O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoaaaas! Primeira postagem do ano e vem com tudo. E como foi a virada de vocês?

Então, direto ao ponto. Vocês estão prontas para saber o que levou Emma e Regina a assinarem o divórcio? É disso que falaremos agora.
Espero que gostem, e já informo que a próxima atualização poderá demorar um pouco, pois o ano já começou corrido aqui! E mais, o próximo também será o que eu considero o final da primeira parte, onde acabam as lembranças de Emma.

Enfim, ótima leitura! Um beijo para cada que ler :*



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A emoção esparramava pelos olhos da loira enquanto recordava alguns momentos com sua família. Sejam noites revezadas pra cuidar do menino com algum resfriado ou alguma viagem divertida e até mesmo os três dividindo a mesma cama numa noite chuvosa com direito a filme e raios. Sentiu raiva invadir seu corpo e respondeu com um murro no volante. – Como você foi capaz de se permitir a isso, Emma? – E nesse instante seu pensamento mudou o foco, das imagens felizes com a família para o dia que colocou tudo a perder.

Emma estava em Vancouver há uma semana, num congresso sobre o futuro dos efeitos especiais, foram cinco dias de exaustivas, mas interessante, palestras e apresentações de novos aparelhos que poderiam permitir a mudança tecnológica na área. Na sexta-feira, por ela o dia mais esperado, a sua palestra. A ansiedade corroia seu corpo deixando-a em extremo desespero. Claro que não era sua primeira vez, Emma tinha um currículo magnífico quanto a área, além das várias experiências que acumulou durante sua vida profissional. Seu nome, Emma Swan, era extremamente conhecido na área do cinema, assim como sempre sonhou.

Ao passar por mais essa apresentação, onde fora aplaudida de pé, a loira se permitiu a aceitar o convite dos outros palestrantes e foram relaxar em um bar refinado, nem tão perto do hotel onde a maioria estava instalado. Tentou por inúmeras vezes ligar para Regina, mas o celular só dava desligado, então ligou pra Ruby que disse que estava tudo bem, mas mal sabia Emma que estavam planejando uma surpresa pra ela. Como era sexta, final de semana, Regina e Henry pegaram um avião pra Vancouver, com o propósito de ficar o final de semana com a loira, que até então, voltaria no sábado de manhã.

Alguns instantes receosa, pensou em pedir um suco natural, mas por fim decidiu-se por um drink de vodka importada. Já alterada, conversava animadamente com uma mulher muito bonita, cabelos quase todo preto, se não fosse à parte inferior pintadas de branco. Seu nome era Cruella, mas gostava de ser chamada por Ella. Tinha uma postura sexy e um olhar puxado extremamente convidativo. A música de fundo servia para acalmar o ambiente em meio algumas pessoas conversando.

Por melhor que a prosa estivesse, Emma precisava ir embora já que seu vôo era na manhã seguinte. Despediu de todos e seguiu pro estacionamento, após pagar sua parte da conta, até que perto do seu carro, escutou seu nome sendo gritado.

– Emma...

Ao se virar, aquela linda mulher que conversava no bar há pouco. – Ei.

– Como estamos no mesmo hotel e eu também preciso ir, pois embarco amanhã cedo, pensei que poderia me dar um carona? - Disse a mulher com um sorriso que parecia enfeitiçar Emma.

Por sua vez, a loira aceitou, mesmo sem saber como se portar. Pela primeira vez em quase vinte anos de história com Regina, Emma admirou verdadeiramente outra mulher. Poderia dizer até que se não tivesse Regina, ficaria com Ella. Afastou rapidamente esses pensamentos e focou na conversa rápida.

– Então você é casada? - Ella observava a aliança no dedo da loira, essa que tinha os olhos atentos no asfalto.

– Sim. – A loira abriu um imenso sorriso. – Dez anos.

–Como dez anos? Quantos anos você tem Emma? - Abriu um imenso sorriso. A formalidade já era coisa do passado, estavam levemente embriagadas e rindo alto.

– Trinta e seis. – Abriu outro sorriso, agora olhando a passageira.

Ella parecia não acreditar fazendo caras e bocas e a loira se divertia com a cena enquanto contava quem era sua esposa e que tinha um filho.

Ao chegarem no hotel, pegaram o elevador juntas até que Emma convidou a mulher para ir em seu quarto já que a conversa agora era profissional. Tomaram mais uma garrafa de champanhe em copo normal, que ficara sobre a mesa, as horas conversando pareciam ter voado. Emma sentou-se no pé da cama e não percebeu o momento exato, só sentiu Ella jogando-a na cama enquanto beijava seu pescoço.

– Ella... Não... – Emma gemeu sentindo a mão da mulher deslizar por entre suas pernas.

– Percebi o jeito que você me olha Emma... Dez anos de casamento se torna chato sem uma aventura. – Sussurrou a mulher enquanto puxava a blusa da loira.

Graças ao álcool já ingerido, Emma não conseguia pensar direito. Sua cabeça estava girando pensando em Regina e no desejo que estava sentindo com as mãos de Ella deslizando sobre seu corpo. Gemeu um pouco mais alto que para Ella pareceu um sinal, deslizou a mão desabotoando a calça da loira. Antes do próximo passo, Emma se afastou e levantou correndo em direção ao banheiro.

– Está tudo bem? - Perguntou Ella.

– Sim... – Resmungou Emma, enquanto vomitava um tanto.

Esperou o enjôo passar, lavou o rosto e voltou para o quarto. – Olha Ella, eu sou casada e amo minha mulher. – Emma tentava falar, mais estava bêbada e seu mundo ainda girava, deu alguns passos indo em direção a cama, se jogando de calça e sem camiseta. Fechou os olhos e não poderia dizer que dormiu, mas sim que apagou.

Na manhã seguinte, acordou apenas com a voz raivosa de Regina gritando seu sobrenome.

– Swaaaaaaaaaaaan!*

Ao abrir os olhos, Regina estava em pé no fim da cama e mais ao fundo estava Ella, vestindo apenas uma velha blusa que a loira usava para dormir nessas viagens longe da esposa.

Emma não poderia explicar o que sentiu naquele momento da sua recordação, deu mais um trago no cigarro. Ódio de si por aqueles drinks mais a raiva por ter convidado Ella até seu quarto. Estava sofrendo demais, pagando um preço extremamente caro por um erro que não tinha cometido, porém não tinha provas.

A loira só se lembrava de passar mal, voltar pra cama e dormir. Agora estava olhando para sua esposa parada na porta e a última pessoa que viu na noite anterior. – Regina... Não é nada disso...

– Que eu to pensando? - Vociferou a mulher vendo a loira se levantar. – Exato, não é nada disso. Isso não tem explicação!

– Com licença Senhora, mais eu posso lhe afirmar que não aconteceu nada. – Ella falou um pouco mais alto.

– Você cala a boca! – Gritou Regina tentando manter o controle. – Segunda-feira os papéis de divórcio estarão na sua mesa e por gentileza, não pense em me procurar. – A morena disse com postura saindo do quarto.

Emma sentia toda a tristeza e ódio que saiam daqueles olhos chocolates. - Regina, é sério! –Sem se importar com a ausência de camisa saiu às pressas atrás da mulher no corredor. – Eu juro que não aconteceu nada! Eu juro, eu bebi confesso... – Emma tentava falar mais não se lembrava se tinha acontecido ou não. – Eu estava dando carona pra ela, ela é palestrante também.

– E acordou na sua cama, sem roupa! – Gritou. – Emma, não me interessa suas desculpas.

– Regina não é desculpa... Eu juro por... – A loira de calou por instantes.

– Sabe qual é a verdade Emma? - Regina encarou a esmeralda. – Você se quer lembra o que aconteceu então não pode jurar por nada, nem por mim e nem pelo seu filho.

Regina a conhecia perfeitamente. Emma tinha sempre percas de memória ao ingerir bastante álcool, então não poderia realmente jurar, dar sua palavra de que nada havia acontecido. Ao ver que a esposa permanecia calada, Regina simplesmente deu as costas e saiu andando. Emma permaneceu no corredor, como quem quer se mover mais algo a prendia. Pensou nas palavras dita a pouco pela morena, ela estava certa, não tinha como jurar por algo que não tinha certeza. Então a loira respirou fundo, voltando pro quarto. Ella já não se encontrava lá, arrumou suas coisas em algumas horas, não derramara uma lágrima, mas seu coração doía. Não sabia ao certo o que fazer.


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Notas finais do capítulo

* Quem quiser recordar um possível tom, assista o episódio 4.10 em seus 20 minutos e 35 segundos mais ou menos. Até hoje, se fecho os olhos, lembro desse berro. E cá entre nós, eu adorei a cena completa hahaha

E ai, merece reviews? Até o próximo!