Só Você! escrita por Ma


Capítulo 1
Só Você!


Notas iniciais do capítulo

OI gente... Minha primeira one-shot, espero que gostem!
Bjos



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Era noite. Kagome encontrava-se chorando em seu quarto. Inuyasha havia se encontrado novamente com Kikyou, apesar de ter prometido que nunca mais o faria, pelo menos não escondido. Ela confiara nele, mas, aparentemente, ela não era tão importante para o hanyou como imaginara.


Tudo aconteceu muito rápido. Ela acordara no meio da noite com sede. Não havia mais água na cabana onde dormia, então resolveu ir ao rio buscar um pouco. A noite estava realmente bela. A lua cheia brilhava no céu e não havia uma única nuvem para cobrir as estrelas. O dia tinha sido ótimo. Tirara o dia para relaxar com seus amigos. Um dia de descanso na busca pelos fragmentos da jóia de quatro almas. Mas é como sempre dizem. Tudo que é bom dura pouco.


Quando chegou à beira do rio, depara-se com uma cena que era o seu pior pesadelo. O hanyou de olhos dourados encontrava-se abraçado com sua amada sacerdotisa, Kikyou, na outra margem do rio. Kagome não queria acreditar no que via. O que significava aquilo? Ele não prometera, naquele mesmo dia, que não a veria novamente sem lhe avisar? Seus olhos logo se encheram de lágrimas. Ela até esquecera-se do que foi fazer ali. Simplesmente desatou a correr. Queria se afastar dali o mais rápido possível. Queria voltar a dormir e, quando acordasse, descobrir que tudo não passara de um sonho. Um sonho horrível. Mas ela sabia que estava mais do que acordada. Não pensou duas vezes. Foi direto para o Poço Come-Ossos. Queria a sua cama, o seu quarto, seu refúgio. Entrou silenciosamente na casa. Já era tarde, não queria acordar ninguém. Além disso, não queria dar explicações sobre o que acontecera e por que voltara tão tarde e com cara de choro. Tudo que ela queria era esquecer.


Assim que chegou, tomou um banho, tentando relaxar. Mas nada tirava aquela cena de sua mente. As lágrimas teimavam em cair. A água já estava esfriando quando a garota resolveu voltar para o quarto. Colocara seu pijama favorito e jogara-se na cama. O dia havia sido longo. Ela estava cansada, queria dormir. Mas os minutos foram passando e nada da morena conseguir pregar o olho.


De repente, ela escuta um barulho na janela. “Não pode ser ele! Ele não teria essa cara de pau!”, pensou. Mas ela estava enganada. No momento em que dirigiu seu olhar para a janela, avistou o hanyou de cabelos prateados. Seu coração, no mesmo instante, disparou.


- Kagome...


- O que está fazendo aqui? – Perguntou da forma mais fria que conseguiu. Era difícil devido às lagrimas que ainda escorriam pelo seu rosto.


- Eu sei que você me viu no rio agora a pouco. – Respondeu o hanyou. – Eu só queria explicar o que aconteceu.


- Eu não quero saber, Inuyasha. Não preciso que você explique. Eu sei muito bem o que eu vi.


- Idiota, é exatamente por isso que eu vim aqui. Não é nada disso que você está pensando.


- Eu já disse que não quero saber, Inuyasha. Vá embora. Eu não quero ver você. – Mas Inuyasha não lhe deu ouvidos. Ele foi se aproximando da cama.


- Osuwari! – O hanyou foi ao chão no mesmo instante.


- Por que fez isso? Ficou maluca? – Perguntou irritado.


- Eu mandei ir embora. Fique longe de mim.


O hanyou já estava se irritando. Levantou e sentou na cama ao lado de Kagome.


- Será que você pode me escutar só pelo menos por cinco minutos? – Falou Inuyasha, quase gritando.


- Fala baixo! Quer acordar a casa toda?


- Você vai me escutar? – Kagome suspirou. Apesar de estar magoada, Kagome queria acreditar que era tudo um mal entendido. No entanto, estava meio difícil. A cena dos dois na beira do rio não saia de sua cabeça.


- Tudo bem. – Falou por fim.


- É... Você não quer dar uma volta?


“Por que ele não fala logo? Por que tem que ficar enrolando? A minha paciência já está se esgotando”, pensava Kagome. Ela olhava-o desconfiada, mas resolveu aceitar a proposta.


- Pode ser.


Inuyasha, então, se abaixou para que Kagome pudesse subir em suas costas. A garota logo o fez e o hanyou saltou pela janela, seus pés tocando o chão com um baque surdo. Inuyasha começou a andar, ainda com a morena em suas costas.


- Sabe, eu ainda posso andar, Inuyasha. – O hanyou não queria discutir, então tratou de colocá-la no chão. Eles ficaram em silêncio por um tempo, até que chagaram na árvore sagrada. Foi quando Inuyasha resolveu quebrar o silêncio.


- Me desculpe, Kagome. – A garota não podia acreditar no que ouvia. O orgulhoso Inuyasha estava lhe pedindo desculpas? Não era possível. – Eu devia ter te avisado que iria ver a Kikyou, mas você estava dormindo e eu não quis te acordar. Eu não sabia que a Kikyou ia aparecer.


Inuyasha a olhava nos olhos. Ele parecia estar sendo sincero. Mas isso não diminuía a mágoa no coração da garota. Por mais que não quisesse, ela o amava, mesmo sabendo que ele amava outra. Ela tentara esquecê-lo, mas era uma missão impossível. Decidira que queria continuar ao seu lado, mesmo que ele nunca fosse amá-la. Mas a cada dia que passava, essa escolha se tornava mais difícil de seguir. Inúmeras vezes, ele a deixara sozinha para ir atrás da sacerdotisa. Cada vez que ele partia, a garota sentia seu coração se despedaçar.


- Kagome, eu tomei uma decisão.


Nesse momento, a garota gelou. Então era isso. Ele finalmente se decidira. Escolhera a sacerdotisa por quem sempre fora apaixonado. Ela não tinha o direito de ficar entre os dois, sabia disso. Parece que chegara a hora de despedir-se para sempre de Inuyasha.


- Tudo bem, Inuyasha. Eu entendo. No fundo, eu sempre soube que esse dia chegaria. Agradeço por cada minuto que pude passar ao seu lado. Mas, não se preocupe. Eu não vou ficar no caminho de vocês. – A garota queria parecer forte, mas não conseguia segurar as lágrimas. Inuyasha levou a mão a seu rosto, secando suas lágrimas.


- Você entendeu errado, Kagome. Eu não quero que você fique longe de mim. Eu...


- Eu sinto muito, Inuyasha. Mas não posso ficar mais ficar ao seu lado. A verdade é que eu te amo. Simplesmente não posso suportar te ver com ela.


- Você não vai me ver com ela, idiota. Porque não existe mais “eu e ela”. – Kagome olhou para o hanyou, confusa.


- Como assim?


- Sabe, foi exatamente aqui que eu te conheci. – Falou, olhando para a árvore sagrada. Era verdade. Kagome lembrava-se perfeitamente daquele dia, quando ela foi pela primeira vez à Era Feudal através do Poço Come-Ossos. Inuyasha estava selado pela flecha de Kikyou naquela mesma árvore. Fora ela que o libertara da flecha. – Naquele dia, minha vida mudou drasticamente. Você me devolveu a vida, Kagome. Eu nunca vou poder te agradecer por isso. Se não fosse por você, e ainda estaria preso àquela árvore.


- Inuyasha, você não tem que ficar comigo por gratidão. Apesar de sofrer por não poder estar ao seu lado, tudo que eu quero é que você seja feliz.


Inuyasha segurou suas mãos.


- Não é isso. Com o tempo, eu fui percebendo o quanto você é importante para mim, Kagome. Eu vivi muito tempo sem a Kikyou. Mesmo quando achei que ela estava morta, eu consegui seguir em frente. Mas quando eu achei que tinha te perdido, eu não sabia o que fazer. Eu nunca me senti tão triste na vida. Foi a primeira vez, em muito tempo, que eu chorei. A verdade é que, durante esse tempo que estamos juntos, eu aprendi a te amar. Hoje eu disse isso a Kikyou.


Kagome não conseguia acreditar no que ouvia. Era muito bom para ser verdade. O hanyou foi se aproximando, sempre a olhando nos olhos. Kagome estava paralisada no lugar, não conseguia pensar em nada. Então, ele uniu os lábios dos dois em um beijo terno, onde os dois demonstraram todos os seus sentimentos. Nenhum dos dois queria interromper aquele beijo, tão esperado por ambos. Mas eles precisavam de ar. Os corações dos dois estavam acelerados. Kagome ainda estava processando tudo o que ele dissera, quando ele a puxou para um abraço apertado.  Então, sussurrou em seu ouvido:


- Eu te amo. Só existe uma pessoa que pode me fazer feliz, Kagome. E essa pessoa é você. Só você!


 


FIM


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Mandem reviews para eu saber...
Não faz mal à saúde, não cai a mão, e ainda faz uma autora feliz...
Bjo