Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 59
Hospital


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU DE NOVO! Nem tá dando tempo de sentir saudades, né?
Bom como hoje é meu aniversário quero pedir de presente COMENTÁRIOS
Eu sei gente estou eufórica esse dias kkkkkkkkkk
DEDICAÇÃO
* Esse capítulo é dedicado a Sara Romanoff Rogers que fez um lindíssima recomendação, muito obrigada linda!
Bom sem mais enrolação!
Boa leitura e Espero que gostem!



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POV Susan

Abri o olhos um pouco atordoada, como eu vim para no meu quarto? Quer saber? Isso não importa agora, pois o simples fato de não recordar de como cheguei até aqui é um pequeno indicio do que vem pela frente. Fechei os olhos, apoiei a mão na cama e preparei me preparei para sentir minha cabeça ser prensada por forças invisíveis. Me sentei ignorando da melhor forma que pude a maldita dor de cabeça que parecia querer fazer suco do meu cérebro.

Não me lembro de muita coisa, as ultimas coisas que lembro é de ter feito o discurso, ter discutido com o Ezequiel, coisa que fez com que eu perdesse um pouco o controle sobre a benção de Hades, discuti brevemente com a tia Sam e comecei a beber. Acho enquanto enchia a cara, o Jhon veio falar comigo, mas isso eu já não posso garantir. Mas porque apesar das discussões eu me sentia feliz, sendo que não havia nenhuma memoria de algo que me pudesse passar essa sensação.

Me levantei e fui atingida por uma forte tontura, me apoiei na cabeceira da cama até que o mal estar passasse, andei até o guarda roupa, peguei um vestido branco que ia até os joelhos e em seguida, fui direto para o banheiro. Soltei o cabelo, me despi, liguei o chuveiro na água fria e fui para debaixo, sentindo a água gelada escorrer pelo meu corpo, relaxando cada músculo enquanto eu tentava me lembrar de um flash sequer para entender a sensação de felicidade, mas nada vinha a mente

Tomei um longo e relaxante banho, desliguei o chuveiro, me sequei e me vesti com as roupas recém tiradas do guarda roupa, minha cabeça ainda doia, meu corpo implorava por descanso. Pedido esse o qual eu estava disposta a conceder. Coloquei a roupa suja no cesto, sai do banheiro secando o cabelo na toalha e me deitei novamente na cama. Depois de pouco segundos adormeci, em um sono sem sonhos.

Horas Depois

Mesmo após as minhas horas de sono, minha cabeça ainda latejava queria me levantar para tomar um remédio, mas na tentativa de me levantar, vi tudo a minha volta girar e desisti de me levantar, deitei mais um vez fechando os olhos esperando que a dor de cabeça simplesmente passasse, coisa que sei que não aconteceria. Ouço a porta se aberta, mas nem me preocupo em ver quem entrou no meu quarto

– Para de fingir, sei que está acordada - Jhon fala quase gritando

– Fala baixo, por que eu não sou surda e minha cabeça está doendo - digo entredente e sem olha-lo

– Se não tivesse bebido tanto isso não estaria acontecendo - ele disse se jogando do outro lado da minha cama de casal, o balanço do colchão fez minha cabeça doer e não contive um gemido abafado de dor e ele ri baixo

– Está adorando me torturar não é? - falei abrindo os olhos tentando ignorar a dor latejante da minha cabeça

– Você não faz ideia - ele fala com sarcasmo, mas ficou sério em seguida - Mas não foi por isso que vim aqui

– O que aconteceu? - perguntei preocupada, me sentei ignorando da melhor forma possível a maldita dor de cabeça e ele soltou um suspiro pesado

– A Sam desmaiou e na queda bateu a cabeça com força no chão - ele disse se sentando - Minha mãe a levou ao hospital

– O que!? Como ela está? - perguntei nervosa

– Não sabemos ainda - ele falou e segurou minha mãe, logo senti a dor de cabeça passar, ele soltou e se levantou - Troca de roupa, vou te esperar lá em baixo

Ele saiu do quarto e eu fui rocar de roupa, peguei uma calça jeans, uma blusa regata, meus tênis all star, minha jaqueta e desci as escadas praticamente correndo. Quando desci Jhon me olhou incrédulo

– Como? - ele perguntou me olhando

– O que houve? - perguntei ficando mais nervosa ainda

– Como você trocou de roupa tão rápido? - eu revirei os olhos

– Sério isso? - perguntei irritada e ele simplesmente levantou as mãos em sinal de rendição - Vamos logo

Andei e peguei as chaves do carro

– Nem pense nisso - ele falou parando a minha frente

– Jhon sai do caminho - falo séria, mas ele me ignora

– Me dá as chave Su - ele pediu estendendo a mão

– Jhon, não tenho tempo a perder - digo sentindo meus olhos arderem e algumas lagrimas rolaram - Minha tia está no hospital e sabe-se lá qual o estado dela

– Eu sei e é justamente por isso que não posso deixar você dirigir - ele falou me olhando - Me dá as chaves

Ainda chorando eu entreguei as chaves e fomos até a garagem, entramos na Ferrari e o Jhon dirigiu até o hospital. Jhon estacionou, saímos do carro e eu fui praticamente correndo até a entrada. Assim que entrei fui direto para a sala de espera onde encontrei a tia Marta senta em um dos bancos, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos cobrindo o rosto.

– Tia Marta? - chamei-a com a voz tremula temendo o que e poderia ter acontecido

– Oi Su! - ela disse se levantando

– Como está a tia Sam? - fui direto ao assunto

– Ela está fazendo alguns exames e uma tomografia - ela disse e fiquei nervosa - Não se preocupe, ela está bem

– Se realmente ela está bem, porque a tomografia? - rebati ainda mais nervosa

– Querida, não fica assim - tia Marta falou me abraçando

– Já sabe de alguma coisa mãe? - Jhon perguntou ao se aproximar

– Ainda não, estou esperando o medico para ter as informações - tia Marta respondeu quando desfizemos os abraço

Eu me sentei em um dos bancos da sala de espera, cruzei os braços um pouco impaciente e fiquei olhando um ponto fixo no chão, tia Marta sentou ao meu lado também preocupada. Essa demora está me torturando, a sensação de impotência em saber que por mais que eu queira, não posso fazer nada. Fui tirada dos meus pensamentos pelo Jhon

– Você ainda não comeu nada hoje - ele disse me entregando um pacote de biscoito e um copo de suco - Fazer greve de fome não vai ajudar em nada

– Fiquei tão preocupada com a tia Sam, que sequer lembrei de comer - digo abrindo o pacote - Obrigado!

Ele simplesmente dá de ombros e se encosta na cadeira. Tinha terminado de comer quando o medico apareceu na sala de espera, a tia Marta se levantou e eu acompanhei.

– Como a Sam está? - tia Marta perguntou assim que o medico parou a nossa frente

– São todos da família? - o medico pergunta nos olhando e eu já não estava com paciência

– Eu sou, agora diz o que ela tem por favor - digo nervosa

– De acordo com os exames a Sra. Agostini tem um pequeno tumor no cérebro, em uma parte de difícil aceso - o medico falou e tenho certeza que eu demonstrava estar em choque - Podemos fazer um cirurgia para a retirada do tumor, ainda hoje, mas como ela está inconsciente precisaremos da autorização de um família que se responsabilize, pois será uma cirurgia delicada

– Pode dar entrada ao procedimento para cirurgia - digo olhando

– A pessoa precisa ter a maior idade legal - o medico explica

– Sendo assim eu tenho, sou emancipada - explico e ele assentiu

– Irei pedir que preparem a papelada e a sala de cirurgia - ele disse, eu assenti e ele saiu

Me sentei novamente, apoiei os cotovelos nos joelhos e cobri o rosto com as mãos

– Vai ficar tudo bem - ouço o Jhon dizer

– Tomara - digo abaixando as mãos, mas permaneço de cabeça baixa

Depois de um tempo, uma enfermeira me entregou uma papelada que eu deveria preencher, me responsabilizando pelos riscos da cirurgia, mas quanto menor o tumor, menores são os riscos de sequelas, então quero livra-la desse tumor antes que se tornasse algo pior.

– Teria algo em que posso ajudar? - Jhon perguntou quando estavsa assinando a ultima folha

– Acho que não, seu dom é para ferimentos e um tumor é uma anomalia - explico e ele assentiu e fomos nos sentar

Horas Depois

Já são quase três da manha e nenhuma noticia sobre o estado da tia Sam, Marta está tentando de tudo para me tranquilizar mais a cada minuto que passo, meu coração se aperta ainda mais. Fechei os olhos e encostei minha cabeça na parede, torcendo para tudo isso acabasse logo, abri os olhos novamente, bem a tempo de ver o medico se aproximando, rapidamente me levantei, a Marta e o Jhon que conversavam um pouco mais afastados se aproximaram

– Como está a minha tia? - fui direto ao assunto, o medico parecia sério

– A cirurgia foi delicada, mas concluída com sucesso - ele respondeu e não pude evitar o choro de alivio

– Graças a Deus! - ouvi a tia Marta sussurrar ao meu lado

– Conseguimos remove-lo, mas como eu disse o lugar que o tumor se encontrava é de difícil acesso - o medico começou a falar chamando nossa atenção - Não posso garantir que tenhamos retirar 100% do tumor

– Isso significa que... - ele me interrompe

– Se ficou mesmo que 1%, o tumor pode voltar a aparecer - o medico conclui

– Quais as chances disso acontecer? - pergunto receosa

– Poucas, mesmo assim existe essa probabilidade - o medico disse

– Obrigada doutor! - agradeço e ele assentiu

– Ela será transferida daqui a pouco para o quarto - ele disse nos olhando

– Podemos ficar com ela? - perguntei

– Apenas um de vocês poderá passar a noite, pelo menos até ela acordar - o medico explica - E os visitantes deveram entrar um de cada vez

– Eu passarei a noite com ela - digo olhando-o

– Su, você não trouxe nada para passar a noite - tia Marta falou me olhando - Eu tenho algumas roupas no meu armário aqui no hospital

– Eu quero ficar com a minha tia - digo olhando-a

– Eu sei querida, mas você não se alimentou direito hoje, está casada e não está acostumada a passar noite acordada depois de um dia agitado - ela falou me olhando - Vai para casa, descanse e amanhã você volta para ficar com ela

– Posso ao menos visita-la? - Marta olhou para o medico e assentiu - Claro
– Iremos leva-la ao quarto numero 638 - o medico disse nos olhando

– Obrigada! - digo e vou até o elevador

Chegando no andar dos quartos, sai de elevador, andei pelo corredor até encontrar o quarto 638. Entrei e não havia ninguém lá, sentei em um poltrona e alguns minutos depois a porta se abre, enfermeiros traziam a tia Sam em uma maca, a colocaram na cama conectando-a a alguns aparelhos e saíram em seguida. Me levantei da poltrona e me aproximei da maca, a tia Sam estava com a cabeça enfaixada, sua face um pouco pálida, sentei na beirada da cama segurando a mão dela, senti algumas lagrimas escorrem, mas não me importei, o silencio predominava todo o quarto, mas não era um silêncio perturbador... era um silêncio reconfortante. Estava aliviada em saber que a tia Sam estava bem e com sorte nunca mais haveria outro tumor, fiquei perdida em pensamentos por alguns minutos até que ouço a porta do quarto se abrir, me viro e vejo o Jhon

– Como ela está? - perguntou entrando no quarto

– Estável - respondi e desviei meu olhar para ele - Você poderia...

– Claro - ele se aproximou e tocou a outra mão da tia Sam

Logo os aparelhos mostraram que os batimentos cardíacos tinham melhorado, a cor retornara ao seu rosto, sua respiração estava mais forte o que me permitiu suspirar aliviada

– Valeu Jhon - agradeço e ele me olha

– Não precisa agradecer - ele diz dando de ombros - Na verdade vim porque minha mãe pediu que eu a chamasse, precisamos ir

– Está bem - digo me levantando e Jhon vai até a porta, depositei um beijo no rosto da tia Sam - Volto mais tarde tia

Sai do quarto acompanhada pelo Jhon, entramos no elevador, fomos até o estacionamento, tentei pegar as chaves do carro que estava com ele

– Não senhora, você ainda não está em condições de dirigir - ele disse afastando a mão com a chave

– Jhon deixa de palhaçada e me devolve as chaves - digo tentando pegar as chaves mas ele afasta de novo

– Su é sério, vamos evitar acidentes - ele disse, então entendi o que ele queria

– Você quase me fez acreditar que estava preocupado comigo - ele se fez de desentendido - Você só está querendo dirigir minha Ferrari de novo

– Da onde você tirou essa loucura? - ele perguntou, mas vi que ele estava mentindo

– Se queria dirigir bastava pedir - digo dando de ombros e vou até o carro e ele me acompanha - Você gosta dessa Ferrari, né?

– Logico, foi com ela que ganhei meu primeiro racha - ele diz destravando o carro e eu ri

– Então é valor sentimental? - perguntei e ele riu

– Mais ou menos isso - ele responde entrando no carro

– Pode ficar com ele, então - disse quando entrei no carro

– Como é!? - ele perguntou surpreso

– Por valor sentimental essa carro vale mais para você do que para mim - digo como se não fosse nada - Além do mais, já estou pensando em comprar outro

– Você está falando sério? - ele perguntou me olhando

– Estou com cara de quem está brincando? - perguntei olhando-o - Amanhã eu faço a transferência da documentação para você

– Você é a melhor amiga do mundo - ele disse ainda sem acredita

– Eu me esforço - digo me gabando - Agora dirigi, que eu preciso descansar um pouco, arrumar uma bolsa com as coisas da tia Sam e voltar para o hospital

Jhon simplesmente assentiu, ligou o carro e dirigiu até minha casa. Fomos o caminho inteiro em silêncio, o dia foi cansativo para mim, senti um pouco de fraqueza, mas sei que foi porque não tomei meu medicamento. Não falaria isso para o Jhon ele viria com aquela conversa de ter que fazer os exames para ver o que tenho, mas já estou melhorando. Cheguei a fase final do tratamento e está surtindo efeito, a anemia não me atingi mais como antes. Assim que chegamos, desci do carro e Jhon estacionou o novo "brinquedo" na garagem da casa dele. Quando entrei fui direto para o meu quarto, tomei o medicamento. Me joguei na cama apenas para relaxar um pouco, mas o cansaço me dominou e eu simplesmente apaguei

POV Autora

Horas Depois

Susan acordou dolorida por causa da posição que dormiu, ela levantou tomou um banho, trocou de roupa, arrumou uma bolsa com as coisas que a Sam iria precisar, foi até a cozinha para tomar um rápido café da manhã, pegou as chaves da BMW da tia e foi para o hospital. Quando chegou a Sam estava acordada conversando com a Marta. Alguns dias se passam e os medico se surpreenderam com a rápida recuperação da Sam, principalmente depois de uma cirurgia tão delicada. Com apenas duas semanas após a cirurgia, Sam recebeu alta e voltou para casa. Susan cuidou da tia e do Buffet durante todo o tempo que a Sam teve que se manter afastada do trabalho e mesmo quando a Sam, teve autorização medica para voltar o trabalho a Susan fez questão de continuar trabalhando no Buffet para evitar que a Sam se estressasse. Susan não iria se permitir perder a tia por descuido, ela não tinha mais ninguém como familiar, pelo menos é o que ela acredita, pois mesmo sabendo que o pai esta vivo, quem cuidou e amou a Susan todos esses anos foi a Sam.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Fui muito malvada? Fui razoável? Quero saber a opinião de vocês
Acompanhem, favoritem (se gostarem da história), recomendem (se acharem que a fic merece) e principalmente comentem. E como hoje é meu aniversário, quero pedi, se for possivel, todos os fantasminhas apareçam, para dizer o que achada da fic ou um simples feliz aniversário.
Nos vemos nos reviews!