Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 6
Debaixo d'água.


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁ! Gente, sinto muito pela ausência de caps. Postei dois seguidos em minha outra fanfic, que como já disse, tá chegando nas retas finais. Além disso, estou tendo umas provas mais difíceis vindo aí na escola, então sim, até as férias, teremos menos caps... Mas prometo me esforçar hahahah

Enfim, espero que gostem!



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POV Scorpius:

Virara quase uma rotina. Toda noite, quando pensava que ela não viria, ela aprecia, dizendo apenas “Scorpius?” ao entrar. Meu nome parecia uma palavra mágica quando era pronunciado por ela. O silêncio que às vezes ficava entre nós nunca foi constrangedor para mim ou para ela. Olhávamos a lua, sentindo um ao outro. Era reconfortante.

Mas ela tinha razão. Eu precisava conversar com alguém. Precisava confiar em alguém. E era bom poder confiar nela.

– Senhor Malfoy! Poderia, por favor, nos dizer qual é a função do Guelricho? – Professor Longbottom perguntou, chamando minha atenção na estufa. Subitamente, me dei conta de onde estava. Merlin, como eu estava com sono. Minha cabeça estava apoiava em minha mão, e as plantas à minha frente não receberam o mínimo da minha atenção.

– É.... Qual é a pergunta? – Levantei minha cabeça, de repente atento. Certo, eu não estava prestando o mínimo de atenção na aula. Por mais que Neville Longbottom sempre fizesse com que as aulas de Herbologia não fossem tão maçantes e às vezes até divertidas, estava simplesmente cansado.

– Professor? Acho que o que Scorpius quis dizer é que o Guelricho dá a capacidade de quem dela comer respirar dentro da água. – Rose respondeu, olhando para mim com um brilho desafiador no olhar.

– Muito bem, senhorita Weasley. Mais atenção da próxima vez, senhor Malfoy. Agora, o Guelricho é nativo do Mediterrâneo, e foi descoberto pela bruxa Elladora Ketteridge, quando quase morreu sufocada depois de comer um, e adivinhem? Só conseguiu se recuperar depois de enfiar a cabeça dentro de um balde de água! – O professor disse, rindo. – Certo. Vou fazer uma pergunta, e quem acertar, pode levar um pouco dessa bola de rabos de rato! – Ele anunciou, como se fosse o prêmio de uma loteria fajuta, e fez a classe rir. – Ok, ok. Finjam que adoraram. E não contem isso como um incentivo à um mergulho no Lago Negro.

Olhei para Rose, levantando uma sobrancelha. Lembrei de uma de nossas aulas no primeiro ano, quando ela errou uma pergunta e eu acertei. Acho que foi dali que nasceu nossa competição, e sorri para ela.

Era um desafio.

– Ótimo. Preparados? Quem conseguir listar todos ou a maioria dos efeitos do Guelricho, leva esse prêmio ótimo e definitivamente lindo. – Ele sorriu, e eu e Rose fomos os únicos a erguer as mãos. Sorrimos.

– O Guelricho faz com que nasçam guelras no pescoço, membranas entre os dedos, aparecem algumas nadadeiras e os pés se alongam e ganham membranas. – Rose falou, antes de mim.

Merlin, ela era da Corvinal, afinal.

– Muito bem, Rose! – Neville disse, fazendo uma reverência exagerada. – Estão liberados! Não se esqueçam de entregar o trabalho sobre Calêndulas na próxima aula! No mínimo 10 linhas, por favor. E Rose, lembre do seu prêmio.

O professor deu uma piscadela sorridente para todos, enquanto nós guardávamos nossos materiais.

– Acho que estamos quites agora, Malfoy. – A ruiva veio em minha direção, segurando a bola de Guelricho com as pontas dos dedos.

– Não por muito tempo. – Passei um braço em torno de seu pescoço, segurando seu ombro. Era tão pequena, chegava a parecer frágil.

Mas eu sabia que ela não era.

E ela me odiaria por pensar por um segundo que ela é frágil.

.........................................

Minha última aula do dia acabara, finalmente. Fui até as masmorras da Sonserina, aproveitando os corredores vazios, andando com as mãos nos bolsos das calças.

No meio do caminho, dei meia volta, em direção ao Lago Negro. Lembrei de um lugar onde minha mãe me disse que costumava ir, e era onde eu passara boa parte dos primeiros anos, quando muitos ainda me estranhavam. Era extremamente calmo, e até onde eu sabia, desconhecido.

– Scorpius! Esquisitããão! Olhe aqui! – Pirraça cantarolava, tentando chamar minha atenção enquanto eu andava até os portões. Eu sabia que se olhasse para trás ele jogaria um giz em mim, então apenas sorri e continuei andando até que o poltergeist desistisse.

Mas que ótimo. Até um fantasma me acha um esquisitão.

Realmente, isso fez maravilhas à minha auto-estima.

Desci os jardins até a borda do Lago, andando até a extremidade, perto de algumas pedras. Havia uma enorme, suspensa em cima do lago e encoberta por um morro ao longe. Ninguém podia ver das janelas.

Simplesmente fiquei ali, olhando a água se movimentar e pensando. Peguei um livro que carregara até ali e folheei as páginas, sem conseguir me concentrar. Certo, Rose Weasley estava tendo um efeito muito diferente em mim. Me tirando o sono por vezes, me desconcentrando completamente das aulas e de tudo... Merlin. Estava completamente perdido.

– Scorpius? – Uma voz que me fez imediatamente chamou, hesitante. Me virei para ela, apenas para ver seu sorriso direcionado à mim. – Minha nossa, Malfoy, se for para se esconder por aí, ao menos avise antes...

– Como você me achou? – Não soou exatamente como eu queria, mas acho que ela entendeu. Ninguém vinha ali com muita frequência, então....

– Roubei o Mapa do Maroto de James. – Ela deu de ombros, se sentando ao meu lado na pedra. Enquanto meus pés quase encostavam na água e estavam com as pontas levemente molhadas, os dela estavam longe. Seus olhos pareciam distantes também, como se pensasse em uma coisa completamente diferente. – Você pularia?

– Como assim?

– Sabe, pular no Lago. De um lugar alto, não sei. Se sentir livre. – Ela falou, imersa em pensamentos.

– Talvez.

– Eu nunca pensei muito em liberdade, sempre fui meio protegida.

Encarei-a por alguns segundos, e vi o Guelricho ainda em suas mãos, enrolado em um papel. Ela olhou para mim, seguindo meu olhar, e levantou uma sobrancelha.

– No três? – Pergunta ela, colocando um pouco do emaranhado em minhas mãos. É pegajoso, e concordo com a cabeça. Murmuro um Impervius em minhas roupas, e ela repete o gesto. Quando contamos até três, enfiei o Guelricho em minha boca e pulei no lago, deixando apenas meus sapatos na pedra. Ouço, já debaixo da água, o barulho do corpo de Rose se chocar contra a água. Me contorço enquanto sinto guelras brotarem em meu pescoço, e ouço os ossos de meu pé estalarem e se esticarem. Com um gemido, sinto meus pés ficarem grandes demais pra minhas meias, e membranas verdes nascerem entre meus dedos.

O lago é sombrio e escuro, com a água da superfície produzindo um reflexo que vejo sem nenhum desconforto em meus olhos. Não sinto que preciso de ar, como já era de se esperar. Me viro, e vejo Rose atrás de mim, seus cachos ruivos flutuando e emoldurando seu rosto, em contraste com a água escura. Ela sorri e aponta para um amontoado de pedras ao longe, e começa a nadar furiosamente até lá, enquanto eu tento alcançá-la.

– Ganhei. – Ela diz, soltando bolhas pela boca.

Me aproximo dela, colocando uma mão em sua bochecha e colocando meus lábios quase colados aos dela. Quando ela pensa que irei beijá-la, apenas murmuro “Não por muito tempo”, e vendo o olhar surpreso em seu rosto, disparo até um recife de corais coloridos e chamativos.

Quando chego lá, segundos antes dela, Rose sorri para mim e balança a cabeça. Ela nada até mim e coloca uma mão em minha nuca, puxando-me para ela e selando nossos lábios. Era estranho, conseguia sentir o gosto da água em minha boca e pequenos peixes em nossos pés. Rimos, ainda próximos, e ela puxa nossos corpos para baixo e se vira, colocando as costas em meu peito. Sorrio e enterro minha cabeça entre seu ombro e seu pescoço e envolvendo sua barriga com meus braços. Ela pressiona sua coluna contra mim e acaricia meus dedos, e sinto que a quero com uma intensidade sem tamanho. Não era um simples desejo, era ela, e o efeito que exercia sobre mim.

Encosto meus lábios em sua clavícula, e ela se vira para mim, beijando-me com mais força, e sinto como se nós dois ganhássemos vida, ao mesmo tempo.

– É melhor nós voltarmos. – Ela diz, com um beijo entre as palavras. Sorrio e faço que sim com a cabeça, e nadamos rapidamente até a superfície. Pisco com força e balanço a cabeça, me acostumando com a claridade. Corro as mãos entre meu cabelo e me viro, procurando-a.

– Rose? – Pergunto, já sentindo meus pés encolherem novamente e meu corpo voltar ao normal. Quando olho para trás, sinto meu pé ser puxado com força para baixo, e vejo-a sorrir marotamente para mim embaixo d’água e voltar para o ar puro acima de nós. Rimos e pulamos para cima da pedra, com as roupas secas graças ao feitiço de impermeabilização. Sacudo meus cabelos no rosto de rose, provocando-a. Ela faz uma careta e bagunça-os.

Ficamos em silêncio por um segundo, e olho as pequenas gotas no rosto e no cabelo de Rose e beijo-a, sentindo a pele quente dela contra a minha, fria. Ela corre a mão por toda a extensão de minhas costas, deixando pontos molhados em minha camisa, e eu pressiono ambas as mãos em sua nuca, molhando o colarinho da dela.

Ela segurava meu pescoço, e eu a segurei pela cintura e a deixei na ponta dos pés, e sento-a imprensar meu corpo contra uma árvore próxima. Nossas bocas pareciam se fundir, enquanto eu sentia sua mão macia encontrar meu rosto. Senti suas costas arquearem-se fluidamente sob minha mão enquanto eu a percorria.

No meio de tudo aquilo, eu não conseguia pensar. Foi como se ela enfiasse a mão dentro de minha cabeça e puxasse todo e qualquer pensamento que a ocupasse que não tivesse a ver com o nome Rose Weasley. O calor dela irradiava para dentro de mim, e meu próprio corpo corresponde a isso com a mesma intensidade. Posso sentir a alegria de cada átomo de minha carne. Beijo-a, escondendo o calor e a vermelhidão de meu rosto, que estava quente o suficiente para derreter aço.

– Eu te amo, Scorpius Malfoy. – Ela murmurou, afastando-se de mim, meus lábios tentando desesperadamente permanecer em contato com os dela. Mas tínhamos que voltar. Isso lá era verdade.

No caminho de volta, apenas segurei sua mão, e mesmo assim, sentia os pequenos fogos de artifício subindo e descendo por cada terminação nervosa de meu corpo, indo e voltando.

Entramos no Salão Principal assim, de mãos dadas. Lancei a ela um olhar ao mesmo tempo nervoso e questionador. Eu não tinha certeza se ela queria tornar público tudo isso. E eu odiava ser o centro de qualquer tipo de atenção. Com um aperto em minha mão, ela assentiu com a cabeça enquanto caminhávamos até que nossos caminhos se separassem. Vi cabeças se virarem. Vi Lily Luna sorrir e agarrar o braço de uma amiga ao lado, dando pulinhos. Vi Albus fazer um sinal de positivo com a mão e levantar os braços em sinal de vitória. Vi Teddy Lupin fazer o mesmo.

Sorri. Talvez não conversasse muito com Teddy ou até mesmo com Fred e James. Mas pelas reações de cada amigo de Rose, eu os sentia também, como se também fossem meus amigos.

Certo. Talvez eu teria que conquistar a confiança de Victoire e Roxanne Weasley.

Mas ao lado de Rose, eu sabia que conseguiria.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem se tiverem qualquer tipo de crítica, sugestão ou opinião!
Gente, eu vou começar uma fanfic Clato, do ponto de vista da Clove e do Cato (um cap de cada, igual estou fazendo aqui e sem misturara POVs no meio dos caps) nos Jogos Vorazes. O que vocês achariam?

Beijoooos! Até o próximo cap!



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