Meu nome é Clarissa, mas prefiro que me chamem de Clary, eu morava em Seattle para ser mais exata em um bairro chamado "Queen Anne", é um bairro muito tranquilo, com um ótimo espaço rural.

Mas recentemente minha mãe, Jocelyn, foi transferida para Nova York, e felizmente, nós conseguimos comprar uma casa em Nova Jersey. Deixaríamos essa casa para alugar, e nos mudaríamos, o grande motivo da mudança não foi somente a transferência, o "grande motivo" afinal, foi que minha mãe conheceu um homem chamado Luke, seu atual namorado, por um site de relacionamentos no ano passado, minha mãe marcou de se encontrar com ele e "puf" tudo aconteceu. Além de tudo, minha mãe que pediu a transferência, e eu? Realmente não liguei, nessa atual e futura antiga escola, não era lá de muitos amigos, algumas pessoas conversavam comigo, então não era tão sozinha assim. Nós não iríamos morar com Luke, dei graças aos céus por isso, nós somente iriamos morar no mesmo bairro.

Agora, nesse exato momento, estou arrumando minhas malas para nossa grande viagem para "New Jersey" Pelo oque eu sei "Luke" nos buscará no aeroporto

Horas se passaram, depois de malas prontas, desço a escadaria de minha casa, e logo vi minha mãe, que terminava de cobrir os móveis com lençóis, nos iríamos alugar a casa com a mobilha, iríamos comprar novos móveis .

– Então... - eu disse deixando um ponto de interrogação no ar

– Então - ela me respondeu

– É isso - eu disse em um tom tanto aliviado

– É meu amor - ela veio até mim, e me abraçou, me soltando levemente, olhando em meus olhos e dizendo - Vida nova - eu respirei fundo, e assenti, continuamos abraçadas.

Eu e minha mãe, não tínhamos tido um passado drástico, porém cheios de altos e baixos, como todos já tiveram, nós já viajamos bastante. Minha mãe nunca me deixara para trás, a maioria das vezes, eu sempre viajava com ela, minha mãe era uma grande pintora, e fazia grandes exposições por vários lugares da América, sua única exigência, geralmente, sempre atendida, era somente fazer exposições em férias de verão, ou recessos escolares e levar um acompanhante. Sempre foi, somente eu e ela. E antigamente meu pai, que falecera aos meus onze anos, esse foi o mais baixo que eu vivenciei, não me importava onde eu estava ou situação financeira, a minha maior perda foi meu pai Valentim.

Meu olhos já se encontravam marejados, graças a memória de meu pai em minha mente, levante a cabeça lentamente, observando minha mãe, que me observava atentamente, esperando qualquer reação vinda de mim, suspirei lentamente e respondi.

– Vida nova - e sorri, ela me deu um beijo na bochecha e sorriu. Depois disso,eu ajudei a fazer algumas coisas, iriamos levar o mínimo possível de objetos de casa, nossa exceção era fotos, e porta retratos personalizados. Descíamos a escada, novamente, dessa vez com sacolas, e caixas com coisas para serem jogadas foras. Nós riamos de piadas bobas, feitas por nós mesmas, e palhaçadas que fazíamos para passar o tempo, relembrando os momentos naquela casa.

Um sentimento ótimo, mas ainda assim, como estivesse deixando algo para trás, mas eu sabia internamente que não era nada, somente a saudade que eu ia ficar de Seattle. Muitas das nossas coisas já haviam sido enviadas, como os nossos materiais de pintura. Depois de tudo pronto, malas feitas, e um sorriso no rosto, fechamos a porta, nos olhamos e ambas sorriam uma para outra, e para si mesmas. Pegamos o táxi que já havia sido chamado com três horas de antecedência, e partimos ao aeroporto.