Anna Prior - Em Busca de um Passado Esquecido escrita por Isa Medeiros


Capítulo 15
Capítulo 14 - Um cientista maluco fazendo experiências as três e meia da manhã


Notas iniciais do capítulo

Oieeee
AI MEU DEUS VOCÊS JÁ VIRAM O NÚMERO DE COMENTÁRIOS DA FIC????
50!!!!!! 50 COMENTÁRIOS DIVOSOOOOOS GENTE!!!!!!! 50 COMENTÁRIOS DE LEITORES PRERFEEEEITOS!!!!!!!!!!!!!
Eu to tão feliiiiiiiiiz!!!!!!!
Sério gente MUITO OBRIGADA!!!!
A fic não teria Vida se não fosse por vocês!!!!!
EU AAAAAMO MEUS LEITORES!!!!!
Viu mãe? Eu tenho L-E-I-T-O-R-E-S!!!! Da pra acredita? Tem gente que lê o que eu escrevo!!!!!!
~le eu com uma camiseta onde ta escrito "EU TENHO OS LEITORES MAIS DIVOSOS DO MUNDO", um boné igual e uma caneca "EU AMO MEUS LEITORES"~
Ok, eu to assustando, né?
Sério gente se os comentários continuarem assim eu vo até faze caps extras no final!!!
Ok, sem enrolação: Boa leitura!!!



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– Ei – eu cutuquei FZ enquanto subíamos mais uma escada depois de bocejar pela centésima vez. Ele me olhou e fez sinal para que eu fosse caminhar ao lado dele e de Julia. – Eu acho que agente deveria dormir um pouco que sabe – sugeri, afinal, mesmo que o Departamento tivesse muitas escadas até os andares de alojamento, nós não podíamos ficar subindo pelo resto da noite.

– Onde? Aqui? – FZ respondeu com uma voz ligeiramente irritada. Não, é claro que nós não poderíamos dormir ali. Franzi o nariz e reprimi a vontade de chama-lo de idiota.

– Claro que não, vamos procurar um lugar, sei lá – respondi bocejando, eu já estava achando aquilo uma ideia excitante e insana ao mesmo tempo.

– Vamos ver se agente consegue falar com alguém – FZ apontou para uma porta com a cabeça, havíamos acabado um lance de escadas e a porta ao nosso lado tinha os dizeres “Andar 6”.

Ele abriu a porta e passou por ela, Julia foi atrás e eu fiquei por último. Entramos em um corredor escuro, sem as luzes de emergência das escadas. Eu passei a minha mochila para frente e peguei uma lanterna lá de dentro, desta vez, porém lembrei-me de apontar para frente enquanto ascendia.

Fui guiando todos com a luz da lanterna, pelo jeito era um corredor normal, daqueles cheios de portas brancas, placas, nomes de pessoas e setores. E de todas aquelas portas, nenhuma tinha ao menos um feixe de luz transparecendo por baixo dela.

Fomos andando um pouco mais até chegar a um lugar que o corredor se dividia em dois. O caminho da esquerda tinha os dizeres “Dormitórios” e uma seta que apontava para o resto do corredor.

No do lado direito havia uma placa quase igual à primeira, exceto por dois detalhes: a seta apontava para a direita dessa vez e os dizeres mudaram para “Centro de pesquisa”.

– Vamos por ali, ver se encontramos alguém – eu disse apontando para o corredor da direita e o iluminando com a lanterna. FZ olhou para mim de forma interrogativa e deu de ombros.

– Mas aqui ta escrito dormitórios – Julia retrucou, fazendo gestos veementes que apontavam para a placa – Você não quer dormir não? – completou bocejando.

– É, mas a gente tem que falar com alguém – eu respondi e fui me virando na direção do corredor direito. Nem FZ nem Julia responderam, mas ambos me seguiram, ou eles simplesmente tiveram preguiça de falar.

– O que exatamente estamos procurando, um cientista maluco fazendo experiências as três e meia da manhã? – os breves minutos de silêncio foram quebrados quando FZ decidiu anunciar a todos que tinha algum senso de humor.

– Exatamente – retruquei, tentando sorrir e iluminar tudo a nossa frente. FZ tinha apertado o passo para caminhar do meu lado e ele puxava Julia pela mão.

O corredor não era muito comprido, basicamente era como o outro: largo, com várias portas e placas. Só que neste as portas eram maiores, algumas até de vidro, através das quais se podiam ver uma quantidade inédita de computadores e apetrechos científicos.

Por fim chegamos à última porta, que na verdade se parecia mais com uma vitrine expondo um laboratório. A parede que nos separava de todos aquelas máquinas e pesquisas era inteiramente feita de vidro, com uma porta dupla bem ao centro.

Mas o que mais me chamou atenção foi um fato que não pode ser ignorado: as luzes estavam acesas, e tinha um homem alto de jaleco branco lá dentro. Pelo visto, nós tínhamos encontrado o nosso cientista maluco fazendo experiências às três e meia da manhã.

Assim que se deu conta da nossa presença o homem tirou os olhos do computador, se levantou de forma brusca e apertou um interruptor que fez as luzes do corredor se ascenderem. O cientista fez gestos veementes com as mãos, sinalizado para que entrássemos no laboratório.

– Quem são vocês? – o homem indagou assim que passamos pelas portas duplas. Sua voz soava cansada e alarmada ao mesmo tempo, talvez um pouco grogue por causa de todo o café que tinha tomado. Não era um homem corpulento, mas parecia inteligente, daqueles que usam óculos e barba rala.

– Hum... – eu comecei hesitante, sem saber se eu deveria revelar os nossos nomes para um desconhecido. Por fim decidi que não faria mal algum– Me chamo Anna, esse é o FZ e a irmã dele, Julia – completei apontando para cada um.

– O que vocês estão fazendo aqui? E a propósito, que tipo de nome é FZ? – o cientista continuou, cruzando os braços em frente ao corpo e fazendo uma carranca.

– Um apelido – FZ respondeu, sem parecer ter se ofendido, afinal, todo o mundo sempre perguntava isso – E você como se chama? – completou, como se tivesse lançado um desafio.

– Sou eu quem faço as perguntas aqui – o cientista respondeu de forma brusca – Agora: por que vocês estão aqui? – ele perguntou, sem descruzar os braços e com leves traços de irritação na voz.

– Nós....hum.... – eu comecei, de novo hesitando em contar a verdade. Depois de alguns instantes pensando e mordendo o lábio inferior eu cheguei a uma conclusão razoável, afinal, uma mentirinha de nada não nos prejudicaria – Nos perdemos da nossa... Excursão da escola e queríamos um lugar para ficar. – assim que eu acabei de falar me dei um tapa mental por uma mentira tão mal contada.

– Uma excursão da escola? Vocês são de Chicago? – o homem me encarava com uma expressão dura e desconfiada. Eu dei de ombros, sem vontade de responder. Julia permanecia quieta grudada em FZ, e este fazia pouco para me ajudar.

– É, mais ou menos – eu disse por fim engolindo em seco. O cientista franziu o cenho e continuou me encarando. FZ me cutucou como se dissesse “Que raios você está fazendo?”. Eu não me virei nem respondi, afinal nem eu mesma sabia.

– Anna, você é filha de quem? – depois de longos minutos com um silêncio torturante o homem de jaleco me perguntou, se abaixando e olhando bem nos meus olhos, como fazem com as crianças pequenas. Senti meu coração de apertar enquanto ele me encarava fixamente com os seus olhos brilhantes. O que eu deveria responder “Tobias Eaton, mas por favor, não ligue para ele, eu fugi”?

– Tris Prior – escutei as palavras saindo da minha boca com a maior sinceridade extraída do som melodioso da minha voz falha. Beatrice Prior é minha mãe. E eu sou filha dela.

Assim que eu respondi o cientista pareceu estar em choque, ele me encarou por mais alguns segundos e despencou na cadeira, completamente estupefato. Eu comecei a ficar nervosa, será que a verdade me traria algum problema?

– Você é uma Prior? – ele perguntou um tempo depois, na verdade ele sussurrou, como se aquilo fosse um perigoso segredo de estado. Eu apenas balancei a cabeça. O cientista sorriu com o canto da boca, sem mostrar os dentes, um sorriso sério, e disse – Sua mãe é famosa por aqui, como uma heroína, segundo o que nos contaram.

Eu sorri também. Talvez eu tivesse uma versão da extensa resposta para a minha pergunta: Quem foi Tris Prior? Ela foi uma heroína.

– Podemos ficar aqui? – FZ perguntou, após minutos com um silêncio fúnebre e heroico. O homem olhou para ele como se estivesse o notando naquele instante.

– Apenas alguns dias – ele respondeu mordendo o lábio inferior – O quarto 12 está vazio, apareçam no refeitório – completou com uma voz neutra, sinalizado o caminho para os dormitórios com a mão.

FZ sorriu em agradecimento, foi guiando Julia até a porta e sinalizando para que eu os seguisse. Eu sorri para o cientista maluco fazendo experiências as três e meia da manhã e disse a única coisa que eu poderia ter dito antes de sair.

– Obrigada.

***

FZ me pediu se ele podia ficar com a lanterna e eu deixei, deixei-me ser guiada por ele até o quarto 12. Também foi a única pergunta que ele fez, sobre a lanterna, nada que dissesse respeito a nossa conversa com o cientista-sem-nome ou sobre o que deveríamos fazer a partir de agora.

Julia parecia animada e com sono, assim como todos nós. Mas, na realidade, acho que não seríamos capazes de dormir mais do que cinco horas.

Aquele corredor se parecia com o primeiro, com portas de madeiras e números em cima delas. Todos os quartos tinham uma ordem cronológica, o quarto 1 na parede direita, o 2 um pouco mais a frente, na esquerda, e assim por diante.

– Você realmente acha que isso foi uma boa ideia? – FZ perguntou, enquanto passávamos pelo quarto 9. Eu mordi o lábio e dei de ombros.

– Agora é tarde de mais para voltar – respondi, sem saber o que dizer e reprimi a vontade de completar “Você deveria ter se arrependido antes”.

Mais cerca de quatro passos e uma porta a nossa esquerda tinha uma placa com “12” escrito nela. FZ iluminou-a a puxou a maçaneta para baixo, o que abriu o quarto para nós, afinal ninguém trancava portas ali.

Eu tateei até encontrar o interruptor e ascendi a luz. O quatro era todo branco, com um roupeiro (não faço ideia por que) e dois beliches, um em cada parede.

– Eu durmo na cama de cima – FZ cutucou a irmã apontando para o beliche da parede esquerda. Eu ri, nós estávamos ferrados ele ainda se importava com a cama de cima.

– Eu também – Julia disse sorrindo e correu até o beliche que restara, segurando firme da madeira ao lado da cama. Eu quase protestei, dizendo que ela deveria ficar no mesmo beliche do irmão e eu no de cima, mas deixei pra lá.

– Ok, eu fico em baixo – respondi derrotada e fui colocar a minha mochila no beliche esquerdo quando FZ me cutucou.

– Você toma conta da Julia pra mim? – ele perguntou e eu quase dei um tapa na cara dele. FZ estava me dispensando? Do tipo: Não, você não pode dormir no mesmo beliche que eu.

– Você não me quer por perto? – eu respondi, cruzando os braços e tentando parecer ofendida.

– Eu não quero cair por cima de você – FZ explicou, mas eu não me convenci. Então, como se lesse a minha mente ele apontou discretamente para Julia. Me dei conta naquela mesma hora, é claro, a irmã dele estava ali, não era como se pudéssemos simplesmente nos agarrar.

– Ok, se a Julia cair em cima de mim, vai ser menos mal – eu disse e joguei a minha mochila no beliche direito, sorrindo. – Eu vou dormir de roupa, ok? Me acordem se vocês acordarem antes – informei enquanto jogava a mochila no chão e ia me ajeitando por cima dos lençóis mesmo.

Cinco minutos depois que FZ apagou a luz e Julia fez questão de dar “Boa Noite” para todo o mundo eu já havia pegado no sono. Mesmo que eu tenha dormido pouco, foi um sono leve, sem sonhos e revigorante.

Eu acho que não havia passado nem meia hora desde que eu dormira quando me acordaram, na verdade, Julia me acordou. Ela me cutucou repetidas vezes, inclinada sobre cama de cima, até que eu a desse atenção.

– Hã? Julia? – eu disse por fim, com a voz grogue e sonolenta. Continuei deitada, Julia estava quase caindo do beliche de cima, perto o bastante para sussurrar.

– Ei, Anna – a garota começou, em voz baixa, mas com uma alegria quase saltitante – Você gosta do meu irmão? – ele perguntou e soltou uma risadinha fantasmagórica. Eu arregalei os olhos no escuro, será que ela tinha descobrido?

– O que... Não... – tentei enrolar, já com a voz rouca e a visão turva. Ela riu mais uma vez e abriu um sorriso sapeca.

– Vocês estão namorando né? – Julia continuou, rindo outra vez. Eu já estava negando com a cabeça quando ela completou – Ta bom então, mas sabe, a minha sobrinha pode ter o nome da tia...

– Hã... Não... – eu bocejei outra vez, mais sonolenta do que nunca. Pude ouvir Julia rindo e cantando algo como “Ana e FZ, Anna e FZ, Anna e FZ”. O pior é que eu estava cansada de mais até para negar, então, peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

E aí LEITORES DIVOSOS, o que acharam?
Vocês são tão perfeitos que merecem um trecho do próximo cap:
"– Quase nove – respondi, rindo internamente do seu cabelo nada decente. FZ foi descendo a escadinha que dava acesso ao beliche e pulou no chão – E, a propósito, você é um fofo dormindo – informei, rindo alto desta vez e resisti à tentação de acrescentar “até dormindo”.
FZ abriu aquele sorriso convencido e encantador. Então, piscou com o olho direito, como se estivesse flertando, só pra me irritar. Eu meio que gostei, mas fiz uma encenaçãozinha: revirei os olhos e, sacando a escova de cabelo da mochila, joguei-a nele, com esperança de que FZ penteasse o cabelo."
Bato palmas para quem adivinhar o nome do próximo cap!!!!
BEIJOS PARA OS MELHORES LEITORES DO MUUUUNDO!!!!!



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