O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas!
Segue mais um capítulo pra vocês, e já informo que teremos um pouco de sofrimento. Me perdoem, pois é necessário.

O que foi esse capítulo 4.10? Fiquei tão eufórica, senhor amado. Aquele grito da Regina "Swaaaaan!" não me sai da cabeça!
E após todas as emoções, uma ideia surgiu na minha mente e compartilhei aqui com vocês no Nyah! e é capítulo único. Aconselho a darem uma olhadinha e dizer se gostaram.
Accepting Love
http://fanfiction.com.br/historia/571006/Accepting_Love/

E voltando ao assunto principal, uma boa leitura! E até segunda, no máximo!



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A loira abriu o vidro enquanto acendiu outro cigarro. – Você está fumando demais. – Se auto repreendeu, mas ignorou lembrando-se da péssima fase que seu relacionamento se encontrava, isso a fez fumar. Não era mais uma briga boba onde na manha seguinte tudo estaria bem, lembrava-se das palavras “Não faz sentido continuarmos juntas se nenhuma está feliz.”

Já fazia umas boas semanas que Emma andava calada e isso era notado por todos, igualmente a oscilação de humor de Regina, a tão boa humorada não andava sorrindo ultimamente. Entre elas, pouco conseguia ter uma conversa que não terminasse em briga, isso interferiu tanto que durante os cinco dias da semana, não haviam se encontrado.

A aula acabava e a loira tentava evitar os amigos, já tinha deixado o material arrumado e quando o professor liberou a classe, saiu as pressas até o estacionamento.

– Ei, Emma... – Anna era uma jovem ruiva que Emma conheceu na faculdade e se tornaram grande amigas nesses dois anos de Los Angeles. – Emma! – Chamou novamente enquanto corria até a loira.

– Oi Anna. – Foi mais uma bufada que um cumprimento.

– Queria ver com você sobre o trabalho da semana que vem...

– Podemos falar disso depois? - O olhar cansado, assim como suas expressões, convenceu a menina.

– Podemos. – Abriu um sorriso desanimado, então Anna deu as costas e se pôs a andar.

– Anna. – Chamou Emma. A jovem se virou. – Quer uma carona?

Anna abriu um largo sorriso. – Achei que não fosse me oferecer Emma! – Dizia entrando no carro.

Já nas ruas, a conversa entre ambas desenrolaram sem frescura, comum entre duas amigas. Anna contou sobre bobeiras do dia anterior e Emma escutava, ou pelo menos era o que parecia. A loira estava longe, o corpo e atenção na direção estavam presentes, mas seu pensamento escutava poucas palavras do que a ruiva falava sem parar.

– Olha Em, não quero ser intrometida. – A jovem começou a falar. – Mas já sendo, acho que seria bom pra você conversar com alguém sabe? – Gesticulava as mãos enquanto falava. – Está dando pra ver sua tristeza de longe. Belle comentou esses dias, perguntando se eu sabia que algo. E cá entre nós, algo está acontecendo.

– Ah Anna...

– Mas sabe, acho que você precisa conversar com alguém, relaxar um pouco. – A garota interrompeu Emma e continuou falando. – Esquecer as preocupações um pouco e simplesmente falar.

– Talvez...

E novamente, Anna interrompeu Emma e falava. – Mas sabe, não sei se falar com Regina, de novo, ou com os amigos que vocês têm em comum seria uma boa. Talvez fosse bom você falar com alguém que não conheça a razão da sua melancolia.

– Como você sabe que se trata de Regina? E você a conhece, Anna. – Respondeu Emma, nos poucos instantes que teve.

– A conheço socialmente. – Enfatizou as palavras. - E nas raras veze que a tive como professora aos sábados. – Acrescentou.

Poderia ser uma boa ideia. Emma pensou, já que dificilmente poderia reclamar com Killian, pois era o irmão, já com Ruby Emma preferia não falar muito, pois a morena estava empenhada numa participação que faria numa famosa série. Além de que agora a amiga era oficialmente cunhada de Regina.

– Eu sei Em, namorar não é fácil. – Anna falou.

– Não é o namoro em si e sim ela! – Bufou. – Eu não sei o que está acontecendo. As últimas atitudes dela não condiz mais como antes. Só sabe falar que está com problemas na empresa, mas há dois meses estávamos no Canadá comemorando dois anos de namoro, e quando voltamos, ela fica assim. Passa a me ignorar! Ela nem me liga direito, não me procura. Faz duas semanas que não fazemos sexo e uma que não dormimos juntas. – Descarregava de uma vez. – Eu não sei o que fazer pra agradar ela, já mande flores que ela nem ligou agradecendo.

– O que você acha de nós irmos num bar? - Anna propôs, notando que agora a loira iria se abrir. – Na mais pura amizade, claro. – Sorriu pela brincadeira.

Emma aceitou de bom grado, uma volta com alguém pouco distante de Regina poderia ser o que ela precisava por hora. Beber, dar risada, sem se preocupar com a namorada. Essa parte ficou decidida quando a loira desceu e deixou o celular no carro.

Não era um lugar requintado e nem tinha nada de luxo, mas tinha cerveja e isso fez com que elas parassem no bar mais próximo e perdessem noção do tempo pelo resto da tarde.

– E qual é a graça que você vê no cigarro Anna? – perguntou Emma, observando a ruiva tragar lentamente.

– Não é uma graça em si, ajuda a aliviar meu corpo. – Sorriu soltando a fumaça.

– Me dê um trago. – Pediu Emma.

– De jeito nenhum! – Respondeu Anna, tirando o cigarro da mão que estava perto da loira.

– Por favor, só um trago. Eu preciso relaxar. – Respondeu forçando um sorriso de quem sofre. – Qual é, Anna?!

– Ok, ok! – Bufou, sempre foi ruim em dizer não as pessoas, mesmo quando não queria mesmo, como no caso.

Emma pegou o cigarro e se lembrou de uma festa quando mais nova, onde fumou não só um, como vários baseados. Agora olhando para o cigarro, lembrou do que havia feito para tragar a fumaça e repetiu o gesto. – Wow! – Exclamou seguindo de inúmeras tosses. – Até que não fui tão ruim.

– Acho que já deu nosso horário! – Disse brincando e entre uma sequencia de gargalhada, Anna olhou as horas. – É, acho que realmente deu nossa hora. – Se colocando de pé.

Emma fez o mesmo e rapidamente pagaram a conta e foram pro estacionamento. Assim que a loira entrou, escutou o final do seu toque de chamada. Pegou o aparelho e abriu um largo sorriso. Era Regina pela inúmera vez. – Ops! – Mostrou o aparelho para Anna.

– Oh Emma, mais de vinte chamas. Retorna pra saber se houve alguma coisa.

– Não, quando eu chegar em casa eu ligo. – Bufou a loira ligando o carro. – Tantas as vezes que eu ligo e ela não atende.

Estacionaram em frente a casa de Anna.

– Adorei o Happy Hour. – Brincou Anna.

– Adorei também, Anna. Você me ajudou bastante.

Despediram-se alegremente e a loira seguiu o caminho para sua casa. Ao chegar, já imaginava a briga que teria que enfrentar. O carro de Regina estava estacionado na porta do prédio.

Emma não queria relembrar aquela briga, mas foi inevitável... Já tinha começado e agora sentia a mesma dor que sentiu por meses. Lembrou-se da morena com a expressão chateada a sua espera, das palavras e grosseria dita por ambas.

– Oi! – Disse num tom alegre, vendo sua cunhada Mary Margareth, David e Regina sentados no sofá.

– Vou ligar para a Ruby, falando que Emma apareceu. – David puxou Mary pela mão e seguiu para o quarto, querendo mais é dar privacidade as duas.

Emma evitou olhar nos olhos da morena, olhando para os cantos da sala. Regina estava visivelmente impaciente e nervosa.

– Por que você não me atendeu? - Regina a encarou.

– Acabou a bateria? - Emma a olhou, de fato estava num estado alcoólico piadista.

– Eu não sou idiota Emma. – O tom sério da morena fez a loira se assustar. –Sua aula acabou faz tempo, eu rodei meia cidade atrás de você, liguei pra todos os contatos em comum e nada. Nenhum misero sinal, mensagem ou resposta!

– Tá. – Bufou a loira. – Sem estresse. – Resmungou. – Sai da aula e fui beber com a Anna.

– Sério Emma? - Regina pareceu completamente indignada com o que escutava e Emma bem sabia o porquê, a morena tinha um ciúme enorme da garota.

– Sinta meu cheiro. – A loira se aproximou. – Cerveja! Eu precisava relaxar, que droga Regina!

– Você sabe que não é disso que estou falando, está visível que você bebeu. – Exclamou raivosa.

– A Anna fuma...

– É disso que eu tô falando. – Interrompeu. – Acabou sua aula e você simplesmente some sem avisa a Ruby, ninguém tendo noticias e você volta cheirando cigarro após uma linda tarde com a Anna!

– Não aconteceu nada, já disse! Anna é minha amiga e você quem não dá espaço para ver isso. – Emma reclamou. – Se alguém tem que estar surtando, querendo brigar ou qualquer coisa do tipo sou eu Regina, eu!

– Você? – Abriu um sorriso irônico. – Quanto mal humor.

– Eu não estou de mal humor, eu só estou cansada do modo que você tem me tratado. – Explodiu a loira. – Desde que voltamos do Canadá você está grossa o tempo todo, arruma pretexto pra brigar, não me liga, não pergunta como eu to...

– É a empresa, Emma. – Interrompeu.

– Que se dane se é a empresa. Você nunca me fala quais são os seus problemas e me trata como se eu fosse um lindo saco de porrada vermelho pendurado no seu quarto!

– Eu sei, me desculpa... – Suspirou a morena.

– Não Regina, não é assim... Mais uma vez uma simples desculpa e ficaremos bem.

Ali começava uma briga que ambas iriam sofrer as consequências. Emma falava tudo que estava lhe incomodando, o que achava que estava prejudicando o relacionamento. Mais Regina revidou, jogou os seus pontos de vista.

– Eu não te ligo? – Perguntou Emma incrédula nas acusações de Regina. – Eu te procuro o tempo todo, chega a ser chato. Jasmine não aguenta mais ouvir minha voz e você nunca retorna meus recados.

– Só queria um pouco de compreensão Emma, achei que seria possível. – Regina quem dizia, essa não estava nos seus melhores direitos de brigar, não que alguém tivesse culpa, mas a pressão na difícil economia que o país estava passando começava até mesmo afetar a empresa, além de motivos como sua mãe estar namorando um garoto de vinte e cinco anos com o habito de usar drogas. – Mas pelo seu comportamento de hoje, é tudo que você não pode me dar.

– Eu só estou cansada Regina! Eu precisava relaxar, precisava parar de ficar pensando nas nossas brigas, conversar com alguém que não te conhecesse. – Disse Emma, visivelmente esgotada de tantas brigas.

– E você acha que isso não me cansa? – Disse a morena. – Me cansa tanto como você, já não basta os problemas que eu sou obrigada, em vez de chegar e ter uma namorada pra descontrair, tudo vira motivo de briga. Mais nem por isso eu saio com uma amiga, sem avisar ninguém e ficar horas por ai.

– Esse erro eu assumo. – Interrompeu, com um sorriso sarcástico. – Mais quanto ao resto, eu não tenho culpa.

– Você nunca tem culpa, Swan! – Berrou a morena. – Você é sempre a boa moça, a que me entende e me escuta, a única que liga e se preocupa, que vai atrás.

Ambas tinham o rosto tomado pelas lágrimas, porém nenhuma abaixava o tom de voz e discussão continuou entre alguns gritos até o silêncio dominar o local.

– Eu não aguento mais brigar. – Emma usou seu tom mais baixo e desesperado, enquanto deixou o corpo cair no sofá.

– Não iremos mais brigar. – Falou a morena, se sentando ao lado. – Acho que depois de tantos desabafos românticos, não vejo sentido continuarmos juntas se nenhuma está feliz.

– É isso mesmo que você vai falar? – Suspirou a loira. Isso foi o que a mais a magoou na noite, entre todas as palavras mal ditas. Esperou alguns segundos e não houve resposta, seu coração doeu como se uma enorme espada cravasse em seu peito. – Então não temos mais o que conversar. – Falou num tom trêmulo, segurando o choro e olhando para o chão enquanto escutou o salto alto caminhar até a porta.

Antes que a porta fosse fechada, entre soluços abafados escutou a morena. – Desculpa por não ter te feito feliz.

Sem qualquer outra palavra, uma Regina destruída emocionalmente deixou o apartamento. A loira se debruçou no sofá, permitindo as lágrimas tomarem seu corpo. Nem David, nem Mary Margareth, nem Ruby, nem qualquer pessoa que fosse conseguiria animar a loira que sofria intensamente.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Beijos :*



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