— Então, estamos aqui, Bronx, Centro de Nova Iorque. – diz uma garota de longos cabelos brancos e sobretudo vermelho sem mangas – E agora, o que fazemos? – pergunta ela se virando para trás.

— Bem, Thanatos nos disse para irmos até um bar chamado “The Devil Who Crys” para conseguirmos informações sobre o demônio que estamos procurando – respondeu um garoto de gorro roxo com uma franja de cabelos negros saindo pela frente do gorro e umas poucas pontas saindo pela parte de trás, ele trajava um casaco negro com as mangas levantadas e uma jaqueta branca sem mangas com um pentagrama roxo nas costas.

A garota bufou jogando a cabeça para o lado – Pelo menos você sabe como chegar nesse bar, Damian? – perguntou ao garoto.

— Sim – respondeu – Ele deu o endereço – disse Damian sorrindo – Vamos lá, Jade! – falou dando um passo à frente.

Então após isso Damian e Jade andaram pelas ruas do Bronx procurando pelo tal bar que Thanatos havia mencionado. Ambos trajavam suas roupas de sempre, Damian carregava sua espada enrolada em um pano de coloração roxa mais escura que a do seu gorro e pentagrama que havia nas suas costas, já Jade guardava suas pistolas em dois coldres de couro presos na sua cintura na parte de trás.

“Fazia um dia que Thanatos nos deu a missão, era uma missão para matar um demônio que tinha fugido do País Demônio, segundo o Imperador Hades ele estaria atrás de uma humana, não sabem a intenção” – Damian relatando o que foi dito por Thanatos antes de saírem para a missão.

— “Não sabemos sua intenção”... “Acreditar que há demônios bons” – repetia Damian se lembrando do que Thanatos e a garota do elevador falaram, respectivamente – Será que... Não, não deve ser. – ele balançou a cabeça horizontalmente para afastar o pensamento. Jade estava na frente e conseguia perceber que Damian estava resmungando algo, e que esse algo o deixava meio inquieto, mas decidiu não falar nada sobre, estava mais preocupada em cumprir a missão e provar para Moses que já pode realizar missões de campo. Eles continuaram andando procurando pelo tal bar.

— Uma missão, uma missão, uma missão! – cantarolava Hétinis enquanto andava se equilibrando no meio-fio da calçada.

— Cuidado pra não se machucar – disse Damian para ela com um tom de preocupação não tão perceptível de primeira.

Mesmo não sendo fácil de notar a preocupação de Damian, Hértinis percebe e sorrindo diz como resposta – Não precisa se preocupar, eu sou um fantasma, esqueceu? – ela soltou uma risadinha.

— Mesmo assim, cuidado! – disse o menino de gorro roxo, deixando mais claro sua preocupação.

— Com quem você está falando? – perguntou Jade se virando para ver Damian.

— Comigo! – respondeu parando em frente a Jade, mas claro que Jade não a via.

— Com ninguém, tô só pensando alto hehe – falou Damian tentando disfarçar com um riso meio forçado.

— Ok né... – falou Jade com um tom de voz meio baixo, desconfiando de algo.

Damian percebeu a desconfiança dela e meio que procurando uma saída olhou para os lados, e enquanto olhava ele viu um estabelecimento que parecia depredado, janelas embaçadas e sujas de poeira, paredes descascando e com rachaduras, e um letreiro neon que tinha uma mulher e havia lá escrito “The Devil Who Crys”. E lá estava a saída de Damian para aquela situação, e também o local que procuravam.

— Ei! Olha lá o bar que estamos procurando! – disse ele apontando para o lugar – Vamos lá.

Os dois entraram no estabelecimento, era um lugar deplorável, o cheiro de mofo que provavelmente vinham da madeira já velha impregnava o lugar, o balcão era claramente velho e não se sabia como ainda se sustentava. Havia um senhor barbudo, vestido com uma blusa quadriculada verde de mangas dobradas, calça jeans velha e surrada, botas sujas de lama e um boné preto. O balconista estava “limpando” um copo no momento em que Jade e Damian entraram, ele cuspiu dentro do copo e passou um pano. Ele aparentava ser um homem de mais um menos quarenta anos de idade, cabelos espetados penteados para trás, possuía uma tonalidade de cabelo castanho, sua pele ligeiramente bronzeada, e olhos com um tom de verde forte, quase esmeralda, suas orelhas pontudas e ele parecia ter presas.

— Eeeehhh... Com licença, mas o senhor poderia nos dar uma informação? – perguntou Jade tentando ser educada.

— Isso aqui não é lugar para bebês, vão pra casa crianças – falou o balconista em resposta.

— COMO É QUE É!? – gritou Jade perdendo a paciência ameaçando bater no homem atrás do balcão, mas Damian a segurou.

— Se acalma, Jade! – disse Damian para a garota de cabelos brancos irritada.

— Nova desse jeito e se estressa tão fácil, por isso está com os cabelos brancos. – comentou ele sem conhecer Jade Ígneos e sua cabeça quente.

— AAAAAHHH MALDITO! – gritou ela com o homem – ME DEIXE DAR UMAS PORRADAS NELE DAMIAN, ME DEIXAAAA!!! – Damian já não estava mais conseguindo conter a garota.

— Ei Damian – disse Hértinis puxando a Jaqueta de Damian para chamar sua atenção – lembra que o titio Thanatos falou que vocês tinham que falar uma frase código para convencer ele a falar com vocês caso se negasse? – falou ela com a maior inocência.

Damian arregalou os olhos ao ouvir aquilo e se lembrar do que Thanatos falou – Ah é mesmo – comentou ainda com a mesma cara de idiota.

— Espera Jade, o código que Thanatos pediu pra usarmos caso o dono do bar não quisesse falar conosco – lembrou-a ele.

Ela o olhou e lembrou, fez que sim com a cabeça para sinalizar ao Damian que entendeu, então os dois juntos falaram – “Anjos, Humanos, Demônios, e Deuses, todos são fracos quando atingidos no coração”

O homem levantou o olhar para eles e abriu um largo sorriso, nesse momento deu para ver o olho mais claramente e viram a íris do homem, contraída como a de um gato, então ele disse com um tom de voz relativamente assustador – Sejam Bem-vindos, Caçadores de demônios.

Ilustrações do capítulo (Entre nos dois links, vale a pena):

Ilustração 1

Ilustração 2