POV Percy

Eu estava sentado na carteira dupla da sala de química esperando o sinal bater quando eu vejo a mesma loira da aula de filosofia, e, por obra do destino (mentira), ela sentou ao meu lado. Eu até não me importaria tanto, mas ela estava usando uma roupa muito curta e o seu perfume era muito forte.

E isso provavelmente me daria uma alergia muito forte, então eu comecei a espirrar pouco tempo depois. O sinal bateu no segundo em que a professora entrou em sala, acompanhada de um nerd loiro com um andado engraçado [n/a: eu tive que deixar ele loiro porque o ator é loiro...] com o rosto não muito cheio de espinhas.

Depois que a professora terminou de fazer a chamada, pedi para ir ao banheiro. Depois de lavar meu rosto e respirar o cheiro de café perto da cantina eu voltei para a sala e pedi para mudar de lugar, e acabei ficando ao lado do loiro.

– Oi. – falei.

– Oi. – ele estendeu a mão e eu apertei. – Prazer, Grover Underwood.

– Prazer, Percy Jackson.

Nós ficamos fazendo o trabalho que foi mandado até que a professora chamou o Grover, enquanto ele se dirigia até ela, um loiro de olhos azuis, que eu acho que se chama Luke Castellan, colocou o pé na frente de Grover, que acabou não vendo e tropeçou, caindo de cara no chão. Todo mundo riu, menos eu.

– Grover, o que aconteceu? – a professora perguntou preocupada. Ele olhou para Luke.

– Nada não, eu tropecei. – falou um pouco assustado.

– Foi ele. – falei apontando para Luke. – Ele colocou o pé na frente do Grover e o derrubou.

– É mentira professora! – Luke falou exaltado.

– Grover? É verdade? – a professora perguntou enquanto ele se levantava. Ele olhou para Luke e depois para mim.

– Sim, é verdade. – falou olhando para a professora.

– Luke, fora agora, para a sala do diretor. – a professora falou e escreveu em um papel avisando o motivo de ele estar indo para a diretoria.

Quando a professora virou-se de costas, Luke virou-se para Grover e falou movendo apenas os lábios “Você está ferrado!”, fez um sinal de soco nas mãos e saiu. Grover foi até a professora e ela começou a mostrar para ele o que era para fazer, e ele fazia, mas dava para perceber que ele estava assustado. Quando o sinal bateu não deu nem tempo de falar com ele, parecia que tinha vaporizado da sala.

As aulas seguintes foram extremamente entediantes e eu podia jurar que a garota loira, que acho que se chama Annabeth, estava me seguindo, pois toda vez que eu olhava para trás, eu a via me olhando.

No final da aula, na hora da saída, eu vi uma rodinha que de longe se podia ouvir Luke gritando com alguém, e logo entendi, Luke estava armando briga com Grover. Larguei minha mochila no chão mesmo e corri até lá, eu não podia deixa-lo fazer isso com Grover, fui eu que causei isso, mas cheguei tarde, ele estava no chão e com o nariz sangrando.

Luke estava em pé com um sorriso maléfico e atrás de Grover estavam dois jogadores do time de futebol americano escolar, dois brutamontes muito feios por sinal.

– Ei! – gritei e Luke virou-se para mim bem na hora em que minha mão entrou em contato com seu rosto.

Ele caiu no chão e os dois caras partiram para cima de mim, que depois de alguns chutes e socos caíram no chão, com o nariz sangrando e alguns hematomas e cortes. Luke levantou-se e partiu para cima de mim e eu o mandei para o chão novamente.

Quando ele estava no chão eu peguei sua cabeça pelos cabelos e falei em seu ouvido.

– Da próxima vez, se for brigar com alguém, brigue com alguém do seu tamanho ou quem causou o problema seu babaca! – larguei sua cabeça e fui pegar minha mochila.

– Percy! Espere! Percy! – ouvi Grover gritar correndo até mim enquanto eu pegava a mochila.

Passei a mão no cabelo, arrumando-o.

– Ah, oi Grover. – falei colocando a mochila no ombro.

– Ern, ahn, valeu pelo que você fez. – ele falou coçando a cabeça. – Se você não tivesse aparecido eu provavelmente teria apanhado mais ainda.

– Que isso, tudo bem. EU que falei que ele te derrubou, não tinha motivos ele te bater.

– Certo, mas obrigado de qualquer jeito. – falou. – Você me poupou de muitos hematomas. – ele sorriu.

– Bem, não tem de que. – falei.

– Vou indo, senão vou perder o ônibus. Tchau Percy!

– Ei, espera. Você aceita uma carona? É melhor, acho que já te causei problemas demais hoje, vou recompensar isso.

– Então tá. Vamos?

– Vamos.

Nós entramos no carro, ele me entregou o endereço e fui em direção ao lugar, fomos conversando. Grover é um cara legal, apesar de ser desastrado e desleixado, mas nada o impedia de ser um cara legal. Logo nós nos tornamos amigos.

– Percy, valeu pela carona. – Grover falou antes de sair. – Até amanhã.

– Até Grover. – antes de sair segurei seu punho. – Ei, vai querer carona amanhã? Para ir?

– Ah, vou sim, valeu cara. Falou!

– Falou! – ele saiu e eu voltei para casa.

As semanas foram se passando até nós fomos ficando mais amigos, e mais a loira de olhos cinzas vinha com suas roupas curtas, perfumes fortes e mais dava em cima de mim.

Estava na hora do almoço e eu e Grover estávamos sentados em uma das mesas que tinham do lado de fora do refeitório, e Annabeth estava do outro lado do pátio, me observando.

– Cara, fala sério, qual o problema dessa garota?- perguntei irritado.

– Annabeth? – assenti. – Cara, você é a “presa” dela, ainda não percebeu? Ela te quer, não entendo o motivo de você não querê-la.

– Eu conheço esse tipo de garota, me envolvi com uma anos atrás e quebrei a cara, por isso quase não namoro. – expliquei-me. – Eu repugno ela, ela não passa de uma qualquer que se aproveita de sua beleza para fazer garotos se apaixonarem e depois parte seus corações. Eu repugno Annabeth Chase.

– Nossa, que tenso. – Grover falou.

– Vamos mudar de assunto tá. – falei passando a mão nos cabelos.

– Ok. – concordou.

Nós ficamos conversando até o sinal bater e nós fomos para a aula de Educação Física.