Um final diferente escrita por kaah


Capítulo 1
Capítulo um


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, essa é minha primeira fanfic. Então relevem! a fic começa quando o rei chama America, quando ela está se divertindo com as garotas da elite no salão das mulheres...



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Minhas criadas consertavam meu cabelo, após a última tentativa de Elise de fazer um coque alto, quando alguém bateu à porta.

Mary correu para ver quem era. Um guarda cujo nome eu não sabia entrou ali. Já o tinha visto várias vezes, quase sempre ao lado do rei.

Minhas criadas o cumprimentaram com uma reverência quando ele se aproximou, e eu estava levemente nervosa quando ele parou à minha frente.

— Senhorita America, o rei solicita sua presença imediatamente — foram suas frias palavras.

— Há algo de errado? — perguntei para ganhar tempo.

— O rei responderá suas perguntas.

Engoli em seco. Tudo de mais horrível me passou pela cabeça. Minha família corria perigo. O rei arranjara um jeito de me punir discretamente por todas as vezes que o contrariei. Ou descobrira que tínhamos saído do palácio. Ou talvez pior: alguém denunciara minha relação com Aspen e pagaríamos por isso.

Tentei espantar o medo. Não queria demonstrar ao rei Clarkson que era isso que eu estava sentindo.

— Vou com você, então.

Levantei e segui o guarda, não sem antes olhar uma última vez para as garotas. Assim que percebi como pareciam preocupadas, me arrependi.

Atravessamos o corredor e subimos a escadaria para o terceiro andar. Eu não sabia direito o que fazer com as mãos; ficava mexendo no cabelo, ou no vestido, ou esfregava uma na outra.

Quando estávamos mais ou menos na metade do corredor, vi Maxon, o que me tranquilizou. Ele estava parado em frente a uma sala, à minha espera. Não havia preocupação em seu rosto, mas ele conseguia esconder seus sentimentos melhor do que eu.

— O que aconteceu? — cochichei.

— Eu sei tanto quanto você.

O soldado assumiu seu posto do lado de fora, e Maxon me acompanhou para dentro. A ampla sala tinha uma parede coberta de prateleiras de livros. Havia também vários mapas sobre cavaletes. Pelo menos três eram de Illéa, marcados com alfinetes de diferentes cores. Sentado a uma mesa enorme, o rei segurava um pedaço de papel.

Assim que percebeu nossa presença, endireitou a postura.

— O que exatamente você fez com a princesa italiana? — o rei Clarkson exigiu saber, sem rodeios e com os olhos cravados em mim.

Gelei. O dinheiro. Tinha me esquecido daquilo. Confessar que conspirei a favor da venda de armas para gente que ele considerava inimiga era pior do que qualquer uma das hipóteses que eu levantara.

— Não sei se compreendo o que o senhor quer dizer — menti, olhando para Maxon, que permanecia calmo apesar de saber de tudo.

— Há décadas tentamos fazer uma aliança com os italianos e, de repente, a família real está bastante interessada em receber uma visita nossa. Entretanto… — O rei pegou a carta para procurar um trecho em especial. — Ah, aqui está: “Embora seja mais que uma honra receber a graça de vossa companhia e de vossa família, esperamos também que a senhorita America possa vir nos visitar. Após conhecer toda a Elite, somos incapazes de imaginar alguém capaz de seguir os passos da rainha tão bem como ela”.

O rei me encarou novamente.

— O que você fez?

Percebendo que tinha escapado de um problema enorme, relaxei um pouco.

— Tudo o que fiz foi tentar ser educada com a princesa e sua mãe durante sua visita. Não sabia que tinham gostado tanto de mim.

O rei Clarkson bufou.

— Você é subversiva. Tenho observado seus passos. Você está aqui por algum motivo que, tenho certeza, não é ele.

Maxon se virou para mim ao ouvir essas palavras. Gostaria de não ter notado o lampejo de dúvida em seus olhos. Sacudi a cabeça.

— Não é verdade! — falei.

— Então como uma garota sem dinheiro, sem contatos e sem poder é capaz de conseguir algo para este país que faz anos que tentamos alcançar? Como?

No fundo, eu sabia que existiam fatores que ele ignorava. Mas a própria Nicoletta tinha oferecido ajuda, tinha se colocado à disposição para fazer qualquer coisa em favor de uma causa que apoiava. Se a acusação do rei fosse contra algo que eu tivesse feito, seus gritos teriam me assustado. Naquela situação, porém, ele parecia mais uma criança.

Respondi calmamente:

— Foi o palácio que nos encarregou de entreter os convidados estrangeiros. Do contrário, eu jamais teria conhecido qualquer uma dessas mulheres. E foi ela quem escreveu, me convidando para ir. Não pedi por uma viagem à Itália. Talvez se o senhor tivesse sido mais acolhedor, teria conseguido uma aliança com a Itália anos atrás.

O rei levantou bruscamente.

— Cuidado com o que fala.

Maxon pôs o braço sobre meu ombro.

— Talvez seja melhor você sair, America.

Comecei me levantar, ansiosa para me afastar do rei. Só que não era isso que ele tinha em mente.

— Pare. Tem mais — o rei insistiu. — Isso muda as coisas. Não podemos recomeçar a Seleção e nos arriscar a desagradar os italianos. Eles possuem uma grande influência. Se nos aliarmos a eles, várias portas poderão se abrir para nós.

Maxon assentiu, nem um pouco incomodado. Ele já tinha tomado a decisão de nos manter no palácio, mas tínhamos que fingir que o rei estava no controle.

— Precisaremos simplesmente prolongar a Seleção — concluiu o monarca, fazendo meu coração bater mais forte. — Temos que dar um tempo aos italianos para que julguem as outras opções viáveis sem se ofender. Talvez devêssemos marcar uma viagem para lá em breve e dar a todas uma chance de mostrar suas qualidades.

Ele parecia muito satisfeito consigo mesmo, muito orgulhoso de sua solução. Comecei a imaginar até onde ele iria. Favoreceria Celeste, talvez. Ou conseguir um encontro particular entre Kriss e Nicoletta. Eu não duvidava que ele tentaria me fazer parecer má de propósito, como na Condenação. Se conseguisse me prejudicar a valer sem parecer culpado, não sabia se teria alguma chance.

E isso não tinha nada a ver com a questão política. Mais tempo, para ele, significava mais oportunidades para me fazer passar vergonha.

— Pai, não sei ao certo se isso pode ajudar — interveio Maxon. — As italianas já conheceram todas as candidatas. Se preferem America, é porque viram algo nela que não havia nas outras. O senhor não pode fabricar isso.

O rei encarou Maxon com veneno nos olhos.

— Você está declarando sua escolha agora, então? A Seleção acabou?

Meu coração parou de bater.

— Não — Maxon respondeu, como se a ideia fosse ridícula. — Só não sei se sua sugestão é a mais acertada.

O rei Clarkson apoiou o queixo na mão, olhando ora para Maxon, ora para mim, como se nós dois fôssemos uma equação que ele não conseguia resolver.

— Ela ainda precisa provar que é digna de confiança. Enquanto isso não acontecer, você não poderá escolhê-la — o rei disse, inflexível.

— E como o senhor espera que ela faça isso? — rebateu Maxon. — Do que o senhor precisa exatamente para ficar satisfeito?

O rei ergueu a sobrancelha, aparentemente intrigado com as perguntas do filho. Após uma breve reflexão, tirou uma pequena pasta de uma gaveta.

— Mesmo se ignorarmos as consequências do seu último showzinho no Jornal Oficial, parece haver um descontentamento entre as castas ultimamente. Tenho tentado encontrar um jeito de… apaziguar as opiniões no momento. Contudo, ocorreu-me que alguém tão jovem, bela e, ouso dizer, popular como você pode se sair melhor do que eu nessa tarefa.

Depois de me passar a pasta pela mesa, ele continuou:

— As pessoas parecem ouvir seu canto. Talvez você possa cantar uma canção minha para elas.

Abri a pasta e li os documentos.

— O que é isso?

— Apenas alguns informes públicos que faremos em breve. Conhecemos, obviamente, a composição das castas nas províncias e nas comunidades dentro delas, de modo que enviaremos informes específicos para cada região. Para encorajar essas pessoas.

Confuso com a explicação do pai, Maxon me perguntou:

— O que é isso, America?

— São como… anúncios — respondi. — Anúncios para que as pessoas sejam felizes em suas castas e não mantenham contato com quem for de outra.

— Pai, o que significa isso?

O rei recostou-se em sua cadeira, relaxado.

— Nada de mais. Só quero sufocar o descontentamento. Se não fizer isso, você terá de lidar com uma rebelião quando eu lhe passar a coroa.

— Como assim?

— As castas inferiores tendem a ficar agitadas de tempos em tempos. É natural. No entanto, precisamos subjugar seu ódio rapidamente e acabar com suas ideias de assumir o poder, antes que se unam e destruam nossa grande nação.

Maxon encarou o pai, ainda sem compreender totalmente suas palavras. Se Aspen não tivesse comentado sobre os simpatizantes dos rebeldes, eu também não entenderia. O rei planejava dividir e conquistar: tornar as castas incrivelmente gratas pelo que tinham – mesmo que fossem maltratadas – e impedir que se juntassem a outras castas, já que ninguém de fora entenderia seus problemas.

— Isso é propaganda — afirmei, lembrando de uma palavra que lera em um antigo livro de história do meu pai.

— Não, não. É uma sugestão. Um reforço. Uma visão de mundo que manterá nosso país feliz — tentou me acalmar o rei.

— Feliz? Então o senhor quer que eu diga a um Sete que… — Procurei as palavras na folha. — “Sua tarefa talvez seja a mais importante de nossa nação. Você trabalha duro para erguer os edifícios e estradas que formam nossa terra.”

Continuei:

— “Nenhum Dois ou Três poderia igualar seu talento, então não olhe para eles na rua. Não é preciso se dirigir àqueles que podem até ser superiores na ordem das castas, mas são inferiores na contribuição que dão a nosso país.”

Maxon se voltou para o pai.

— Com certeza isso vai alienar as pessoas.

— Pelo contrário. Vai mantê-las em seus devidos lugares e fazê-las perceber que o palácio sempre age incondicionalmente a seu favor.

— Age mesmo? — disparei.

— Claro que sim! — o rei berrou, fazendo-me recuar alguns passos.

— As pessoas precisam ser levadas no cabresto, com antolhos, como cavalos. Se ninguém guia seus passos, elas se perdem e vão buscar exatamente o que é pior para elas. Você pode não gostar desses discursos, mas eles farão mais, salvarão mais do que você imagina.

Meu coração só começou a desacelerar quando ele terminou de falar. Permaneci em pé, segurando os papéis.

Eu sabia que ele estava preocupado. Toda vez que o rei recebia um relatório sobre alguma coisa que tinha saído de seu controle, ele o amassava. Para ele, todas as mudanças eram consideradas traição antes mesmo de saber do que se tratava. Sua solução no momento era me colocar para fazer o mesmo que Gregory tinha feito e isolar seu povo.

— Não posso fazer isso — murmurei.

Ele respondeu calmamente:

— Então não pode se casar com meu filho.

— Pai!

O rei ergueu a mão.

— Chegamos ao limite, Maxon. Deixei você fazer tudo do seu jeito até aqui. Agora precisamos negociar. Se você quer que essa garota fique, ela precisa ser obediente. Se é incapaz de realizar as tarefas mais simples, minha única conclusão é que ela não ama você. Se esse é o caso, não entendo como você pode querer ficar com ela para começo de conversa.

Olhei para o rei com ódio por ele ter posto aquela ideia na cabeça de Maxon.

— Você o ama? Você ama Maxon, afinal?

Pensei no que a rainha disse, se eu amava Maxon eu teria que entrar no jogo do rei.

— Amo. Muito mais do que você imagina. - disse - Hoje a Rainha me deu um conselho muito valioso. Se eu quero Maxon, eu tenho que lutar, e é isso que vou fazer!

o Rei olhava perplexo para mim.

— Se vou te que fazer isso, eu mesma quero criar a mensagem. — O povo poderia me odiar, mas Maxon era tudo que eu tinha.

— Quem me garante que você não irá surtar, e dizer algo que não condiz? não cairei em sua armadilha. — o rei falou

Ia começar a dizer, mas Maxon me interrompeu.

— Nosso casamento. - ele falou, indo até mim

— Então é isso? a seleção acabou? - O rei disse franzindo a testa.

— É pai. A seleção acabou. - Maxon olhou para mim e se ajoelhou. tirou um anel do bolso e disse:

— America Singer, você quer se casar comigo?

Olhei no fundo dos seus olhos castanhos. ele já sabia a resposta, mas eu precisava responder.

— Claro que eu aceito. - Ele sorriu e se levantou. E olhou para o rei.

— Se é assim. - o rei saiu da sala, nos deixando a sós.

— Temos que avisar as garotas da Elite. - Maxon disse sorrindo, assenti e ele me puxou para fora a sala.

Fomos caminhando em silêncio até a porta do Salão das mulheres. Olhei para maxon que sorriu e abri a porta.

— Olha vocês aí! - Celeste disse

— Nós Temos um comunicado a vocês. — disse

— Eu e America iremos nos casar! - Maxon disse

Celeste correu para me abraçar, enqGostuanto as Elise e Kriss. vieram devagar ao nosso encontro. Eu estava subornando o meu carater. Mas eu amava Maxon e isso basta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? comentem por favor! beijos!