Fuja, Bolt! escrita por Belune


Capítulo 9
Chapter IX


Notas iniciais do capítulo

Olá goxtosos ♥
Primeiramente penso mil desculpas pela demora, mas é que como a fic está chegando ao final eu fiquei meio desesperada e apavorada, com medo de escrever algo que não agradasse, que não fosse bom, etc... etc..
Nesses últimos dias eu me enfiei no Universo Naruto, re-assisti os dois últimos filmes, alguns episódios e li novamente alguns capítulos do mangá para que pudesse ter um bom embasamento para o final da fic.
Eu sou meio neurótica e sempre acho que o que eu estou fazendo não está bom, então reescrevi algumas vezes o capítulo, mas em algum momento as coisas começaram fluir bem e eu fui ficando feliz com o resultado. E de bônus eu consegui recuperar o meu velho estilo de escrita, que havia fugido de mim durante o tempo em que me ausentei do mundo das fics.
Eu estou escrevendo o capítulo (sem apagar tudo e começar de novo) desde sexta-feira, e afirmo que ele me deu muito trabalho, mas valeu a pena. Eu gostei do resultado e espero que vocês também gostem.
Finalmente 9/10 ♥
Espero que gostem, boa leitura!
ps: não betado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/562190/chapter/9

 

Chapter IX

 

Sarada tinha dois pães com yakissoba em mãos. Ela se sentara em frente à casa dos Akimichi e começara a comer o primeiro pão. A morena degustava-o lentamente.

Alguns segundos depois, preparou-se para degustar o segundo, porém ele desapareceu de suas mãos em instantes. Ela virou para o lado e encontrou sua querida amiga Chouchou dando uma última mordida no pão. Riu.

— Olá Chouchou! — Cumprimentou a amiga que só a fitou após terminar de degustar o alimento.

— Estranho... — A morena ergueu uma sobrancelha fitando a amiga que não conseguiu segurar o riso. – Diz logo Sarada, antes que eu desista e entre novamente em minha casa.

— Nós partiremos em uma missão secreta para a aldeia da Névoa —sussurrou a Uchiha deixando a outra perplexa.

— Por que estamos sussurrando? — A Akimichi indagou.

— Porque é secreta, ninguém pode saber. Pegue o que for preciso e vamos. Temos apenas vinte minutos para encontrar Boruto e os outros no portão principal.

— Mas...

— Nada de, mas, Chouchou! Precisamos fazer isso antes que seja tarde.

A Akimichi fitou a amiga por alguns instantes. Sabia que algo de errado estava acontecendo, pois ouvira seus pais e os pais de Inojin comentando sobre. E sabia também que Sarada e Boruto tiveram muitos problemas em sua última missão.

Suspirou vencida. Sarada era sua amiga afinal, não podia deixa-la naquela situação, mesmo não sabendo qual era.

— Certo, vou pegar as minhas coisas. Te encontro na saída da vila.

 

 

(...)

 

 

— Mitsuki? — Sarada fitou-o com uma sobrancelha arqueada.

— Eu ouvi Boruto chamando os outros, então os segui até aqui. Acho que podem precisar de mim.

— Isso vai ter tão problemático... — Shikadai suspirou. — Se minha mãe descobrir...

— Não fale isso... — Inojin tremeu.

— Elas são assustadoras quando estão bravas. — Boruto comentou ao imaginar o quão sua mãe ficaria brava ao descobrir o que ele estava fazendo.

— Então Sarada, qual é a missão?

Todos viraram-se para a Uchiha, que num primeiro momento não soube como reagir. Ela respirou fundo, organizou as ideias, e engoliu o choro ao relembrar a situação que seus pais se encontravam.

— Meu pai... – Respirou novamente. — Meu pai está morrendo.

Todos fitaram-na sem entender nada, com exceção do Uzumaki, que já estava a par de tudo.

— Ele recebeu um golpe que era para ter acertado a mãe da Sarada, e se isso tivesse acontecido a tia Sakura teria morrido. — Boruto explicou ao ver que a Uchiha não conseguiria. — Porém o inimigo era forte demais, ele roubava as almas de seus oponentes. Quando ele atingiu o tio Sasuke, ele retalhou alma dele, sua alma está em pedaços.

— Sarada... — Chouchou abraçou fortemente a amiga.

— Já tentaram algum ninjutsu medicinal de alto nível? — Indagou Shikadai.

— Parece que sim. É a Tsunade-bachan que está cuidando dele. — O loiro respondeu.

— E porque temos que ir para a aldeia da névoa? — Inojin se manifestou.

— Os inimigos estão presos lá, segundo o meu pai eles são os únicos que sabem reverter isso. — O Uzumaki afirmou.

— Qual é o plano? — O Nara suspirara, dando-se por vencido. Ele sabia que aquela missão lhe renderia uns bons puxões de orelha dos seus pais, mas tinha certeza que Shikamaru o compreenderia, como sempre fazia.

— Iremos até a aldeia da Névoa voando nos pássaros desenhados de Inojin. Consegue fazer isto, certo? — A Uchiha virou-se para o loiro, que apenas assentiu. — Ao chegarmos lá, eu usarei meu sharingan para encontrar o inimigo através de seus chakras....

— E como chegaremos até eles? Digo, certamente eles estarão presos e também estarão sendo vigiados por ninjas, que devem ser pelo menos jounins. — Shikadai suspirou novamente. Aquela garota era inteligente, disso ele tinha certeza, mas era fato que ela não estava raciocinando direito. — O Nanadaime disse algo a respeito de contatar a aldeia da Névoa?

— Sim. — Boruto afirmou. — Ele entraria em contato para pedir que adiassem a execução dos inimigos. Ao que deu a entender ele faria isso de imediato.

— Vocês não sabem se ouve uma resposta por parte da Névoa? — Tanto Boruto, quanto Sarada balançaram a cabeça negativamente. O Nara suspirou novamente. — Certo, vamos voando até, quanto antes chegarmos, mais cedo descobrimos as informações. Ao chegarmos lá, nós iremos nos apresentar para o Mizukage como o esquadrão ninja enviado pelo Hokage para coletar os dados que possam salvar a vida do pai da Sarada.

— No apresentar como ninjas enviados pelo Nanadaime? Você perdeu o juízo? — O filho do Hokage se pronunciara perplexo. O plano do seu amigo conseguia ser tão ruim quanto o da Uchiha.

— Eu acho que não temos escolha, pois se optarmos pelo plano da Sarada, podemos desencadear uma guerra ninja.... Aí sim, nossas mães nos matariam.

Todos estremeceram ao imaginas suas mães extremamente irritadas com seus filhos ao descobrirem que eles atacaram a névoa, e esta por sua vez decidira atacar Konoha.

— Inojin, contamos com você. — Boruto virou-se para o garoto que pegara um rolo mediano de pergaminho.

Ele respirou fundo e tirou de um compartimento lateral, que havia em seu pergaminho, um pincel e o molhou na tinta escura, que ficava em outra repartição. Logo ele começou a fazer o desenho de três aves, não muito grandes, nem muito pequenas. Elas teriam o tamanho exato para portar duas pessoas por vez. Na sequência, o jovem fez alguns selos com as mãos.

— Ninpou, Sumi Taka! — Não tardou muito para que os desenhos ganhassem vida e saíssem do papel voando pelos céus, exalando vida e liberdade. — Eu consegui! — Comemorou animado, afinal considerava os jutsus de seu pai um tanto complexos, e costumava falhar na maioria das vezes.

— Nós tínhamos certeza que você conseguira, Inojin! — O Uzumaki depositou a mão em seu ombro passando-lhe confiança e demonstrando gratidão.

— Vamos rápido, antes que alguém perceba que não estamos mais na aldeia! — Shikadai fora o primeiro a subir em um dos pássaros, sendo seguido pelo companheiro de time.

Boruto montou o pássaro que parara próximo de si e puxou Sarada consigo. Chocou sentara-se atrás de Mitsuki e o enlaçava fortemente pela cintura, arrancando risos de todos.

Então, todos os seis partiram em destino a aldeia da névoa.

Em solo, dois pares de olhos, um azul e o outro castanho escuro, observavam aqueles ninjas que partiam em “segredo”.

— Devo mandar alguém para impedi-los? — Shikamaru indagou. Ele, assim como Naruto, havia percebido o movimento suspeito entre os genins, então os seguiram, e ouviram todo o plano que os pequenos haviam montando para salvar Sasuke.

Mesmo que não admitisse em voz alta, ele estava orgulho pelo filho ter se tornado um bom ninja, mesmo que este não prezasse muito as regras. Mas em sua época de genin nem todos respeitavam as regras, e o atual Hokage, principalmente o atual Hokage, era um dos que tinham mais desprezo pelas regras.

Sorriu. Tinham sorte de ter uma ótima geração de ninjas.

— Não... — Naruto disse sorrindo. — Vamos deixar que eles cumpram essa missão. Apenas avise ao Mizukage e peça para que ele fique de olho naquelas crianças travessas.

— Tem certeza disso?

Naruto apenas assentiu. Em sua mente as palavras que Sasuke lhe dissera um dia ecoavam: “A alma de um shinobi nunca muda”. Apesar de tudo, aqueles pequenos era shinobis, e de certa forma aquela missão não só engrandeceria como ninjas, mas também como humanos, além de que os faria aprimorar o trabalho em equipe.

Sua vila tinha boas crianças, afinal de contas.

 

 

(...)

 

 

Voavam livremente pelos céus, ansiando pelo encontro com a vila da Névoa. Com exceção de Boruto, Sarada e Chouchou — que presenciara, junto a Sarada a luta do Hokage e Sasuke contra Shin, — nenhum dos outros três realizara uma missão tão perigosa e de alto nível.

— Sarada, Boruto, conseguem ver algo? — Shikadai gritou e os dois ninjas ativaram seus poderes oculares, sendo o de Sarada nos dois olhos e o de Boruto em apenas um.

— Apenas árvores. — Disseram juntos e se encararam em seguida, corando instantaneamente.

— Esses dois...

— Eles parecem se dar muito bem. — Inojin comentara.

— Meu pai me disse que os pais deles eram rivais, e que travaram uma grande luta após o término da quarta guerra ninja.

— Meu pai comentou algo do gênero. Ele disse também que o time sete original era simplesmente incrível, eles superaram até mesmo os sannins lendários de Konoha.

— Seu pai não era integrante do time sete? — O Nara indagou um tanto confuso.

— Ele disse que entrou no time para substituir o Uchiha-sama. Sendo assim, com o meu pai o time não tinha a sua formação original. — O loiro suspirou pesarosamente.

— Entendo.... Será que o time do Boruto será tão forte, quanto o time do Nanadaime?

— Bem, segundo meu pai, o Nanadaime-sama e o Uchiha-sama são monstruosamente fortes, não há um ninja na atualidade que possa vencê-los lutando individualmente, e muito menos lutando contra os dois. — Ele pôs a mão sobre o queixo e pensou um pouco. — Meu pai diz que a mãe da Sarada tem uma força sobre-humana, ela é capaz de destruir toda uma região com uma apenas um soco. Ele diz que o Nanadaim-sama sofria muito quando era companheiro de time da Uchiha-sama.

— Se aqueles dois herdarem os talentos de seus pais....

— Sim, eles serão ninjas incrivelmente fortes.

A conversa entre os dois sessou, e voltaram suas atenções para o caminho à sua frente, pois não podiam ser pegos de guarda baixa.

Mitsuki observava atentamente o movimento do sol, pois não sabia se algum de seus companheiros tinham levado algum tipo de relógio, consequentemente ele queria certificar-se de ter alguma noção das horas passadas.

Ao que tudo indicava eles já estavam sobrevoando aquela floresta há quase duas horas e meia, então se continuasse naquele ritmo eles chegariam ao destino em uma hora e meia.

Fechou os olhos e respirou fundo. Quando chegara a Kohona ele não entendia muito bem o que eram sentimentos. Mas com o passar do tempo ele conhecera melhor não só os seus colegas de time, Boruto e Sarada, e seu sensei Konohamaru, mas também outros habitantes da vila e a partir disso ele começou a entender o que eram sentimentos.

Porém, naqueles últimos dias ele estava se sentindo estranho, era um aglomerado de emoções, e por serem tantas, ele não as compreendia. Tudo começara quando ele fora designado a ir em uma missão nível D com o time de Shikadai, pois Chouchou havia se machucado e estava em hospital em observação.

Durante este período de sua ausência, o seu time fora designado para uma missão no país das Ondas, na qual Boruto e Sarada foram atacados por ninjas incrivelmente fortes.

Quando voltou a vila e descobriu que sua equipe havia partido sem ele, ficara um tanto chocado e arrasado.

Alguns dias depois ele descobriu que houveram complicações no desenvolvimento da missão e Sarada havia se ferido gravemente, logo os dois maiores ninjas da vila partiram para intervir.

Ao descobrir que até o Hokage fora realizar uma missão com a sua equipe, Mitsuki ficara sem reação e sentiu o seu eu ser tomado por um sentimento de inutilidade. Ele não era útil para o time Konohamaru?

No dia seguinte soubera que Sakura, a mãe de Sarada, conseguira passar facilmente por Ino, mãe de Inojin, e seguira para o país das Ondas em busca de sua família. E enquanto isso ele estava na vila sem poder fazer nada.

Quando todos voltaram ele não soube como reagir. Ele não conseguia encarar Boruto, pois sentia que estava em dívida por não ter ido a missão, mesmo que a culpa ainda não fosse sua.

Porém, mais um sentimento lhe invadira quando o amigo lhe contara que havia beijado da Uchiha dias atrás, e que estava nutrindo por ela algo diferente de amizade e rivalidade.

Ficara recluso por algumas horas, até que compreendera que ele estava com ciúmes da relação que estava se estabelecendo entre o Uzumaki e a Uchiha. Logo, assim que viu o loiro recrutando Inojin e Shikadai para uma missão secreta, ele ofereceu-se para ir junto.

Ele precisava saudar seu débito com seus colegas. Mas também precisava entender o porquê dos seus ciúmes. Todavia, a cada minuto que se passava, ele olhava para os seus companheiros e via em Boruto um grande rival a ser superado.

Suspirou pesarosamente. Ele seria capaz de gostar de alguém? Balançou a cabeça negativamente, fazendo com que aqueles pensamentos fossem para longe de si.

— Quando vai confessar os seus sentimentos para ela? — Chouchou resolveu cutucá-lo ao notar os olhares que ele lançava para sua amiga.

— Não há nada para ser confessado. — Mitsuki sorrira falsamente, tentando convencer não só a Akimichi, mas a si mesmo, que não existia sentimento algum.

Continuaram a viagem de forma silenciosa, ouvia-se o som dos ventos e dos pássaros, logo o fato de todos estarem calados não incomodava, e quando deram por si, já avistavam telhados longínquos.

— Ao que tudo indica estamos nos aproximando... — Boruto dissera o obvio.

Enquanto isso, Sarada tinha seus olhos avermelhados e olhava atentamente para todas as direções, até que parou em um ponto fixo. Ela via uma quantidade maçante de chakra em tal lugar, mas não sabia ao certo se era apenas um ninja, ou um grupo de tais.

— Boruto.... — Ela o chamou e ele logo percebera que era um pedido de ajuda. Com um pouco de dificuldade ativara o seu jutsu ocular e percebera a mesma cosia que a Uchiha. — Consegue distingui-los?

O loiro forçou-se um pouco mais na tentativa de descobrir quantos corpos haviam lá, avistou quatro, e destes um possuía uma quantidade exorbitante de chakra. Entretanto, o desconhecido que aos seus olhos parecia ser tão poderoso, não chegava ter a metade do chakra tanto de Naruto, quanto de Sasuke.

— Sim, são quatro. Porém um deles emana mais energia que os outros, logo pode ser considerado o mais forte.

— Inimigos? — Indagou Inojin.

— É cedo demais para sabermos. — Respondeu a garota de cabelos escuros. — Shikadai?

— Vamos descer e averiguar a situação de perto para que possamos decidir se adentraremos a vila por terra ou céu.

Todos assentiram em sinal de concordância e guiaram suas aves para dentro da floresta, não tardou muito e todas as três aterrissaram perfeitamente e transformaram-se em tinta.

— Sarada, você e seu Sharingan assumem a linha de frente, eu irei logo atrás te dando suporte e planejando estratégias de contra-ataque. Na sequência Inojin, que tem bons ataques de longa distância e que consegue usar jutsus mentais para se comunicar conosco, logo ele pode informa-los de qualquer mudança em nossa linha de defesa. Mitsuki e Boruto, que tem mais poder de ataque ficarão na retaguarda.

— Você criou tudo isso agora ou vem planejando a nossa formação desde que partimos? — O Uzumaki aparentava estar impressionado.

— Na verdade, eu sempre treino isto com o meu pai sempre que possível. Ele me dá uma determinada equipe e eu tenho que montar uma estratégia fazendo bom uso das habilidades de cada um. — Ele sorriu satisfeito. — Vamos nos organizar e nos aproximar, qualquer mudança de posicionamento Inojin os avisara mentalmente.

Todos concordaram e adentraram a formação, ainda estupefatos.

A Uchiha dera os primeiros passos atenta a toda e qualquer forma de contra-ataque e armadilhas, e assim que confirmara que o perímetro estava livre, os outros a seguiram.

Caminharam durante alguns minutos que foram extremamente calmos, até demais. Todavia, à medida que se aproximavam da entrada da aldeia da Névoa, a presença de chakras fortes e desconhecidos era sentida.

Sarada fitou Shikadai de soslaio e o mesmo percebeu que ela precisava de suas instruções, seguir ou não? Porém, enquanto ele refletia os próximos passos a serem dados ouviu o soar de metais se chocando.

A sua frente, a garota de madeixas negras e olhos perspicazes já tinha se adiantado, ela demonstrava um domínio excepcional de shurikens. Lançava-as com voracidade e inteligência, desarmando com graciosidade aquelas que vinham do inimigo. Ela fazia jus ao clã que pertencia. Era uma Uchiha exímia.

Foram quatro lançamentos do inimigo, e todos foram perfeitamente abatidos por Sarada, que sorrira docemente para os seus companheiros.

Ouviram passos sorrateiros, logo uma Kunai explosiva fora lançada, todos saltaram para longe salvando-se da explosão.

Algumas risadas ecoaram, deixando as pequenas crianças transtornadas e cautelosas.

Assim que a poeira abaixara eles conseguiram ver a silhueta de um homem não muito alto, que portava consigo uma grande espada.

— Então essas são as crianças enviadas pelo Nanadaime... — Ele disse divertido. — Estou surpreso com tamanhas destrezas. Parece que Konoha continua formando ótimos ninjas.

Boruto olhou-o por alguns segundos e logo o reconheceu, aquele ela Chojuro, o Rokudaime Mizukage.

— O que? — O loiro gritou. — Quer dizer que o Mizukage é o nosso oponente?

— Não... não.... — Chojuro riu. — Eu os esperava!

— Nos esperava? — Todos o fitavam atônitos, enquanto permitiam aproximar-se do Mizukage e seus companheiros.

— O que quer dizer com “esperava”? — Sarada indagou afrontosa.

— Eu acho que a missão secreta de vocês não foi tão secreta assim. O Hokage me enviou uma mensagem logo após a partida de vocês e me informou todos os detalhes. — Sorriu simpaticamente. — Portanto, ficamos à espera dos ninjas enviados pelo Nanadaime.

— Acredito que ele tenha explicado toda a situação.... — Shikadai se pronunciara usando um tom mais formal, diferente de Boruto e Sarada.

— Sim, porém, não sei se seremos capazes de ajudá-los. — Suspirou pesarosamente. — Desde que recebi o e-mail de Naruto pedi que os meus melhores homens fossem interrogar os irmãos Fujiwara, mas eles ainda não disseram nada sobre o assunto....

A pequena Uchiha estremecera, seus olhos voltaram para o tom escuro e começavam a lacrimejar. Ela não queria ouvir aquilo, não podia ouvir, afinal aquela era uma missão que tinha como objetivo colher informações que contribuíssem para a melhora do estado de saúde do seu pai, e ela não sairia daquela aldeia sem ter pelo menos uma única pista.

— Sarada.... — Chouchou, assim como todos, percebera a mudança súbita do estado de espirito da amiga.

— Por favor, Mizukage-sama, eu imploro, nos ajude! — O Uzumaki caminhara até Chojuro e se curvara, sendo seguido por Sarada e os outros.

O líder da aldeia suspirou pesarosamente, como poderia negar um pedido desses? Além disso, o mundo shinobi ainda devia muito a Naruto e Sasuke, logo eles teriam que dar o seu melhor para ajudá-los.

— Certo. Me sigam! — Ele os ajudaria.

 

 

(...)

 

 

A sala era um tanto escura, pois havia uma única janela, minúscula, que ficava na parte superior do local, e esta era a única entrada de luz.

Um homem de médio porte encontrava-se em pé, ele estava com o cenho franzido, enquanto seus olhos demonstravam fúria, sim, ele estava furioso. Estavam naquilo há mais de uma hora e o prisioneiro não dissera absolutamente nada.

Suspirou frustrado.

— Está perdendo o seu tempo... — Kido dissera. — Sabe, eu já estou morto há anos. Ao me matarem vocês só extinguirão a minha existência.

— Sua existência não é digna de permanecer neste mundo.... — Ele estava perdendo a paciência, como aquele cara poderia ser tão arrogante.

— É por isso que não há porque entrar em um acordo com vocês. — O Fujiwara riu debochado. Aquilo estava o entediando há horas.

— Então você não presa pela sua vida, seu bastardo? — Indagou irado antes de socá-lo.

— Como eu já disse: eu já estou morto.

Outro soco, seguido de outro. Se Kido não colaborava por bem, então colaboraria por mal.

— Kanji, pare! — Agrediu-o uma última vez antes de se retirar da sala.

Assim que saíra se deparara com o Mizukage, logo deduzira que fora ele quem intercedera pelo réu. Percebera que ele o fitava intensamente e tinha certeza que o faria se explicar. Suspirou, havia perdido a cabeça como nunca antes, e esperava que estava fosse a primeira e última vez.

— Peço desculpas, senhor!

Fora a vez de Chojuro suspirar. Kanji era o melhor no quesito interrogatório, mas ao vê-lo perder o controle desta forma, ficara um tanto receoso. Talvez devesse contatar o Hokage e informá-lo sobre a dificuldade de extrair informações do inimigo, sendo assim solicitaria que o mesmo encaminhasse ninjas específicos para tal. Entretanto, isto demoraria mais, e não sabia quanto tempo Sasuke Uchiha ainda tinha.

— Estes ninjas foram enviados por Konoha. Eles estão aqui para obter informações daquele cara a qualquer custo.

Kanji fitou o sexteto com uma sobrancelha arqueada. Esperava que aquilo fosse uma brincadeira, ou algo do tipo, por parte do Mizukage, mas ao fitá-lo novamente, percebeu que este falava sério.

Suspirou.

— Este cara, ele é durão, vocês têm certeza que querem fazer isso? — Perguntou aos shinobis da folha.

— Esse cara tentou matar a mim e a minha família. Graças a ele meu pai corre risco de morte, e eu preciso salvá-lo a qualquer custo. — Sarada dera um passo à frente exalando determinação.

Kanji a observara da cabeça aos pés.

— Você é? — Arqueou uma sobrancelha.

— Sarada, Uchiha Sarada.

Ele a observou atentamente, era a primeira vez que via um Uchiha.

De fato, já tinha ouvido falar muito desta família, principalmente do massacre que a envolvera há anos e dos irmãos sobreviventes, Itachi e Sasuke, mas nunca tinha visto um membro do honorável clã de Konoha.

Ao término da quarta guerra ninja ele ainda era um genin recém-formado, porém sempre ouvia algum shinobi comentando sobre as extraordinárias habilidades de Uchiha Sasuke, e mesmo sem o conhecer começara a nutrir uma admiração por aquele ninja que fez coisas horríveis e honráveis ao mesmo tempo.

Kanji sorriu. Uma grande oportunidade batera em sua porta.

— Você por acaso é filha do Sasuke? — A garota apenas assentiu e ele suspirou, aquela informação indicava que o seu “ídolo” estava aproximando-se da morte e ele era capaz de ajudá-lo. Suspirou. — Certo, me acompanhe.

— Eu vou junto! — Boruto pronunciou-se indo até os dois.

— E você é?

— Uzumaki Boruto.

Fitou-o pasmado, logo seus olhos passavam da garota para o menino que sorria para si, afinal, a sua frente estavam os filhos dos dois maiores ninjas dos últimos tempos. Naquele exato momento teve certeza que teria que dar mais de si mesmo naquela missão.

— Ótimo. Mas, antes de deixar que vocês entrem nesta sala preciso informá-los que o cara que está ali dentro é muito forte psicologicamente, então peço que se preparem, pois ele vai tentar enganá-los e confundi-los.

— Nós sabemos.... Ele também é muito forte fisicamente e deve ter boas habilidades, pois só um excelente ninja conseguiria vencer a tia Sakura em uma batalha e ainda ter pego o tio Sasuke com a guarda baixa. — O loiro concluiu.

O rapaz fitava o garoto abobalhado, talvez devesse se preocupar mais consigo mesmo do que com eles.

— Certo, me sigam.

O ninja da névoa abriu uma enorme porta de ferro e permitiu a entrada das crianças, seguindo-as.

— Eu já disse que não vou falar absolutamente nada... — O Fujiwara rosnara irritado, mas ao erguer os olhos percebeu que o seu interrogador não estava mais sozinho. — O que esses pirralhos fazem aqui?

— Você.... — Boruto apertou suas próprias mãos com força.

— Meu pai está morrendo porque você retalhou a alma dele. — A Uchiha foi direta.

— Ele mereceu, afinal ele colocou-se entre minha katana e seu alvo.

— Ele mereceu? — Ela esbravejou. — Meu pai estava salvando a sua esposa, que estava lutando contra você, mesmo estando grávida, para proteger a própria família.

— Se aquela mulher não tinha condições de lutar, não devia ter se intrometido.

— Ela está grávida, não incapaz.

— Então ela deve aguentar as consequências de seus próprios atos. — Ele revidou. — Tanto ela como o seu pai sabem que é assim que o mundo shinobi é, e você terá que aprender uma hora ou outra. Pessoas morrem todos os dias, ninguém vive para sempre. Aceite isso, garota!

Ela o encavara estática, seus olhos arregalaram-se e sua boca estava semiaberta. Sentiu um nó formar em sua garganta, os olhos negros inundavam-se num rio de dor prestes a transbordar.

— Eu não posso aceitar isso assim.... — Sua voz saíra embargada.

— Então faça justiça... — Disse ele com um sorriso em seus lábios. — Vingue-se!

Aquelas palavras mexeram profundamente com ela.

Faça justiça!

Vingue-se!

Sarada tinha que admitir, que aquilo tudo era tentador, mas havia prometido para si mesma que para se tornar Hokage ela tomaria um caminho diferente de seu pai.

Soube por sua mãe que seu pai um dia fora um vingador e se perdera na escuridão do ódio. Ela não queria perder-se como ele, ela queria ser singular.

Ouvira dizeres sobre a maldição de ódio que rondava seu clã, e toda vez se perguntou o porquê de tanto sentimentalismo negativo.

Era fato que ela ainda não havia experimentado a verdadeira dor, a dor da perda, mas só de imaginar seu mundo sem seus pais ela se sentia desolada, seria impossível prosseguir. Mas, tinha certeza, que se algo assim a alcançasse, ela teria pessoas com as quais poderia contar e saber disso a fazia transbordar, transbordar amor.

Pois, diferente de Uchiha Sasuke, ela era Uchiha Sarada.

Ele tinha sido o ódio que ela nunca seria.

Ele, assim como a sua mãe, tinha feito com que ela compreendesse o verdadeiro significado de amor. Ela era amor.

Ela transbordava amor.

E tal amor fazia com que ela tivesse esperança de que no horizonte longínquo o sol resplandeceria trazendo consigo as cores de uma vida que a noite cogitara, inutilmente, levar.

— Se eu não puder fazer nada para salvá-lo, mesmo que me corroa, eu aceitarei a dor que virá me abater. Mas, de forma alguma deixarei que a sede por vingança me domine e me cegue. Eu amo meu pai, assim como também amo a minha mãe, e é por amá-los tanto que eu continuarei sempre vertendo amor, pois é ele que muda o mundo.

Kido a encarava com uma sobrancelha arqueada, afinal ele não esperava que aquela pirralha agisse de forma tão adulta.... Não, mas um adulto não agiria assim, pois entregaria-se à vingança na primeira oportunidade.

Sarada, em sua opinião, tinha agido de forma pura e intensa, evidenciando os sentimentos, que para ela realmente valem a pena.

Por alguns instantes seus lábios se curvaram num fraco sorriso, ele se via naquela garota.

Quando ainda crianças, ele e sua irmã, Riza, moravam no pequeno vilarejo de Amekagure, junto a seus pais. Desde sempre foram crianças extremante habilidosas quando se tratava da arte ninja e treinavam constantemente com seu pai.

Porém, a terceira guerra ninja eclodiu, e o pequeno vilarejo tornou-se palco de sangrentos conflitos, trazendo devastação e morte para tudo e todos.

No ápice de uma batalha sua mãe viera até ele pedindo que fugisse com a caçula para um lugar calmo e tranquilo, aonde pudessem viver em paz. Kido relutou e tentou argumentar o máximo que pode, mas antes que pudesse fugir viu o tórax de sua mãe ser perfurado de forma letal, fazendo-a cair em seus pequenos braços.

“ — Kido, a mamãe te ama muito.... E sempre vai te amar. Por favor, salve a si mesmo e a sua irmã. ” — Foram as últimas palavras que ouvira de sua adorável mãe antes da vida se esvair dela. Aquele fora, com toda certeza, o pior momento que vivera em sua vida miserável.

Ele olhava atônito para o corpo ensanguentado sobre si. Suas mãos estavam tremulas e seus olhos marejados, enquanto o coração doía, e doía tanto que chegava a latejar.

Ergueu o olhar para avistar o assassino e a única coisa que conseguira avistar fora uma bandana da aldeia da névoa, pois quando dera por si o inimigo já o atacava.

Era uma batalha perdida e ele sabia muito bem disso, aquele, provavelmente, seria seu fim.

Sentiu uma dor aguda. Ele estava em pleno estado de dor, físico e emocional, e aquilo o talhava de tal maneira, que o fazia implorar pela morte.

Entretanto, Kido não esperava que ao beijar a morte ele consumiria toda a energia da mesma, graças a sua habilidade de tomar o chakra do oponente para si, e, portanto, a selaria em seu próprio corpo.

A última coisa que se lembrava daquele fatídico dia era de acordar em um local sujo e úmido e avistar os olhos chorosos de sua irmã e um rapaz, que mais tarde se apresentaria a ele como Yahiko. E se tanto ele, quanto Riza, estavam vivos, ele devia aquele rapaz, que além de salvá-los, os retirara do ambiente hostil e os deixara em um bom lugar para crescerem e se tornarem boas pessoas.

Contudo, as imagens daquele dia sempre perseguiam Kido fazendo com que ele almejasse vingança e anos após o ocorrido ele descobrira que naquela noite ele tinha selado em si o poder de um ceifeiro.

O Fujiawara mais velho voltou a treinar como nunca, tornando-se cada vez mais forte. Aos poucos convencera a irmã de que ela tinha que seguir o mesmo caminho, e ao se tornarem ninjas de alto nível, foram até a névoa para se vingar.

Agiram de forma baixa, isto era um fato, pois aproveitaram-se da quarta guerra ninja para atacarem os civis e destruírem tudo o que houvesse em seu caminho.

Após o termino do grande conflito eles continuaram a desenvolver ações que passaram de justiceiras a maquiavélicas. Tornaram-se temidos e gostavam disso, e com o tempo começaram a se tornar mais e mais ambiciosos até que invadiram o país das Ondas, com a ajuda de uma legião de seguidores, e o tomaram para si.

Mas tudo acabara quando Konoha interferira.

Konoha... Kido lembrava-se de ter ouvido alguns ninjas comentando sobre a derrota de Nagato, amigo de Yahiko, que cuidara dele também, para um ninja da folha. Um ninja muito forte que visava a paz.

Logo descobriu que o mesmo ninja fora o herói da quarta guerra ninja.

Seria ele um anjo da paz?

Desejou conhece-lo, e teve seu desejo atendido quando as crianças da folha pisaram em seu território. Porém, ele manteve seu desejo em segredo de sua irmã, e a convenceu de que ela era capaz, com sua habilidade de copiar técnicas ninjas ao absorver o sangue do inimigo, de obter o sharingan.

Tudo fora perfeitamente manipulado por ele para que pudesse conhecer o Hokage.

E o Nanadaime fora até ele.

Naruto era tão forte e radiante quanto falavam. Ele reluzia paz e acalmava seu coração, fazendo com que Kido não tivesse forças para enfrentá-lo. Então deixou Riza para ser capturada, pois aquelas pessoas podiam salvá-la do eu medíocre que ela havia criado. Ele a deixou para que fosse salva, e então fugiu.

Mas em sua fuga percebera que a morte se manifestara em si, estava sedenta, queria sangue.

Uma briga iniciara em seu interior, uma parte queria fugir para bem longe para que mais problemas não fossem criados, enquanto a outra desejava uma carnificina.

A confusão o atormentava, quando deu por si já estava no porto e avistava um navio de Konoha se aproximar.

Um lado venceu, e tudo começou.

Marinheiros jogados ao mar e outros mortos pelas suas próprias mãos, eis que surgira uma mãe, que tinha um coração banhado em amor, mas que naquele momento palpitava furiosamente.

Aquela mãe o fizera ter consciência, mas também o fizera baixar a guarda, e consequentemente ele perdera sua batalha interior. O ceifeiro o dominara e trouxera dor e devastação para aquela família.

Agora, diante de si, ele via uma garota que amava seus pais, da mesma forma que ele amara um dia. Ele via uma garota que estava prestes a conhecer a dor que ele não desejava a ninguém.

Aquela pequena menina estava fadada a sofrer e a culpa era sua....

Sentiu algumas lágrimas escorrerem por sua face, há anos não chorava, então permitiu-se, sem acanhar-se, derramar lágrimas que há tempos clamavam para serem libertas.

— Me perdoe.... — Suplicou ajoelhando-se para Sarada, que ficara extremamente sem reação assim como os outros dois ninjas presentes. — Eu nunca quis causar mal algum a vocês. — Ele chorava ainda mais.

— Você.... — Ela ainda não sabia como prosseguir.

— Diga a ela como salvar Sasuke e tenho certeza que será perdoado de coração! — Kanji se manifestara.

O Fujiwara o ouvira atentamente e entre lágrimas tentava se recompor. Sentou-se na posição de lótus e fechou os olhos, conectando-se ao outro eu que o habitava e assim ficara por alguns minutos.

— O que ele está fazendo? — Boruto indagou assustado.

— Afastem-se, ele pode se tornar perigoso. — Kanji puxou as crianças para trás de si e colocou-se em posição de defesa.

— Prestem atenção, falar-vos-ei uma única vez: Aonde as almas habitam um rio de chakra há. As margens do flúmen cristalino o verde sempre reinará. É vermelho o que procuras, uses teu amor e a encontraras. A flor vermelha da morte em água quente vidas salvará.

Todos fitavam Kido pasmados, em suas mentes interrogações pairavam a respeito daqueles misteriosos versos. Mas, antes que tais indagações fossem soltas no ar o corpo do jovem começara a flamejar.

Não houveram gritos ou suplicas, aquele era o fim.

A morte alcançara Kido Fujiwara, que não relutara ou fugira, apenas a aceitara, pois tinham um acordo.

— Cuidem da Riza, por favor....  — Foram estas as suas últimas palavras, então sua existência fora reduzida a pó.

Antes que todos os três pudessem recobrar a consciência o Mizukage invadira a sala preocupado, questionando a todos o que tinha se passado ali.

Ninguém ousou responder-lhe, não naquele momento, pois suas mentes estavam repletas de nós que não se desmanchariam tão cedo.

 

 

(...)

 

 

Os seis genins encaravam o Hokage amedrontados, enquanto aguardavam o sermão que estava por vir.

— Vocês sabem o quão foram imprudentes, não sabem? — Naruto os fitava com um olhar severo e recebera acenos positivos em troca. — Apesar de tudo, vocês foram bem. — Ele sorriu deixando os pequenos um pouco mais aliviados. — Eu conversei com seus pais e eles aplicarão a vocês punições adequadas, agora podem ir para suas casas...

Ao ouvir tais palavras Inojin tremera, sua mãe deveria estar extremamente furiosa, logo tinha certeza que seu castigo seria equivalente a fúria da mesma.

Já Chouchou pensava nos sabores de batatinha que não poderia comer nos próximos dias, enquanto Shikadai segurava suas orelhas, que provavelmente não permaneceriam ali por muito tempo. Suspirou pesarosamente, estava encrencado.

Os três retiraram-se cabisbaixos e assim que passaram pela porta se depararam com suas mães iradas. O castigo seria eterno.

Shikamaru balançou a cabeça ao ver Temari agarrar a orelha do filho e puxá-lo escritório afora. Suspirou, tinha certeza que assim que chegasse em casa ela ainda estaria furiosa, logo sobraria para ele também. Problemático.

— Mitsuki, Orochimaru ainda está decidindo o seu castigo. — Naruto voltou-se para os três que restavam. — Boruto, sua mãe está furiosa e Sarada...

— Sarada! — A porta do escritório fora praticamente arrancada por Sakura que adentrara velozmente no local. Ela puxara a filha para os seus braços e a abraçara em lágrimas. — Você sempre fazendo coisas idiotas e me deixando preocupada....

— Eu consegui mamãe... — A pequena Uchiha se rendia as lágrimas.

— Conseguiu? — Naruto indagou com um misto de perplexidade e alegria.

— Sim, a Sarada foi demais... — Boruto o respondeu. — Aquele cara, que lutou com a tia Sakura e o tio Sasuke, ele pediu desculpas para a Sarada e depois disse para ela uma espécie de charada.

— Uma charada? — Shikamaru arqueou uma sobrancelha, enquanto Sakura afastava-se da filha para prestar atenção na conversa.

— Sim. — O loiro afirmou.

— O que ele falou? — Indagou o Hokage.

Sarada respirou fundo e pôs-se a repetir as palavras misteriosas de Kido.

— Aonde as almas habitam um rio de chakra há. As margens do flúmen cristalino o verde sempre reinará. É vermelho o que procuras, uses teu amor e a encontraras. A flor vermelha da morte em água quente vidas salvará.

O Uzumaki mais novo a fitava com admiração, a achava incrível por ter decorado tudo o que Kido falara, pois para ele aquilo era complexo demais.

— Rio de chakra? — Naruto estava confuso.

— Flor da morte? Eu achei que ela era apenas parte de um mito que contávamos para as crianças da aldeia... — O Nara tentava organizar as ideias.

— Um mito? — Questionara o Nanadaime.

— Sim, existe um mito que fora criado a partir das habilidades segundo Hokage... — A Uchiha mais velha respondeu.

— Segundo a lenda, Tobirama Senju criou um rio subterrâneo nas imediações de Konoha, e nele sempre se banhava quando estava enfrentando situações complicadas, ou antes de uma batalha.

— Dizem que este rio não era composto apenas por água, mas também por chakra, ou seja, nele há energia pura. — Completou Sakura.

— Toda energia atrai energia, logo todas as almas que vagam perdidamente pela terra são atraídas para aquele local, por isso ele ficara conhecido com o rio das almas. — O Nara voltara a dizer.

— Sempre que uma alma se banha no rio, uma flor vermelha da morte nasce a sua margem. Porém, acontecimentos como estes são raríssimos, pois para que uma alma tenha permissão para banhar-se naquelas águas ela tem que ter se liberto de tudo aquilo, que de certa forma, a conecte com a sua vida anterior. — Sakura finalizou. — Mas, é apenas um mito, não há indícios de que este rio exista de verdade.

A menina de cabelos negros despencara no chão devastada. Ele tinha a enganado com uma misteriosa charada impossível de ser resolvida.

Ela tinha falhado e fadado seu pai a morte.

Graças a ela, Sasuke morreria. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Há tempos que eu não escrevia um capítulo tão grande rs E acho que o próximo será maior.
Eu peço de coração que vocês deem um feedback, deixem um comentário ou apenas um "contínua"... Sei que fiquei um tempão sem atualizar, estou sentindo falta de vocês. São vocês que me motivam, e eu preciso saber se estão gostando ou não, porque como eu já disse nas notas principais: eu sou meio neurótica com isso rs Se vocês perguntarem para a minha amiga/beta o quanto eu infortunei ela com esse capítulo, terão certeza disso haha
Mas sério pessoal, aqui no nyah Fuja, Bolt tem mais de 300 leitores e apenas um ou dois se dão o trabalho de me deixar um oi ou um continua, é bem frustrante... :/

Enfim, o próximo é o último e eu vou dar o melhor de mim ♥
Espero que tenham gostado!
Kissus da Xoco :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fuja, Bolt!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.