Motivo escrita por Mellanie


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Não sei. Acho que eu tava um pouco /muito/ dramática esses dias e então eu vi um post num tumblr de um Ezreal que havia uma Sona ajudando ele e pensei em fazer uma fanfic sobre isso. Ainda assim, é amizade pura. É o tratamento de um suporte com seu atirador.

Eu particularmente gostei. É mais como se estivesse centrado no Ezreal, mas ainda assim, eu gosto da amizade que ele parece ter com a Sona.

Espero que gostem. ♥



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I

Eu não queria ter começado aquilo.

Eu não queria ser obrigado a atacar pessoas para a diversão de quem me manipulava.

Tudo bem, é um preço a ser pago pela minha descoberta. Mas eu... não queria.

Eu não sabia mais qual era o motivo de continuar lutando. Não fazia sentido. Eu já não tinha meus pais. Eu já não tinha liberdade. Então.. qual o motivo de continuar tentando?

Meus pais.

Eu lembro que estava voltando da escola. Sete anos. Eles me falaram que iriam fazer uma expedição em Ionia. Eles voltariam logo.

"Eu não sou uma criança!"– Foi o que eu gritei quando minha mãe me puxou para dar um abraço de despedida e então me desvencilhei dela. Eu estava irritado. Eu queria viajar também. Eu era uma criança birrenta. Mas...

se eu soubesse que aquela era a última vez que os veria, eu teria me despedido.

E falado que amava eles.

Não tenho motivos para continuar tentando viver.

Eu não quero mais ter minhas luvas sujas de sangue. Eu não quero mais ver o sofrimento e a dor de outras pessoas e saber que eu causei isso. Não quero. Talvez eu seja apenas uma criança no corpo de um homem. Uma criança fardada. E tudo isso pela minha ambição.

Eu não quero mais sair dessa caverna, mesmo sabendo que sou obrigado quando me invocarem para lutar em Summoners. Eu não quero. Eu só.. queria terminar de mapear os lugares desse mundo gigante. Apenas isso. Eu não quero ferir e ser morto diversas vezes. Eu odeio magia. Eu odeio pois não acreditava que magia poderia causar tudo isso. Se eu não tivesse encontrado aquela lanterna e agora o amuleto que fica em minha manopla, eu seria uma pessoa normal. Um explorador normal, como eu sempre quis.

Mas não era bem assim.

Eu sentia tanto.. desespero, quando era invocado. Eu já tinha que ter me acostumado. E até deveria ter perdido a cabeça, como alguns. Como aquele carrasco noxiano. Eu sinceramente não sabia como ele conseguia matar tantas pessoas com um sorriso no rosto.

Qual era, afinal, o motivo de continuar vivendo?

O meu motivo?

Adoraria que alguém me explicasse.

Eu não entendo.

Eu não o encontro, mas também não tenho coragem o suficiente para dar um fim nisso.

Eu sou fraco.

Como aquelas crianças da escola me chamavam.

"Nerdzinho" "Fracote".

Talvez eu fosse isso.

Torno a olhar para minhas luvas ensanguentadas. Quantas pessoas eu ainda teria que matar? Suspiro, sentindo a brisa de Summoner's passar pelos meus cabelos, como se algo me afagasse. Abro os olhos. Era hora de continuar lutando, afinal.

E então eu me deparo com aqueles olhos azuis brilhantes. A dona deles possuía um sorriso encantador. Ela para na minha frente. Um sorriso doce. Como se dissesse que entendia. Mesmo não conseguindo. Seus cabelos azulados com aquelas mechas amarelas esvoaçavam. Seus dedos largam seu instrumento e eu os sinto passando pelo meu rosto. Seu vestido estava com algumas manchas avermelhadas. Eu sabia o que era. Mas mesmo assim, mesmo aquela garota, que se mostrava um pouco machucada e possuía seus dedos calejados, continuava sorrindo.

Deixei que seus dedos passeassem pelo meu rosto e eu a senti remexendo meus cabelos.

Sona.– Eu murmurei fraco e ela colocou seu dedo na frente de meus lábios em um gesto delicado de me fazer ficar quieto. Então ela me solta. Continua sorrindo, e então torna a pegar seu instrumento. Ela começa a tocar uma música. Calma. Ela sempre conseguia me acalmar. Mesmo quando eu entrava em completo desespero.

Apontou seus dedos para fora da caverna. O céu tinha um azul intenso e as flores estavam decorando aquela clareira. Os passarinhos voavam livremente pelo céu, assim como um dia eu queria fazer. Ser livre. Ela olhou para mim. Seu sorriso ainda não havia sido apagado.

E eu tenho, realmente muito a agradecer à ela.

Ela me mostrou o motivo pelo qual eu deveria continuar lutando.

Mesmo que fosse pouco. Até mesmo insignificante.

Pois eu não me achava merecedor daquilo, se eu mesmo o havia tirado de tantas outras pessoas.

Ainda assim, decidi.

Eu iria lutar, assim como ela, pela minha liberdade.

E com toda certeza, quando nós dois conquistássemos isso, eu seria o primeiro a ir para Demacia assistir o seu tão sonhado concerto.

Sona me mostrou que eu ainda tinha motivo para continuar lutando. Mesmo que fosse apenas a minha liberdade.


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Notas finais do capítulo

Saindo daquele complexo meio alternativo, eu queria expor os sentimentos do Ezreal sobre ser obrigado a lutar. Sabem? Eu acredito que seja algo assim.

O que acharam? c:



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