Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 18
Somente enfrentando a si mesmo!


Notas iniciais do capítulo

Heeey ahuahua Só queria dizer aproveitem :)
Aliás, agora não tenho mais tanta coisa pra fazer aqui, por isso talvez os caps saiam bem mais rápido!



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Sinara

— Ei, acho que ele esta quase dormindo. – Comentei e Alice olhou para Erick, um pouco preocupada.

— É, acho que ele não está mais ligado no que acontece ao redor, isso é bom, preciso conversar com você. – Ela disse e eu a encarei. — Alli foi levado por um soldado da rainha.

— O QUE?

— Nós fomos atacados no meio do caminho, eu não pude ser útil e ele foi levado. – Ela concluiu e eu fiquei apenas tentando assimilar tudo.

— Mas... Porque só ele?

— Não sei, mas acho que isso tem a ver com Maira.

— É possível, então temos que agir rápido. – Conclui com um suspiro e ela concordou, Ches virou a cabeça para o outro lado e murmurou algo como “Chocolate voador”.

Nós seguimos os dois até a porta da casa, que se abriu como se um fantasma estivesse nos guiando, seria legal, mas eu não estava no clima de acha nada legal, um dos meninos parou antes de entrar na casa e se virou para nós, era o de olhos azuis, ele começou a encarar Alice enquanto o de olhos lilás o encarava um pouco preocupado.

— Esta com ele. – O menino murmurou ainda olhando para Alice, sua voz estava um pouco séria e ríspida. — É você.

— É... Olha... Você ai... Não lembro seu nome, mas se não se importa estamos com pressa. – Apressei tentando não chama-lo de estranho, o de olhos lilás me encarou com um misto de preocupação e descontentamento e depois voltou a andar.

— Pode me chamar de Dee, e ele de Dum. – O de olhos Azuis, ou melhor, Dee, comentou sorrindo, a voz tinha voltado a ser doce e baixa, ele se virou e voltou a andar.

— Tudo bem então... Eu acho. – Sussurrei e Alice sorriu, quando entramos o ar pareceu mudar, de repente o clima se tornou mais suave e acolhedor, de repente minhas dores não eram mais tão grandes. — Esta sentindo isso?

— Sim. – Alice respondeu enquanto olhava ao redor. — Magia... Uma magia familiar na verdade.

— Magia do Amor. – Dum respondeu e nós o encaramos, ele olhou para Alice e sorriu. — Lady Loren as espera no jardim. – Então um mordomo apareceu e se aproximou de nós. — Levaremos seu amigo, ele esta em estado grave, pode vir a ter hipotermia ou coisa pior, e acreditem isso não é nada bom. – O mordomo então o levou, eu admito que sofri um pouco com a ideia, mas se não o fizesse ele poderia morrer e isso estava fora de cogitação.

A sala onde estávamos era realmente enorme, todas as paredes pintadas de azul, uma escada em cada uma das pontas e muitas flores de todos os tipos e cores, no meio uma grande porta de vidro se encontrava aberta e foi por ela que seguimos, o jardim era inexplicável, no meio havia uma mesa e em volta tudo de mais belo em flores, a maioria azul.

— Lady Loren? – Dee a chamou com temor e respeito.

Uma mulher se encontrava sentada a mesa, ela nos viu e sorriu, os dois meninos correram até ela e ficaram ao seu lado.

— Olá minhas crianças. Vejo que se saíram bem até agora. – Ela disse sorridente, seus olhos eram incrivelmente azuis, e o cabelo tinha apenas um tom mais claro de azul que o vestido longo.

— Bem? Acho que você precisa renovar seu conceito de se sair. – Alice retrucou com um pouco de ironia e começou a se aproximar. — Pode nos ajudar? Alli-

— Eu sei. – Loren a interrompeu sorrindo. — Já mandei avisar seus amigos e já pedi que eles levassem o recado aos outros de Neal, certamente eles irão, a duquesa esta indo com Robin e Lyh, talvez vocês precisem deles futuramente, a missão que precisarão realizar pode exigir que se separem.

— Pode ajudar ou não? – Perguntei impaciente.

— A arma que precisam foi forjada a anos atrás, ela é a única que pode destruir as trevas, mas não é tudo que precisam, vocês precisam do Elixir do sono, pode reduzir o poder da rainha por algum tempo, mas não muito.

— Onde achamos essas coisas? – Alice perguntou, Dum sussurrou alguma coisa no ouvido de Loren, que acenou com a cabeça, o menino então segurou no braço do irmão e saiu correndo.

— Perdoem esse dois, são estranhos, mas são boas pessoas, onde estávamos? Ah! Sim! - Loren se levantou e andou em nossa direção. — Se querem essas armas devem entender que não será fácil, mas receio que valerá a pena. – Ela segurou minha mão e da Alice e começou a nos guiar para dentro do jardim. — A arma que vão usar esta a muito tempo guardada no mesmo lugar, é uma herança, que quase se perdeu com o tempo, sorte é que foi designada a um protetor, que aliás quase morreu, mas agora vive por causa dessa arma, já o Elixir, bem os ingredientes serão um tanto trabalhosos de achar.

— Tipo? Onde mais ou menos eles estão? – Alice perguntou e Loren olhou para o céu, depois para nós.

— Vai saber... Copas, Neal... Ah! E claro... Jadis. É não será fácil, será que podem vencer a si mesmos? Vencer seus medos?

— Como assim? – Perguntei indignada com aquela conversa estranha e já cansada com a ideia de ir aos três reinos, céus haja tempo para tudo isso.

— Ora você entenderá, é simples na verdade, o problema todo não chegar aos locais, ou conseguir os ingredientes, o difícil será encarar a realidade, o destino, o inevitável.

— Não estou gostando desse assunto, pode ser mais clara? – Alice pediu e Loren sorriu.

— Alice! Alice! Como sempre querendo respostas. – Ela parou e a encarou, depois olhou para mim. — Vocês se prendem ao passado de forma que só enxergam o futuro quando ele esta por um fio. Enquanto não mudarem, não terão as verdadeiras respostas.

— Oque pensa que sabe? – Minha voz saiu um pouco mais séria do que desejei, eu encarei Loren, que estava com um sorriso estranho no rosto.

— Muito mais que pode imaginar mocinha. – Ela disse com um tom animado. — Sei respostas de perguntas que vocês nem sequer fizeram a si mesmos, por exemplo, por que Robin sabe fazer um portal para meu mundo?

— Como vou saber? – Retruquei ainda olhando em seus olhos, por mais difícil que fosse.

— Talvez essa não saiba, mas tem uma que certamente sabe a resposta. Como sobreviveu ao sonhos esquecidos? – Ela sussurrou em meu ouvido e eu soltei sua mão, começando a me afastar.

— Como sabe sobre isso? – Perguntei sentindo a respiração falhar.

— Sinara, calma. – Alice tentou se aproximar, mas eu me afastei mais.

— Eu sei tudo oque acontece nessa fronteira, sei tudo oque há nos três reinos que formam o “país das maravilhas”. Sei que deve se lembrar, ou então seu futuro estará condenado para sempre. Agora me diga, como sobreviveu ao feitiço?

— Por que esta fazendo isso? – Perguntei fechando os olhos.

— Se querem sobreviver devem saber que quando se trata de lutar contra trevas, seu maior inimigo é sempre você. – Loren disse e diminuiu o sorriso um pouco. — Desejo tanto quanto vocês a rainha morta, mas se querem minha ajuda, vão ter que superar a si mesmos. Pensei que depois de tudo oque passaram para chegar até aqui já tinham entendido isso.

— Nós entendemos. – Alice interveio. — Mas não sabemos como, estamos perdidos, todos nós, eu sei que me prendo ao passado, mas como posso seguir, se a única pessoa que me ajudou a ter coragem de novo não esta mais ao meu lado?

— Alice, vejo em você um destino brilhante, mas ele não cairá do céu, você deve conquista-lo com todas as suas forças e... Sozinha. – Loren terminou de falar e se aproximou de mim. — Sei que não confia nas minha palavras, mas tente confiar em seu coração, não bloqueie mais de si mesmo a verdade, você quer viver, você sobreviveu ao terror, mas não foi sozinha, entenda isso e verá a diferença. – Ela terminou de falar e se virou para o outro lado, sem pensar duas vezes eu corri para longe daquele lugar.

— Sinara! – Alice me chamou e ouvi seus passos atrás de mim, eu apenas corri tentando conter as imagens confusas que vinham a minha cabeça, o ruim da magia do amor, é que ela esta sempre pronta para mexer com você, Alice segurou meu braço e me fez parar. — Esta tudo bem?

Eu me virei para encará-la, ela estava com um olhar sereno, típicos de uma maga do amor, mesmo que inconsciente ela pode me analisar, isso sempre me incomodou, me fez pensar mal dos magos celestiais do amor, mas eu aprendi com Alice que, nem todos querem controlar seu coração.

— Não... Eu sempre me forcei a esquecer o passado, por que era triste, solitário, minha vida parecia sem sentido, como se eu sempre caminhasse sozinha e nunca tivesse ninguém que pudesse de fato ajudar. E agora ela me diz... Aquela embaixada quase me enlouqueceu pelo resto da vida, eu me privei do que aconteceu depois, porque o meu medo de ser tão ruim quanto o feitiço me atormentou, é algo meio bobo eu sei, mas tenho medo de descobrir que tive que sobreviver sozinha. – Sem perceber eu já estava chorando, Alice me abraçou sorrindo.

— Tudo bem, eu sei como se sente acredite, mas não a mal em tentar, deixe as lembranças virem, você pode descobrir algo incrível.

— Mas...

— Apenas acredite.

Eu fechei os olhos e apenas me deixei levar, eu sempre pensei no terror que vivi, mas nunca me preocupei com como sai viva, as lembranças voltaram suavemente, estava escuro e eu estava sufocando, eu estava deitada no chão, a ponto de morrer, então minha visão se ofuscou e vi uma sombra, familiar, muito familiar, ele me segurou, notei como seu cabelo era incrivelmente negro e sua pele morena, então tudo escureceu.

— Robin. – Falei me afastando de Alice.

— O que?

— Eu não sai sozinha, naquele dia, eu não sai só, ele me salvou, Robin, foi ele que me salvou na embaixada. – Eu sorri, de repente um sentimento de alivio tomou conta de mim. —É isso, ele me salvou.

— Viu só, eu disse que poderia descobrir algo incrível. – Alice comentou feliz e eu a abracei.

— Obrigada! Acho que finalmente posso lutar de verdade.

— Uau! Tem uma luz em volta de você. – Uma voz suave me assustou, eu me virei e me deparei com Dee.

— Menino, não me assuste desse jeito. – Pedi e ele se embolou todo.

— Desculpa, eu... Só... É...

— Tudo bem, estou feliz demais para me irritar com você. – Comentei sorrindo e ele permaneceu me encarando. — Que foi, ainda to brilhando?

— Não.

— Então o que é?

— Nada! Viu meu irmão? – Ele perguntou um tanto apreensivo.

— Não por quê?

Os olhos de Dee se encheram de lágrimas.

— Não... O acho... em lugar nenhum. – Ele disse entre soluços e Alice se aproximou.

— Onde foi a ultima vez que o viu? – Ela perguntou e o menino pareceu pensar.

— Com o mordomo, nós fomos ver se seu amigo estava bem, ele saiu para achar Loren e pediu para que eu ficasse, ele nunca anda sem mim, agora eu não consigo acha-lo. – Dee começou a chorar de vez e Alice o abraçou.

— Tudo bem vamos acha-lo. – Ela prometeu e me encarou.

— Tá, vamos.


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Notas finais do capítulo

hehe
Espero que o cap tenha ficado bom!



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