De Botão á Flor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 6
Sexto mês - tudo cor de Rosa




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Hermione estava ficando indescritivelmente barriguda.

Aquilo poderia até parecer engraçado, mas não era. Ela continuava a mesma, só que com uma linda curva que ia de seu busto até as pernas. E mesmo com essa lombada modificando seu corpo, ela estava mais linda do que nunca.

O que mais me satisfazia era o fato de Hermione estar insanamente feliz com nossa filhinha ali. Nossa bebê não parava mais quieta dentro da barriga da mãe.

Em uma noite, Hermione puxou minha mão e a colocou perto de seu umbigo. Esperava sentir o chute brincalhão de nossa filha, mas senti algo mais rígido e imóvel em minha mão.

– A cabeça? - indaguei, maravilhado.

Hermione sorriu, assentindo.

Apalpei o local com mais cuidado, pousando minha outra mão do outro lado se sua barriga. Acariciei o ponto onde a cabecinha da bebê deveria estar pousada.

Um chute vigoroso atingiu a outra mão. Hermione riu.

– Acho que ela não vai gostar muito de você "passar a mão na cabeça" dela...

Eu ri, balançando a cabeça.

– Já pensou no nome? - perguntei, interessado.

Hermione corou, ficando cor-de-rosa. A cor era linda quando invadia seu rosto.

– Ah, não... estava pensando em decidir quando... ela nascesse.

Suspirei. Achei que Hermione já tinha alguma ideia na ponta da língua.

– Você tem alguma sugestão? - ela disse, erguendo a testa.

– Ah, sim - brinquei, ainda encarando suas bochechas cor de lavanda - estava pensando, sabe... que tal... Rosa?

Quem ficou rosa com a ideia foi Hermione. Mas não era mais de constrangimento.

Um sorriso que eu não esperava cortou seu rosto.

– Perfeito.

– Você achou?

– Achei.

– Achou nada.

Desviei da almofada que Hermione jogou em mim. Ela paralisou e arfou, provavelmente pelos chutes de protesto de nossa filha.

– Vai assustar a Rosa, Hermione - sorri, afagando sua barriga.

Hermione sorriu encabulada.

– Não, é sério. Amei o nome. É lindo.

– Então fechou. Vai ser Rosa. Rosa Weasley.

– Que seja - disse Hermione, brincando. De repente, porém, seu rosto se contorceu um pouco, e ela cruzou as pernas, mordendo o lábio. Fiquei assustado, me perguntando o que ela estava sentindo.

– O que foi?

Hermione arregalou os olhos e ficou vermelha.

– Banheiro - murmurou ela, num fiapinho de voz.

Eu ri. Ela tentou ficar zangada - juro que tentou - mas riu baixinho também.

– Rosa está acabando com a minha bexiga - ela tentou se justificar, ficando quase roxa de vergonha.

– Vem, eu te ajudo - puxei os braços de Hermione para ajuda-la à sair da cama. Ela tinha ficado bizarramente desorientada assim que o sexto mês de gravidez chegou.

Assim que chegou ao banheiro, ela entrou e fechou a porta sem cerimônia.

Fiquei esperando do lado de fora. Comecei a ficar preocupado quando dez minutos se passaram e não havia sinal de vida de minha esposa.

– Hermione, está tudo bem? - perguntei, segurando a maçaneta.

– Rony... me ajuda... - veio a voz abafada de Hermione de dentro do banheiro.

Entrei correndo, amedrontado.

Só para ficar embasbacado ao ver minha esposa grávida nua perto da banheira.

Quem estava rosa agora com certeza era eu.

Hermione fungou, com uma expressão dividida entre a súplica e a malícia.

– Me ajuda a tomar banho?

Minha boca despencou e foi parar em algum lugar perto do ralo... tipo, ela queria que eu a ensaboasse?

Tinha que admitir que aquilo nunca fez parte de minhas fantasias com Hermione.

Mas fazia um bom tempo que a nossa intimidade maliciosa não aparecia devido á presença da nossa pequena espectadora.

– Hermione... não... você pirou...

Hermione me puxou tão rápido para a banheira que quase afundei.

Ela gargalhava enquanto eu cuspia a água e tentava emergir.

– Você anda muito má – comentei, puxando seu corpo para o meu colo dentro da água.

Ela me observava, ainda rindo, enquanto eu tirava minhas roupas encharcadas e as jogava no piso.

Aninhei seu corpo no meu, acariciando seu ventre redondo. Ela deitou a cabeça em meu ombro, e, em vez de fazermos uma cena ousada, simplesmente ficamos ali, descansando na água da banheira, imaginando a carinha que nossa filha teria ao nascer, e tendo mais um daqueles momentos cujas alegrias são impossíveis de explicar


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