— Percy, você percebeu? - pergunta Poseidon. - Eu imagino que sim.

— Sim... não temos mais nossos -- ele se interrompeu, observando suas próprias mãos impotentes.

— Tudo culpa daquela minha sobrinha estúpida, a quem declaram deusa da sabedoria! Tsk Tsk. Ela não percebe que não tem mais influência naquela pólis? Não consegue ver que apenas sua bênção não é suficiente?

Percy encarou os grandes e astutos olhos verdes do pai, que pareciam muito humanos e cansados sob a iluminação da lanchonete. Nunca pensaria que isso seria possível de acontecer, mas ali estava. Um dos deuses mais importantes do Olimpo comendo muffins azuis com o filho ex-semideus.

— Eu pensei um pouco, Percy, e pretendo ir embora de Nova Iorque.

— E pra onde o senhor iria? - Percy pegou um muffin e mordeu.

— Para as origens. Restaurar meu poder.

— Há chances disso?! - o garoto se animou.

— Hum... não sei. A maldição de uma deusa não é algo leviano. Ela continua muito amarga. Logo após aquele acidente...

— Que acidente?

Poseidon olhou para a TV do local, que mostrava uma série de catástrofes envolvendo os mares descontrolados. Dessa vez o país era Grécia.

—- Ok. Vamos do começo.