Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 10
Dez


Notas iniciais do capítulo

Queria começar agradecendo vcs. Ontem meu dia foi péssimo,minha vida tá uma bagunça,mas quando eu entrei aqui,meu astral mudou completamente! Li cada comentário e ameei! Vcs não existem < 3 prometo responder todos em breve. Agora bora pro cap ne? Enjoy xx



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– Anda Pedro! Tô esperando uma resposta. – Agora não estávamos mais tão próximos,já ela eu não podia dizer o mesmo.

A chuva já havia diminuído,agora caía uma fina garoa. Quando chegou perto de mim,me olhou de cima a baixo com desdém. E então eu entendi porquê não conseguia gostar dela.

Quando eu a vi,tão próxima dele,vi que não era só ela que estava ali. Ao redor de Priscila,eu pude ver uma aura negra,que vez ou outra insistia em oscilar para o lado de Pedro. Na hora senti meu coração apertar. Lembrei da noite anterior,e saber que não podia fazer nada para afastá-la dele naquele momento doía,era mais que tortura.

– Calma Pri,a gente tá só brincando na chuva. – Respondeu,e ela revirou os olhos.

– Quem é essa aí? – perguntou,forçando um abraço com Pedro.

– Essa é a Karina,minha nova vizinha. K,essa é a Pri,minha namorada.

Ela sorriu falsamente para mim e tentei fazer o mesmo,quase não consegui,tamanha era a minha raiva. Eu só precisava me controlar e não olhar para ela.

– Vem,vamos entrar logo. – Ela começou a puxá-lo,mas ele permaneceu no lugar.

– Agora não Pri,você não quer curtir a chuva com a gente?

Vi ela voltar para perto de Pedro,mas agora com um sorriso malicioso brincando nos lábios.

– Sabe o que eu quero? – Ela perguntou,mas estava claro que não era resposta que ela queria. – Isso. – E o beijou.

Vi Bianca bufar com a cena e tentei desviar o olhar,conversando com Duca e Bianca. Senti meu sangue ferver,agora meu corpo esquentava e nehuma gota de chuva seria suficiente para esfriar.

Ainda não sei explicar o que aconteceu,mas num segundo eu mirava o casal com raiva,e no outro vários trovões começaram a brilhar no céu,seguido de uma chuva forte. O tempo havia fechado,literalmente.

– Karina! – Vi João me berrar na varanda do meu quarto. Me despedi rapidamente de Bianca e Duca e corri para casa,e eles fizeram o mesmo.

– Você é maluca ou o quê? – Perguntou meu maninho,me recebendo com uma toalha assim que botei os pés para dentro.

– Do que tá falando? É só chuva,relaxa.

– Ai meu santo! O quê que eu faço com você?! – Indagou e eu ri.

Me sentei no sofá com uma toalha nas costas e com outra tentava secar meu cabelo.

– E por falar nisso,o que será que tá acontecendo lá em cima? Porque a chuva já tinha diminuído,daí a tal Priscila chegou e começaram os trovões....

Enquanto eu falava,João andava de um lado para o outro,duvidava até que ele tivesse prestado atenção em mim.

– É sobre isso que eu preciso falar com você. - Ele estava sério sentado ao meu lado. Na minha cabeça,só havia um motivo para aquilo ter acontecido.

– Não! – Quase gritei,me contendo para não fazer algo que me arrependesse depois. – Não me diz que foi obra daquela Priscila! Já não basta o que ela fez hoje. – Protestei,e ele me encarou sem entender.

– O que aconteceu hoje? – Perguntou,mas como se já soubesse a resposta. – Respondendo a sua pergunta,não foi ela. Quem provocou isso tudo foi....você.

– É O QUÊ?? – Agora eu gritava de verdade. Como uma coisa dessas poderia ser culpa minha? Algo estava muito errado ali,pensei.

– Isso mesmo,Ka. Quando eu estava no céu com o anjo Gabriel,ele já tinha enfiado na cabeça que iria descer comigo e nos ajudar na missão,que éramos dois irresponsáveis e que nunca conseguiríamos achar o grande amor da vida do Pedro.

– Aposto que é tudo complô com aquela chata da Fira.... – comecei,mas ele me repreendeu e continuou com a história.

– Muito pelo contrário. Ela nos ajudou e tirou o anjo Gabriel do nosso pé, disse que nos tornaria mais sensitivos aqui na Terra. De acordo com ela, esses poderes nos ajudariam na missão,mas que precisaríamos tomar cuidado com os sentimentos,pois eles influenciariam não só a nossa vida como as deles também.

– E você só me diz isso agora? – Indaguei,incrédula. Quem diria,Fira me ajudando? Nem acredito que vivi para ver isso!

João pareceu ignorar minha pergunta e me respondeu com outra.

– Mas me diz,o que aconteceu para o tempo mudar tão bruscamente?

– A gente tava se divertindo na chuva,mas daí aquela Priscila chegou e....

Contei tudo a João,que agora me ouvia atentamente.

– Essa aura negra que você viu faz parte dessa sensibilidade que nós adquirimos para a missão. Agora mais do que nunca nós temos certeza que essa Priscila não faz bem pra ele.

Uma coisa ainda me intrigava nessa história.

– João,lembra que eu passei mal só de ver uma foto deles juntos,no quarto da Bianca? – comecei,e ele assentiu. – Hoje pela primeira vez eu a vi pessoalmente,e eu não senti nada. Por quê?

– Isso é simples. A sua presença faz com que a Priscila perca o poder dela sobre o Pedro,a força dela fica fraca e ela não consegue ter domínio sobre ele e nem atingir você.

Em poucas palavras,para proteger o Pedro,precisava começar ficando perto dele,pelo manos até conseguir afastar Priscila dele.

– Agora sobe logo e toma um banho quente,porque chuva é bom mas deixa os humanos doentes.

– X –

Pedro dedilhava seu violão. Sua mente estava distante,divagava entre os problemas com a banda e principalmente a fala de Cobra quando tirou Karina das mãos dele.

Hoje era dia de ensaio da banda,mas ele duvidava se tocariam realmente. Sol era uma excelente vocalista,mas sempre tinha ataques de estrelismo. Pensava nela acima de qualquer coisa,até mesmo da banda,o que a fazia agarrar qualquer sombra de oportunidade de uma carreira solo.

Ela agora cismara de sair da banda,logo quando tinham um show certo marcado,na festa de uma das meninas da Ribalta que teria no sábado. Devido aos últimos acontecimentos,essa chance estava por um fio,e arranjar uma outra vocalista a essa altura seria bem complicado.

Mas apesar de tudo,esse não era o maior de seus problemas. Havia um outro compromisso no sábado,e a recusa deste poderia coloca-lo em problemas muito maiores.

Ele não sabia bem explicar quando tudo começou,mas quando deu por si,já estava naquele meio. Para sustentar seu vício por drogas,ele precisava competir. Não se considerava um viciado ou algo do tipo,mas também não se imaginava longe daquele mundo. Algumas competições ele conseguira no ato,outras por intermédio de Priscila.

Logo se descobriu bom no que fazia,e gostava daquilo. Sentir a adrenalina em seu corpo era uma sensação que ele jamais iria esquecer. Seu maior adversário era Cobra,a quem ele fez comer poeira muitas vezes. Ele sempre o provocava,principalmente quando o assunto era Priscila. Acabou descobrindo que os dois já foram namorados no passado,e apesar de não gostar tanto assim da menina,sempre descontava sua raiva pelas provocações de Cobra quando ia competir,e na maioria das vezes,ganhava.

Mas não seria assim dessa vez. Não porque iria perder,mas sim porque não iria competir.Entre competir e toca com sua banda,ele ficava com a segunda opção.

Ouviu o celular tocar,no criado mudo. Largou o violão e pegou o aparelho,colocando próximo ao ouvdo.

– Oi,Pri.

– Oi,Pê! Tudo bem? – questionou a menina,ao ouvir a voz desanimada do namorado.

– Tudo sim,linda. – mentiu,já prevendo o que estava por vir.

– Te liguei pra confirmar a competição de sábado. Tá tudo certo,né?

Pedro nada respondeu,e Priscila pareceu não se importar com o silêncio do namorado.

– Você vai competir com o Cobra,o Max,com o....

– Priscila. – chamou o guitarrista,interrompendo a namorada. – Eu não vou competir nesse sábado.

– VOCÊ O QUÊ?? – Gritou Priscila,do outro lado da linha. – Você não pode estar falando sério,Pedro!

– É isso mesmo que você ouviu,Pri. Cê sabe que eu tenho show da banda nesse sábado,o quanto isso é importante pra mim. Tenta entender,pô.

– A única coisa que eu consigo entender aqui é que você é um frouxo,Pedro! Fala sério,você sabe muito bem que essa sua bandinha de garagem não vai pra frente! Isso é coisa da sua irmãzinha não é?

O guitarrista sentiu o sangue ferver. Ofender ele podia até passar,mas a banda e sua irmã,isso jamais.

– Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando resolvi namorar você.... – Bradou o garoto,com desprezo e ironia bem nítidos na voz.

– O que cê quer dizer com isso? – indagou,agora uma certa insegurança oscilava em sua voz,ainda que ela não quisesse deixar transparecer.

– O que você entendeu,Priscila. Agora eu tenho ensaio da banda,depois a gente se fala. – E finalizou a chamada.

Pegou o violão de estimação,o celular e as chaves do carro,rumando para fora de casa. Entrou no carro e deu partida em direção a Ribalta.

Respirou fundo. Um problema de cada vez,e aos poucos tudo se ajeitaria,dessa vez para valer.


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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram? Será que a Ka vai conseguir proteger o Pedro? e a briga dele com a Priscila? eles vao se separar loogo,prometo! Queria pedir um favor pra vcs,posso? preciso que vcs me mandem musicas que vcs gostam,ou acham que combinam com perina. Pode ser as que tocam na malhação,ou do gosto de vcs. Agora pra quê eu preciso,sóoo mais pra frente que eu conto hahahah o que será essas competições do Pedro com o Cobra,algum palpite? eu confesso que tem uma palavra melhor pra usar,mas SE eu usasse vcs iam descobrir logo e eu queria fazer um suspense HAHAHAHAH consegui? Comentem o que esperam pro proximo,xuxus :) Vou receber visitas hoje,então nao sei quando posto o proximo,mas vou tentar no domingo,nao prometo. Beeeijos < 3