Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 27
Vinte e sete


Notas iniciais do capítulo

OOOOI! Miiiil desculpas pela demora! Eu tô viajando ainda,devo voltar anda hoje (terça) pra casa. E aí voces se perguntam ''mas voce nao deveria estar dormindo?'' e eu respondo SIMMM mas não podia sem antes postar esse cap que tá cheeeio de treta e coisa boa (ou nem tão boa) hahahahah. Ameeeeeei os comentraios e os leitores novos,tive serios surtos aqui dhjflfnçfjfg ia fazer mais coisa nesse cap,mas resolvi deixar um misteriozinho no ar hahahah não me matem!! E boa leitura! Enjoy xx



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Terminei de arrumar os brinquedos espalhados pelo Amparo enquanto ouvia Pedro tocar violão, habito este que a cada dia eu gostava cada vez mais. Era diferente da harpa do céu – nunca consegui aprender como se tocava aquilo -,me acalmava e era uma forma de ter Pedro perto de mim.

Ele ficava tão sereno quando tocava,mantinha sua concentração para as notas que....

– Perdeu alguma coisa aqui,esquentadinha? – Pedro me tirou do transe que eu ficava toda vez que me perdia olhando pra ele,com aquele sorriso que eu tanto amava.

– Só se for a minha paciência,né Pedro? – Desviei meu olhar e voltei para o que estava fazendo antes. – Vem cá,cê vai ficar aí namorando esse violão enquanto eu trabalho,é isso mesmo?

– Não,se você quiser eu posso cantar também....

– Não! – Gritei de imediato,mas ele já havia começado a cantoria.

Eu,você,dois filhos e um cachorro.... – Ele cantava e gesticulava,e eu comecei a rir.

– E o resto da música?

– Então,é que....eu só sei essa parte. – Ele sussurrou sem graça,e eu gargalhei mais.

– Aham,sei.... – o fitei com ar desconfiado. – Pra quem diz que não gosta de sertanejo,cê tá cantando muito Luan Santana,não sei não....

– Ihh,alto lá dona Karina! – Tentou fazer cara de sério. – Eu canto as músicas dele,e nem é tanto assim. Se for pra cantar alguém,que seja a minha esquentadinha.

– Ah,é? – retruquei,e vi ele se aproximar de mim.

Ele murmurou em sinal positivo e entrelaçou seus braços em minha cintura,depositando beijos na parte exposta do meu pescoço.

Meu celular resolveu tocar no bolso de trás do meu short,mas Pedro se adiantou e me puxou mais para ele.

– Deixa tocar..... – Pediu entre um beijo e outro.

– Não posso Pê,pode ser importante.

Me soltei dele a contragosto e peguei o aparelho,vendo que era João quem me ligava antes de atender.

– Oi,maninho.

– Oi,K. Aonde é que você tá?

– Tô no colégio. – Respondi nervosa,assim como todas as vezes que ele me fazia essa pergunta.

– Mas a aula já acabou,tá fazendo o quê aí?

– Não acabou,não.

– Acabou sim,a Bianca até já voltou pra casa.... – Ele falou sério,e eu congelei aonde estava. – Karina,o que tá acontecendo?

Os gritos de João davam para ser ouvidos para quem estivesse perto,inclusive Pedro. Ele percebeu que algo estava errado e se aproximou de mim,encostando a cabeça em meu ombro e me abraçando por trás.

– É coisa da peça João,depois eu te explico.... – Tentei inventar alguma coisa de última hora,mas aquele não era meu dia de sorte,pois a cada coisa que eu dizia,ele me fazia outra pergunta.

– Calma,K. – Pedro sussurrou no meu ouvido,brincando com o lóbulo da minha orelha.

– Quem é que tá aí com você,Karina? – João gritou,e eu me encolhi,falando a primeira coisa que me vinha a cabeça.

– N-não é ninguém.... – Me amaldiçoei quando disse isso,poois assim que Pedro ouviu,se afastou de mim. – E-eu tenho que desligar,estão precisando de mim aqui. Tchau.

Desliguei o aparelho no modo automático,sem desviar meus olhos dele,que agora me encarava com um semblante triste.

– Ninguém,né? – Ele indagou,com mágoa na voz.

– Pedro,por favor..... – Me aproximei dele,egolindo o bolo que se formou na minha garganta. – Não me olha assim.

– E você quer que eu te olhe como? – Retrucou,e eu senti meu coração apertar. – Porque é tão difícil pra você contar pra sua família que estamos juntos?

– P-porque..... – Comecei a pensar em uma resposta,mas a única coisa que me vinha a mente era a feição de decepção de Pedro a me encarar. – O meu pai é muito protetor,não ia aceitar bem....

– Mas uma hora isso vai ter que mudar,esquentadinha. – Ele estava mais calmo,mas o rancor ainda era nítido. – E porque você não pode contar ao João que trabalha aqui no Amparo?

– Isso é....

– Complicado? – Completou,como se já soubesse qual seria o meu próximo passo.

– É isso mesmo,Pedro,é complicado. – Respondi irritada. A única coisa que eu queria era que ele me entendesse,mas eu não podia cobrar isso dele. Funguei e tentei secar as lágrimas antes que elas caíssem,inutilmente. – Tenta me entender,por favor....

– Eu quero,Ka. Eu juro que eu quero,mas tá ficando cada vez mais difícil. – Soltou o ar que prendia e se afastou de mim,andando perdido pela sala.

– O-o que você quer dizer com isso? – Perguntei quando consegui reunir coragem,minha voz quase não saiu.

– Eu só tô tentando te dizer que a minha vida é um livro aberto pra você,enquanto eu só conheço algumas páginas da sua. Você não acha isso um pouco injusto?

Eu nada respondi,não conseguia dizer nada,tampouco sustentar aquele olhar frio e doloroso dele. Apenas assenti,saindo da sala a passos largos e deixando as lágrimas inundarem meu rosto sem pudores.

– X –

Já era tarde da noite quando Bianca saíra do consultório da doutora Luiza.

Ligou para Pedro e o irmão a buscou depois que saiu do Amparo. Dentro do carro,se lembrava da consulta de instantes atrás,e o que a levara a fazer tal pergunta a psicóloga.

O beijo com João não saía de sua mente. Era só fechar os olhos que podia ver a si mesma presa aquele sofá,sentir como o encaixe de suas bocas,por um segundo,pareceu perfeito.

No entanto,ela ainda não havia esquecido Duca. O relacionamento com o lutador da academia de Gael nunca fora muito definido,mas o término abrupto deixara marcas mais profundas das que ela mesma provocava. No momento em que ela mais precisou dele,o neto de Dalva a abandonara,e ela não conseguia entender,tampouco aceitar.

Teria ele um motivo para isso? Ou alguma explicação?

Foi pensando nisso que a pergunta veio,tão simples e singela.

– Doutora.....é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?

Ela percebera que a psicóloga ficara intrigada com a pergunta,e tratou logo de explicar.

– Eu....não digo amar,mas sentir algo diferente,que eu não sentia antes. E sentir isso sem antes ter superado um outro hum.....amor.

Tentou medir as palavras pouco a pouco,mas agora que as tinha dito,pareceram piores do que realmente eram em sua cabeça. Teve a leve impressão que a profissional já sabia aonde ele queria chegar,e teve a sua confirmação quando ela perguntou:

– Você está me perguntando isso por causa do Duca,não está?

A morena apenas assentiu,dando permissão para que ela continuasse.

– Eu sei que é difícil,minha querida. Mas tenta entender o lado dele. Ele está fazendo isso pelo seu bem,então não veja o término como algo ruim,porque no fim vai ter valido a pena.

A atriz parou de ouvir a frase pela metade,tentando encaixá-las e encontrar algum nexo. Do que ela falava?

– Me fazer bem? – questionou,perplexa.

– Ele não te contou? – Agora fora a vez da médica a encarar,confusa. Ela negou,e agora a doutora passou a medir as palavras. – Oh,eu não entendo....Hum,ele deveria ter.....Ahn,me desculpe querida. Esqueca o que te disse,está bem?

Mas ela não conseguiu esquecer. As palavras ainda martelavam sua mente,e ela sabia muito bem onde encontrar suas respostas. Ou melhor,com quem.

– Bi? – Ouviu Pedro a chamar,ainda de olho na estrada. – Tá tudo bem?

– Tá sim,maninho. Não se preocupe comigo.

Bianca percebera que ele não fizera maia nenhuma pergunta. No começo da terapia,ele lhe enchia de perguntas,tentando ajuda-la a sua maneira. Aos poucos,foi entendendo que o melhor a fazer naquele caso era não questionar,e deixa-la falar ao seu tempo.

Mas Pedro era seu irmão,e ela sabia reconhecer quando o irmão não estava bem,sendo a vez dela de perguntar.

– Você é que não tá nada nem,né Pê?

– Ahn,não é nada não Bi.... – desconversou,estacionando o carro em frente de casa e descendo do veículo. – São só uns problemas aí.

– Sei,sei...e por acaso esses ‘’problemas aí’’ tem a ver com uma certa esquentadinha?

Ele hesitou um pouco antes de responder. Bianca era sua irmã,poderia ajudá-lo muito melhor do que qualquer um.

– É sim.

Entraram em casa e Pedro lhe contou tudo o que se passava com ele,sem deixar escapar nenhum detalhe. Quando terminou,Bianca já parecia ter um veredito formado,e disse:

– Mas você é um idiota mesmo. – E lhe jogou uma almofada,indignada e viu Pedro ficar mais perdido ainda. – Meu Deus,como isso é óbvio!

Ela ria do desespero de Pedro,sentindo vontade de lhe cobrir dos tais dos pescotapas para deixar de ser lerdo.

– Dá pra me dizer o que tá acontecendo,Bianca? – Gritou,lhe devolvendo uma almofada.

– Seu problema é simples irmãozinho,e resolver mais fácil ainda. Mas antes,me responde uma coisa. Você já pediu a K em namoro?

Viu o irmão emudecer com a pergunta,e viu a ficha dele cair. Ou melhor,despencar,como queda livre.

– Ahá! Eu sabia! – Vangloriou-se,e Pedro ficou ainda mais nervoso. Bianca jurava que se lhe desse os pescotapas naquela hora,ele nem iria se importar.

– Eu não acredito que eu não fiz isso.

– E eu não acredito que você esqueceu,Pedro! Fala sério,um namoro sério com o cara que gosta é o que toda garota quer. Garanto que com a K não é diferente.

Agora ele entendia o porque de Karina hesitar em contar ao pai sobre eles. Seriam só indiretas para que ele a pedisse em namoro?

– Será mesmo,Bi? – perguntou,ainda que não tivesse dúvidas.

– Claro,seu mané! Nenhuma menina quer apresentar sei lá,o ficante pro pai ou mesmo pro irmão. – Disse em tom óbvio.

– Pode deixar,maninha. – Respondeu,pensativo. – Eu vou pedir a esquentadinha em namoro,já sei até como e vou precisar da tua ajuda.

– Agora sim,falou a minha língua! – Respondeu animada e sorridente por poder ajudar a amiga. – Eu? Fazendo a cupido? Adoooro!

A atriz nem mesmo sabia quais eram os planos do guitarrista,mas já o enchia de ideias. Pedro revirava os olhos para todas as ideias malucas da irmã. Nunca iria confessar a ela que tinha gostado de algumas,e que por Karina,faria todas elas.

Ouviram a campainha tocar e Pedro se levantou para atender.

– Yasmin?

Pedro se lembrava muito pouco da menina. Era morena e tinha a pele clara,os olhos castanhos. Bonita,mas não chegava aos pés de sua esquentadinha. A única coisa que lhe veio a mente era o ciúmes que Priscila sentia dela,ele nem fazia ideia do porquê.

– Oi,Pê! – Respondeu com um sorriso que ele sabia muito bem não ser nada puro. – Eu tô precisando das matérias das aulas de geografia que eu perdi,pensei que você poderia me emprestar....

Ele assentiu e permitiu que ela entrasse. A menina cumprimentou Bianca a contragosto. Quando se apoiou na escada para subir atrás de Pedro,ouviu ela dizer:

– Yasmin,querida,por quê não espera o meu irmão aqui embaixo?

Ela sorriu falsamente e se sentou na outra ponta do sofá,sem paciência nenhuma para prestar atenção ao que passava na tv. Esperou uma distração da morena e discou para o telefone da casa dos dois,e assistiu Bianca se levantar para atender.

Subiu as escadas com lentidão,e sorriu maliciosa ao encontrar o quarto de Pedro. Não se importava se ele estava com Karina,ela o faria esquecê-la aquela noite.

– X –

Pedro subiu as escadas e entrou no quarto,procurando o caderno que precisava. Quando finalmente o encontrou,ouviu um baque surdo de um aporta que agora estava fechada,e uma morena nada santa dentro do memso lugar que ele.

– Sentiu minha falta,Pdero? – sem tom malicioso chegou aos ouvidos de Pedro,o fazendo perceber que teria problemas se não a tirasse dali.

– Do que tá falando,Yasmin? – desconversou,sem paciência para ouvir nada do que ela tinha a dizer.

– Eu lembro muito bem das vezes em que você foi atrás de mim,mesmo namorando aquela sonsa da Priscila. Vocês terminaram,e voc~e não me procurou mais. Por quê?

Ela se aproximava a passos lentos,decidida a não sair dali enquanto não conseguisse o que queria.

– Porque eu não gosto de você. – Respondeu curto e grosso,mas ela não se abateu. – Peço desculpas a você se te dei uma impressão errada,mas essa é a verdade....

– Não é,não. – Entrelaçou seus braços a nuca do guitarrista,tentando uma aproximação que não veio. – Ah,para de fazer doce. Eu sei que você quer.....era bom,não era?

– A única coisa que eu sei – afastou seu corpo do dela – é que eu era um idiota naquela época. Eu mudei e você também,o que é motivo suficiente para saber que o que aconteceu no passado vai continuar lá.

Tentou ser claro e direto,mas a morena não desistiu fácil. Ele entregou o caderno a ela e se aproximou da porta:

– Agora se não se importa....

– A única coisa que me importa é sair daqui sem isso. – E o beijou,sem se importar se ele corresponderia ou não.

E muito menos notar a presença de uma certa loira,que assistia a cena na janela da casa ao lado.


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Notas finais do capítulo

Eeeeeita hdkhfj~fkf~gkio e agora? a ka viu o beijo,e a culpa nem foi do pedro. E esse oedido de namoro,será que sai no proximo cap? alguem aí ansioso? eu tô é com vontade de dar na cara desse sisu/inep jfjkfkjgf~g to quase morrendo com esse nem desgraçado,mas deixa pra lá. Comente,favoritem,acompanhem e recomendem pq eu sou linda que pensa em vcs ate quando viaja hnfkgj~g pareeeei,juro. Me digam o que acharam,vou amar ler e responder!! Me amolem no twitter @vittiverfeliz e me cobrem cap,falem comigo lá suas lindezas. Quem me segue eu sigo de volta e ainda dou spoileeeeer,ihu. Agora eu vou dormir pq senao vou virar zumbi amanhã,se tiver erro eu reviso dps. Beeeeijos e ate o proximo < 3