Destinos Entrelaçados escrita por Lady Ivashkov


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

oiii gente surpresa! Dose dupla para vocês! Esse capitulo está mais romântico e reflexivo porém o próximo será muita ação boa leitura.



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Oh minha cabeça estava estourando, essa dor não era desse mundo. Mais uma vez me encontrei acordando, porém dessa vez não era na minha cama. Eu realmente precisava parar de desmaiar, qualquer dia desses iria acordar no Alasca se não me cuidasse. Que merda que eu to pensando. Olhei para o lado e encontrei um Adrian muito sombrio me observando.


      — Quanto tempo foi dessa vez? E por favor me diz que eu estou vestida e que não foi você que me trocou.
   Adrian pareceu ofendido e balançou a cabeça bravo.


  — Ora Rose, eu posso ser muitas coisas, mais não um aproveitador. Está vestida sim e foi minha empregada que te vestiu. Você está na minha casa, no meu quarto. Ficou apenas meia hora fora do ar.


    Eu o encarei. Por quê ele estava tão sério? Adrian não era assim. Será que tinha acontecido alguma coisa?


   — Desculpe, não queria ofender. Está tudo bem? Aconteceu algo?
  — Não . Eu... quero falar contigo. Queria dizer... é...Me perdoe?


   Arregalei meus olhos espantada. Acho que algum alienígena abduziu o Adrian, ele não estava normal. Será que milagres realmente aconteciam?


   Olhei em seus olhos e vi que não estava pedindo perdão só por ontem, mais sim por tudo o que aconteceu nesses últimos anos, por todas as palavras e atitudes que me magoaram, por ter deixado o ódio falar mais alto quando eu mais precisei de seu apoio. Vi imagens do passado passando pela minha cabeça e percebi que era Adrian. Sorri alegre. Não te culpo por nada disso. Sei muito bem meus erros. Antes que ele protestasse pulei em seu pescoço lhe dando um abraço apertado. Pude sentir sua surpresa mais ele retribuiu o abraço, em seguida me soltou e meu deu um beijo na testa.


   — Como é bom isso. Eu senti sua falta. Você estava aqui perto, mais parecia que tinha uma distância enorme entre a gente. O que te fez mudar de idéia?
    Ele deu ombros e me deu um meio sorriso.


  — Tinha razão eu precisava te perdoar ou um dia iria me afogar no meu próprio ressentimento. Eu preciso superar e seguir em frente, e para que isso acontecesse eu tinha que perdoar o passado e aprender a viver no presente.
   O encarei piscando feito uma idiota. Minha certeza sobre a abdução estava cada vez mais forte. 


     — Certo o que foi que eu perdi? Tem certeza que fiquei fora do ar somente meia hora? Quando foi que Adrian Ivashkov ficou tão maduro e.... Sábio?


   — Tem muitas coisas que não sabe sobre mim, pequena dhampir. Quer descobrir? - Perguntou matreiro e deu aquele sorriso preguiçoso que eu tanto amava.
     Eu ri e o abraçei novamente.


      — Então... amigos novamente?
      — Sempre, minha pequena.
      — Christian acho que entramos no quarto errado.


     Viramos para porta e vimos uma Lissa e um Christian chocados. Talvez estejam pensando que fomos abduzidos também. Oh acho que preciso parar de ler A Hospedeira, to ficando neurótica já.

Nem vi a semana passar de tão ocupada que estava trabalhando muito, dividindo meu tempo livre entre Adrian e Alexander e tentando ao máximo evitar Alexia e Dimitri. Ela me tirava do sério, fazendo perguntas inconvenientes, e também vai eu admito tinha ciúmes dela com Adrian que quando eu estava trabalhando passava a maior parte do tempo grudado nela. Os dois pareciam imãs. E eu justificava esse ciúmes me dizendo que era normal, que eu e ele tínhamos ficado muito tempo brigados e eu queria recuperar o tempo perdido então o queria só para mim. Alexander era um encanto,passávamos horas explorando a corte e paquerando um ao outro, eu me sentia bem com ele não tinha necessidade de ficar justificando minhas atitudes e não havia cobranças entre a gente. Dimitri parecia determinado a fazer minha vida um inferno, quando eramos obrigados a trabalhar juntos ele me provocava tanto que eu sempre acabava sendo puxada de cima dele pelos nossos colegas de trabalho. Eu de maneira nenhuma ia abaixar a cabeça e enfiar o rabinho entre as pernas pra aquele russo vagabundo, eu era Rose Hathaway e nunca abaixei a cabeça pra ninguém. Eu agora sabia que não o amava mais, sentia era mágoa nem ódio era, pois odiá-lo era como sentir algo ainda e da poder a ele de me magoar ainda mais. Mas não nego que ainda não era totalmente imune a atração que sempre teve entre a gente, e Dimitri sabia disso.
       — Rose?Rose, acorda eu to aqui falando sozinho.


      Sai de meu transe e olhei para Adrian. Estávamos em um cachoeira que tinha dentro da corte em um bosque afastado, sempre íamos lá tinha virado o nosso lugar. Adrian tinha levado a sério a ideia de que eu o conhecesse melhor e sempre jogávamos o jogo de advinha valendo prêmios. E acabei descobrindo coisas surpreendentes sobre o Ivashkov, como por exemplo ele amava literatura clássica, eu ri tanto quando descobri isso que fiquei com dor na barriga por muito tempo. Como consequência agora liamos juntos os clássicos e discutíamos sobre os personagens, eu amava esses debates os olhos de Adrian brilhavam e ele se empolgava. Percebi também que quando estava comigo ele não bebia nem fumava só quando estava com Alexia, o que me deixou muito satisfeita, claro que eu só sabia isso por que dava uma espiada em sua mente quando ele estava de guarda baixa. Estávamos lendo O Morro dos Ventos Uivantes, eu realmente gostei da história apesar de não ter muita simpatia pelos personagens eu de alguma maneira os compreendi.


      — " Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue......" Caramba, realmente como Heathcliff era generoso com Cathy. - Ironizei, disfarçando que aquela frase por alguma razão tinha mexido comigo.


      Adrian riu e passou os braços a minha volta. Ele estava encostado numa árvore e eu estava sentada entre suas pernas encostada em seu peito. Se alguém nos encontrasse assim podia tirar conclusões erradas, porém era mais fácil para lermos juntos e mais confortável.


      — Era mesmo, é um mostra que apesar da crueldade ele a amava ao ponto de não ferir alguém que Cathy tinha afeição. Não sei se eu seria tão generoso quanto Heathcliff na mesma situação. - Refletiu sombriamente.
     Não gostei daquela conversa e tratei logo de mudar de assunto.


       — Não é verdade, ele destruiu o que restava da família dela, fez da vida da filha de Cathy um inferno.


     — Sim, mais Cathy já estava morta, e ela não conheceu a filha para criar uma afeição, ela nem mesmo estava muito ciente que estava grávida no meio de seus delírios, e foi o bebê que deu o golpe final em Cathy, ele não podia perdoar isso. Além da filha ser de Edgar também.


      — È acho que tem razão. Acho que o encanto da história está no fato de que duas pessoas tão cruéis e egoístas podem sentir um amor como o que eles sentiam. E não era uma simples obsessão era amor verdadeiro mesmo, como é possível?


     — Vai entender. Isso só prova que nada é impossível. Se alguém me dissesse á algum tempo atrás que eu e você estaríamos aqui hoje lendo romances clássicos e debatendo sobre eles eu mandaria internar a pessoa na hora em um hospício.


     Eu ri, realmente era hilário demais nem parecíamos a Rose e o Adrian de tempos atrais, e acho que de alguma maneira não eramos mesmo.


      — "(...) os meus grandes desgostos neste mundo foram os desgostos do Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o início; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse,eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se, tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer. (...) Nelly, eu sou Heathcliff. Ele está sempre, sempre, no meu pensamento. Não por prazer, tal como eu não sou um prazer para mim própria. Portanto, não voltes a falar na nossa separação, pois é algo de impraticável,e..."


       Ele parou de ler e beijou meu pescoço. Eu estava de olhos fechados com a cabeça para trás encostado no seu ombro, enquanto ele lia suavemente em meus ouvidos. Quando beijou meu pescoço um arrepio me subiu pela coluna e soltei um suspiro. Antes que algo mais acontecesse escutamos um barulho de um galho se quebrando e ficamos em alerta, mais fez-se o mais absoluto silêncio.


     — Acho que devemos voltar pra casa. - Adrian disse em uma voz rouca.


      Eu assenti e nos levantamos pegando nossas coisas e andando de volta de mãos dadas. Ele havia me convencido a morar na casa dele por uns tempos então eu tinha me mudado para o quarto em frente ao dele, Daniella havia se matado na prisão a 2 anos atrais e o pai dele havia mudado para o campo. Portanto a casa era só nossa. Quando cheguei, Beth a empregada do Adrian me entregou um envelope pardo grosso, eu agradeci e fui para meu quarto tomar um banho e Adrian foi para o dele, íamos jantar fora aquela noite.


   Sentei na minha cama e observei o envelope, ele continha apenas meu nome. Eu abri e encontrei uma foto da minha mãe em um aeroporto, ela não parecia está ciente de que estava sendo fotografada, virei a foto e meu coração parou.


    " O quanto ela vale para você?"


   Ah meu Deus não! Minha mãe não! Vi que havia um cartão e o peguei, parecia que havia sido escrito as pressas.

 


     " Se o amor dela morresse, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue...." Os maus também amam, Rajkumari. Sempre seu.
com amor,
           Lorde Drácul"


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer a carolVa, selena Dragomir, Zonilla, LaneSnape, Giselle Silva e deboraoliveira por terem feito uma autora feliz e comentado. proximo capitulo só posto se tiver muitos comentários em bjs



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