a mesma a obedeceu pisando no freio, mas outra coisa lhe obrigou a parar o carro bruscamente. Ou uma pessoa.

Rapunzel viu alguém deitado na beira da pista e se disponibilizou a ajudar o cidadão, porém sabia que era perigoso se aproximar e se preveniu disso pegando uma frigideira no banco traseiro.

Com cuidado, a garota foi se aproximando aos poucos e com poucos metros ela pode ver ou até mesmo reconhecer quem era a tal pessoa. Era Flynn.

O garoto estava resmungando alto e falava com alguém, mas aos olhos da jovem só se via um rapaz bêbado sem rumo onde seguir.

– Flynn você precisa ir pra casa - Fala a garota e Flynn se levanta cambaleante.

– Eu não sei onde é minha casa - Fala o moreno.

– Mas eu sei, então vamos antes que alguém te veja assim...e você sabe muito bem que é proibido bebidas alcoólicas no campus, então se te pegarem pode dar adeus a universidade - Falava Rapunzel enquanto apanhava Flynn.

– Tá legal princesa, me leva pra onde você quiser - Rapunzel revira os olhos e abre a porta de seu carro, jogando Flynn para o banco de trás.

– Hoje não é meu dia - Murmura ela dando a volta no carro e o adentrando logo em seguida, mudando sua direção a casa Berk.

Flashback : off

Ao terminar Rapunzel dá um pequeno gole de seu suco observando as expressões que Jack fazia, esperando o mesmo tomar a iniciativa de falar algo.

– Então quer dizer que Flynn foi encontrado perto da Casa Flutuante? - Indaga ele.

– Não diria perto, foi só alguns metros de distância - Responde ela - Acho que se não fosse por mim, ele poderia ter sido atropelado.

Jack se perdeu em vários pensamentos. As iniciais F.R já diziam tudo, Flynn Rider. O mesmo não podia acreditar, Flynn Rider estava relacionado com seu caso? Mas por que?

Jack não podia tomar conclusões precipitadas, precisaria interrogar Hiccup antes e se der de acordo com que Punzie lhe disse, pensaria em uma forma melhor para colher informações concretas sobre esse ataque.