Yin e Yang escrita por Park Sunhee


Capítulo 6
Adeus.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Como estão? Espero que bem. Demorei a postar essa semana porque meu computador deu "bug" e ai tive que apagar umas coisas e junto foi-se embora meu email do Nyah que eu só tinha salvo aqui, agora que consegui recuperar (ainda bem!) e já estava quase fazendo outra conta pra continuar a história.
Mas enfim, aqui está mais um e espero que gostem! Beijos!



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Aguardava no quarto onde dormi mais uma noite, sem sequer dar noticias à qualquer um. Via o número de ligações perdidas de Jeff em meu telefone e, mesmo que eu quisesse, não podia comunica-lo naquele momento. Não enquanto meu corpo estivesse em transformação, enquanto minha irmã estivesse fora de controle e muito menos enquanto estivesse “trabalhando” para salvar minha irmã com o Flash e o Arqueiro.

Meu celular chamava mais uma vez e o nome de Jeff piscava na tela. O segurei em mãos enquanto vibrava freneticamente como quem me dissesse para atender, afinal, Jeff se preocupava demais comigo para simplesmente abandoná-lo em explicação alguma. Coloquei o dedo no botão verde quando a porta se abriu fazendo com que eu me sobressaltasse.

– Oh, oi – Barry sorriu.

– Oi Barry – falei deixando o celular ao meu lado.

– O que foi? – ele olhou para o celular e em seguida para minha cara de preocupada.

– Nada – balancei a cabeça – só um amigo.

– Um amigo?

– Ele não pode saber – falei dando de ombros e ficando de pé – ele não entenderia.

Barry me fitou com um pequeno sorriso – Às vezes, nossos segredos, mantem as pessoas à salvo.

Balancei a cabeça positivamente dando um sorriso completamente forçado.

– O Arqueiro está aqui – ele mudou de assunto estendendo a mão até mim – ele trouxe uns amigos e está pronto para te explicar o que for necessário.

Assenti em silêncio lhe dando a mão sentindo Barry me direcionar para a porta. Escutei-o fechá-la em seguida e subimos para o andar central onde o Arqueiro e seus Parceiros estavam. Barry conversou algo com eles, algo que ele pediu para que eu fosse paciente e esperasse no quarto, ou seja, algo que eu realmente não podia nem precisava saber e, mesmo estando curiosa sobre, respeitava isso.

Barry soltou minha mão quando chegamos ao andar e pude ver Cisco, Caityn e Dr. Wells de costas para a porta automática de vidro, ele sorriu me tranquilizando e olhou para frente. Olhei na mesma direção e vi um rosto conhecido ao lado de uma mulher loira e um homem negro, alto e forte, quem mantinha um pequeno sorriso no rosto enquanto prestava atenção em algo que Dr. Wells dizia.

Barry tomou a frente atrapalhando-os do assunto. De repente todos viraram para me encarar e dei um fraco sorriso tentando parecer o mais simpática possível enquanto esperava o Arqueiro aparecer entre nós e explicar o que estava, de fato, acontecendo com minha irmã.

– Deb – Barry foi o primeiro a falar parando em meio aos seis – estes são Felicity Smoak, John Diggle e Oliver Queen.

Oliver Queen era o dono do rosto conhecido. Sabia que o conhecia de algum lugar e pelo sobrenome logo me lembrei do noticiário de quando ele havia “voltado à vida” depois de cinco anos sumido de um náufrago. O que o playboy mimado de Starling City fazia ali? Será que ele financiava o Arqueiro ou algo do tipo? Apenas esperando, descobriria.

– Deb – ele estendeu a mão educadamente me fitando nos olhos – prazer em conhece-la.

Estendi a mão em um cumprimento respeitável – Igualmente.

– Oi – a loira chamada Felicity sorriu com um tablet em mãos.

– Oi – sorri de volta após soltar a mão de Oliver Queen.

O homem alto, chamado John Diggle apenas deu um aceno de cabeça me cumprimentando em silêncio, mantive meu sorriso nos lábios e logo virei para Barry quem sorria animado. Tentava entender o porque.

– Estão aqui para nos ajudar!

Virei meu rosto para Felicity e rolei meus olhos para Oliver e Diggle – Ele não pode vir, certo?

– Quem? – Felicity perguntou.

– O Arqueiro.

Escutei a risada abafada do Dr. Wells e virei meu rosto para fita-lo, ele o transformou em um sorriso e em seguida vi Barry com a mesma cara divertida. Ele apontou com o queixo para frente onde virei meu rosto mais uma vez para um Oliver Queen com a mão erguida, fitei-o sem entender e rolei meus olhos para Felicity como se ela pudesse me fornecer alguma ajuda. Ela sorria erguendo as sobrancelhas e minha atenção voltou-se para Oliver quando ele disse:

– Deveríamos recomeçar – ele mantinha a mão erguida – olá, Deb, prazer, meu nome é Oliver Queen mais conhecido por meus amigos e Starling City como o Arqueiro.

Estiquei minha mão mais uma vez incerta do que ele dizia – Você...

– Difícil de acreditar – Felicty disse sorrindo – sabemos. Mas Oliver não é quem parece ser.

– Agora faz sentido – falei sincera soltando minha mão mais uma vez.

– O que faz sentido? – Oliver perguntou com um pequeno sorriso nos lábios.

– E difícil de acreditar – dei uma risada sem graça por não acreditar que ele era capaz de ser o Arqueiro – sempre ouvi coisas... Medíocres sobre você.

– Muitas pessoas ouviram – ele assentiu.

– Tive uma cliente que falava horrores sobre você, mas... Você não recorda por que ela...

– Evelline Hook – ele me interrompeu – me acusou de atropelar seu filho quem ficou em coma por três meses – vi um minúsculo sorriso brotar em seus lábios – me lembro.

– Não duvido – o encarei cruzando os braços – pagar trinta mil e setecentos e vinte dólares para jamais comparecer ao tribunal não deve ser fácil de esquecer.

Pela primeira vez ninguém moveu um músculo. Nem mesmo Oliver Queen quem ainda mantinha o pequeno sorriso nos lábios. Na época do julgamento eu ainda estava estagiando e aquele fora meu primeiro julgamento sério onde tive que reunir provas e comprovar que Oliver Queen era culpado pela primeira vez. Jamais esqueceria o caso mesmo que o tivesse ganhado. Oliver era inocente, pagou a multa para não comparecer aos julgamentos e o crime pela desobediência simplesmente não fora aceito e o que eu poderia fazer com inexperiência e pouco dinheiro?

Nada.

– Desculpe por isso.

– Não se preocupe – falei virando meu olhar para Barry – fazem cinco anos.

Barry sorriu e eu sabia que aquele era seu sorriso sem graça.

– Certo – Barry sorriu sem graça me fitando e logo em seguida olhou para Oliver – eles sabem mais sobre o Mirakuru que nós, e sua irmã tem vestígios no sangue então... Felicity te explicará melhor o que acontece com a pessoa em contato com essa...

– Droga – Oliver completou.

– Isso – Barry sorriu e sussurrou – não se preocupe, nós temos a cura e apenas queríamos comunicar à eles, afinal... Um antigo amigo de Oliver, agora arqui-inimigo, trancado em uma cela na ilha em que ele viveu cinco anos quem passou a formula aos demais e utilizou em testes como pessoas, então... – ele fez uma breve pausa para respirar – eles já lidaram com gente assim antes.

– E acredite – Diggle disse ao lado de Oliver – não é fácil.

– Ela ficará bem, não ficará? – perguntei.

– Faremos o possível – Oliver disse com o tom de voz baixo e em seguida olhou para Barry – vamos.

– Onde vão?

– Encontramos outras pessoas com suspeita de Mirakuru – Barry me fitou sério – vamos investigar.

Assenti em silêncio.

– Quer apostar uma corrida? – Barry riu olhando para Oliver e logo saiu correndo.

Oliver deu de ombros e foi andando com Diggle em direção á porta automática de vidro, a qual já estava aberta. Caitlyn e Cisco falaram que começariam com a cura que demoraria alguns dias e Dr. Wells perguntou se nos atrapalharia se ficasse ali, parado, sabendo um pouco mais sobre o soro Mirakuru. Felicity imediatamente disse que não e minha opinião não era de suma importância, então, ele nos fez companhia.

Felicity começou a contar a história de Oliver na ilha, sobre como ele tinha conhecido Slade Wilson, o que tinha acontecido com este amigo, a injeção de Mirakuru quando ele estava quase morrendo a morte de Shado, a mulher que Slade amava, a vingança incontrolável dele atrás de Oliver ao saber que ele tinha escolhido outra mulher para salvar ao invés de Shado.

Era um tanto óbvio o numero de lacunas perdidas na história, como se faltasse algo e, eu não sabia dizer se ela não sabia ou se não queria me contar, mas não me importava.

Ela prosseguiu a história falando sobre como Slade ficou fora de si, com raiva e me contou dos sintomas de Mirakuru: resistência física, velocidade, agilidade, reflexos, e um fator de cura acelerada. Aquilo parecia impossível para um ser humano deter, mas quem disse que Barry era um? Ou eu? Ou até mesmo minha irmã que, como se não bastasse seu poder desenfreado relacionado á água, agora era praticamente uma super-humana.

Felicity fez tudo ficar claro sobre a invasão de Starling City há uns meses atrás quando os noticiários não paravam de falar sobre homens com máscaras de hóquei. Ela disse que o plano de Slade era criar um exército de Super-soldados e ele assim o fez, mas graças á Caitlin, Cisco e Dr. Wells eles conseguiram parar antes que a cidade fosse bombardeada pelo exercito e, acima de tudo, antes que milhares de pessoas inocentes morressem.

A fitava sem falar nada, escutando-a contar o que havia acontecido e o quão amedrontada ficou. Disse sobre a morte de Moira Queen que não fora nada daquilo que os noticiários mostraram e sobre como a cidade, em pouquíssimo tempo, ficou composta de soldados causando a devastação completa.

Ela estava sentada na cadeira branca olhando para seu tablet após contar a história do ocorrido há menos de um ano. Tudo estava tão na minha cara e a mídia havia manipulado... Se eu soubesse, talvez pudesse ter ajudado algumas pessoas. Era triste, mas, ao mesmo tempo sei que isso os fez crescer: Oliver, Felicity e Diggle. Não precisava ser nenhum gênio para notar.

– Sabe – ela virou-se para me olhar – Oliver mudou muito desde quando o conheci. Ele não se orgulha de coisas que fez, mesmo quando era o Arqueiro – ela fez uma breve pausa – mas ele mudou. Posso dizer com toda convicção que ele mudou e é uma pessoa melhor tentando ajudar não só sua cidade, mas também todas as pessoas com quem se importa.

Continuei fitando-a.

– Sei que não se deram bem e que ele sequer compareceu á audiência na época, mas... Ele não é aquele Oliver, te garanto isso.

– Eu acredito – falei dando um fraco sorriso – aquela ilha deve ter mudado ele realmente, afinal, ele deixou de ser um ricaço mimado para se tornar um vigilante.

Ela deu um fraco sorriso e os papeis em volta da mesa voaram em massa. Flutuaram no ar até caírem ao chão todos espalhados e logo pudemos ver Flash parado em nossa frente com as mãos na cintura analisando o fato de estarmos sentadas conversando como se nada tivesse acontecendo, mas ele parecia gostar daquela situação, pois um sorriso brotou em seu rosto.

– Está tudo bem? – perguntei.

– Sim – ele retirou sua máscara após sair de sua pose de super herói – Oliver e Diggle vem mais atrás e, aparentemente, nenhuma das pessoas que fomos visitar tinham vestígios de Mirakuru – ele se corrigiu – pelo menos não a vista.

– Temos que analisar seu sangue – Dr. Wells disse algo um pouco atrás de mim.

– Bem – Barry sorriu um pouco sem graça fitando Dr. Wells – Oliver conseguiu um pouco de sangue deles.

Felicity riu e Barry a fitou com um pequeno sorriso, fiquei sem entender, mas ele logo explicou.

– Oliver tem... Um jeito, um tanto peculiar para retirar informações... Ou sangue.

– Imagino – falei dando uma fraca risada.

– Posso falar com você por um segundo, Deb? – Barry sorriu me fitando.

– Claro – falei ficando de pé entendendo que ele não queria falar na frente de Felicity e Dr. Wells.

Saímos da sala e fomos direto para o andar onde eu estava ficando temporariamente. Fizemos todo o trajeto em silêncio e eu me perguntava o que era de tão importante para que Barry me trouxesse até ali para falar sobre. Ele fechou a porta entrando depois de mim e o fitei sentando na cama sem tirar os olhos dele. Barry estendeu a mão para mim e quando olhei-a vi meu celular em sua mão, ele tinha um pequeno sorriso no rosto.

– Você deveria avisá-lo.

O fitei sabendo de quem ele estava falando.

– Ele está te procurando por toda cidade, pude ver. Ele estava na policia, Deb. Um dos caras suspeitos é um policial e lá estava Jeff falando sobre você e sua irmã, que ambas estão desaparecidas. Você precisa dar uma explicação para ele antes que as coisas fiquem piores.

Assenti pegando o celular de sua mão, assim que Barry me viu hesitar parou em minha frente levantando meu rosto.

– Ele está preocupado – ele tinha um fraco sorriso no rosto – você sabe o certo a se fazer para protegê-lo, mas não pode simplesmente desaparecer da vida de pessoas que gostam de você.

O fitei sentindo a indireta.

– Vou te deixar sozinha com o telefonema, ok? – ele me deu um beijo na testa – faça o que é certo.

Barry estava certo. Não tinha porque me esconder de Jeff desde que ele não soubesse da verdade, ele precisava apenas saber que eu estava bem e jamais falar algo para a polícia sobre meu desaparecimento ou as coisas complicariam mais ainda. Olhei para a tela do meu celular depois de um pequeno toque e ela acendeu mostrando mais de vinte chamadas não atendidas. Respirei fundo e logo o desbloqueei telefonando imediatamente para Jeff.

Ele não demorou muito para atender, pude ouvir sua voz do outro lado da linha apavorado e desesperado chamando meu nome, implorando para que eu falasse alguma coisa e o nó em minha garganta era superior. Mas teria que ser corajosa, porque, acima de tudo, não dependia só de mim.

– Jeff – comecei ainda de olhos fechados dizendo tudo de uma vez só – nunca mais me procure. Estou bem, viva e não há motivos para se preocupar. Por favor, pare de procurar a policia eles não tem nada a ver com isso...

– Deb...

– Por favor, não diga nada – o interrompi aumentando o tom de voz – apenas pare de me ligar, de me procurar. É o melhor que você pode fazer. Por favor, estou pedindo. Adeus, Jeff.

Apertei o botão vermelho e fiquei encarando o celular deixando para trás o meu chefe e melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Não deixem de comentar, viu? O próximo pega fogo, prometo. Beijão e se tiver algum erro, podem falar. Beijos.



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