My Immortal escrita por Satine


Capítulo 5
Going Under


Notas iniciais do capítulo

Olá amoreeees.. Bom, vim encher o saco de vocês de novo xD.
Primeiro capitulo nomeado com uma musica do evanescence Going Under *---*
O trecho da musica que está no inicio do capitulo vai fazer sentido no final
Eu espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/554077/chapter/5

Não quero sua mão
Desta vez, eu me salvo sozinha
Talvez eu acorde enfim
Sem ser atormentada diariamente
Vencida por você
Bem quando penso ter alcançado a superfície
Eu estou morrendo de novo

Fui recebida por uma Mérope preocupada que me fez chá e torradas para o lanche da noite.

– Desculpe não ter avisado. - digo enquanto como meu lanche, já estou de camisola que vai até pouco acima do joelho. - Fiz uma amiga no vilarejo, passamos muito tempo conversando e eu não vi a hora passar.

– Fez uma amiga? Que ótimo, qual o nome dela?

– Claire Madeleine, Tom a conhece, acho que a chamou de trouxa desprezível em algum momento. - digo olhando para o Riddle com um olhar de acusação.

Tom revirou os olhos e sorriu. Apesar do clima de descontração, ele parecia um pouco estranho.

– Bom garotos, já está na hora de dormir. Terminem de comer e vão para seus quartos. - Mérope dá um beijo em minha bochecha e na de Tom.

Eu termino logo de comer e vou com Tom para o andar de cima, estou ansiosa para lhe contar tudo o que aconteceu e quando paramos no corredor para dar boa noite, eu vou para seu quarto ao invés do meu.

– Tenho tanta coisa para te falar. - digo me jogando em sua cama quentinha enquanto ele se arrumava para dormir.

Comecei a explicar tudo sobre como conheci Claire e Eva, sobre Summerland, sobre minha antiga vida em 1998, sobre a história de Damen e Drina. Tom acariciava Nagini, trocou algumas poucas palavras com ela em língua de cobra e quando terminei de falar, ele se virou para mim:

– Você bebeu? Sério, essa Madeleine te deu alguma coisa suspeita?

Eu apenas rio e balanço a cabeça negativamente.

– Não, eu não bebi. Tom, nós vivemos em um mundo onde existem elfos e duendes e gigantes, porque não podem existir imortais e esse lugar Summerland que parece o paraíso.

Ele dá de ombros.

– Eu entendi a história de Summerland e do tal de Damen, mas... Você veio do futuro? - ele pergunta arqueando as sobrancelhas e franzindo a testa. - Isso é loucura.

– É... Desculpe não ter te contado antes. Acredita em mim, não é? - pergunto hesitante.

Ele vem até mim, se deitando ao meu lado.

– Você é um grande problema Elizabeth Tyler. - ele diz acariciando meu rosto. - Sim, eu acredito, você é mesmo estranha, diferente das outras garotas.

Eu soco seu braço e rio.

– Não sou estranha. Quero te levar até Summerland, quero que esteja comigo quando eu descobrir qual é o mistério da carta que me trouxe até aqui e quero te mostrar aquele lugar magnífico.

Tom que àquela altura já tinha lido a carta, tirou o vira-tempo de meu pescoço e colocou-o na cômoda.

– Amanhã. - ele diz. - Por hoje já foi o bastante. Amanhã destruímos o vira-tempo e vamos a esta Summerland, mas agora quero passar um tempo com minha namorada do futuro.

Ele me beija carinhosamente, mas logo isto não é o bastante, seu beijo se torna mais voraz e quando nos falta ar nos afastamos, seu sorriso é levado e malicioso. Prendo a respiração para não voltar a beijá-lo.

– Boa noite. - digo e me aconchego por ali mesmo, cansada, adormeço rapidamente.

[...]

Tom e eu acordamos com a claridade entrando no quarto e com Mérope Gaunt pigarreando ao pé da cama.

– Bom dia pombinhos. - diz, mas seu olhar é severo. - Café da manhã.

Tom se levanta sonolento e faz uma careta de dor e indignação ao receber um soco de Mérope no braço.

– Preciso falar de onde vem os bebes, querido? - apesar de ainda estar sonolenta, acho que eu coro até o ultimo fio de cabelo, Tom, no entanto, só revira os olhos e segura o riso.

– Não, mãe. - diz Tom seguindo Mérope para fora do quarto e coloca só a cabeça para dentro. - Melhor vir logo antes que ela dê mais um chilique.

Eu rio e assinto.

Mais tarde, depois do café da manhã, Tom, Mérope e eu vamos ao Beco Diagonal comprar nossos materiais para nosso ultimo ano em Hogwarts, encontramos amigos lá, Abraxas e Avery e foi divertido, mas não demoramos a voltar.

– Fique orgulhoso de seu filho, ele foi promovido a monitor chefe. - disse Mérope ao entrarmos na mansão, o Sr. Riddle estava lá. - E Lizzie agora é monitora. Eu nem acredito que vocês já vão para o ultimo ano.

– Parabéns vocês dois. - disse o Sr. Riddle.

Tom e eu trocamos olhares, eu quis rir por Mérope me chamar de Lizzie e também estava maravilhosamente bem com a ideia de esfregar na cara de Olivia Hornby que ela não é mais monitora.

Por fim, Tom e eu fomos para o quarto. Eu estava ansiosa para voltar a Summerland, olho com expectativa para ele.

– Tudo bem, vamos para esse Summerplace ou seja lá como se chama. - ele diz dando de ombros.

– É Summerland. - digo me sentando em sua cama com as pernas em forma de Buda. - Precisa se sentar a vontade.

Ele pega uma cadeira de espaldar alto e se senta a minha frente.

– Agora me dê suas mãos, vamos juntar nossas energias, talvez seja mais fácil assim, precisamos meditar. Feche os olhos, se concentre e imagine um portal dourado. - ele fecha os olhos, mas sua descrença é quase palpável, eu também fecho os olhos e me concentro começando a meditar. - Aummm.

Quinze minutos assim e nem um lampejo dourado.

Aummm não está dando certoummm. - digo.

– Porque isto é um disparateaummm. - ele diz e quando abro os olhos ele me fita com o ar descrente. Entorto a boca fazendo uma careta.

– Pode se esforçar? Por mim? - peço piscando os olhos muitas vezes para convencê-lo, ele dá de ombros.

– Se não conseguirmos agora, você esquece toda essa baboseira que essa gente trouxa enfiou na sua cabeça. - eu assinto, volto a segurar suas mãos e a fechar os olhos.

Em alguns poucos minutos de meditação e eu vejo o portal dourado, pulando para dentro dele sem pensar duas vezes, quando abro os olhos novamente estou de volta a Summerland e Tom está ao meu lado observando tudo em volta, parecendo tão surpreso e admirado com o esplendor do lugar quanto eu fiquei na primeira vez.

– Bem vindo a Summerland... - digo a ele. - Experimente materializar algo, você só tem que desejar.

– Qualquer coisa? - ele pergunta e em meio segundo, um basilisco enorme vem em nossa direção, grito e dou um pulo para trás.

– Imagine outra coisa, imagine outra coisa. - digo às pressas e logo não estamos mais no jardim extenso e ensolarado, mas sim no cenário que Tom imaginou, ainda era o mesmo jardim, mas nevava, tornando a paisagem bem mais bonita.

– Acho que podemos chamar de Winterland agora. - digo e desejo roupas mais quentes para nós dois, logo estou usando jaqueta de couro e cachecol além de botas cano longo de cadarço e Tom usa uma longa capa de bruxo.

Depois de algum tempo nos divertindo em Summerland, Tom e eu partimos para o Pavilhão, andamos pela rua ladeada pelo gramado verde coberto de pontinhos brancos e logo vemos a pequena casa de campo. Adentramos ela e o que encontramos é um sofá marrom confortável e uma tela grande, havia um controle no braço do sofá e suspiro tensa deduzindo o que aconteceria segundo o que Damen tinha me falado.

– Tem certeza que quer fazer isto? - pergunta Tom enquanto nos sentamos no sofá e eu assinto.

– Eu vou descobrir de uma vez por todas quem escreveu aquela carta. Isto será como um cinema, a história será a de minhas vidas passadas, mas ainda é um cinema. Só isso.

– Algumas coisas não são feitas para serem descobertas, algumas deviam permanecer em segredo Elizabeth. - diz Tom que parece mais receoso do que eu.

– Cheguei até aqui, não vou parar agora. - digo decidida e dou play no controle, voltando no tempo até a minha vida antes dessa, na fase de meus dezesseis anos.

Imagens de uma versão de mim aparecia na grande tela, mas havia algo estranho, eu podia sentir o que ela sentia, a solidão, a tristeza. Ela morava apenas com o pai, havia guerra, havia Voldemort, um monstro de olhos vermelhos. As imagens eram corridas, um vira-tempo adulterado e ela conhecia Tom Riddle, a euforia que ele lhe proporcionou, o coração disparado mesmo que ela não pudesse sentir aquilo por causa da missão de detê-lo.

A Elizabeth da tela agora era bem mais sombria, assim como o Tom, bem mais cruel, amantes, parceiros, lutando contra sangues ruins. Lady e Lorde das Trevas, a profecia de Harry Potter. Uma descoberta, porém, faz com que a Lady sombria da tela fique ainda mais confusa. Elizabeth Evans Snape mataria o próprio irmão ou se voltaria contra seu Lorde? Decidiu-se por realizar a antiga missão de detê-lo, pois não podia confiar nele, era perigoso demais. As cenas do final trágico da antiga Elizabeth escrevendo a carta e morrendo logo depois.

A tela escureceu me deixando completamente chocada com tudo que tinha visto, engoli em seco e olhei para Tom que ainda olhava para a tela com um brilho estranho nos olhos.

– Viu tudo o que fomos capazes de fazer? - ele perguntou, a ambição era notável em sua voz.

Abri a boca para falar alguma coisa, mas minha voz não saiu.

– Eu fui tão poderoso, Elizabeth. Magnífico, eu posso fazer isto, eu posso ser Voldemort, ser o maior bruxo de todos os tempos.

– Eu acho que não entendeu direito. - eu me levanto e finalmente minha voz sai com um tom de indignação. - Você não era poderoso, era um monstro.

– Está exagerando. - ele diz se levantando e dando de ombros. - Quero dizer, cometi alguns excessos, não precisamos matá-los, eles podem ser apenas banidos do mundo da magia, os sangues ruins.

Tom vem até mim e segura meu queixo delicadamente roçando seus lábios nos meus.

– Você também foi incrível como minha Lady.

Eu apenas fecho os olhos e quando os abro novamente estamos de volta ao seu quarto, no plano terreno, longe de Summerland, eu o olho com frieza.

– Você tinha razão, há coisas que não devíamos ficar sabendo. - rumo para a porta de seu quarto, furiosa. - Quando parar de planejar seu novo reinado de horror fazendo com que meu sacrifício não tenha servido para nada, querido, eu estarei no quarto de hospedes.

Bato a porta e vou para meu quarto, indignada que Tom pense em voltar a ser como era antes, como Voldemort, como quando não podia amar. Deito em minha cama e olho para o teto, sinto um aperto no coração e a única coisa que penso é: eu estraguei tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

mereço reviews? >..
Bjuus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Immortal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.