A filha de Stoico escrita por Historia Jaeger


Capítulo 8
Sou sua filha-parte 1


Notas iniciais do capítulo

oi!Peço mil desculpas pelo atraso é porque estou sem tempo com ensaios de dança,roupas pro ano novo,blá blá,enfim!QUERO AGRADECER E HONRAR A LEITORA TEMPERANA POR RECOMENDAR A MINHA FIC.A recomendação foi tão linda que eu chorei.Dividi o capítulo em duas partes pra não ficar muito grande.
Capitulo em homenagem a temperana,
Boa leitura!
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Pov's Seeylfe

Hoje era o grande dia.

Eu estava tão nervosa e preocupada com Soluço,afinal,toda a Berk o veria enfrentar o Pesadelo Monstruoso e ele ainda não disse exatamente o que ele iria fazer,mas se fosse besteira eu ia dar uns cascudos nele.

Naquele momento,eu e Astrid estávamos com Soluço na entrada da arena para dar apoio moral antes dele entrar para o exame final.

Meu irmão havia me contado que ontem Astrid havia o seguido e descobriu sobre nossos treinamentos com os dragões.Agora os irmãos Hoffersons sabiam do nosso segredo,que maravilha!

Só que uma coisa levou outra e acabamos por ter uma pequena discussão.

—FLASHBACK ON-

Eu andava até em casa meio abobalhada,ainda pensando no beijo que Dag me deu.

Meus deuses!Como ele beijava bem!

Entrei em casa,avistando tudo escuro,significando que meu pai e Soluço estavam dormindo.

Subi as escadas,pronta pra ir pra cama,mas saltei assustada quando vi a vela acesa,revelando um Soluço sentado na cama,que me olhava sério.

—Onde a senhorita estava?-questionou.

Arqueei uma sobrancelha.Quem ele pensa que é?Meu dono?

—No morro,ora bolas-dei de ombros.

—Não,eu fui pro morro e você não chegou lá,o que houve?-perguntou.

Suspirei derrotada.

—Okay,me pegou-confessei me sentando ao seu lado-Dag descobriu sobre Banguela e Flora e que sou sua irmã,e aí...

Contei tudo:O passeio no ar,o ninho dos dragões,mas quando falei do beijo...

—ELE TE BEIJOU!?!-berrou irritado se levantando.

—Fala baixo!-pedi sentindo meu rosto ferver.

—Como ele se atreve?-murmurou pra sim mesmo

—Como é?-questionei-Soluço,vê se me erra.Não gosto de irmão grudento,protetor e ciumento não viu?

—Mas sou seu irmão,é meu dever-rebateu me fazendo revirar os olhos-Vai se irritar que a Astrid também descobriu?

—Hein?-arregalei os olhos

Ele me contou que ela havia dado uns cascudos nele(apesar de que só eu posso fazer isso),que eles voaram no Banguela,mas quando chegou numa parte...

—Depois ela me beijou,agradeceu e foi embora-deu de ombros corado.

—ELA TE BEIJOU!?!-berrei furiosa me levantando

—Fala baixo-me imitou-Foi na bochecha sua escandalosa!

—Essa Hofferson tá querendo apanhar?-perguntei colocando as mãos na cintura.

—Olha...Minha maninha tá com ciúmes-debochou ele,doido pra levar um soco na cara-Relaxa,eu amo você também-falou me abraçando.

Respirei fundo retribuindo o abraço.

Minutos depois,me separei dele cruzando os braços e fazendo bico.

—Mas se ela vai te magoar,ela vai ver só!-alertei

—FLASHBACK OFF-

É que eu tenho um sério problema de ciúmes.Sou ciumenta com todo mundo.

Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a voz de papai:

—Se alguém me dissesse que o Soluço deixaria de ser...-parou-...bom...-riu-...o Soluço,pra ser o melhor no treino com dragões,eu o teria amarrado num mastro e mandado ele pra longe por ser doido de pedra!-exclamou arrancando gritos dos vikings.

Sorri de lado.Agora eu sei de onde veio meu senso de humor.

—Mas,aqui estamos.E ninguém está mais surpreso e mais orgulhoso do que eu-declarou papai-Hoje meu filho se torna um viking,hoje...ELE SE TORNA UM DE NÓS!-berrou arrancando mais gritos.

Soluço que estava de costas pra nós,abaixou a cabeça provavelmente sentindo-se culpado.

Eu avisei,não avisei?

—Cuidado com esse dragão-pediu Astrid receosa.

—Não é com o dragão que eu tô preocupado-respondeu irmão indiferente.

—O que você vai fazer?-questionei.

—Vou dar um jeito nisso,ou pelo menos tentar-suspirou se virando para me encarar-Seeylfe,se alguma coisa der errado,não deixe que ninguém encontre Banguela e Flora.

Senti medo nessa parte.

—Okay,mas promete que não vai dar nada errado?-pedi o encarando.

Bocão apareceu na hora.

—Tá na hora Soluço,quebra tudo-incentivou

Abracei Soluço,sentindo meus olhos marejarem.

—Boa sorte-murmurei

Ele retribuiu o abraço e em seguida se separou,me lançando um sorriso fraco.

Então,se virou entrando na arena.

Quando os portões fecharam,meu irmão botou o capacete enquanto ele caminhava até as armas e escudos.

Agarrei as grades do portão com as mãos,nervosa.

Pov's Stoico

Eu estava sentado na cadeira de líder enquanto eu observava meu filho pegar uma adaga e um escudo.

—Eu escolheria um martelo-comentei.

—Ah Stoico!Eu peguei os registros de nascimento das crianças como você me pediu.Eu não olhei nada-declarou Bocão

—Depois Bocão-respondi sem encará-lo

—Mas Stoico,não quer saber se sua filha está mesmo viva?-questionou.

Meus olhos pararam em Seeylfe,que parecia preocupada com Soluço.

—Isso pode esperar-alertei.

Pov's Seeylfe

—Tô pronto-declarou meu irmão.

Os portões foram se abrindo lentamente até revelar um Pesadelo Monstruoso furioso com o corpo em chamas.

Ele correu por toda a arena e disparou,quase acertando a multidão.O dragão parou no teto,quando as chamas do corpo se apagaram.

Ele encarou Soluço e desceu,se aproximando perigosamente.

Soluço deu passos pra trás,largando a adaga e o escudo no chão.

Franzi a testa confusa.

O que ele tá fazendo?

Meu irmão murmurava alguma coisa para o dragão enquanto mantinha os braços estendidos em sua direção.

Ainda tô afim de dar aqueles cascudos...

—Eu não sou um deles-declarou Soluço tirando o capacete e jogando no chão.

Arregalei os olhos chocada ouvindo os murmúrios confusos dos vikings.

Ele pirou!?!

—Parem a luta-ouvi meu pai ordenar,num tom nada satisfeito.

—Não,vocês precisam ver isso-pediu meu irmão-Tudo o que sabemos sobre eles está errado,não precisamos matá-los.

Os vikings murmuravam entre si.

Isso não vai prestar...

—Eu disse:PAREM A LUTA!-berrou papai furioso batendo o martelo na grade.

O barulhou causado fez o dragão se irritar e quase arrancar a mão de Soluço,que gritou e correu fugindo.

O dragão disparou,quase acertando nele.

—SOLUÇO!-berramos eu e Astrid desesperadas.

Olhei ao redor vendo um martelo no chão.

O peguei colocando embaixo do portão.Fiz um esforço para puxar ele um pouco pra cima,criando uma pequena abertura.Eu e Astrid passamos por ela.

O dragão corria e perseguia meu irmão,tentando pegá-lo com os dentes.

Astrid correu até as armas e pegou uma machadinha e jogou na cara do dragão,que começou a persegui-la.

Fechei o punho sentindo a adrenalina correr em minhas veias.

Criei uma bola de neve na minha mão e joguei na cara do dragão que me encarou mortalmente.

Ah não...

Corri sendo seguida pelo o dragão.

Gritei de dor quando senti seus dentes em meu braço e ser erguida no chão.

Mas esse braço sofre,viu?

O dragão me jogou no chão e me prendeu com suas garras.

Pov's Soluço

Meu pai abriu o portão com tudo.

—Venham!-chamou ele.

Eu e Astrid corremos em sua direção,mas eu parei quando ouvi um grito.

Me virei e arregalei os olhos logo em seguida,vendo o dragão tirar Seeylfe do chão,com os dentes em seu braço.

—Seeylfe!-exclamei correndo na direção da minha irmã

—Soluço!-ouvi meu pai me chamar.

Pov's Seeylfe

—Volta Soluço!-repreendi.

O dragão pegou meu irmão com as garras livres e o jogou ao meu lado,o prendendo com as mesmas.

O encarei,segurando sua mão que me encarou com medo.

Ouvimos dois rugidos e em seguida um barulho de algo explodindo que espalhou uma enorme neblina pela a arena.

Senti as garras me soltarem.

Soluço se aproximou e me ajudou a levantar.

A neblina sumiu e fiquei chocada ao ver Banguela com Flora atacando o Pesadelo Monstruoso.

Eles estavam nos protegendo?

Os dois pararam na nossa frente rugindo para o dragão que queria nos atacar.O mesmo desistiu,se afastando.

Me aproximei de Flora e Soluço de Banguela.

—Vai Flora,vai embora daqui-pedi colocando as mãos na sua cabeça.

Os vikings começaram a se aproximar com as armas em punho.

—Anda Flora,saí daqui!-insisti outra vez temendo por sua vida.

Observei meu pai pegar um machado e se aproximar correndo.

—Não,pai!Eles não vão te machucar!-berrou Soluço.

Banguela não se conteve.Ignorando os chamados de Soluço,derrubou uns 3 vikings até pular em cima de papai imbolizando-o.

Ele se ergueu abrindo a boca pronto para disparar o jato de plasma.

Arregalei os olhos.

—NÃO!-berramos eu e Soluço ao mesmo tempo.

Banguela ouviu nossa voz e parou,nos encarando com os olhos dóceis.

Respirei aliviada.

Os vikings pularam em cima de Banguela,o prendendo.

Meu irmão se desesperou tentando impedir,mas foi segurado por Astrid.

Outros vikings agarraram Flora também a prendendo.

—NÃO!SOLTEM ELA!-berrei tentando me aproximar,mas fui puxada pra trás pela a cintura.

Me debati desesperada.

—Para,Seeylfe!-reconheci a voz de Dag.

Parei,com a respiração ofegante.Dag me virou me fazendo encará-lo.

—Temos que cuidar disso-apontou para o meu braço ensanguentado

—Prendam com os outros-ouvi a voz firme de papai.

Levantei meu olhar vendo ele pegar Soluço pelo o braço e em seguida me pegar pelo o braço - o bom - e nos arrastar para fora da arena.

(...)

No grande salão...

Papai nos empurrou para dentro do salão e encostou a porta.

Ele começou a andar de um lado para o outro.

—Eu devia saber,eu devia ter visto os sinais-murmurou ele.

—Pai...-contestou Soluço.

—NÓS TÍNHAMOS UM ACORDO!-berrou papai irritado.

—Eu sei pai,mas isso foi antes de..ah!-grunhiu meu irmão-Que confusão danada!-esbravejou passando as mãos nos cabelos.

Papai o encarou friamente.

—Então o que aconteceu na arena...era um truque!Era mentira!-falou indignado.

Em seguida,me encarou com seu olhar frio,me fazendo encolher.

—E você...o ajudou!-acusou.

Meus olhos marejaram.

—Olha pai,faz o que quiser comigo,me castiga,mas por favor,não machuca o Banguela e a Flora-suplicou Soluço.

Papai o encarou outra vez.

—Os dragões?É com eles que estão preocupados?E não com as pessoas que vocês quase mataram?-perguntou incrédulo.

—Eles só queriam nos proteger,eles não são perigosos!-explicou meu irmão.

—ELES MATARAM CENTENAS DE NÓS!-berrou papai furioso

Senti meu sangue ferver.

—E nós matamos milhares deles!Eles só se defendem,pai,só isso!-rebati.

Soluço e ele me encararam de olhos arregalados.

Soltei um som de espanto levando as mãos à boca percebendo a besteira que eu fiz.

—D-Do que você me chamou?-gaguejou ele.

As lágrimas escorreram pelo o meu rosto quando tirei as mãos da boca.

Eu não podia mais esconder...

Respirei fundo.

—Meu nome completo é Seeylfe Spantosicus Strondus III,sua primogênita que sumiu há 15 anos atrás no mesmo dia em que minha mãe,Valka,foi morta-declarei-Tenho esse colar desde bebê,pois foi um presente de nascimento.Sou irmã gêmea do Soluço,nós nascemos no mesmo dia:1 de Março.

Ele parecia nervoso e perdido.

—Você...quer dizer que você é...-sua voz morreu.

—Sim-confirmei chorosa-Sou sua filha.

Soluço sorriu,deixando algumas lágrimas caírem.

Papai balançou a cabeça.

—Não é possível,minha filha morreu há 15 anos!-berrou-Eu preciso de provas!Você ajudou Soluço numa mentira!Nunca acreditaria em você!

Arregalei os olhos chocada.

Eu não acredito.

Meu peito descia e subia rápido,por conta dos soluços.

—Pai,os dragões,eles só atacam porque eles são obrigados.Se eles não levarem bastante comida,eles acabam sendo comidos!-esbravejou Soluço-É que tem uma coisa na ilha deles...é uma coisa..

—Na ilha deles?-interrompeu papai-Você foi até o ninho?

—E-eu disse ninho?-gaguejou.

—Como encontrou?-questionou.

—É...não fui eu,foi a Flora.Só um dragão pode achar a ilha-respondeu sem pensar.

Um dia eu vou bater nele por ser boca grande!

O olhar de papai ganhou um brilho de determinação.Então,começou a caminhar para a porta.

—Ah não,não,pai!-pediu Soluço percebendo o mesmo que eu.

Abaixei o olhar abraçando meu corpo não prestando atenção nos gritos de Soluço.

Levantei o olhar assim que ouvi um grito mais alto.

—Pai,não!SERÁ QUE SÓ UMA VEZ NA VIDA VOCÊ PODE ESCUTAR O QUE EU TÔ FALANDO!?!-berrou meu irmão segurando o braço de papai que o empurrou,derrubando-o no chão.

Papai se virou nos encarando indiferente.

—Vocês passaram para o lado deles.Vocês não são vikings-respondeu-Como é que podem ser meus filhos?-perguntou incrédulo antes de se virar e sair do salão.

Levei a mão à boca tentando abafar os soluços fortes.

Fechei os olhos caindo de joelhos no chão.Abracei meu corpo com mais força abaixando a cabeça deixando as lágrimas rasgarem meu rosto.

Eu havia perdido Flora.Havia perdido minha dignidade e o pior de tudo,perdi meu pai.

Joguei a cabeça pra trás gritando em angústia.

—Porque...-murmurei abrindo os olhos-...eu tenho que sofrer tanto?

Pov's Stoico

Parei de andar assim que ouvi os soluços altos de Seeylfe.

Fechei os olhos deixando as lágrimas rasgarem meu rosto quando ouvi o grito de Seeylfe.

Balancei a cabeça e saí dali imediatamente.

Pov's Seeylfe

Eu ainda estava de joelhos no chão enquanto chorava.

—Vem mana-Soluço me ajudou a levantar-Temos que sair daqui...

O encarei com lágrimas nos olhos.

—Ele não acreditou em mim,Soluço.Ele disse que eu não era filha dele,o que vou fazer?-solucei aflita.

Ele me abraçou com força acariciando meus cabelos.

—Shhhh,vai ficar tudo bem-murmurou.

—Para de mentir pra mim-pedi.

Ele suspirou se afastando.

—Banguela e Flora-lembrou.

Arregalei os olhos.

—Droga!-exclamei correndo para fora do grande salão com ele em meu alcanço.

(...)

Paramos na beira de um pequeno monte,observando colocarem nossos dragões em barcos.Eles estavam acorrentados e pareciam assustados.

Engoli o seco preocupada.

Papai que dava ordens,nos encarou.

Desviei o olhar deixando uma lágrima descer pelo o meu rosto.

Demorou alguns minutos até todos os barcos sumirem de vista.

Suspirei abaixando o olhar.

Ouvi passos me fazendo erguer o olhar vendo os irmãos Hoffersons pararem ao nosso lado,Astrid do de Soluço,Dag do meu lado.

—Ainda não cuidou desse braço?-questionou Astrid preocupada pra mim.

—A dor que estou sentindo agora é muito pior do que a do braço-confessei ainda encarando o mar.

—Vocês devem estar arrasados,vocês perderam tudo:O pai de vocês,sua tribo e seus melhores amigos-comentou Dag.

—A sua sinceridade é comovente-ironizou meu irmão.

Suspirei.

—Porque a gente não matou aqueles dragões quando teve a chance?Isso teria sido melhor pra todo mundo-afirmei aborrecida.

—É,qualquer um teria matado,porque não mataram?-perguntou Astrid intrigada.

Não respondemos.

—Porque não?-insistiu.

—Não sabemos-respondeu Soluço.

—Isso não é resposta-avisou Dag.

Me afastei deles irritada junto com Soluço.

—Porque vocês querem tanto saber?-questionei friamente.

—Só estamos curiosos para saber a resposta de vocês-falou Astrid

Soluço se virou irado.

—Eu e a Seeylfe...fomos covardes,fracos!Nós não queríamos matar os dragões!-exclamou.

—Viu?Você disse "não queríamos"-comentou a Hofferson.

Me virei irritada.

—Tá?Mas e daí?-ironizei-Nós nunca matariamos!Somos os primeiros vikings em três séculos que não querem matar um dragão!

Astrid e Dag ficaram surpresos.

Eu e Soluço ficamos de costas outra vez.

—Mas foram os primeiros a montar em um-a pergunta de Dag me surpreendeu-Não foi?

Engoli o seco.

—Nós não podíamos matá-los,pois eles estavam tão assustados quanto nós-confessou meu irmão.

—Eles devem estar muito assustados agora,o que vocês vão fazer?-perguntou Astrid

—Ah...uma besteira com certeza-dei de ombros.

—Tá,mas isso AÍ vocês já fizeram-lembrou Dag.

Me virei sorrindo marota.

—Então alguma loucura-falamos eu e Soluço ao mesmo tempo antes de sairmos correndo.

(...)

Pov's Stoico

Eu encarava a neblina concentrado até que senti uma mão em meu ombro.

Me virei vendo Bocão com um livro na mão.

—Stoico,desculpe eu não aguentei a curiosidade-confessou abrindo o livro e mostrando-Aqui é a prova de que Bolor não teve nenhum filho com as três esposas,ou seja,não teve netos,se não estaria registrado aqui-explicou passando para outra página-E de acordo com os registros,só tem uma Seeylfe que nasceu em 1 de Março e ela é sua filha.Aquela garota é sua filha,Stoico!Você a encontrou!-exclamou feliz

Abaixei o olhar,sentindo a culpa me atingir sem piedade.

O que foi que eu fiz?

(...)

Na arena...

Pov's Seeylfe

Eu e Soluço paramos,na frente de uma das jaulas.

—Se vocês pretendem ser comidos...-nós viramos para ver os Hoffersons e resto do grupo-...o meu conselho é optar por um Gronkle-completou Perna de Peixe.

Eu e meu irmão trocamos um olhar surpreso.

Cabeça-Dura se aproximou de nós.

—Vocês sabiam que tem a ajuda da arma mais letal da aldeia?-perguntou nos encarando.

—Não...-respondemos ao mesmo tempo

—Eu mesmo-se indicou.

Melequento se aproximou empurrando Cabeça-Dura para o lado.

—Eu me amarrei no plano!-exclamou empolgado.

Cabeça-Quente se aproximou e socou a cara de Melequento,fazendo-o se afastar.

—Vocês são loucos,mas Soluço,te acho um gato-ela completou sussurrando

Prendi o riso vendo Astrid puxar Cabeça-Quente pelo o cabelo fazendo ela se afastar do meu irmão.

—Então,qual o plano de vocês?-sorriu colocando as mãos na cintura.

Sorri marota assim como Soluço.

Pov's Stoico

A Fúria da Noite se debateu.

—Tenham cuidado e preparem as armas-alertei.

O barco parou brutalmente quando esbarrou na areia.

Me aproximei da beira do barco avistando a enorme montanha.Pude ver uma cauda de dragão,que se escondeu rapidamente.

—É aqui-murmurei

Desci do barco,determinado.

Pov's Seeylfe

Soluço deixou sobre minha responsabilidade,o que pretendíamos mostrar.

Eu estava com a mão no focinho do Pesadelo Monstruoso enquanto o guiava para fora.

Sorri vendo que seus olhos dóceis me encaravam com confiança e com um pingo de desculpa pelo o incidente com o meu braço.

Parei ao lado de Melequento e tentei puxar sua mão para a cabeça do dragão.

—Perai,o que você tá...

—Shhh!Relaxa,tá tudo bem-garanti.

Puxei devagar sua mão,que encostou no focinho do dragão,que ronronou.

Melequento sorriu impressionado.

Encarei Soluço,que assentiu indo até os acessórios.

—O que tá fazendo?-questionou Astrid.

—Acho que vocês vão precisar de alguma coisa para se segurar-afirmou ele

Foi então que eles perceberam o resto dos dragões que tinham saído das jaulas.

Melequento foi no Pesadelo Monstruoso,Perna de Peixe no Gronkle,os gêmeos no Zíper Arrepiante,Soluço e Astrid no Nader Mortal azul e eu fui com Dag no Nader Mortal vermelho.

(...)

Chegamos na ilha sobrevoando o caos que estava.

O Morte Rubra atacava os vikings e os barcos estavam em chamas.Era um desastre.

—Perna de Peixe,relatório-pediu meu irmão.

—Tá.Crânio blindado,cauda feita para golpear e esmagar,evite os dois-comentou ele-Olhos pequenos,narinas grandes.Se alimenta pelo o som e pelo o cheiro.

—Tá bom,você e Melequento fiquem no ponto cego dele,façam barulho para distraí-lo-declarou Soluço-Durão,Quente,descubram quantos tiros eles pode dar,irritem ele!

Acho que andar muito comigo influenciou ele demais...

—Essa é minha especialidade!-exclamou Cabeça-Quente animada.

—Desde quando?Todo mundo sabe que eu sou mais irritante,quer ver?-riu Cabeça-Dura fazendo careta,ficando de cabeça pra baixo no dragão.

—Apenas façam isso,voltamos assim que puder-alertou Soluço se afastando.

Voei ao redor dos barcos procurando por Flora.

Ouvi um rugido.

Olhei em direção ao som vendo Flora acorrentada em um barco.

—Flora!-exclamei voando até o barco.

Quando cheguei perto,pulei no mesmo.

—Vá lá e ajuda os outros-pedi a Dag que assentiu,voando com o Nader pra longe.

Me virei pra Flora.

—Calma garota,vou tirar você daí-declarei a encarando.

Arranquei a cinta de sua cabeça e apaguei as chamas do barco com neve.

Arregalei os olhos vendo o rabo do Morte Rubra vir em nossa direção.

Abracei Flora com força,sentindo o impacto do rabo destruir o barco.

Fui puxada violentamente pra dentro da água junto com Flora indo parar no fundo.

Percebi que meu pé estava preso entre as correntes de Flora.

Arregalei os olhos.

Eu tô dentro da água!

Meu grito saiu silencioso.

Desesperada,agarrei as correntes de Flora puxando-as uma vez ou outra,tentando nos soltar ou nós duas iríamos morrer.

Meu peito começou a doer e minha garganta a se fechar.

Meu corpo amoleceu fazendo minhas mãos soltarem as correntes enquanto minha vista escurecia lentamente.

A última coisa que vi foi Flora gritar silenciosamente em desespero,quando fui puxada violentamente pra cima.


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Notas finais do capítulo

É isso!Ate o próximo capítulo!COMENTEM!



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