Give Me Love - Cancelada! escrita por Madu Kordei


Capítulo 8
Uma noite e alguns drinks a mais.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras lindas, bem, mais da metade estava escrito nos meus documentos do Word, mas eu não conseguia terminá-lo. Quero agradecer a Sabrina Rother por favoritar e agradecer também a todos os comentários carinhosos, isso me motiva muuito. Enfim, aqui está e espero que vocês gostem.
Beijos no core ♥



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Violetta’s POV

E cá estava eu, sentada em minha cama, olhando fixamente para as portas escancaradas do meu guarda-roupa, numa tentativa frustrada de encontrar uma roupa legal para ir à balada. Tudo bem que a minha bagunça terrível não ajudava, mas poxa, bem que eu podia ter um vestido para essas ocasiões, não é?

Estava quase me levantando e indo até o quarto de Leon, para falar que eu tinha desistido de ir ao programa. Mas quem disse que eu queria que aquelas palavras saíssem de minha boca? Eu estava maluca para conhecer esse lugar, pois quando Marco sugeriu a boate, Fran e Leon ficaram super animados.

Bufei de raiva e senti uma gota de suor escorrendo pela minha testa, devido ao cansaço mental. Olhei para o lado da minha cama e vi o meu celular em cima da cama, e uma ideia perfeita surgiu pela minha mente. Desbloqueei e fui direto à lista de contatos, achando o nome que eu procurava e discando, esperando que ela atendesse.

Chamada On

– Alô? – Suspirei aliviada ao ouvir a voz de Francesca no outro lado da linha. Felizmente eu não havia anotado o número errado.

– Francesca? É a Violetta – Me identifiquei.

– Ah, oi Vilu – Pude sentir que Fran sorriu ao reconhecer minha voz, ela era uma fofa – Já estou me arrumando.

– Então... Foi por isso que eu te liguei. Estou aqui na minha bagunça procurando uma roupa legal para ir nesse lugar, mas não encontro nada. Será que você podia vir aqui quando chegar e realizar esse milagre?

Olha, não se preocupa, eu tenho uma coisa aqui que vai ficar muito boa em você – Francesca respondeu – Vai tomando um banho, fazendo sua maquiagem, cabelos, que quando eu chegar, você apenas veste a roupa.

Tudo bem, você é um anjo – Falei sorrindo aliviada – Que sapato eu uso?

– Tem salto preto?

– Tenho – Respondi olhando para os meus sapatos e encontrando um sapato alto na cor preta. Eu não usava muito ele, só em ocasiões especiais. Me sentia muito mais confortável em um tênis.

– Ótimo, você vai usar ele. Agora deixa eu ir terminar de me arrumar, daqui a pouco estamos chegando aí.

– Ok, muito obrigada.

– Imagina, tchau.

– Tchau.

Chamada Off

Desliguei a chamada e coloquei meu celular em cima da cama, pegando minha toalha e correndo para o banheiro. Despi-me e entrei no box, ligando o chuveiro numa água gelada. Precisava acabar com aquele calor insuportável que tomava o meu corpo, sempre havia sido muito calorenta, mas no verão do Rio de Janeiro tudo piora.

Passei alguns minutos embaixo da água, depois desliguei o chuveiro e enrolei-me numa toalha, colocando outra pequena em meus cabelos cacheados. Saí do banheiro e voltei até o meu quarto, para que a sessão beleza pudesse começar.

Fechei a porta e coloquei uma roupinha de casa, antes de a Alice chegar com o vestido que eu usaria naquela noite. Sentei-me em frente ao espelho e peguei meu kit completo de maquiagem, fazendo algo mais escuro e sexy. Meus olhos estavam em um tom escuro e minha boca tinha um ar mais ousado, por causa do batom vivo que nela estava.

Depois que a maquiagem estava pronta, tirei a toalha que envolvia meus cabelos já úmidos e comecei a prepará-los. Como eles eram meio cacheados, tinham que receber um cuidado especial, para que sempre ficassem bem definidos e o loiro vivo.

Já estava semi-pronta, meus cabelos e minha maquiagem já estavam finalizados, estava apenas esperando Francesca chegar com o bendito vestido. Confesso que eu estava com medo, já que eu não conheço muito bem o estilo de Francesca.

Meus pensamentos foram interrompidos com batidas frenéticas na minha porta. Levantei-me da cama e fui a passos largos para a porta, abrindo-a em seguida, desvendando uma Francesca completamente linda e perfeita.

– Você ta linda! – Exclamei ao ver a menina ali. Realmente Fran estava perfeita, um cropeed preto e uma saia preta marcava o seu corpo definido, seus cabelos negros e finos caiam como cascatas sob suas costas, e um belo par de sapatos pretos estavam em seus pés.

– Obrigada! – Ela sorriu entrando no quarto, assim que dei passagem para ela entrar – Mas, agora quem vai ficar bonita é você. A propósito, sua maquiagem está perfeita.

– Obrigada – Sorri tímida – Mas afinal, cadê a roupa?

– Está aqui – Fran estendeu-me uma sacola branca. A peguei e a abri, tirando de lá um vestido preto e uma bolsa de mão branca cheia de pérolas e pedrinhas.

– A bolsa é linda, mas, Francesca, isso é uma blusa ou um vestido? – Perguntei incrédula ao ver “o vestido” que Fran tinha trago para mim. Tudo bem que ele era lindo, mas para uma mulher com um corpo legal, o que não era meu caso.

– Ele é um vestido e você deixe de frescura – Francesca respondeu estreitando os olhos, um sorriso diabólico crescia timidamente no canto de seus lábios – Você tem essas coxas e essa bunda para valorizar, então pare de reclamar e vá se trocar.

– Tudo bem – Disse e rolei os olhos, pegando o vestido e indo até o banheiro. Tranquei-me lá dentro e tirei a roupa que eu estava usando, vestindo o tal vestido.

Fui até o espelho maior que dava para ver o meu corpo por inteiro e comecei a observar melhor os detalhes presentes ali. Ele era bastante colado e valorizava de alguma forma o meu corpo, de uma maneira meio impossível. Formava um x nas minhas costas e ficava uns dois palmos acima do joelho.

Suspirei pesadamente e destranquei a porta, voltando até o meu quarto para Francesca ver como havia ficado.

– Uau – Ela disse ao me ver – Você está perfeita, sem mais.

– Sério? – Perguntei fazendo uma careta – Sei lá, eu me sinto vulgar.

– Vulgar? Claro que não, Violetta! – Francesca disse se levantando da cadeira que estava sentada e indo ao meu encontro – É porque você não conhece umas amiguinhas putas do Leon e do Marco, aquilo que elas vestem é uma vulgaridade mesmo. Isso que você está no corpo, é no máximo sensual.

– Puft, sempre tem essas biscates, não é?

– Nem me fale – Francesca revirou os olhos e cruzou os braços sob o peito – Agora calce seus saltos e vamos descer menina. Tenho certeza que o Leon vai a-m-a-r.

Senti uma vergonha repentina, mas a sorte que eu estava de costas para Fran e ela não pode ver o meu rosto em um tom escarlate. Calcei meus saltos pretos e peguei minha bolsa, saindo do quarto com Francesca e descendo as escadas.

Leon’s POV

Ser homem é mil vezes melhor do que ser mulher. Sabe por quê? Porque eu e o Marco estávamos a 20 minutos sentados no sofá da minha casa, esperando a Fran e a Vilu descerem do quarto. Tudo bem que as mulheres têm muito do que se arrumar, mas poxa, que demora.

– Porra, elas estão demorando demais – Suspirei pesadamente, tombando a cabeça para trás.

– Concordo cara. Não sei porque as mu... – Tomás foi interrompido por Francesca e Violetta terem descido as escadas e nesse momento estarem em pé na nossa frente.

Meu queixo tinha ido ao chão, com a beleza inexplicável que estava bem ali na minha frente. Fran estava linda, como sempre, mas não era minha melhor amiga que estava me impressionando. Hoje, Violetta tinha conseguido tirar todo o oxigênio que existia no meu mundo, eu não conseguia mais respirar olhando para sua beleza. Ela estava tão linda, que eu pensava que estava sonhando acordado.

– Você está... Hum... Perfeita! – Exclamei ainda abobalhado com aquela mulher.

– Obrigada – Ela sorriu tímida. Um sorriso perfeito, que me deu até tonturas.

– Vamos? A Barão já está aberta há muito tempo! – Marco falou levantando-se, assim como eu.

Nós quatro saímos de casa e fomos em direção ao carro do pai do Marco, que estava estacionado na frente da casa. Marco foi dirigindo e Francesca ao seu lado, no banco do carona, enquanto eu e Vilu fomos no banco de trás, jogando olhares silenciosos um para o outro durante todo o percurso.

*

Violetta’s POV

Chegando ao local eu entendi porque todos falavam que lá era maravilhoso, porque realmente era. Não parecia algo com que pessoas de baixo nível frequentavam – quando eu digo baixo nível não é sua posição social e muito menos a quantia que se tinha no banco, mas sim seu jeito de ser e como se portavam em frente às outras pessoas.

– Aqui é bem legal – Falei quando entramos realmente no local onde a pista de dança estava posta. Francesca e Marco já entraram se agarrando, enquanto eu e Leon observávamos o local de mãos dadas.

– Sim – Leon respondeu rindo – Quer tomar um drink?

– Pode ser – Disse.

Perdemos Fran e Marco de vista, os dois foram se agarrar em algum lugar mais particular da boate. Caminhei com Leon até o mini-bar que existia no local e sentamos nos banquinhos altos dali.

– Boa noite, o que desejam beber? – O barman perguntou chegando perto de nós dois.

– Dois copos de Sprite com Big Apple bem gelada, por favor – Leon respondeu ao homem que assentiu e foi fazer as bebidas – Gosta de Big Apple?

– Não costumo beber – Respondi cruzando as pernas e apoiando meu cotovelo no balcão – Mas pode-se dizer que eu gosto.

– Menina direita – Ele falou rindo, rolei os olhos e sorri junto a ele.

Não sei muito bem dizer quanto tempo estávamos ali, a questão é que tínhamos bebido mais de quatro copos daqueles drinks e eu já sentia minha visão meio tulva e minha cabeça doer um pouco. Eu era muito fraca com bebidas.

– Leon, a gente pode pegar um taxi e ir pra casa? – Perguntei.

– Claro – Ele respondeu um pouco alto, já que o volume da música do local não ajudava muito – Vou pagar as comandas.

Fui até a área da piscina e fiquei sentada em um dos sofás que existia ali, observei melhor o local e vi que existiam casais conversando, se beijando, amigos bebendo, todos pareciam se divertir. Não era muito fã de farras, mas estava feliz de ter vindo aqui com Leon e ter passado a noite toda conversando com ele, realmente as pessoas tem direito de ter uma segunda chance e mudarem.

Em pouco tempo Leon apareceu e pegamos um taxi que estava na porta da boate, mandamos uma mensagem para Fran e Marco que provavelmente continuavam se pegando e fomos para a nossa casa.

*

O caminho foi bem rápido e em minutos estávamos parados de frente da nossa casa. Leon pagou o motorista do taxi e saiu do transporte acompanhado por mim. Olhei o horário na tela do meu celular e vi que já se passava da uma hora da manhã, mas não havia problema algum, tínhamos avisado aos nossos pais que iríamos à Barão e voltaríamos tarde.

– Gostou de hoje? – Leon perguntou depois que havíamos entrado em casa e subido às escadas.

– Adorei – Falei parando em frente à porta do meu quarto e escorando minhas costas nela. Coloquei meus braços em volta do seu pescoço e olhei nos fundos dos olhos dele – Principalmente porque foi contigo.

– Eu gosto tanto de ti... – Leon sussurrou no meu ouvindo. Senti todos os pelos da minha nuca se arrepiar quando ele depositou um beijo no meu pescoço, trançando um caminho de selinhos até o canto da minha boca, onde parou e me olhou nos olhos.

– Eu também gosto de ti. Muito – Sorri contra os lábios de Leon e olhei nos seus olhos de uma maneira muito íntima. Verde com castanho.

Leon colou nossos corpos, quebrando qualquer espaço que existisse entre nós dois. Começamos a nos beijar de uma maneira surpreendente, esperei por esse beijo desde que cheguei aqui.

Pude ouvir a porta do meu quarto ser aberta atrás de mim e Leon me levar até a cama, onde deitou-se em cima de mim, ainda nos beijando. Eu já imaginava onde aquilo podia me levar, eu queria e não queria. Queria porque eu estava gostando de Leon de verdade, por mais que eu tentasse negar isso. Mas não queria por aquela ser minha primeira vez, por estarmos meio bêbados, por eu achar que precisava esperar mais um pouco.

– Leon...Leon ... – Eu o chamei calmamente enquanto ele beijava o meu colo. Ele olhou para mim e eu toquei o seu rosto delicadamente – Hoje não, ok?

– Tudo bem – Leon respondeu sorrindo e se levantou, acompanhando por mim – Vou respeitar o teu tempo, o quanto for preciso.

– Obrigada – Eu sussurrei sorrindo também e depositei um selinho demorado em seus lábios macios.

Ele saiu do meu quarto e fechou a porta em seguida. Seu corpo podia até ter ido embora, mas ele continuava presente naquele quarto, em meus pensamentos.


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