Alvo Potter e o retorno das trevas escrita por Hermione Potter 112


Capítulo 16
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Estou aqui de novo, com mais um capítulo!
Este é dedicado à Chacha Bonow Grigory Potter pela fantástica recomendação, mais uma vez, muito obrigada!
Agradeço também a todos os que comentam e acompanham a história, estou aqui hoje a postar este capítulo por vocês!
Sem mais demoras, vamos ao capítulo!



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No dia seguinte, que era sábado, Alvo, Rose e Scorpius acordaram cedo pois tinham um monte enorme de tarefas em atraso, que queriam despachar rapidamente para poderem aproveitar o domingo. Para Scorpius, esse domingo iria ser muito especial, pois finalmente poderia falar com o seu pai e perceber por si mesmo o que Draco sentia em relação ao facto de o seu filho ter sido selecionado para os Gryffindor.

Os três amigos encontraram-se no salão comunal e dirigiram-se para o salão principal para poderem tomar o pequeno-almoço.

– Agora que estamos os três sozinhos, Alvo, explica-me lá o que aconteceu ontem no treino para ficares assim tão estranho!

– Não se passou nada, mas por que é que perguntas?

– Como assim, não se passou nada? – inquiriu Scorpius. – Tu pediste a varinha ao teu irmão assim do nada, depois deste-a à Rose para ela experimentar e a partir daí ficaste meio triste.

Alvo ficou bastante surpreendido. Tinha-se esforçado tanto para esconder o que sentia, mas mesmo assim os amigos perceberam e estavam ali, preocupados com ele, querendo ajudá-lo. Por esse motivo, Alvo não conseguiu deixar de sorrir, sabendo que tinha os dois melhores amigos que alguém poderia querer.

– Bem, eu percebi que nós os três fazemos bem os feitiços logo à primeira – começou Alvo a explicar. – Então, comecei a pensar se isso não seria por causa das nossas varinhas. No meu caso, percebi que é, porque não consegui fazer o feitiço com a varinha do James. Como tu és a bruxa mais inteligente que conheço, Rosie, pedi-te para experimentar e, como eu esperava, tu conseguiste fazer o feitiço na perfeição, o que só comprova a minha teoria, eu só faço bem os feitiços porque tenho uma boa varinha.

– Não podes tirar conclusões assim, só com base numa única tentativa – disse Scorpius. – Nessa altura, várias coisas te podem ter influenciado, podias estar nervoso, a varinha do James poderia não ser boa para ti ou…

– Deixa, Scorps, agradeço por me tentares animar, mas eu sei perfeitamente que vocês os dois são bem melhores que eu em feitiços.

– Cada um acredita no que quer – disse Rose. Secretamente, tinha um plano, mas só resultaria se Alvo não suspeitasse de nada.

Quando acabaram de comer, os amigos dirigiram-se para a biblioteca e começaram a fazer as suas tarefas. Discretamente, de vez em quando, Rose olhava em volta, mais especificamente para as varinhas das outras pessoas que estavam na biblioteca. De repente, encontrou o que procurava, uma varinha parecida com a de Alvo. Quem olhasse com atenção, veria que as varinhas eram diferentes, mas Rose esperava que Alvo estivesse distraído na altura em que pusesse o seu plano em prática, pois era a única hipótese de funcionar.

A varinha para a qual Rose tanto olhava pertencia a Jack Greg, um rapaz alto e forte dos Slytherin, que tinha fama de ser o mais arrogante de Hogwarts e quase ninguém tinha coragem de se aproximar. Rose estava receosa, pois, tendo em conta a fama do rapaz, a vontade de se aproximar era muito pouca, mas sendo por Alvo tudo valia a pena.

Armando-se com a maior quantidade de coragem que conseguiu, Rose levantou-se da sua cadeira com a desculpa de ir buscar um livro. Quando viu que Alvo não estava a olhar para ela, aproximou-se discretamente de Jack.

– Empresta-me a tua varinha, volto num instante – pediu Rose rapidamente, estendendo a mão para a varinha de Jack.

– Hei, espera aí, pirralha, onde pensas que vais com a minha varinha?

– Olha, preciso dela, é uma emergência, o que queres em troca?

Jack pensou por uns momentos. Sabia perfeitamente que Rose era uma das melhores alunas da escola e ele, tal como todos os outros alunos, estava com dificuldades em Transfiguração. Então, decidiu tentar a sua sorte.

– Que tal fazeres o meu trabalho de transfiguração, dois pergaminhos sobre as consequências de se ser um animago ilegal?

– Concordo, agora dá-me essa coisa, rápido!

Jack entregou a varinha a Rose que, o mais discretamente que conseguiu, aproximou-se da mesa onde Alvo estava e trocou a varinha do primo pela de Jack.

– Já estou farta de fazer só teoria, que tal tentarmos praticar um pouco? – sugeriu Rose passado algum tempo.

– Pode ser – concordou Alvo pouco motivado, pois achava que mesmo que o feitiço lhe corresse bem não seria pelo seu próprio mérito.

– Tenho aqui uns fósforos, vamos praticar a transfiguração em agulhas.

Rose pegou em três fósforos e entregou dois aos amigos, ficando com um para si. Distraidamente, Alvo pegou a varinha e transfigurou, sem dificuldade, o fósforo em agulha. Rose sorriu, feliz por o seu plano ter dado certo e por as suas suspeitas terem sido confirmadas.

– Alvo, faz-me só um favor, olha para a tua varinha – pediu Rose.

Estranhando o pedido da prima, Alvo assim fez, percebendo imediatamente que aquela varinha não era sua.

– Mas o que… - Alvo não conseguiu terminar a frase, pois Rose correu para ele e abraçou-o.

– Eu sabia, Alvo, o teu problema não é não seres capaz de realizar feitiços. Tu és muito inseguro, desde criança que és assim, tens medo de ser sempre visto como o filho de Harry Potter, de não seres capaz de fazer nada por ti próprio. Quando o James veio para a escola e começou a ser adorado por todos e, apesar das suas partidas, ainda conseguia ter boas notas, tu ficaste ainda mais inseguro, pois não te achavas digno de pertencer à tua família. Tu, Alvo Potter, és um grande bruxo, um dos maiores bruxos que conheço. Para se ser um bom bruxo, não basta apenas saber fazer magia. Voldemort era um grande bruxo, mas não um bom bruxo. Para se ser um bom bruxo tem de se ter u bom coração, e tu és das melhores pessoas que eu conheço.

Alvo estava extremamente emocionado com o discurso da sua prima. Incapaz de pronunciar qualquer palavra naquele momento, apenas abraçou a prima, agradecido.

– Hoje, não foi só o Alvo que conseguiu provar alguma coisa – afirmou Scorpius.

Rose e Alvo olharam para o amigo, sem entender o que ele queria dizer.

– Eu vi a quem pertencia a varinha, Rose – disse Scorpius.

– De quem era? – quis saber Alvo.

– Do Jack Greg – explicou Scorpius.

Alvo ficou chocado. Realmente, a prima tinha sido muito corajosa, e tudo isso por sua causa.

– Agora entendes por que é que o chapéu disse que tu eras uma das mais fáceis de selecionar, certo, Rose? Tu achas que não és corajosa, mas é a tua bondade e a tua amizade que te faz ser corajosa. Tu estás disposta a enfrentar tudo e todos para ajudar as pessoas de quem gostas, e, por isso, és, também, uma das melhores bruxas que já existiu.

Rose abraçou Scorpius, sem saber ao certo o que dizer. O amigo retribuiu o abraço, feliz por ter conseguido fazer Rose sentir-se melhor com ela própria.

– Já que estamos a ser sentimentais, agora é a minha vez – disse Alvo decidido. – Scorpius, tu já passaste por muito, já foste muitas e muitas vezes humilhado por coisas que se passaram antes de tu nasceres, já tiveste de ouvir o teu pai ser acusado de coisas que se arrepende profundamente, já tiveste que ver o teu próprio avô a atacar o teu pai. Mesmo com tudo isso, tu andas de cabeça erguida, enfrentando todos os problemas e estando sempre ao nosso lado, mesmo sabendo que as pessoas com quem nós nos relacionamos te podem olhar de lado e te podem julgar. És um dos melhores amigos que alguém poderia ter e tenho orgulho em ter-te conhecido e em poder chamar-te de amigo.

Scorpius levantou-se, puxando Rose e Alvo para um abraço de grupo. Nesse momento, Hermione entrou na biblioteca para ir buscar alguns livros e olhou a cena enternecida. Realmente, aquele grupo de amigos era muito unido, se possível, ainda mais que ela, Ron e Harry nos seus tempos de escola. Lágrimas involuntárias vieram aos olhos de Hermione, pois sabia que a sua filha iria viver momentos muito especiais junto dos dois melhores amigos, como tinha acontecido com ela.

– Isto foi muito bonito, mas agora eu tenho de ir devolver a varinha ao Jack – disse Rose, sorrindo.

A menina, sem temer nada e com nova coragem devido à conversa que tinha tido com os amigos, aproximou-se de Jack com a varinha na mão.

– Aqui está a tua varinha – disse Rose a Jack. – Já faço o teu trabalho, mas tens de esperar, vai demorar algum tempo porque ainda tenho que pesquisar e…

– Vai logo – ordenou Jack irritado. Ele nem sob tortura admitiria, mas tinha ficado com ciúmes e com muita inveja do abraço coletivo de Rose e dos amigos. Jack não tinha amigos verdadeiros, o que o deixava extremamente triste, e ter visto aquela demonstração de afeto só o tinha deixado ainda mais abatido, sentindo que sairia de Hogwarts sem ninguém para chamar de amigo.

– Não é preciso seres antipático, já te trago a porcaria do trabalho – disse Rose, irritada.

Rapidamente, Rose escolheu alguns livros, mas demorou bastante a fazer o trabalho de Jack. Quando tinha acabado o primeiro pergaminho, Scorpius e Alvo já tinham acabado as suas tarefas.

– Vão indo – sugeriu Rose. – Eu já vou ter convosco.

– Nem pensar, nós vamos ajudar-te – disse Scorpius.

– Claro, ainda por cima estás a fazer isso por minha causa. Toma, encontrei ali este livro, pode ser-te útil.

Juntos, os amigos terminaram o trabalho rapidamente. Jack, por sua vez, não tirava os olhos do grupo, ficando cada vez mais irritado. Podiam dizer tudo sobre os alunos dos Gryffindor, mas Jack sabia que eles, para o bem e para o mal, estavam unidos. Tirando algumas exceções, no seu ponto de vista, os alunos da sua casa só se uniam para beneficiar os seus próprios interesses. Mais tarde, Jack viria a descobrir que a ambição dos Slytherin era algo bom e que, ao contrário do que todos diziam, nem todos os alunos dessa casa eram más pessoas, bem como nem todos os alunos das outras casas eram santos.

O resto do dia de sábado passou rapidamente. Alvo, Rose e Scorpius sentaram-se na beira do lago, aproveitando um dos últimos dias de sol desse ano. Passaram a tarde a conversar e a comer alguns doces que a avó de Alvo e Rose tinha enviado pelo correio no dia anterior.


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Notas finais do capítulo

E então, o que têm a dizer sobre este capítulo? Qual foi a vossa parte favorita?