Living In The Moment escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 13
Capitulo 13 - Amigos


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores,
Sei que esse capitulo deveria ter sido postado semana passada, e sinto muito por isso. Mas, para compensar, essa semana ainda teremos o capitulo oficial, sim?
Bem, como nem todos vocês estão no grupo, não sabem sobre meus planos para os bônus. Serão uns cinco bônus, e quem escolherá como eles serão, vão ser vocês. Quando chegarmos ao epilogo, vou selecionar as leitoras que mais comentaram, e elas dirão como querem o bônus, pode ser de um momento que teria acontecido antes do epilogo ou depois.
Espero que gostem do capitulo.
Beijos,
Manu Schreave



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558683/chapter/13

Uma palavra para definir Katniss nesse momento. Ansiosa. Se ela pudesse pegar a direção deste avião e faze-lo aumentar a velocidade, faria. Ela está simplesmente pirando. Não sei mais o que fazer.

—Calma, Kat, Chicago não vai sair do lugar.

—Ah, avestruz, estou ansiosa. — analiso-a calmamente.

—Tem fobia de avião, é?

—O que? Pelo amor, Peeta, claro que não, é apenas ansiedade.

—E por que tanta ansiedade? — questiono, ela me olha torto e dá um sorriso nervoso, dando de ombros.

Okay, esse é nova. Já conheci a Katniss divertida e aventureira, a triste e melancólica, e convivo com a misteriosa o tempo todo, mas a Katniss nervosa é nova. Será que vai ser sempre assim? A cada dia descobrir uma nova partícula dela? Chega a ser estranho o fato de eu conseguir gostar tanto dela, sabendo tão pouco, tendo tantos mistérios e segredos acerca dela, mas o que posso fazer? Me apaixonei por essa garota volúvel, bipolar, misteriosa, incontrolável, me apaixonei por Katniss Everdeen.

Eu me apaixonei pela garota que esbarrou em mim carregando milhares de caixas e começou a falar sozinha, pela garota que cuidou de mim bêbado e quebrado, que me enfiou numa viagem louca e incrível, que ficou em pé no carro em plena Route 66 cantando Living In The Moment. Me apaixonei pela garota que me apelidou de avestruz, pela garota que esconde segredos e dor, pela garota que cantou Wherever You Will Go para mim enquanto dançávamos na chuva. Eu, simples e loucamente, me apaixonei por Katniss Everdeen.

—Eu tenho mais motivos para estar nervoso que você. — solto.

—Por que?

—Ah, você sabe... Meus pais, meus amigos, tudo. — respondo encolhendo os ombros.

—Olhando por esse ponto — entorta a cabeça —, você realmente tem motivos para se manter nervoso, mas... Tudo dará certo, sim?

—Seria legal tenta pensar assim, Kat, mas, eu não consigo. Apenas penso em como as coisas serão a partir de agora. — dou de ombros.

—E o que vai acontecer a partir de agora? — questiona com seu olhar marcante sob mim.

—Eu não sei. Acho que ser esse cara livre na Route 66 é fácil, mas ser em Chicago, em meio à tantas reuniões e papeis que será difícil.

—Temer pelo futuro é adiantar os problemas, avestruz, é vive-los duas vezes. Temer pelo futuro é algo horrível! Lembre-se do que já falei, não podemos ser dessas pessoas que ficam sentadas planejando o futuro, se não quisermos que ele seja de suposto jeito, nascemos livres para muda-lo.

—Às vezes, eu me pergunto se existe algo nesse mundo que me faz melhor que você, sabe, com suas palavras calmantes, suas ações impulsivas, e alegria instantânea. — olho-a profundamente, e quando ela cora percebo que o que disse foi quase romântico.

Eu conseguia fazer Katniss ficar sem jeito. Isso é uma vitória. Eu finalmente achei uma forma de quebrar seu escudo. Seja doce, romântico e ela se abrirá.

*****

Quando chegamos, Katniss estava praticamente saltitando, ansiedade quase palpável, quase empurrando as pessoas que estão passando pelo corredor.

—Olha aqui, consegui pegar. — falo em tom irônico pegando o ar e ela me olha como se fosse louco.

—O que pegou?

—Sua ansiedade, consigo pegar ela no ar. — debocho, e ela ri irônica.

—Tão engraçado, não, nem um pouco engraçado. — revira os olhos.

Descemos rapidamente do avião, e percebo ela pegar o celular, escrever algo rapidamente.

—Vamos buscar as malas? — ela chama, e eu a sigo.

Constantemente a flagro olhando para os lados, ela está procurando por alguém? Quem? Que eu saiba, ela não tem ninguém em Chicago. Continuo seguindo-a, pegamos nossas malas e andamos mais um pouco, até que ela para totalmente e olha para uma direção com um sorriso no rosto. Olho para a mesma direção e posso ver. Finnick, Annie, Cato e Clove. Seja qual for a mágica que Kat fez, eles estão aqui. Antes que eu consiga raciocinar, vejo um vulto baixo correr em minha direção, em sua volta, um véu negro, logo soube que era Clove.

—Esse é por ser um idiota completo. — dá um tapa na minha face após parar na minha frente. — E isso, é porque nós sentimos sua falta. — afirma dando um beijo em minha bochecha.

—Ei, cara. — Cato se aproxima fazendo um high-five.

—Peeta! — Annie dá um gritinho me abraçando.

—Annie. — dou um beijo em seus cabelos de fogo. — Eu ainda não estou acreditando em nada disso, podem me explicar o que aconteceu? — peço, eles se entreolham e logo, todos, em sincronia quase perfeita, olham para Kat, que está um pouco mais afastada, com um sorriso no rosto.

— Bem, depois daquele ligação que chegou a seu conhecimento, houveram outras. – Finnick, o único que não chegou a me cumprimentar, se pronuncia. — Após conversarmos muito, a loira aí dar algumas opiniões e apresentar alguns fatos... Bem, percebemos que seu nível de babaquice pode ter caído um pouco.

—Mas — Clove interrompe. —, só tomamos algum decisão após muita pesquisa e, digamos que, você esteja perdoado. — termina com falso descaso.

Sorrio apenas, tentando entender o verdadeiro significado dessas palavras. Perdoado, perdoado, perdoado... Porra! Quando finalmente caio na real, puxo Clove para um abraço e, Annie que estava ao lado se junta, puxando Finn e Cato.

—Vem também, Kat! — chamo-a. Ela nos olha em dúvida, talvez pensando que esse é nosso momento, mas esse momento não aconteceria sem ela. Meio sem jeito ela se encaixa no abraço, passamos um tempo assim.

—Tá, super emocionante e tal, mas chega, né? Já estamos pagando mico. — Clove, nem um pouco doce e fofa, alerta saindo do abraço. — Vamos para algum lugar, sei lá.

—Podemos ir lá para casa, então. — sugiro e todos aceitam.

Pegamos as malas e seguimos para o carro. Ficou Cato e Clove em um carro, e eu, Kat, Finn e Annie em outro. Conversamos um pouco com o rádio ligado no som baixo.

—Como foi a viagem? — questiona Annie.

—Foi divertido. — Kat começa. — Conhecemos tantos lugares incríveis, fizemos tantas coisas divertidas. A Route 66 sempre foi um sonho meu, e essa viagem, foi incrível. Aliás, o avestruz fez uma tatuagem.

—Tatuagem? Avestruz? — perguntam Finnick e Annie simultaneamente, fazendo-nos rir.

—Bem, vocês sabem de Delly e dos meus pais, não é? — eles assentem. — Digamos que eu bebi demais, fui parar no apartamento errado, aconselhado por uma psicóloga louca, que me convenceu a viajar e resolveu me chamar de avestruz, ainda não entendo.

—Ah, gente... Não tem nem como explicar a situação precária que Peeta estava, só sei que eu pensei em um avestruz e ponto, pegou. — retruca dando de ombros.

—E, como a Kat já falou, a viagem foi bem divertida, ela até ficou em pé com o carro em movimento. Nós dançamos na chuva, visitamos lugares legais, conhecemos Los Angeles e a calçada da fama, e ela me convenceu a fazer uma tatuagem.

—Não ponha a culpa toda em mim. — protesta e eu dou de ombros. — Não te obriguei a fazer, apenas sugeri.

—Nossa... — Finn ri. — Essa viagem me lembrou ‘As Vantagens de Ser Invisível’, também falaram que sentiram-se ‘Infinitos’? — questiona brincalhão.

—Isso... — começo a falar, sendo interrompido por Annie.

—Depois você fala, Peeta, a música da Kat tá tocando.

—Minha música? — franze o cenho, mas Annie faz um gesto de descaso enquanto aumenta o som e Livin’ La Vida Loca ressoa pelo carro.

Para cima, dentro e fora

Ela está vivendo a vida loucamente

Ela vai empurrar e puxar você para baixo

Vivendo a vida loucamente

Os lábios dela são o demônio vermelho

E a pele cor de chocolate

Ela vai usar e te jogar fora

Vivendo a vida loucamente

Vivendo a vida loucamente

Ela está vivendo a vida loucamente

Acordei na cidade de New York

Num motel barato e fuleiro

Ela levou meu coração e levou meu dinheiro

Ela deve ter me colocado para dormir com pílulas

Ela nunca bebe água

Faz você comprar champagne francesa

E uma vez que você sente o gosto dela

Você nunca será o mesmo

Ela te deixará louco

Para cima, dentro e fora

Ela está vivendo a vida loucamente

Ela vai empurrar e puxar você para baixo

Vivendo a vida loucamente

Os lábios dela são o demônio vermelho

E a pele cor de chocolate

Ela vai usar e te jogar fora

Vivendo a vida loucamente

Vivendo a vida loucamente

Ela está vivendo a vida loucamente

Ela fará você tirar suas roupas

E dançar na chuva

Ela te fará viver a vida louca

Ela irá tirar a sua dor

Como uma bala no seu cérebro

Para cima, dentro e fora

Ela está vivendo a vida loucamente

Ela vai empurrar e puxar você para baixo

Vivendo a vida loucamente

Os lábios dela são o demônio vermelho

E a pele cor de chocolate

Ela vai usar e te jogar fora

Vivendo a vida loucamente

Quando a música termina, estamos rindo e Kat levemente corada.

—Cuidado, Peeta. — Finn adverte divertido. — Ouviu como a música diz “Ela vai usar e te jogar fora. Vivendo a vida loucamente.”

Rimos mais um pouco, conversamos sobre esse tempo que passamos distantes, tratando tudo como se nosso afastamento tivesse sido apenas uma viagem, e não graças a minha tolice. Chegamos em casa, Kat vai direto para seu apartamento arrumar algumas coisas, prometendo ir ao meu depois.

—Temos de encomendar pizza. — Cato anuncia enquanto estamos jogados no meu sofá.

—Urgentemente. — Finn confirma. — Quem liga para a pizzaria? — olhamos um para os outros com os olhos estreitos, sabemos que agora é matar ou morrer.

—Pedra, papel ou tesoura. — gritamos todos juntos.

—Annie, meu amor — Finn a chama com um sorriso malvado. —, você perdeu. E como eu sou o manda chuva da situação, escolho o sabor. Uma inteira a moda, outra metade calabresa, metade portuguesa. — reviramos os olhos, mas concordamos.

Enquanto a pizza não chega, ficamos conversando normalmente até Finnick fazer uma pergunta em especial.

—Você e a Katniss estão namorando, Peeta?

Katniss, minha namorada, namorada, namorada, namorada... A palavra me persegue. Isto é tudo que mais gostaria. Sorrio como criança diante da ideia, me sinto como uma criança em manhã de natal de frente a grande arvore e aos presentes. Mas, todo o sonho se apaga ao ouvir a melodiosa voz dela.

—Não, Finnick, somos apenas amigos.

Com isso todos nós olhamos para a porta, vendo-a lá, mas logo o clima tenso passa com a campainha tocando anunciando a chegada da pizza. Apesar de tudo, das conversas, da pizza, brincadeiras, sorrisos, paz e perdão, não há nada que eu consiga pensar além do que Finnick disse. Katniss e eu namorando é tudo que mais desejo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, deixem vossas opiniões. E se achar que LITM merece, favoritem, recomendem.
Até o proximo.
Beijos,
Manu Schreave