Bésame escrita por Verônica Souza


Capítulo 21
Meses Depois


Notas iniciais do capítulo

Perdoem o mal espaçamento nesse capítulo, talvez ele fique um pouco confuso de ler. Mas estou sem o word, e fica difícil deixar ajeitadinho como costumo deixar. Espero que isso não tire a vontade de ler o capítulo, porque apesar da demora, ele está bem fofo ♥



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8 MESES DEPOIS

Fernando vestiu sua camisa sem abotoar os botões, e saiu apressado pelos cômodos. Estava desnorteado, e não sabia exatamente para onde estava indo. Só sabia que tinha que ir. Pegou as chaves do carro em cima da mesinha e se preparou para abrir a porta, quando Lety parou no corredor, encarando-o.
– Não está se esquecendo de nada?
Ele bateu a mão em sua própria testa e se aproximou de Lety, segurando sua mão. Lety parecia se divertir com a situação, embora a cada risada abafada ela se queixava de dor, acariciando a enorme barriga que havia por baixo do vestido. Fernando a puxou pela mão delicadamente e ela o acompanhou até a porta, mas ao tentar abrí-la, notou que ela estava trancada.
– Onde está a chave? - Lety perguntou apreensiva.
Fernando tocou no bolso da calça mas não sentiu as chaves. Olhou por todos os cantos da sala, mas sem sucesso. Lety de repente começou a chorar, desesperadamente. Fernando sem saber o que fazer, apenas parou e colocou as mãos na cabeça, apavorado.
– Como vamos sair agora? Não tem como sair. A porta está trancada! - Lety dizia soluçando. - E agora Fernando? E agora? Fernando!

– Fernando! Fernando!
Como se saísse de um transe, Fernando olhou em volta. Estava sentado à mesa, na casa dos pais de Lety. Depois de rápidos segundos ele se estabilizou, e lembrou-se que estava em um almoço de domingo, e que acabara de ter mais um de seus rápidos "pesadelos acordado".
– Estou te chamando já tem um tempo, rapaz. Onde está com a cabeça? - Seu Erasmo perguntou.
– Me desculpe Seu Erasmo. Eu... Estava com a cabeça em outro lugar. - Fernando sorriu sem graça. - O que o Senhor dizia?
– Estava dizendo que as vezes as mulheres conseguem ser loucas. Acredita que outro dia a minha Julieta estava tendo alguns pesadelos? Por sorte hoje ela já não está falando mais nisso... Mas ela ficou me atormentando durante duas semanas, com medo de que o pesadelo se tornasse realidade. E eu já disse à ela mil vezes que essas coisas são apenas para pessoas loucas. Pesadelos são apenas pesadelos...
– É... Eu concordo completamente com o Senhor, Seu Erasmo. - Novamente Fernando sorriu sem jeito. - Pesadelos são apenas frutos da imaginação, não é mesmo?
– Exatamente! Eu quase nunca tenho pesadelos. A não ser nos dias que a mulher prepara uma comida picante para o jantar. Eu nao consigo dormir direito e...
Novamente o mundo em volta desapareceu. Fernando parou seu olhar em Lety, ajudando sua mae na cozinha. Desde que Lety completou o oitavo mes de gravidez, Fernando tinha aqueles breves pensamentos tensos, e em todos eles algo de errado acontecia relacionado à Lety e à chegada do bebê. Por mais que Fernando tentasse não pensar nisso, e por mais que Lety já tenha lhe dito que não havia motivo para tanta preocupação, ele não conseguia dominar seus pensamentos.
– Lety, eu acho que o seu marido está com algum defeito.
Ao ouvir Seu Erasmo reclamando, Fernando aterrissou e olhou para o sogro, que parecia um pouco irritado que Fernando não prestava atenção em suas histórias naquele domingo.
– Me desculpe novamente, Seu Erasmo. - Fernando disse envergonhado.
– Tem algo de errado acontecendo?
– Não... Não, eu só estou... Com a cabeça cheia e... - Fernando parou de falar e olhou para Seu Erasmo, que o encarava como se soubesse que ele escondia algo. - Está bem. A verdade é que eu estou ficando louco, Seu Erasmo. Eu estou tendo pensamentos horríveis.
– Sobre o que?
– Sobre a chegada do bebê. O Senhor sabe... Já está se aproximando o dia.
– Ahhh... Então está apreensivo, é isso?!
– Sim. - Fernando apertou suas mãos uma na outra, tenso.
– Isso é normal, rapaz! Eu tambem fiquei assim quando Lety nasceu. Mas te digo com toda certeza, não é tão assustador quanto parece.
– Tem certeza?
– É claro que tenho certeza. É só não pensar tanto nisso.
Não que as poucas palavras de Seu Erasmo tenha ajudado, mas Fernando sentia-se mais aliviado por saber que nao era o unico a sentir-se daquele jeito. Sua atenção voltou-se para Lety, mas dessa vez, seus pensamentos se perderam em seu sorriso, e em como ela estava ainda mais radiante. Para Fernando, tudo aquilo valia a pena, e todos os seus pesadelos se acabavam ao olhar para Lety tão feliz.


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– Eu agradeço a oferta, mas como eu já disse das outras vezes, a minha resposta é não. Isso. Obrigada. - Lety desligou o telefone e suspirou, olhando para Fernando.
– Era da revista, de novo?
– Sim. - Ela se aproximou da cama e deitou-se, aninhando nos braços de Fernando. - Acho que dessa vez eles nos deixam em paz.
– Você disse isso das outras tres vezes. Da próxima eu atendo e...
– Não. Se brigar vai ser pior.
– Mas que pessoal chato! Você já disse que não quer se expor mais. Eles acham que a qualquer momento você vai dizer que aceita fazer o ensaio de gestante para eles?
– Eles ainda terão esperança. Ao menos até eu não ser mais gestante. - Lety riu.
– E então vão convidá-la para ser capa da revista do mês das mães...
– Eu não tinha pensado nisso. - Lety suspirou desapontada.
Fernando sorriu e a puxou mais contra seu corpo.
– Minha mãe disse que te achou um pouco aéreo hoje.
– Tenho certeza que seu pai também.
– Aconteceu alguma coisa?
– Não... Não é nada.
– Tem certeza?
– É que eu ainda tenho aqueles pensamentos...
– Sobre mim?
– Sim.
– Meu amor, eu já disse para não se preocupar com isso.
– Mas é inevitável, Lety.
– Você está mais apreensivo com isso do que eu. - Lety riu. - Eu sei que está nervoso porque falta pouco. E você não deveria ter lido aquele livro. Já não marcamos a data?
– Sim... Mas...
– Então não há motivo para tanta preocupação.
– É... Tem razão. Eu estou parecendo o Omar. Daqui a pouco o meu cérebro diminui também.
Lety deu uma gargalhada e Fernando a acompanhou.

– Papai! Papai!
Uma garotinha de cabelos negros correu pulando em Fernando, que estava sentado no sofá.
– Oi meu amor! Como você está linda!
– Obrigada papai! A mamãe disse que eu sou tão linda que não vou demorar para arrumar um namorado.
– A sua mãe está ficando louca, filha. Você não tem idade para arrumar um namorado.
– Tenho sim, papai! - A garotinha pulou do colo dele e correu, desaparecendo no corredor.
Em poucos segundos uma jovem também de cabelos negros, porém longos se aproximou.
– Olá papai! - Ela disse com a mesma animação da garotinha, porém com a voz mais grave. Fernando a olhou confuso, sem entender direito o que estava acontecendo. - Eu tenho uma surpresa para você.
Um rapaz aparentando ter a mesma idade dela entrou pela porta da frente, e ao se aproximar, abraçou-a pela cintura.
– Esse é o meu namorado.
– Namorado? - Fernando se levantou encarando o rapaz. - Você não tem idade para ter namorado. Você tem apenas quatro anos!
Lety se juntou a eles, cumprimentando a garota e o rapaz.
– Lety, voce está de acordo com isso?
– É claro, meu amor. Não há nada de mais em um namoro inofensivo.
Fernando novamente olhou para a garota, e ela voltou a ser criança, sorrindo para ele. Confuso ele passou a mão em sua testa e fechou os olhos, tentando apagar aquela alucinação.

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Lety olhava para Fernando de sua sala. Ele estava deitado sobre o próprio braço em cima de sua mesa, dormindo. Carolina que também estava dentro da salinha conversando com Lety também observava a cena.
– Pobrezinho, Lety! Ele está exausto.
– Eu sei. - Lety disse com pesar. - Ele nao tem dormido nada a noite. Hoje quando levantei ele estava assistindo televisão. Disse que havia perdido o sono durante a madrugada. Eu disse para ele não vir trabalhar hoje e tirar o dia para descansar, mas você sabe como ele é...
– E por que ele está assim? Está preocupado com a Conceitos?
– Não. Ele está assim desde a minha ultima consulta. Tudo porque Doutor Ribeiro me indicou um livro sobre os ultimos meses de gestação, e Fernando leu algo dizendo que a partir do oitavo mes, o bebê pode chegar a qualquer momento. Ele simplesmente enlouqueceu!
Carol riu o mais baixo que pôde, já que as duas sussurravam para que Fernando não acordasse.
– Ele só está tenso pela chegada do bebê. Não podemos culpá-lo.
– Mas ele tem ficado preocupado durante a maior parte do dia. As vezes eu tenho que repetir as coisas várias vezes até que ele me escute. Ele fica olhando para o nada, como se tivesse hipnotizado. E aposto que fica pensando coisas absurdas, como eu sendo abduzida por um alien na hora do parto.
Novamente Carol abafou a risada, e Lety a acompanhou.
– Eu queria poder fazer alguma coisa. - Lety suspirou.
– Bem... Eu também, mas pelo visto não será diferente comigo.
Lety a olhou e as duas sorriram cumplices.


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Eram três da tarde e Fernando só queria deitar-se em sua cama e dormir, sem hora para acordar. Sua cabeça estava prestes a explodir, e ele não tinha mais saco para pensar em trabalho. Mas não queria deixar Lety sobrecarregada, principalmente naquela fase da gravidez. Apesar das horas passarem se arrastando, ele estava buscando suportar aquele dia longo.
– Maninho, maninho! Mas que cara é essa? - Omar entrou na sala da presidência. - Você está péssimo!
– Eu sei. - Fernando disse escorando-se à cadeira.
– O que foi? Achou outros vestígios de um provável amante da Lety? - Omar riu e Fernando o olhou com raiva. - É brincadeira. Nossa, você está realmente péssimo.
– Obrigado por me ajudar a notar.
– É sério, o que foi que aconteceu? Sabe que pode desabafar comigo, não é? É algo muito grave? Não me diga que Romeu foi solto.
– Não, aquele desgraçado ainda vai passar muito tempo na cadeia.
– Então é o Miguel? Ele voltou para pedir mais dinheiro?
– É claro que não. Ele não teria coragem de voltar, sabe que se voltar ele também vai preso. Não é nada disso.
– Então, o que é?
– Ai Omar... É que eu estou preocupado. Não consigo mais dormir porque tenho pesadelos. Eu não consigo parar de pensar nisso, todas as vezes fica martelando na minha cabeça...
– Não me diga que você viu alguma mulher do Quartel sem roupa.
Fernando apenas fuzilou Omar com os olhos, sem precisar responder. Embora por dentro quisesse rir da imaginação do amigo.
– É claro que não, imbecil! Eu estou falando da Lety... Do bebê...
– Ahhh... Mas de novo essa história, Fernandinho? Já não ficou preocupado o suficiente quando recebeu a notícia que seria papai? Achei que já tivesse se acostumado com a situação.
– Eu me acostumei... Quero dizer, eu estava acostumado. Mas já está próximo da chegada do bebê, e eu estou apreensivo. Não consigo parar de pensar nisso!
– Você está se preocupando atoa. Essas coisas apenas acontecem. Quando você menos esperar, a Lety vai te acordar as tres da madrugada dizendo: "Meu amor! Meu amor o bebê está nascendo!" e você vai sair correndo pela casa sem saber o que fazer. Vai bater o seu dedo mindinho no sofá da sala e vai querer gritar todos os palavrões que...
– Você está realmente querendo me ajudar?
– Desculpe. Desculpe. É que é algo tão bobo para se preocupar, não acha? Não da para saber quando vai ser a hora. Você não disse que já até marcaram a data para a Lety ter o bebê?
– Sim, já marcamos... Mas Doutor Ribeiro disse que pode ser que ele chegue antes.
– Se chegar antes, você só precisa manter a calma. Já parou para pensar que não vai conseguir ajudar a Lety se estiver com todo esse nervosismo?
– Não... Eu não pensei nisso. - Fernando escorou na mesa. - Eu queria ter essa tranquilidade que você está me aconselhando.
– É simples... Eu apenas não me preocupo. Preocupação são para os fracos. Os homens de verdade não tem medo de nada!
Fernando preferiu não responder, e deixar Omar se sentir como o Super Homem.
– Com licença. - Sara abriu a porta. - Seu Omar... A Dona Carolina disse que precisa conversar com o Senhor. Ela está te esperando na sua sala.
– Obrigado, Sara. - Omar se levantou, enchendo o peito com pose. - Agora a minha musa me espera. O Super Omar vai ao seu encontro, sem medo de nada!
– Sei... Vai la Super Omar! - Fernando balançou a cabeça, rindo.
Omar passou por Sara com o braço erguido, imitando ao Super Homem. Sara o encarou assustada e olhou para Fernando esperando uma resposta.
– Nao se preocupa não, Sara. Ele tomou alguns remédios do Luigi que ele encotrou jogados na mesa dele.


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Por mais louco que parecesse, a conversa que Fernando teve com Omar fez com que ele esquecesse daquele assunto o resto da tarde, podendo assim trabalhar em paz. Sua cabeça estava mais leve, e ele sentia-se disposto novamente.
– Lety!
Lety saiu de sua sala e se aproximou da mesa de Fernando.
– Você já tem o orçamento do comercial da Titanio's?
– Tenho sim... Mas... Você quer agora?
– Sim, preciso para o Omar fazer o pedido dos equipamentos. Temos que começar a gravação na próxima semana.
Lety permaneceu parada, olhando para Fernando.
– O que foi, Lety? Está dormindo em pé?
– Não... Não. É que você estava... A pouco tempo estava... E agora já está trabalhando.
– Acho que já descansei o que eu precisava. - Ele sorriu.
– Ótimo! Isso é ótimo! - Ela sorriu animada. - Vou pegar o orçamento nesse instante.
Assim que Lety voltou para sua sala, Omar entrou na presidencia como se tivesse sido atropelado por um caminhão que carregava outro caminhão. Ele se aproximou com os olhos paralisados e os braços soltos como um zumbi, e largou-se no sofá da sala de Fernando.
– O que foi? O que aconteceu? - Fernando se levantou e foi até o amigo, que olhava para o teto. - Omar? O que foi?
– A Carol...
– O que tem a Carol? Aconteceu alguma coisa com ela?
Omar não respondeu. Lety se aproximou dos dois e olhou para Omar.
– O que aconteceu com ele? - Perguntou preocupada.
– Eu não sei, ele chegou assim. Omar! - Fernando estalou os dedos próximo ao rosto dele, mas nada aconteceu. De repente Omar foi surpreendido com um tapa de Fernando.
– Ei! Ei! Pra que essa agressão? - Ele se levantou com a mão no rosto.
– Ah, até que enfim! Agora pode me contar o que aconteceu?
– A Carol... Ela... Ela... Ela está...
– Está o que? Quer parar de ga... ga... gaguejar! Tá me contagiando!
– A Carol está... Grávida.
– O que? - Fernando sorriu animado. - Mas isso é maravilhoso! Meus parabéns, irmão! - Fernando puxou Omar para um abraço, mas ele continuava sem reação alguma.
– E por que você está desse jeito? - Lety perguntou. - Não era para estar feliz?
– Eu estou... Eu estou... - Omar olhou para Fernando e começou a sorrir como um louco. - Eu estou muito feliz! Muito feliz!
Estranhamente o humor de Omar mudou por completo e ele pulou em cima de Fernando, e os dois se abraçaram animados.
– Vamos ser pais! Nós dois! Juntos! - Omar dizia animado.
– Vocês serão felizes por completo agora. - Lety disse. - É uma alegria indescritível.
– Você sabia?
– Carol já havia me contado pela manhã, mas não sabia se contava para Omar quando chegasse em casa. Pelo visto ela não conseguiu controlar a ansiedade. Ela também está muito feliz. Onde ela está?
– Quem?
– Como quem... A Carol! Sua esposa!
– Carol... Ai meu Deus! Fernando, eu não sei como ser pai! - Omar olhou apreensivo para Fernando. - E se eu não for um bom pai? E se eu for um mal exemplo?
– Omar, fique calmo...
– Meu Deus! Eu vou ser pai! - Dessa vez sua afirmação era apreensiva. - Eu vou ser um péssimo pai! Eu tenho certeza! A Carol vai querer arrumar outro marido e um pai melhor! Ela vai me largar! - Omar perambulava pela sala.
– Agora eu sei o que passaram comigo. - Fernando olhou para Lety.

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Finalmente Fernando pôde deitar em sua cama e descansar do seu longo dia. Embora ele tenha se sentido melhor no final da tarde, as loucuras e preocupações de Omar ocuparam o resto do seu tempo de paz. Era reconfortante fechar os olhos e não ouvir Omar dizendo a todo instante que não seria um bom pai.
– Fiquei com pena do Omar. Achei que ele ia ter algum ataque. - Lety comentou deitando-se.
– Vazo ruim não quebra, Lety. Sabe que eu gostei dele ficar assim?
– Fernando, que coisa feia! Ele é seu melhor amigo!
– Eu sei... Mas todas as vezes que eu fiquei preocupado ele me aconselhava a relaxar, como se tudo fosse tão simples. Hoje foi a minha vingança.
– Até parece. Até pouco tempo você também estava assim, se lembra?
– Mas depois de ver Omar daquele jeito, me senti melhor. Vi que são apenas loucuras da nossa cabeça. Não é motivo para tanta preocupação.
– Foi o que eu sempre lhe disse.
– E você como sempre tem razão.
Fernando se inclinou e beijou Lety com ternura.
– Hoje vou ter a melhor noite de sono em muito tempo.
– Espero que sim. Estava cortando o meu coração ver você tao exausto.
– Prometo não ficar mais neurótico com essas coisas.
– Por mim está ótimo. - Ela sorriu e o puxou para mais um beijo, mas ele a interrompeu.
– A não ser que seja uma menina... Então eu não posso prometer.
– Como assim?
– Nada. Deixa pra lá.
Ele sorriu e a beijou.


Como Fernando havia dito, teve uma boa noite de sono, sem pesadelos e sem preocupações. Mas Lety havia adormecido antes, e sem saber distinguir se estava sonhando ou se tinha o sono tão leve a ponto de ouvir tudo ao seu redor, sentiu Fernando tocar sua barriga no meio da noite, sussurrando: "O papai te ama, e está preparado para te receber."


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi bem breve, mas quis deixar ele apenas para demonstrar a preocupação do Fernando em relação a ser pai de primeira viagem. Acredito que ele ficaria assim. Mas não se preocupem que esses "pensamentos loucos" dele não duram por muito tempo. rsrs