O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 32
Convidados Inesperados


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal me desculpem a demora, mas estou lotado de coisas e estou na correria. Trabalho+estudos.

Em todo o caso, espero que gostem!

ATENÇÃO PESSOAL ESTOU MAIS UMA VEZ REPOSTANDO A HIST, POR FAVOR FAVORITEM!
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OST

Gnar e Trundle se arrastavam engalfinhados em uma briga mano a mano, peito a peito, rosnando e golpeando um ao outro como bestas selvagens que eram. Os demais trolls não ousaram se intrometer, mantendo uma distância segura dos dois.

No momento Annie e Nunu estavam ocupados. Annie arquejou e lançou uma esfera flamejante contra a boca de um dos trolls que corria aos urros na direção deles. A esfera flamejante explodiu dentro de sua boca. O monstro deu um berro com a boca aberta fumaçando como uma chaminé. Outros trolls atacaram. Com outro movimento do braço, ela arremessou duas bolas incandescentes, elas explodiram, contra dois trolls. Que institivamente recuaram. Outros tomaram à dianteira. De relance Annie viu Nunu vindo em direção ao flanco do troll mais próximo. A fera continuou avançando, com a maça erguida sobre a cabeça.

Então Nunu alcançou o Troll. Concentrou-se e canalizou a magia para as palmas das mãos e as bateu contra o chão. Imediatamente o solo congelou, da crosta de gelo subiu uma coluna que tinha a ponta um peculiar formato de punho fechado. Uma mão de gelo saiu do solo rochoso golpeando a fera no rosto. O troll cuspiu alguns dentes quebrados, disse algumas asneiras e caiu desacordado no chão.

Outros atacaram, metade deles recebiam bolas de fogo que explodiam em seus rostos, e a outra metade recebia esferas de gelo. Annie e Nunu não davam chance do inimigo atacar. Por algum tempo ambos alvejavam com gelo e fogo em uma sucessão de ataques. Mas essa tática não duraria muito.

— Se continuar assim não vamos conseguir! — Alertou Nunu puxando Annie para mais longe dos trolls

— Precisamos de uma distração até os ursines chegarem aqui!

Havia dois grupos de Trolls convergindo, vindo diretamente para ambos. Os dois grupos se aproximaram em ângulo reto, ambos voltados diretamente para eles. Seus lábios recuavam revelando fileiras intermináveis, pontiagudas de dentes carnívoros.

— Quando disser já use um feitiço!

Annie piscou

— O que? Isso não vai funcionar nem pra distrair. Nem se a gente jogasse o sol neles!

— É quase isso que quero fazer.

Nunu explicou, Annie piscou boquiaberta.

— Espere um minuto — pediu Annie.

Ele esperou um minuto.

— Espere mais um pouco!

Ele esperou mais quinze segundos.

— É muito mais difícil do que você imagina — disse ela.

— É tudo ou nada!

Nunu firmou os pés no chão e virou-se de frente para os trolls que vinham em sua direção. Acenou para que Annie se calasse, arrumou o cabelo, arregaçou as mangas, cuspiu nas duas mãos e esfregou as palmas. Respirou fundo.

— Prepare-se — irritou-se ele.

— O quê?

— Prepare-se — vociferou, com a voz ligeiramente trêmula.

— Mas você não pode...

— Estou falando sério!

— Ah, você está falando sério — Reparou Annie — Essa veia no lado da testa, sabe, quando se dilata assim, bom...

— Cale a boca!

Ambos tentaram esquecer os vários trolls com os olhos sedentos de sangue vindo na direção deles. Eles se concentraram e deixaram a magia fluir pelo corpo. Com o sinal, lançaram duas esferas incandescentes. Os feitiços se chocaram em uma parede ofuscante de luz. Por um momento todo o local luziu num branco brilhante. Os trolls foram pegos de surpresa. Tentaram se proteger da luz odiada, caíram ao chão em uma confusão de braços, garras e presas.

Annie e Nunu fecharam os olhos para acelerar o retorno da visão.

— E agora? — perguntou Annie

— Agora... A gente corre novamente.

OST

Deveria ser assim, quando perceberam algo estranho abaixo deles. O solo se ergueu sob os pés de ambos. Uma corrente luminosa irrompeu para o alto, lançando os dois no ar. Eles rolaram ao cair. Antes que se recuperassem, a corrente envolveu ambos em um forte abraço, tentaram reagir, resistir, mas aquela corrente parecia drenar a vontade de ambos. Eles caíram de joelhos sendo vencidos pelo cansaço. Tentaram se levantar, mas descobriu que não podiam. — Não precisam resistir — Disse uma voz na mente deles, ela era reconfortante e agradável — Confiem em mim. — Tornou a voz.

— Nunu, essa voz... Magia... — Annie tentou alertar, mas já era tarde. Nunu havia sido controlado. Tinha os olhos distantes e sem vida. Annie praguejou e tentou resistir. A voz voltou dessa vez só para ela. Annie pode sentir a magia, não podia confiar, tinha que resistir! Mas aquela voz era tão reconfortante.

Sua visão falhou, Annie tentou forçar a razão, mas não conseguia. Estava encantada por aquela maravilhosa voz. O mundo pareceu escurecer, mas antes que a consciência se perdesse viu um sorriso e uma mulher vindo em sua direção.

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Ezreal estava ali, parado como morto. — Não. Não pense nisso. — disse Lux. Ela correu para perto dele, deslizando de joelhos no último metro. Tarde demais. Ele já se foi. O rosto de Ezreal estava totalmente lívido. Seu cabelo comprido e dourado perdia cor e o branco dos olhos era de dois crescentes através da pálpebras semicerradas.

— Lux — disse ele, a palavra saindo com esforço. Lux estendeu as mãos, com a magia já dançando nas pontas dos dedos, disparando pequenos feixes de luz. Não era especialista em magia de cura, mas era o melhor que tinha. Deveria ser o suficiente... Não... Tinha que ser o suficiente!

As mãos de Lux estavam tremendo e seus olhos turvos de lágrimas. Por vários segundos, não houve reação. Ezreal parecia um cadáver. Então seus olhos desiguais se abriram, as pálpebras balançando como asas de beija-flores enquanto seu sistema se inicializava de novo. Ele tossiu e estremeceu, flexionando os dedos das mãos e dos pés.

— Lux — disse, quando sua visão clareava.

Lux estava rindo e chorando ao mesmo tempo, com lágrimas se derramando no peito de Ezreal.

— Claro que salvei. Não poderia viver sem você. — Lux se inclinou e beijou Ezreal, envolvendo-o em um abraço forte e pressionando o seu rosto contra o seu.

OST

— Não se preocupem, ele irá sobreviver. — Disse Vladimir dando alguns passos para trás — A proposito, eu tenho algo para mostrar.

Leblanc apareceu trazendo consigo duas crianças, parando à direita dele. Pelo tamanho, a garota parecia ter uns onze anos e o menino uns dez ou nove. Quando as crianças se aproximaram eles perceberam de quem se tratavam.

— Covarde! — Esbravejou Riven

Vladimir sorriu

— O que há de errado?

Nunu e annie foram capturados e agora estavam sendo controlados por alguma magia perversa, pois ambos não conseguiam se mexer.

— Não é encantadora? — Perguntou Vlademir, erguendo o queixo de Annie com a mão. — Tem uns olhos grandes e um cabelo tão bonito. E ele? É ou não é rapazinho simpático? — E colocou a mão no ombro de nunu. — Dizem que as crianças são uma bênção para todos nós, mas eu não partilho dessa convicção.

O lábio superior dele revirou-se num sorriso de deboche para Ashe e Sejuani

— Senhoritas, com todo o respeito — Disse ele se curvando gentilmente — Não sei se concordam comigo ou não. Independentemente disso, sei que vocês, de Freljord, se orgulham de suas virtudes. Mesmo os Garras da Neve que se orgulham da força, não atacariam os inocentes. — Vladimir riu — como se alguém fosse realmente inocente nesse mundo. Então façamos o seguinte, vamos testar suas convicções e ver se são o que dizem ser. Matarei estes dois, se ousarem mexer qualquer músculo. — e sacudiu o ombro de Nunu — ou se atreverem a me atacar. — Ele colocou a mão na cabeça de Annie

Se Annie e Nunu ficaram abalados ou não, não transpareceram. Mesmo tão jovens, eles eram fortes, mas alguma coisa os impedia de invocar qualquer magia ou de se moverem. Sejuani olhou para Ashe e viu o desespero espelhado no seu olhar. Mesmo ela não ousaria em por em perigo as duas crianças

— Temos que fazer alguma coisa — disse Sejuani entre os dentes

— Não podemos colocar a vida delas em risco, são apenas crianças. — Respondeu Ashe

Sejuani cerrou os punhos com tamanha força que as unhas entraram sobre a palma

— Não quero carregar o fardo dessas mortes. Jamais mataria uma criança, mas se isso representasse o futuro de Freljord... Tenho minhas dúvidas. Precisamos fazer alguma coisa.

— Sim, mas este não é o momento — disse Ashe olhando de soslaio para Sejuani — Sei de nossas diferenças. Mas pelo menos dessa vez me escute. Se não por mim, mas por elas. Espere mais um pouco e talvez consigamos descobrir uma forma de atacá-lo sem pôr a vida destas crianças em risco.

— E se não descobrirmos?

Mas Ashe não conseguiu responder. Satisfeito, Vladimir sorriu inclinando a cabeça em um gesto.

— Assim já está melhor. Agora podemos falar como seres civilizados, sem nos preocuparmos com quem está tentando matar quem. — Bateu levemente na cabeça de Annie.

Vladimir pareceu estudar Ezreal mais atentamente.

— Você tem muito de sua mãe garoto e inclusive de sua irmã em Ionia. Ela é tão cabeça dura quanto você. Mas já voltarei a falar com você.

Ele virou-se para Lux.

— Luxuanna Crowguard. Parece que o destino tem senso de humor, pois há algum tempo atrás Noxus mandou Sion em sua captura, mas você escapou de ser capturada. Contudo, aqui está você, agora impotente diante de um Noxiano. O seu percurso foi circular. Acho isso bastante divertido, você não?

Lux cerrou os lábios e recusou-se a falar.

— Confesso que há já algum tempo que é uma pedra no meu sapato o seu tio Ezreal — falou Vladimir olhando para ele — ele me enganou, foi um grande truque. Certamente. Dando-me aqueles estudos falsos. — riu ele

Ele fez uma pausa, passando os dedos na Runa, fitando de pálpebras semicerradas.

— Eu fiz um acordo com Lissandra. Dei as informações sobre Sejuani e Ashe. O número e a disposição das tropas das principais tribos; a situação das suas provisões; a forma como estão planejando ataques; as recentes alianças; as fraquezas em suas formações militares. As recentes ações e as capacidades de ambas. Sabíamos de tudo isso e muito mais. Tínhamos informações sigilosas, Noxus tem olhos e ouvidos em todos os lugares. Mas possuo outros meios para reunir informações. — Ele fitou a runa — Em troca, ela deveria nos dar isso. Esta é a chave para meus planos.

Ezreal o fuzilava com os olhos Vladimir, tomado pela raiva uma raiva que parecia suficientemente poderosa para reduzir o mundo a cinzas. Vladimir achou isso engraçado. A fúria de Ezreal era vulcânica, tinha o rosto desconfigurado. Desejando rasgar ele em dois.

— Algum problema?

Ezreal mostrou os dentes

— Senhoritas — Tornou Vladimir a Ashe e Sejuani — lembram-se dos presentes que foram símbolo para a reunião? Da flecha glacial e do chifre do seu capacete de Sejuani. Pois bem.

Ashe praguejou

— Isso foi obra sua!

Leblanc deu um passo à frente.

— Nossa, para ser mais precisa. — Um sorriso fino surgiu no rosto dela — Com alguns contatos, suborno e claro, com minhas habilidades — Leblanc fez uma mensura — conseguimos esses pertences. O resto foi diplomacia. Como bem sabem, é uma tradição de Freljord quando um líder de um clã deseja se render ou convocar uma reunião com o inimigo, entregar um de seus pertences de valor. E o inimigo levar o objeto para reunião e devolve-lo ao dono. Então com alguns contatos, manipulei os dois clãs convocando uma reunião entre vocês duas. Entregando a flecha de Ashe a Sejuani a o chifre de Sejuani a Ashe. O segundo passo foi o mais divertido.

— Emboscada — Disse Sejuani entre os dentes — Enganou nós duas achando que uma tivesse preparado uma armadilha para a outra. Vocês irão pagar, estejam certos disso!

— Do que estão falando? Ambas só estavam à beira da guerra, apenas tivemos que preparar o cenário e para tanto nós aliamos a Bruxa. Com alguns subornos, instigamos os seus aliados a pressionarem ambas para a guerra. Estão tão presas às tradições que não puderam nem enxergar o obvio.

Ashe resistiu ao desejo de cuspir em Vladimir.

— O passo seguinte foi esperar a guerra, mas aqui reside uma agradável surpresa. Quando eu passei as informações para Lissandra e tudo saiu como planejado, ela entregou-me a runa. Contudo, eu sabia que ela se voltaria contra mim depois que vencesse a guerra, pegado de volta a runa e talvez me matando no processo. — Ele sorriu para Lissandra — tinha me preparado para isso, porém contra todas as chances, o garoto venceu de maneira espetacular.

— Você não vai vencer! — Rugiu Lux — O mal sempre perderá no final!

Vladimir deu um riso grave e baixo

— O que é o mal minha jovem?

Lux cerrou os dentes, mas nada disse.

— Mal ou bem, não passam de ideologias. Para alguns uma coisa é má, para outros é boa. Depende apenas do ponto de vista que se olha. Hoje isso pode ser encarado como mal, mas no futuro, será um bem necessário. O mal existe, mas nunca sem o bem, tal como a sombra existe, mas jamais sem luz.

Vladimir sorriu revelando os dentes brancos

— Seu eu vencer serei um herói. Se eu perder serei um vilão. Assim segue a história.

Por um instante Lux vacilou tentando digerir aquele conceito distorcido.

— Me odeie se quiser. Mas lembre-se, não fui eu que comecei esta guerra e não sou responsável por aqueles que perderam a vida em consequência disso.

— FOI VOCÊ QUE ENGANOU TODOS E LEVOU A TUDO ISSO! — Rugiu Riven

Vladimir riu

— A guerra iria acontecer com ou sem mim. Eu apenas acelerei os fatos.

Ashe e Sejuani estavam enfurecidas com o ar de absoluta superioridade daquele homem. A sua vontade era de matá-lo de todas as formas possíveis e imaginárias, mas para segurança das crianças as duas nada fizeram.

— Eu precisava que essa guerra acontecesse. Já ouviram falar do vazio? Presumo que sim, para trazê-lo para o nosso mundo o próprio Void precisa de uma grande energia vital e é através dela que vai se manter nesse mundo. Por essa razão a guerra é tão cômoda. A morte de centenas de guerreiros geraria uma grande quantidade de energia vital. É por isso que queria tanto os estudos de seu tio garoto, ele descobriu uma maneira de controlar esse poder. O seu tio descobriu como canalizar o poder do vazio. Graças a ele meu jovem, eu estou prestes a me tornar superior.

Durante um minuto ninguém falou. Vladimir os observava com uma atenção estudada.

— Lutem se quiserem. Neguem o que têm diante dos olhos, se isso consola vocês. Mas nada do que fizerem poderá alterar seus destinos. — Colocou as mãos sobre os ombros Annie e Nunu — Nem mesmo querem agir porque tem medo de sacrificar duas pequenas vidas.

OST

— Dobre a língua sanguessuga!

Vladimir e Leblanc mal tiveram reação quando Annie e Nunu foram arrancados do local e envolvidos por dois braços musculosos. Com outro impulso o homem se jogou para longe de Vladimir. Trazendo consigo as crianças, que não podiam ser mais controladas e tinham o corpo novamente sobre seus comandos. Lux arregalou os olhos e seus lábios se esticaram em um agradável sorriso de surpresa.

— Garen! — gritou Lux

Um estalido no chão revelou uma lâmina sobre a jugular de Vladimir. De esguelha ele pode ver um cabelo vermelho acompanhando tardiamente o movimento da dona.

— Você fala muito, Vladimir. — Katarina sorriu em deboche apertando a ponta da lâmina contra a jungular. — eu odeio esse seu ar de superioridade!

Vladimir ignorou a pontada fina sobre o pescoço

— Que grata surpresa a mais letal assassina de Noxus e o herói de Demacia. Em que devo a honra?

— Você já passou tempos demais nas sombras tramando seus ardis Vladimir. Vamos ver como se sai com um inimigo de verdade!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado a próxima semana tentarei colocar um novo cap sem falta. Por favor deixem um comentário, favoritem e recomendem. Eu agradeço.

Favoritem: http://fanfiction.com.br/historia/594643/Livro_1_A_ULTIMA_CARTA/



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