O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Swens!

Aproveitando os últimos dias de férias para atualizar de novo pra vocês *-* Espero que gostem!
E ah, gostaria de falar pra vocês não desanimarem da fic nesses capítulos em que Emma não está acordada, em breve a loira recuperará a consciência.



Um enorme beijo e uma ótima leitura!
Atualização: tentarei até sexta.



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Era nascer do sol e tudo indicava que ele seria lindo. Regina caminhava numa praia deserta com o coração apertado. Ansiava por respostas e pela presença da esposa. Uma luz longe de onde estava chamou sua atenção, caminhou em longos passos.

– Emma? Emma! – Acelerou ainda mais os passos enquanto a imagem da esposa ficava mais nítida, porém clara e esfumaçada. – Espera, Emma!

–Eu te amo Regina. – A voz era idêntica da loira em seus sussurros apaixonantes na hora de dormir.

– Não me abandona Emma... – Choramingou a morena, percebendo a voz cada vez mais longe.

– Eu amei você até o fim dos meus dias.

– Não, não! – Gritava desesperada. – Você ainda me ama e tudo ficara bem querida.

– Estou sempre vou cuidar de você, onde quer que eu esteja... – E antes que a loira continuasse a falar sua imagem desapareceu.

–NÃÃÃÃO! – Gritou a morena.

– Nãããão! – Regina acordou aos prantos, assustada e sozinha na cama do filho, notando um pouco de claridade invadindo a janela. – Henry? – Chamou sem obter resposta. Achou estranho o silêncio na casa e então decidiu ir conferir o que estava acontecendo.

Chegando próximo a sala escutou alguém no telefone e rapidamente percebeu ser do hospital.

– Estamos indo, Doutor. – Disse David, desligando o telefone. Sua expressão não era de quem tinha boas noticias.

– O que houve? Como está minha mãe? – Henry perguntou aos prantos.

David observou todos na sala e não sabia exatamente o que falar. O médico não havia sido especifico, apenas pediu pela presença de Regina por lá com certa urgência, mas não se tratava da loira ter acordado. – Pediu para que você comparecesse com urgência no hospital. – Falou olhando para a cunhada que já se encontrava nos pés da escada.

Regina viu sua vista escurecer e um jeito desconfortável tomar seu corpo. – Eu não sinto coisas boas. – Sussurrou, se desequilibrando e sendo amparada por Isaura, que rapidamente deixou a bandeja sobre a mesa e acompanhou a patroa até o sofá.

– Regina, você está bem? – Perguntou Cersei, ao lado da nora.

– Estou, eu só... – Pensou em falar sobre o pesadelo, mas o medo de pensar que poderia ser algum sinal fez seu coração disparar. – Quero que tudo fique bem. – Mentiu a morena, não uma mentira nas palavras, mas sim no que realmente queria falar.

Chegaram rapidamente ao hospital, no carro estava apenas Ruby, David, Jaime e Regina. O médico logo informou o motivo da ligação. Emma estava reagindo de maneira diferente e negativa aos medicamentos, e a maneira que o corpo encontrou acabou sendo um sangramento interno e precisava da assinatura de Regina para que uma operação urgente fosse realizada.

No corredor do hospital, predominado pela cor branca, algumas poltronas confortáveis e quadros de paisagens, Regina andava numa linha reta, de um lado para o outro.

– Por favor, isso está me deixando tonta. – Exclamou Ruby.

– Eu não consigo. – A morena parou de andar e bufou. – Cadê o médico?

– Calma Regina. – David pediu. Era visível que nenhum naquela sala, naquele momento de espera estava conseguindo ter, mas era necessário.

– Ele disse que estaria aqui em três horas, já se passaram mais de... – Antes que terminasse, Ruby indicou a presença do médico chegando.

– Senhora Mills. – A expressão do médico não era como quem tivesse boas noticias. - O assunto é delicado, me acompanhe até o escritório.

E dessa vez, seguida pelo sogro, a morena foi até a sala. O médico repetiu o mesmo gesto que outra hora, pediu que sentassem e começou a explicar. – Como eu disse, o assunto é delicado. – Era cauteloso nas palavras e analisava as reações. – E vocês precisam estar preparados ainda mais.

– Diga logo o que houve. – A voz desesperada da morena ecoou na sala.

– Calma senhora Mills. – Ele observou a ansiedade. – Cada organismo humano reage de um jeito aos remédios utilizados nesse caso e Emma teve uma reação não tão positiva, um sangramento interno começou nessa madrugada e entramos com um processo cirúrgico urgente para interromper o mesmo.

– Isso nós já sabemos. – Disse Regina, querendo acabar com as delongas do médico.

– A cirurgia em si correu tranqüila e com sucesso. – O médico continuou sem se importar com o tom usado pela morena. - A reação do organismo novamente não foi das melhores. Após finalizar a cirurgia, Emma sofreu uma parada cardíaca, mas logo conseguimos reanimá-la.

– Parada... – As palavras não saíram mais da boca de Regina, pensar que por um segundo que fosse o coração de Emma parou de bater fez um arrepio percorrer a coluna.

– Em alguns casos cirúrgicos esse é um dos riscos, mas o que me preocupa é as conseqüências que ela poderá ter que enfrentar.

– E quanto tempo isso demora? Digo, quanto tempo pra que minha filha acorde Doutor? – Perguntou Jaime, com a voz visivelmente abalada, além da expressão preocupada.

– Não posso afirmar, pois a maneira que ela se encontra... – Fez uma pausa, tentando prever a reação dos dois a sua frente. – Nós não podemos prever.

– Que maneira? – Regina perguntou, entrelaçando os dedos.

– Emma está em coma. – Falou com calma.

– Induzido? – Regina falou novamente, sentindo o desespero de si no próprio coração acelerada.

– Sinto muito, dessa vez não.

Os olhos de Regina transbordaram e por fim as lágrimas escorreram do rosto. Jaime se aproximou da nora e a abraçou, segurando também seu choro e sofrimento.

– A única certeza que posso dar é que Emma realmente precisara de vocês quando acordar.

Ainda no hospital, Regina tentou convencer o médico a deixá-la ir visitar sua esposa. O pedido foi negado, estava muito recente para que a loira pudesse ter alguém perto, corria o risco de que o coração acelerasse podendo até a causar outra parada. O médico ainda disse que naquele momento era melhor que os quatro fossem para casa, e que se alguma mudança acontecesse, Regina seria a primeira a saber. Com muita persistência, Ruby convenceu a empresária a ir, pois não só o filho, como outras pessoas estavam preocupadas em casa, já que ainda nem tinham dado a noticia.

Ao chegar na mansão, Regina simplesmente abraçou o filho e tomou a decisão que o garoto merecia saber em que estado Emma estava, Henry permaneceria na sala até o final da conversa. Mas por sua vez, não foi ela quem contou, pois as lágrimas não permitiram. É claro que o clima na mansão ficou ainda mais triste quando Jaime contou exatamente o acontecido, tentando ser o mais fiel as palavras do médico. Cersei chegava a transbordar em lágrimas e dizia que ia desmaiar, o que aconteceu uma vez.

Sem tantas condições de continuarem conversando, Cersei e Jaime foram para um dos quartos de hospedes, já que o outro seria ocupado por Ruby e Killian, a pedido da morena. David e Mary foram para sua casa, pois tinham um filho, mesmo que já adolescente, para cuidar e contar a noticia do acidente.

Henry estava em choque desde que escutou as palavras do avô, entendeu bem o que tudo aquilo quis dizer. Sua mãe sofria um grave risco, talvez não mais de vida, mas sim de perder os movimentos inferiores e isso o assustou.

– Fiz bem em ter deixado com que você soubesse a verdade? – Regina perguntou ao garoto, encostada na porta do quarto observando o mesmo sentado na beira da cama olhando para um porta retrato de família que tinha no criado ao lado da cama.

O menino voltou os olhos tristes para a mãe. – Fez sim, eu só...

– Está com medo? – A mais velha perguntou, sentando-se ao lado do filho que afirmou a cabeça. – Eu também estou Henry, me perdoe por te deixar assim... – A morena tinha emoção na voz, enquanto acariciava o topo da cabeça do filho.

– Não me peça desculpas mãe. – Sorriu o menino. Os olhos e sorrisos eram tão parecidos quanto de sua esposa, pensou Regina. – A senhora fez o correto, eu precisava saber, preciso te apoiar da maneira certa.

Até o fim das palavras, o garoto já tinha as costas coladas na parede e sua mãe deitada em seu colo em meio as lágrimas. – Ela vai ficar bem, eu acredito muito nisso! – Falou esperançoso.

Talvez por esse motivo Regina tivesse tido coragem para permitir que o filho soubesse a verdade, o garoto era de ouro e seu otimismo era contagiante. Mais que qualquer outra forma de consolo, estar ali era a melhor maneira que Regina poderia estar.

Se houvesse galo na cidade, começariam a cantar. O sol apontava no horizonte e infiltrava pelas frestas do quarto de Regina, essa que já tinha os olhos abertos. O certo seria perguntar se ela realmente dormiu.

Não agüentando mais ficar na cama, com muito cuidado para não acordar Henry, Regina se levantou, andando lentamente até a cozinha a fim de um café preto. Ficou satisfeita ao encontrar a mesa já posta, ao olhar mais a fundo, Isaura sorria para a patroa.

– Alguém mais acordada? – Perguntou a morena, sentando numa das cadeiras da mesa posta. Ao ver a empregada negar, Regina sentiu-se um pouco mais a vontade para demonstrar sua verdadeira expressão triste e de quem não dormiu.

– Senhora, coma um pão também, só o café não vai te manter de pé. – Comentou a empregada. – E Cora, sua mãe, ligou querendo saber de você e algo mais sobre o vôo dela chegar até a noite.

Regina bufou descrente no que escutava. Mesmo não sendo casada com o Senhor Henry Mills quando faleceu, Cora afundou-se em tristeza e se afastou de todos, viajando para a China. – Só mais essa que faltava.

– Ela está preocupada Senhora, seja paciente. – Disse Isaura.

– E nenhuma noticia do hospital né? – Perguntou, já sabendo da resposta.

– Não, senhora. Nenhuma outra ligação... Não, minto. – Regina se encheu de esperanças ao ver que a mais velha cometia um equivoco. – O senhor David também ligou querendo que a senhora ligue assim que acordar, mas adiantou que não é nada urgente.

– Essas ligações não me interessam! – Exclamou, em baixo tom. Não brigando com a emprega, apenas sofrendo por não ter noticias da esposa. Olhou pela centésima vez seu celular.

– Bom dia Regina, bom dia Isaura. – A voz sonolenta de Ruby invadia a sala.

– Bom dia. – Respondeu tanto a morena quanto a mais velha.

– Alguma novidade? – Perguntou.

– Minha mãe está voltando. – Antes que Ruby falasse, Regina continuou. – Só peço que o luto dela tenha passado e levado junto aquele pessimismo. Não to em condições pra isso...

– Relaxa Regina... – Ruby se aproximou, conhecendo a cunhada e lembrando do estado deplorável que a mãe estava quando se mudou, rezou internamente para que Cora tivesse reagido e estivesse bem mais otimista. Afinal, ali naquela família, era o que precisava naquele momento e muita fé. – Ela está melhor, pelo que notei da ultima vez que nos falamos. Até disse que acredita no meu talento.

Desde a partida para a China, Regina não procurou e evitou todas as vezes que Cora tentou se comunicar com ela. Por sua vez, a mãe profundamente triste comunicava-se com Emma e Killian para ter noticias da filha e do neto. Por mais saudade e vontade que sentisse, Regina não dava o braço a torcer, até os dias de hoje era incrédula com a atitude da mãe de só pensar no próprio sofrimento e egoísmo.

Logo Cersei e Jaime se levantaram, seguido por Henry. David informou que estava na empresa e logo estaria na mansão com Mary e o filho, Neal. Quando o almoço passou, Regina seguiu com Cersei, Jaime e Ruby para o hospital, não só atrás de noticias, mas a morena precisava tentar ver a amada.

– Senhora Mills estava indo pegar o seu número nesse exato momento. – Regina foi surpreendida pela voz da mesma enfermeira que entregou os pertences de Emma, Merida.

– Emma acordou? – Regina perguntou.

– Infelizmente não, ela continua estável no coma. – Disse com receio. – Mas era pra informar que a senhora ou algum familiar poderá entrar pra ver a Emma.

Regina sentiu seu pulmão encher de ar, sentiu uma enorme felicidade dentro de si e seus olhos transbordaram em brilho.

– Só uma pessoa poderá entrar, mas o resto pode observá-la pelo vidro. – Completou a enfermeira.

A vontade de ver Emma explodia de Regina, porém quando observou o olhar triste de Cersei notou que ela também precisava ver a filha e tocá-la. – Cersei... – Suas palavras seriam desnecessárias naquele momento. – Vá. – Sorriu a morena.

– Tem certeza Regina? – A voz da sogra era insegura.

– Seu coração precisa disso. – Regina incentivou. – Certeza absoluta.

Jaime acompanhou a esposa até a porta, cochichou palavras de conforto e se afastou, aproximando-se de Regina e Ruby, que já observavam Emma. Um pai angustiado, uma amiga preocupada e uma esposa desesperada. Os três deixaram as lágrimas invadir seus rostos ao verem uma mãe visivelmente abalada acariciar o rosto machucado da filha.

O momento durou pouco, mas para Regina foi significativo. Mesmo a palidez vista de longe e os hematomas, Emma tinha uma expressão tranqüila, o que serviu de muito conforto para o seu coração que também precisava. Este que além de confuso estava sofrendo pela ausência da loira.


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Notas finais do capítulo

Merece reviews?