Heart Attack escrita por Angel


Capítulo 4
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo eu queria dedicar especialmente para Bellita Swan Thénardier, que recomendou perfeitamente a história



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Capítulo 03 - Segredos

POV Bella

A casa estava cheia e todos queriam conversar com algum presidente da empresa. Todos conversavam animadamente entre si, e grande parte falava sobre a coletiva de hoje cedo e vinham me perguntar sobre o ocorrido.

Eu estava bebendo um pouco de conhaque com Patch quando sinto alguém abraçando minhas pernas. Olhei para baixo e vi um montinho de cabelos castanhas lisos em baixo de minha cintura.

Dei meu copo para Patch e peguei Justin no meu colo, o abraçando forte.

– Que saudade maninho. - falei enquanto o 'esmagava'.

Ele me envolveu com seus braçinhos e senti seu corpo tremendo um pouco pelo esforço que mal sentia. Sorri e me virei e olhei para meus pais, que estavam sorrindo.

Com Justin no colo, abracei os dois e os cumprimentei.

– Você está linda, minha filha. - elogiou Charlie, me olhando de cima a baixo.

– Devo concordar com ele, esse vestido é lindo querida. - comentou Sue, passando suas mãos levemente no tecido.

– Obrigada. - agradeci sorrindo. - Estava com saudades de vocês, acho que não nos vemos desde o dia da minha formatura da faculdade.

– Infelizmente é verdade. Sempre falei para Charlie virmos te visitar, mas cabeça dura que ele é, não quis, quis esperar você vir. - falou Sue rindo de meu pai.

– Vocês vão ficar aqui em casa, certo? Retirando toda essa festa, a casa aqui é calma. - disse, os convidando.

– Não queremos incomodar. - disse Sue.

– É claro que vocês não vão me incomodar, eu vou amar ter vocês aqui em casa.





Depois de todos estarem dormindo em seus quartos, desci até o subsolo onde eu ficava a maior parte do tempo, onde eu criava e produzia qualquer coisa que eu achasse interessante que passasse pela minha cabeça.

Quando passei pela porta, todas as luzes se acenderam uma de cada vez, e as máquinas automáticas já começavam a ligar.

– Boa noite, Bella. - cumprimentou-me JJ, a máquina inteligente que fazia tudo funcionar.

– Boa noite. Algum progresso nas modificações que fiz na armadura e no modelo de pele?

– Sim Sra, as modificações da armadura perante ao reator ARK, aumentando a energia posta na armadura. - disse me mostrando a armadura que estava exposta à minha frente. - A pele está se adequando ao seu gene, tonizando para deixar parecido com a tonalidade da sua pele e ajustando a sua elasticidade e poder de camuflar a luz que sai do reator.

– Algum erro em algum experimento? - perguntei.

– Por enquanto ainda não, Sra. Ainda há algumas modificações a serem feitas, como a capacidade máxima da energia e na pele em sua durabilidade.

– Creio que tudo estará pronto até amanha de manhã, certo? - perguntei me sentando em um dos balcões.

– Creio que sim, Sra.

– Esse protótipo da pele está se desgastando muito rápido. - informei olhando para baixo, vendo um pequeno feixe de luz saindo. – Não quero contar a todos agora que tenho um reator dentro do meu peito no lugar do meu coração.

– A armadura já está pronta senhora, deseja testá-la agora?

– Claro que sim. A configure na plataforma para ser colocada.

Fui até um pequeno palanque que ficava no meio da sala e subi em cima dele, me posicionando parecidamente com o Homem Vitruviano, mas não tão aberta quanto.

Logo senti a estrutura se mexer e vários braços mecânicos trabalhando em montar a armadura em meu corpo, peça por peça, parafusando e encaixando. Isso até fazia cócegas, e fazia com que meu corpo ficasse um pouco mais pesado do que o normal.

Quando terminou, abri o capacete e informei a JJ que voaria por NY, e liguei o propulsor e passei pela entrada da garagem, indo para o lado de fora.

Voei até o lugar mais alto que eu podia, numa altura de mais ou menos de 50 andares. Eu conseguia ver parques de diversões, enormes prédios acesos, as ruas movimentadas e o formado do Central Park. Apareciam em minha visão. Desci um pouco e me aproximei do Central Park em questão de segundos.

A sensação de estar voando acima dos prédios era indescritível. A única coisa 'ruim' de tudo era de que eu não poderia sentir o vento em meu rosto, pelo menos, não hoje.

Pousei em um dos prédios ao lado do Central Park, aproveitando um pouco da vista. Sentei na beirada e senti o concreto se lascando um pouco abaixo de mim, mas nada que prejudicasse severamente a estrutura do prédio.

– Sra, captei a movimentação de um objeto indo em sua direção. Tem características parecidas com sua armadura, e está se aproximando rapidamente. - informou-me JJ.

Levantei e me virei, vendo uma bola de fogo se aproximando rapidamente de mim. Quando ela chegou perto o suficiente, lhe dei um soco ao lado de seu corpo e ele mudou um pouco sua trajetória para a minha esquerda, mas nada que o fizesse parar. Atirei o raio nele e ele caiu no meio do parque, fazendo uma pequena cratera na grama.

Pousei perto, olhando a armadura que parecia relativamente parecia com as que eram produzidas nas indústrias, as únicas diferenças eram o seu tamanho e a total falta de acabamento da superfície.

Algumas luzes da armadura se acenderam e ele levantou-se rapidamente, acertando um chute no meio de meu peito, fazendo com que eu voasse fortemente para trás, acertando uma árvore em cheio.

– JJ, pode identificar quem está controlando a armadura? - perguntei ofegante.

Atirei um raio em seu peito e acertei diversos socos em sua cabeça, vendo que a lataria estava começando a entortar. Segurei a armadura em minhas mãos, a segurando um pouco acima de meus ombros. Abri meu capacete e forcei, com uma das mãos, que o capacete se entortasse mais e saísse da outra parte, mostrando o rosto de quem estava ali.

– Quem é você? - perguntei, vendo que ele está consciente o suficiente para pensar e responder.

– Realmente não me conhece, não é? - indagou com a voz rouca, ofegante. - Eu sou aquele quem você deve dar graças, aquele que você deve agradecer por ter tudo o que tem.

– Você está louco! - falei o jogando no chão. - Eu nunca te vi na minha vida, por que deveria agradecer a você por algo que eu conquistei? - soquei seu rosto. - Vamos, diga quem é.

– Acho que Patch está mentindo para você desde o começo, ao que parece. Sou eu quem o ajudei com as suas primeiras ideias que levaram sua empresa ao seu ápice, e o que ganhei com isso? Um cargo de supervisor de um estagiário medíocre na administração.

– Do que está falando? - perguntei confusa.

– Pergunte a ele mesmo, quem sabe ele continue mentindo para você.

– Chega! Vou legar você agora mesmo. - falei dando um soco em seu rosto, o deixando inconsciente.

No dia seguinte...

POV Narrador

S.H.I.E.L.D (Divisão de Intervenção Interna Estratégica de Logística e Aplicação da Lei)

A sala de reuniões da S.H.I.E.L.D estava completamente cheia. Havia várias conversas de todos os cantos, fazendo com que o barulho ficasse insuportável.

A discussão era sobre a luta entre Isabella e um desconhecido em suas armaduras no meio do Parque Central de Nova York. Em todo o mundo começaram as especulações de que aquela armadura poderia ser um perigo, tanto para os civis quanto para os militares se eles não souberem como usar corretamente.

Mas, além de tudo isso, eles estavam preocupados ainda mais com uma ameaça vinda de Loki, irmão de Thor, que havia levado a fonte de energia de potencial desconhecido Tesseract e eles ainda não sabiam do que essa energia poderia ser capaz de fazer em nas mãos de Loki.

– Mas, o que ela tem a ver com essa ameaça? Ela é apenas uma humana com um certo nível de inteligência sobre armaduras e armas nucleares. – resmungou um dos membros da S.H.I.E.L.D.

– Ela contem um poder ainda maior do que a inteligência, meu caro. – zombou Nick, diretor da S.H.I.E.L.D. – Ela ainda não sabe, mas ela pode ter um poder maior do que todos juntos. Ela foi um experimento como Capitão América, um experimento ainda maior, que deu sérios problemas e tivemos que apagar a sua memória e conter seus poderes.

– Como nunca ouvimos falar dela?

– Ela é um experimento antigo, muito antigo. Se não me engano foi na década de 20. Ela pode ter uma aparência nova, mas esses poderes dão a ela a imortalidade, e creio que todos aqui sabem o que significa.

Nick se sentou novamente na sua grande poltrona que ficava na ponta da enorme mesa, que tinha mais de cinco metros de comprimento e levava na sala inteira.

Todos ficaram quietos, mas depois recomeçaram as conversas e desavenças. Eles estavam ali para decidir se realmente colocariam em prática o plano ‘Iniciativa Vingadores’, que compunham dos melhores ‘super-heróis’ de todos os tempos, entre eles Viúva Negra, Capitão América, Hulk e Gavião Arqueiro.

Além de tudo, Fury está tentando convencer a todos a incluir Isabella na Iniciativa Vingadores, mas, essa tentativa está indo de mal a pior.



POV Bella

A frente de minha casa e de TANTC está cheia de repórteres e câmeras. Qualquer movimento que nós fazíamos e que eles podiam captar, saiam nas manchetes de jornais como ‘O que ela pode dizer sobre a luta no Parque Central? Será que ela planeja alguma vingança para o homem desconhecido?’.

Havia manchetes umas mais absurdas que as outras. Eu e Path não estávamos em paz. Tínhamos que andar com seguranças em qualquer lugar, até mesmo para comprar alguma coisa na padaria da esquina. Estava simplesmente um inferno.

Por sorte, ganhamos apenas indenizações das empresas e do governo de Nova York pelos estranhos no Parque e no teto de alguma empresa qualquer. A única coisa que não foi por água abaixo foi a venda das armaduras. Com um conflito no Iraque, eles viram como as armaduras tinham um efeito positivo na guerra e compraram quase o triplo de armaduras que tinham pedido antes.

Sobre o vazamento dos nossos equipamentos para os terroristas, o FBI e o governo dos EUA estão monitorando todas as atividades nucleares em locais próximos e na base de onde fui sequestrada. Até agora eles não acharam nada, apenas alguns sinais de correntes elétricas. Nada demais.

Eles não querem fazer uma investigação evasiva, pois acham que eles podem ver isso como uma ofensa e realmente declararem guerra contra os Estados Unidos, e isso seria ainda pior para o governo e para mim, que insinuei todas essas coisas.

Ouvi batidas leves na porta, e murmurei um entre, já imaginando que seria Patch quem passaria pela porta.

– Está melhor? - perguntou enquanto andava até a beirada da minha cama.

– Estou. - falei receosa. - Como está o homem que comandava a armadura?

– No momento está preso e sendo interrogado pelos federais e pelos nossos, mas parece que ele não está falando coisa com coisa.

– Estou um pouco cansada para ir trabalhar hoje, será que consegue cuidar de tudo sozinho? - pedi.

– Claro que sim. - disse beijando levemente minha testa. - Te amo.

– Eu também. - sorri.

– E, ah, seu pai disse que quer que você passe algum tempo na casa dele. Ele diz que um tal de Jacob está com saudade de você, além dele, é claro. – ele rolou os olhos. – Você pode ir, se quiser, eu posso ficar aqui no seu lugar enquanto estiver fora. Você precisa descansar um pouco, ficar longe de tudo isso. Forks é uma cidade pequena, acredito que ninguém vai ir atrás de você lá, você tem que ficar longe de tudo isso por um tempo. Você mal voltou e teve que lutar contra um de nossos funcionários e ser perseguida pela mídia. – ele suspirou. – Seu pai está preocupado com você, todos nós estamos.

– Quem sabe eu vá, é uma ideia tentadora.

– Você vai voltar renovada. - falou sorrindo, mas logo fez uma careta.- Isso soou tão fala de cabeleireira.

Ri, mas logo meu sorriso se transformou em um bocejo, dando uma deixa para que Patch saísse de fininho.

Fiquei olhando para a porta fixamente, pensando na noite anterior.

Eu não falei para Patch o que o homem havia dito para mim sobre ele, sobre aquele homem ter ajudado Patch a iniciar seus projetos, e penso eu que, se fosse verdade o que ele havia dito, Patch, de uma forma ou outra, teria me contado. Bom, pelo menos eu acredito nisso.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar :-*
Beijos,
Angel