Esbarrei em pessoas estranhas, me apoiei em paredes, era difícil. Eu parecia uma louca, chorando e correndo pelos corredores do Hotel. Mas era difícil controlar aquele vulcão de sentimentos que disparavam sobre mim. Por mais que eu ame o Edward, ele me traiu diante de muitas pessoas. Ele nunca assumiu nosso relacionamento, sempre dizendo que seria difícil passar por questões de paparazzi e etc.

Ah, decisão.. como é difícil toma-la. Meu coração batia acelerado. Achei a porta dos fundos e me atirei nela, abri com tanta raiva que a fez bater com violência na parede. Sai, me esquecendo que existia um degrau ali, tropecei, mas alguém me segurou...

- Bella. Tudo bem?

- Jacob? Ah, Jacob... - abracei Jake e chorei. Chorei como nunca havia pensado que um dia acontecesse.

- Me conta o que houve?

Contei tudo ao Jake em meio a soluços, fungadas e lágrimas. Foi difícil relembrar tudo aquilo. Ele estava espantado, não com a situação, mas em como eu reagi diante dela.

- Foi isso Jacob.

- Ah Bella minha querida, eu posso ver como está sofrendo. Mas, se você realmente o ama, deve apoiá-lo, e provar que seu amor por ele é maior.

- Jacob. Ele me traiu, ele não sabe se o filho que ela pode estar esperando é dele. Como um homem não sabe disso? Ele se deitou com ela Jake.

- Calma menina, ele não disse que ela o embebedou você não pode ser totalmente contra ele assim. As coisas acontecem. Às vezes nós não temos controle. Veja meu exemplo. Eu adoro você, quando te conheci, eu sabia que não teria chances, porque vi como você amava o Edward. Não estou aqui para me aproveitar de você em um momento difícil. Estou aqui, pois percebi que nossa amizade é muito mais bonita. Victoria me ajudou a perceber. Bella, você tem que ajudar o Edward. Te garanto que ele não está feliz com toda essa situação. Ele também sofre, e ter o seu apoio melhoraria e muito a situação dele.

- Ah Jake. É difícil.

- Sim, eu sei que é. Mas se você o ama de verdade, sei que vai fazer de tudo para apóia-lo.

- Mas eu não vou voltar lá agora sorrindo. Não mesmo. Eu ainda estou magoada cara, foi e está sendo difícil pra mim.

- Eu sei querida. Mas você vai conseguir. Agora, vamos embora logo pra casa de sua querida vózinha, já esta tarde, e você não está bem o suficiente para pensar sobre isso. Nada como uma comida quentinha e uma boa noite de sono.

- É, vamos. Você einh, ta pegando o jeito.

- De enganar a velinha? Jamais.

- HAHAHAHAHA. Só você pra me fazer rir.

- To aqui pra isso menina.

Abracei Jacob com carinho. Ele sabe dizer o que eu preciso ouvir. Meu amigo, meu melhor amigo. Desde o começo fui avisada por Victoria sobre isso, mas tudo deu certo. Hoje somos inseparáveis, e que bom que ELE esta aqui pra me ajudar nesse momento.

Chegamos à casa da nossa vózinha que nos esperava com a comida na mesa.

- Oh, meus queridos, que saudade de vocês.

- Oi Vó.

- Minha querida! Querido babá! Vamos comer? Está tudo quentinho.

- Sim vovó.

Sentamos a mesa e devoramos toda a comida, a velha estava satisfeita com aquilo, sua comida era boa. Será que ela era tipo a bruxa de João e Maria, que queria engordar eles para depois comer? Ui, que medinho. HAHAHAHA, que brincadeira feia, ela é uma pessoa maravilhosa.

Logo fui deitar Jacob já estava apagado no sofpa. Subi as escadas e me deitei na cama arrumada. A vózinha entrou com um copo de chocolate quente.

- Minha querida... Posso entrar?

- Claro. - já estava dentro. HAHA

- Trouxe para você meu bem. Espero que goste.

- Huuuuum, o cheiro está maravilhoso.

- Querida, notei que estava chateada hoje durante o jantar. O que está acontecendo? Quer contar pra vovó?

- Ah vó, não é nada demais. É que eu descobri que meu namorado teve um caso com uma garota, e ela diz que está grávida. Ele não sabe se o filho é dele.

- Mas que filho da...ah, desculpa querida, as vezes me descontrolo.

- Tudo bem vó. Eu tive vontade de dizer a mesma coisa pra ele.

- Você parece com a vovó. -MEDO. - Quando eu tinha a sua idade, você também era parecida comigo, gênio forte, inteligente, e corajosa.

- É vó. Eu fui atrás dele, conversamos. Ele disse que se eu o amasse tanto, eu deveria estar ao seu lado, apoiando.

- E ele está certo. Querida, você o ama. Eu posso ver em seus olhos. Não faça escolhas erradas, perdoar é divino.

- A senhora acha mesmo que eu deveria perdoá-lo?

- Sim, acho. Não perca seu tempo para amar. Vocês terão muitos problemas pela frente. Acredite nele. Mesmo se ele for o pai da criança. Tente acertar, todos erram na vida minha querida, por mais que seja difícil.

- Ah vó. Eu não sei, eu tenho medo.

- Medo de que? De ser feliz? Para de ser boba menina.

- Metade de mim quer perdoá-lo. Mas e se ele for realmente o pai. Será difícil olhar para a criança e ver que ela é fruto dele e de outra mulher.

- Querida, não antecipe as coisas, espere o tempo. Ouça sua velha vó. Já vivi muito, e aprendi.

- É vó, no fundo a senhora tem razão. Amanha eu vou tentar conversar com ele de novo. Só que com mais calma, hoje foi difícil, muito difícil.

- Imagino meu bem. Mas vai dar tudo certo. Eu estarei torcendo por você.

A sábia vózinha saiu do quarto e me deixou pensando em tudo que ela me disse. Realmente ela tem razão. Eu preciso colocar em peso o que eu sinto. Preciso me decidir.

Virei para o lado e acabei desmaiando de cansasso. Amanha o dia seria longo, e eu precisava estar bem para a nova batalha. Vou ficar com ele, custe o que custar.