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Meu coração continua na escuridão. Como se faltasse algo. Como se minha alma estivesse presa em algum ponto do universo. Sinto tanta tristeza em meu peito. Espero você a tantos anos, e nem ao mesmo sei quem é. Se você existe. Se você é real...

Talvez seja tudo loucura de uma mente solitária. Talvez nada exista realmente. E a única coisa certa nessa existência é a morte. Mas será? Porque quando olho para o céu, sinto sua presença. Sinto você olhando por mim, esperando por mim. Meu peito dói, as vozes ainda persistem em minha cabeça. Tantos anos e ainda continuo igual. Tantos anos e não mudei. Mesmos sonhos, mesmos ideias e tantos erros... porque Deus me sinto assim? Peço perdão, não é reclamação, longe de mim. O senhor protege a mim e a minha família. Estamos unidos e dou graças ao senhor por isso. Mas falta algo. Algo que não sei explicar. Preciso de sua ajuda, preciso encontrar minha paz interior. Preciso falar através dessa digitação, porque sinto essa angústia. Esse medo. Porque?

O cursor pisca na tela, esperando que meus dedos deslizem sobre as teclas das letras formando palavras uma após a outra.

Sabe meu amigo, não tenho amigos, não tenho sentimentos e nem laços de amizades. Já tive sabe, muitas vezes e em todas elas a decepção.

Todos no final das contas querem algo e depois o abandono, a solidão. Talvez ela seja minha amiga eterna. Pelo menos em vida, porque espero que na morte eu seja feliz.

Acredite eu sou feliz, com algo faltando e nem sei o que é. Mas meu peito ainda dói.

Perdão, perdão, perdão. É só o que posso dizer, pois não mereço tal benção.

Droga, eu odeio esse sentimento de auto piedade. Odeio essa fraqueza, sou forte e os fortes não podem se dar ao luxo de sentir tais sentimentos de pessoas fracas.

Minha mente, ainda prega peças, e as vezes tento lidar da melhor forma possível, fugindo da realidade e entrando em um mundo só meu. Um mundo repleto de fantasia, heróis e poderes especiais.

Você, sim você que está lendo e perdendo seu tempo com todas essas palavras vindas de uma mente perturbada pela sociedade e suas regras mundanas. Sente o que eu sinto?

Porque se sim, ambos estamos enrascados. Ah, diga-se de passagem, bem enrascados.

Mas seria bom saber o que você sente também, quem sabe encontramos consolo nas palavras um do outro. Nas palavras dos desconhecidos que se ajudam sem saber?

Meu nome não importa nesse momento, porque nem eu mesmo ainda descobri minha verdadeira personalidade. Só sei que vou continuar lutando por aquilo que acredito, o amor.