Cigaretts and Valentines escrita por Grace


Capítulo 13
3 Years Ago


Notas iniciais do capítulo

Oi bebês!!!!
Me perdoem mesmo pela demora! A falta de criatividade me pegou de jeito e eu realmente não consegui escrever nada!!!
Mas, aqui estou, com capítulos novinhos para vocês!

VOU DEDICAR ESSE CAPÍTULO, PARA A LINDA DA lorenleca QUE FEZ UMA RECOMENDAÇÃO L-I-N-D-Í-S-S-I-M-A E QUE QUASE ME FEZ CHORAR, DE VERDADE! MUITO OBRIGADA ANJO, FIQUEI MUITO, MAS MUITO FELIZ, MESMO!!!



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Tobias

Eu guiei Tris até um dos melhores restaurantes perto de onde ia acontecer o jogo. Nós comeríamos alguma coisa antes de assistir a partida. Ela estava levando a sério esse negócio de se interessar por basquete. Ela estava vestida a caráter para o jogo, e pelo o que a gente havia conversado, ela havia mesmo pesquisado sobre o campeonato e sobre o time atual. Ela simplesmente era demais.

Tris parou no meio do caminho para cumprimentar algumas pessoas que estavam sentadas em uma mesa quase no meio do restaurante. Era uma mesa toda de homens, que ela pareceu cumprimentar mais por educação do que por qualquer outra coisa. Eu a acompanhei. Ela me apresentou a eles. Alguns breves minutos depois, nós nos afastamos da mesa deles, nos dirigindo para a nossa. Eu agradeci por isso. O jeito que eles ficavam olhando pra ela me irritava profundamente.

_Que sorrisinho mais falso para conversar com seus amiguinhos hein? - eu provoquei, assim que nos sentamos. Ela claramente tinha forçado um sorriso e fingido uma falsa surpresa ao encontrar-los lá.

_Antigos colegas de classe, do ensino médio, sabe? Eu costumava até gostar deles, antigamente, mas hoje... sei lá, continuam pessoas fúteis, sem perspectiva. - ela sorriu pra mim - O da ponta direita da mesa, você reparou? - ela perguntou, e eu confirmei com a cabeça. - Meu ex namorado, o capitão do time de futebol do ensino médio.

_Aquele cara? Tris, ele está enorme - o cara realmente estava muito gordo. Ele provavelmente tinha abandonado qualquer tipo de atividade física e começado qualquer tipo de atividade que envolvia comida.

_Verdade. Me surpreendi com isso também. Ele era magro, forte. - ela disse, enquanto brincava com um amarrador de cabelo.

_Bom, você se deu bem. - eu disse, sorrindo pra ele - Olhe bem pra mim. Tenho um ótimo físico.

_Você é inacreditável, sabia? - ela disse, sorrindo pra mim - Mas confesso que você realmente é uma delícia.

Eu comecei a rir, e ela me acompanhou. Tris era um amor de pessoa, e a sinceridade com que ela costumava falar as coisas me surpreendia cada vez mais.

_O resto dos caras que estavam na mesa também eram do ensino médio? - eu perguntei, e ela largou o amarrador de cabelo em cima da mesa e olhou pra mim.

_Sim, outros caras do ensino médio - ela deu de ombros - Por quê?

_Não gostei do jeito que eles olharam pra você. Não gostei nem um pouco. - eu disse, fazendo com que ela começasse a rir.

_Ciúmes, Tobias? - ela provocou, e eu sorri.

_Não, mas por enquanto, você é minha e eu tenho que cuidar do que é meu, você não acha?

_Eu acho que o nome disso é ciúmes. - ela respondeu. Eu a encarei, e ela me mandou um beijo.

_Você é terrível, Beatrice. - Eu disse, sorrindo pra ela. - E não é ciúmes.

_Vou fingir que acredito, tá bom pra você? - ela perguntou, rindo.

_Tá bom pra mim, porque ai eu copio a sua ideia e finjo que você não estava com ciúmes da minha secretária.

_Eu não estava com ciúmes. - ela disse, categoricamente. - E não é mais secretária, é ex secretária.

_Estava com ciúmes sim senhora - eu disse, segurando a mão dela por cima da mesa. Ela mordeu o canto da boca.

_A conversa estava em sobre como você estava com ciúmes de mim, pare de tentar mudar o foco - ela disse, rindo.

Nós fizemos nossos pedido, comemos e jogamos mais um pouco de conversa fora. Era quase hora do jogo quando deixamos o restaurante e rumamos para o estádio, que era a apenas dois quarteirões dali.

Realmente? Aquilo ali estava uma loucura. Era um mar de pessoas. Todas tentando entrar de uma vez só. O barulho estava muito alto e parecia que era final de campeonato.

_Tobias, que loucura que está isso aqui. - ela disse, enquanto segurava a minha mão, para não correr o risco de se perder de mim.

_Bem vinda ao mundo dos fanáticos por basquete - eu respondi, sorrindo. Soltei minha mão da dela rapidamente, depois passei meu braço ao redor dela, e com a mão livre, voltei a segurar a mão dela.

Alguns minutos depois, conseguimos passar pelos portões, e fomos para as nossas cadeiras. Eu sempre comprava ingressos no melhor espaço do estádio.

Nós nos sentamos. Faltavam uns dez minutos para o início do jogo. Tris ia falar alguma coisa, quando uma chuva de flashes caiu sobre nós. Alguns fotógrafos tinham nos visto, e não perderiam a chance de fotografar uma das nossas raras aparições em público.

Nós demos alguns sorrisos e logo depois, começamos a conversar, ignorando as fotos.

_Acho que esqueci de comentar - eu disse, bem perto da orelha dela, por causa do barulho. - Mas adorei a sua camiseta.

_Comprei depois que sai da casa de Shauna. Eu disse que ia levar a sério esse negócio de me interessar sobre basquete. E é bem, que assim, a gente está combinando - ela sorriu, me dando um beijo no rosto logo depois.

Nossas blusas realmente eram praticamente iguais. Eu a puxei para mais perto e dei um beijo nela. Ela retribuiu o beijo.

O jogo começou momentos depois.

Tris

O jogo tinha acabado. Os Bulls tinham levado, ganhando de 84 a 75. Eu nunca tinha visto Tobias dessa maneira. Ele realmente era fanático, dos mais ferrenhos. Ele xingava o jogo todo, reclamava e aplaudia e incentivava a todo instante. Eu tinha achado muito divertido.

Basquete não era meu esporte favorito, mas eu tinha prometido vir aos jogos e procurar me interessar sobre o assunto. Tobias era meu amigo, e nada mais justo do que eu tentar fazer alguma coisa que ele gostava tanto.

Fora do estádio, o tempo me surpreendeu. Estava formando um tempo para chuva, e o vento forte me fazia arrepiar de frio. Estava totalmente diferente de hoje mais cedo.

_Tris? - Tobias chamou. Eu tinha me encolhido toda, tentando me proteger do vento frio - Vem cá - ele acrescentou, me puxando para perto dele e me abraçando. Ele era bem quente.

Nós fomos assim até o carro.

_Pra onde vamos agora? - ele perguntou, apertando a minha bochecha.

_Não sei. Quantas horas? - eu perguntei, procurando o meu celular.

_Quase onze. - ele disse - Você quer ir pra casa? - Eu fiz uma careta. Será que Nita estava em casa? Eu não queria ficar perto dela de maneira nenhuma. - Tris, o que está acontecendo?

Ele perguntou. As vezes, eu me esquecia que ele era bem atento, e que ele provavelmente devia estar notando minha rejeição em ir pra casa por conta de alguma coisa.

_Não é nada não - eu disse, enquanto ele ligava o carro, e saia para a rua vagarosamente, com cuidado para não atropelar as pessoas que andavam na rua e comemoravam a vitória dos Bulls.

_Tris... - ele começou, e depois me olhou.

_Meu problema de sempre. Nita. Quem mais podia ser? Ela me inferniza o dia todo. - eu suspirei

Ele dirigiu em silêncio até a casa dele. Tobias não costumava ser tão quieto. Quando chegamos lá, ele abriu a porta do carro pra mim, e nós dois entramos na casa.

Tobias foi rapidamente no segundo andar, e voltou com uma blusa de frio pra mim, e outra pra ele. Ele se sentou no sofá, e me puxou pra junto dele.

_Pode começar a falar o que aquela bruxa está fazendo com você.

_Tobias, é uma longa história - eu suspirei, e joguei minhas pernas em cima do colo dele.

_Nós temos tempo - ele respondeu, se arrumando.

_Você já sentiu como se alguém estivesse jogando com a sua cabeça, e você não estivesse conseguindo escapar? - eu perguntei. - É assim que eu me sinto. Nita está jogando com o meu ponto fraco, e ela sabe disso. Ela está acabando com todo controle psicológico que eu tenho.

_Tris... com o que, exatamente, ela está jogando? - ele perguntou, segurando a minha mão.

_Tudo começou a três anos atrás. - eu comecei, respirando fundo - Eu… eu tive problemas com distúrbios alimentares, anorexia, bulimia e até mesmo inicio de depressão. Nessa época, eu era extremamente completada com o assunto beleza, perfeição e tal. Perfeição facial, corporal, dos cabelos, unhas... qualquer coisa assim. Quando te contei a história da minha época do ensino médio, eu meio que editei, e tirei essa parte, que é a parte que eu tento esquecer.

"Teve uma época que eu comecei a me sentir feia, imperfeita, e isso começou a me incomodar. Eu fiz de tudo... cheguei a tomar até remédio pra perder peso, com doses cada vez maiores. Numa dessas loucuras, depois de tomar uns cinco comprimidos, eu... eu me arrependi. Cortei meus pulsos. Até hoje eu não sei bem porque. Acho que para me livrar da dor emocional e substituí-la pela física. Eu estava realmente desequilibrada. Mas... eu estava meio drogada sabe? Cortei fundo demais, e depois acabei desmaiando.

Caleb foi quem me encontrou. Ele não era casado nessa época ainda, e nós éramos muito próximos. Ele me levou correndo para o hospital, e por sorte, eles conseguiram me salvar. Fiz tudo quanto é tipo de tratamento depois disso. Psicólogo, terapeuta, psiquiatra... dei um tempo na carreira. Minha família inventou que eu estava doente, com algum tipo de virose ou qualquer coisa assim.

Eu fiquei um tempo mal, mas me recuperei. Eu queria seguir minha carreira, queria fazer sucesso. Passei por cima, mas isso é monstruoso. Volta por qualquer motivo. É por isso que, desde que isso aconteceu, esse ano foi a primeira vez que eu tirei fotos de biquíni. Esse ano eu me sentia confiante, bonita, sabe? Esse ano eu realmente estou me sentindo bem comigo mesma.

E então, agora, ela começou a me provocar. Ela não pode me ver que fica falando que eu estava gorda, feia, que não vou conseguir mais emprego. Ela falou que eu não estava mais entrando nas minhas roupas. Eu entrei em desespero. O pesadelo me persegue até hoje. Você pode tentar lidar com isso, correr, mas nunca vai estar longe o suficiente.

Nita está jogando comigo. Ela está me torturando psicologicamente, todas as vezes que ela me vê. E eu tenho muito medo de ser fraca de novo, de deixar ela me influenciar, de deixar ela vencer sabe? Por isso, prefiro não ficar perto. Ninguém acreditaria em mim, se eu contasse. Ela fala essas coisas só quando não tem ninguém perto. Ela é uma cobra."

Tobias me puxou para o colo dele, e depois me abraçou. Ele não prometeu que ia ficar tudo bem, nem nada disso, mas prometeu que ia ficar do meu lado. Foi melhor assim. Ele me disse que eu teria que ser forte, e mostrar pra ela que eu não a deixaria vencer, e que eu poderia contar com ele para qualquer coisa que precisasse. Até mesmo me ofereceu a casa dele. Ele disse que eu poderia me mudar pra cá, se eu quisesse.

Nós ficamos ali abraçados por um longo tempo, e eu realmente comecei a acreditar que tinha uma luz no fim do túnel. Eu não deixaria Nita vencer essa.


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Notas finais do capítulo

#Dramatic hahahah
Quem gostou?