Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 10
Capítulo 9 - Entre o Amor e a Morte


Notas iniciais do capítulo

N/A : Pessoas queridas, desculpem-me pela demora, probleminhas em off! E pra dizer a verdade, falta de rewius tbm :(

Divirtam-se. elogiem, critiquem, dêm sugestões.... Kisses!



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Capítulo 9 – Entre o Amor e a Morte

 

 

Como era previsto, Esme reformou toda a casa à sua maneira. Carlisle virou o melhor médico da região, Edward continuou sendo um músico solitário e eu me tornei a garota mais bonita da pequena cidade.

 Não aparecíamos muito em público – exceto Carlisle – para não levantar suspeitas, nosso disfarce estava esplendido.

 As pessoas dessa cidade eram muito calmas e não se preocupavam com nada, assim como a própria cidade, que também era muito tranqüila. Não havia nada para fazer, então, basicamente meu passatempo era caçar.

 Permanecemos nessa monotonia por alguns meses, até que Edward e eu encontramos algo para nos ocupar, algo que até então nunca havia despertado minha atenção: Carros!

 Carlisle estava recebendo um salário muito alto, pois, trabalhava em três hospitais diferentes salvando vidas, já que ele não precisava dormir. Como ele sentia-se culpado por sua ausência nos presenteou com automóveis. Edward ficou com um modelo mais sofisticado, um Landau enorme na cor preta, e eu com um carro acolhedor, um Doger da mesma cor, era espantoso o quanto aprendíamos rápido. Com o manual e duas tentativas já dirigíamos de forma encantadora. Nós dois aprendemos o prazer da velocidade em quatro rodas. Passávamos a maior parte do tempo em corridas pelos campos de Apalaches.

 Outra habilidade que descobri foi a de consertar carros. Nenhum defeito me passava despercebido, eu havia nascido para isso. Era muito fácil usar as peças e deixá-las em harmonia com o automóvel.

Nossa família agora era formada por diversos profissionais: Carlisle (Médico), Esme (Arquiteta e Engenheira), Edward (Músico) e Eu (Mecânica). Éramos a ‘família modelo’.

 Durante esses meses outra coisa havia mudado em minha imortalidade. Os olhos rubis agora mantinham o mesmo ouro líquido que se percebia nos Cullen. Minha beleza era algo magnífico, compensador e penetrante.

 O ano passou maravilhosamente bem e ainda sem suspeitas sobre nossa verdadeira identidade.

 Outro ano surgiu com mudanças perceptíveis, sendo no clima, na atmosfera, na fauna e na flora. A terra era uma constante mudança, que não se percebia com olhos humanos.

 Mesmo com todas as boas mudanças, havia uma coisa que nunca mudava: A solidão. A falta de um companheiro.

 Edward ainda não exibia interesse por mim e eu me sentia insegura para tentar algo. Preferi continuar esperando...

 Dias se passaram e nada ocorreu. Carlisle estava de folga e resolvi falar um pouco com ele, sobre coisas comuns, pois sentia sua falta.

 Caminhei até seu escritório e percebi que ele falava com Edward, permaneci em silêncio e me atentei na conversa.

 

“Como você está se dando com Rosalie esses dias?” Carlisle perguntava, e era a justa pergunta que eu ansiava pela resposta.

 

“Estamos civilizados se isto for o que você está perguntando” Edward respondeu calmamente fazendo Carlisle rir.

 

“Quando encontrei Esme pela primeira vez, ela tinha dezesseis anos. Apenas uma criança... Realmente não sabíamos que nos amávamos até que eu a encontrasse naquele dia no necrotério” Eu já conhecia essa história.

 

“Você tem um ponto, Carlisle?” Edward interrompeu bruscamente.

 

“O meu ponto é, às vezes leva tempo...” Senti que faltava algo na frase, porém, permaneci imóvel.

 

Passaram-se alguns segundos antes de Edward responder “Não amo Rosalie dessa maneira, Carlisle. Ela é apenas uma irmã para mim. E você sabe que sou leal a esta família”.

 

 Meu petrificado coração sentiu o impacto das palavras com uma pressão esmagadora, os pedaços foram se afastando lentamente e eu já não sabia se seria capaz de recompor meu ser.

 

“Sei” Carlisle continuou a conversa com a voz decepcionada.

 

“É por isso que você a acolheu?” Essa era uma excelente pergunta.

 

“Não, não... Apenas esperava...” Ele tentou se defender.

 

“Você esperou mal... Não preciso de uma companheira, não interfira novamente” Edward falou de forma rápida e nervosa e saiu do escritório.

Encostei-me na parede com a mão sobre meu coração, tentando parar a dor da rejeição. O vento soprou revelando Edward ao meu lado. Não queria ver seus olhos dourados e frios, suspirei com dificuldade e encontrei as palavras.

 

“Você não me acha linda?” Minha voz era tão fraca que tudo não passou de um sussurro.

 

“Rosalie... Claro que você é linda, do seu próprio jeito. Eu teria de ser cego para não ver o quão linda você é. Mas não a amo. Sinto muito” Ele respondeu e saiu em direção ao quarto.

 

Tudo o que restava do meu coração transformou-se em pó. Eu não era digna de amor, de que adiantava a beleza então? Royce não me amou também... A maldição da minha beleza... Ela não permite nem que Edward me ache atraente... Eu era a beleza imortal que afastava o amor.

 Minha mágoa não me deixava fazer muita coisa, o automóvel tornou-se outro objeto inválido. Eu precisava caçar e esquecer um pouco do mundo.

 Esme e Edward quiseram me acompanhar na caçada, mas eu precisava me isolar um pouco, precisava de um tempo de privacidade para refletir, sendo assim, resolvi caçar no campo oposto ao deles.

 

 Três panteras já não faziam mais parte desse mundo quando terminei minha caçada, sentei-me ao lado das carcaças e depois me deitei no gramado.

 O sol tocava minha pele, revelando pontos brilhosos de diamante que não chamavam mais minha atenção.

 Não havia mais tempo para adiar, estava na hora de voltar... Tentei fazer um outro caminho, um que era longínquo e me daria mais tempo. As árvores passavam lentamente por mim, os pássaros se encolhiam com a minha presença, eles sabiam que o predador passeava pela floresta.

 A brisa forte levou meus cachos para trás e trouxe consigo um aroma doce e chamativo; pensei que o aroma da pantera era o melhor, mas sem dúvida, esse animal deveria ser o mais apetitoso. Mesmo tendo me alimentado bem, o cheiro que surgiu chamava por mim. Segui seu rastro com passadas longas e um sorriso se formava enquanto o cheiro ficava mais forte e mais convidativo.

 De longe, percebi que o cheiro vinha de um urso pardo enorme que eu visualizava de costas. Isso era estranho, porque todas as vezes que eu via ursos, não sentia o cheiro deles tão apelativo desse jeito, esse urso era diferente. Mas, sendo um animal, era hora de agir, preparei-me para a investida, passei a língua nos lábios ressecados e encarei minha presa.

 Meu fascínio virou pânico quando meu olhar captou toda a cena.

 O cheiro convidativo não vinha do urso, vinha da presa do urso, e essa presa era proibida para mim. O Urso atacava um homem, um humano, o único sangue que me era vetado, e clamava meu nome, fluía fortemente pelas feridas e caia na grama enquanto o homem se contorcia em dor. Ele era forte, com muitos músculos, cabelo cacheado, e cheirava muito, muito, muito bem. Virei-me de costas, era necessário sair dali, eu não conseguiria agüentar mais tempo. Dei um passo e o urso ouviu o ruído, virando-se para mim e arreganhando os dentes. Isso era um desafio, usei minha velocidade sobrenatural e o urso perdeu todo seu sangue quando meus dentes encontraram seu flanco.

 Sem perceber eu havia salvado o homem, mas era necessário sair, ou eu seria o pior predador em seu caminho. Outra vez preparei-me para partir, ouvi um gemido e olhei em seu rosto.

 O céu tornou-se azul, o ar me queimava. Foi quando senti um calor imenso no local onde deveria existir o órgão soberano. O pó fundiu-se e formou novamente meu coração, que quase batia ao analisar o rosto do homem. Ele era lindo, seu cabelo era escuro, seus olhos exalavam adoração e seu rosto se contorcia em dor revelando lindas covinhas nas bochechas, as mesmas covinhas que um dia eu invejei. As mesmas covinhas que se encontrava no rosto de Henry, filho de Vera. As covinhas que faziam o mundo girar de forma diferente. Não sei dizer o que houve, mas minha vida imortal passou a depender desse estranho. Era necessário que ele vivesse, eu precisava ver seu rosto saudável para afastar meus temores.

 Um laço invisível passou por meu corpo, unindo-me à ele, e essa laço era tão forte que eu sabia que era a eternidade. Se ele morresse eu morreria, eu não queria ser a responsável pela morte desse homem com rostinho de bebê.

 O que estava acontecendo comigo? Eu estava congelada, sem conseguir me mover. Era amor? Não sei dizer, nenhum homem havia feito isso... E o único que conseguiu deixar minhas pernas bambas estava morrendo. Era agora ou nunca. Eu estava entre o amor e a morte.

 O crepúsculo dizia que era o fim do dia, e também seria o fim de uma vida. Uma vida que ainda não me era permitido viver.

 Minha razão brigava com meu coração, pela briga parecia que tudo terminava em empate, contudo, o homem ainda fazia caretas de dor, e seu coração fraco dizia que faltava pouco tempo para tudo acabar. Havia pouco tempo para ele ainda existir, e pouco tempo para o meu amor se extinguir.

 O homem gemeu alto com a dor e abriu seus olhos por um longo segundo e verifiquei seus maravilhosos olhos, que demonstravam dor, agonia e... Adoração?

 Eu prometi a mim mesma que não seria um monstro, eu não iria transformar esse homem apenas para o meu bem estar, era algo totalmente fora de cogitação. Encarei seu rosto lindo pela última vez e me voltei para a floresta. Dei um passo forçado para tentar ficar longe do maravilhoso homem de covinhas, e logo dei outro... Seria difícil, mas eu poderia esquecê-lo. Com essa idéia em mente, preparei-me para correr.

 

 “É um an...?” Ele gemeu palavras desconexas.

 

 Encarei seu rosto divino e ele pareceu sorrir.

 

 “O que você disse?” Me ouvi perguntar.

 

 “Você é um anjo?” Ele disse forçando ao máximo as palavras.

 

 Um anjo? Esse homem perguntara se eu era um anjo? Como ele podia pensar algo assim quando eu estava a ponto de matá-lo... Como ele podia confundir o monstro que sou com uma figura angelical?

 Mais do que nunca, senti a necessidade de tê-lo para mim e ficou claro que eu faria tudo por isso.

 Ele uniu suas últimas forças para dizer mais alguma coisa, coloquei meu dedo em seus lábios para impedi-lo.

 

“Shh... Tudo vai ficar bem, apenas agüente firme” Disse sentindo o calor dos seus lábios.

 

 Levantei-o sem esforço algum, mesmo com o corpo volumoso, ajeitei-o de modo que não pudesse ver seu sangue escorrendo, e comecei a correr, praticamente voar.

 As árvores eram apenas borrões verdes, o caminho realmente era muito longo, o cheiro do humano me deixava louca, mas eu resistiria, por ele e por mim.

 Depois de correr quilômetros, o que me pareceram horas pelo sacrifício, encontrei a formosa casa de cor azul-clara.

 Já não conseguia respirar – o que não era preciso – mas era algo inevitável. Usei toda a minha força e entrei pela porta, derrubando metade da antiga madeira. Carlisle era o único que estava na sala e me encarou de maneira desconcertante. Sem dúvida, ele já sabia o motivo da minha chegada.

 

“Carlisle, não me culpe, mas, por favor, faça isso” Eu sussurrava já sem forças, mostrando o enorme homem nos meus braços.

 

“Rosalie... Eu não posso” Ele respondia.

 

“Por favor, Carlisle! Eu imploro a você!” Supliquei para poder manter o amor da minha vida ainda vivo.

 

Percebi Edward entrando na sala e me encarar de forma estranha. Ele observava meu vestido com manchas de sangue e dirigia o olhar para o homem deitado em meus braços, que gemia de aflição e dor.

Seu olhar percorreu cada ferida do moço, e percebi que ele analisava quem seria o causador de tal feito, eu ou um animal.

 

“Por favor” Implorei novamente para o doutor “Nunca pedi nada a você Carlisle. Agora peço esta única coisa. Por favor, o transforme” Eu sentia meus olhos queimarem lutando para poder chorar. Meus pensamentos não se controlavam e eu repetia para mim mesma “Ele é quem eu estive procurando... Seu cabelo encaracolado... Suas covinhas... Não posso deixá-lo ir...”.

 

Carlisle me encarava sem saber o que fazer, ainda refletindo e Edward parecia estar meditando, olhando para o horizonte. Será que eles não percebiam que enquanto faziam isso o meu amor morria? O que eu precisava fazer para acordá-los? Encarei o rosto do homem em meus braços e deitei-o no chão, preparando-me para lutar, caso fosse necessário.

 

Carlisle me encarou gentilmente “Você conhece esse humano?”.

 

Que tipo de pergunta era essa nesse momento? “Não, juro que nunca o vi na minha vida... Nem ao menos sei seu nome...” Informei-lhe.

 

“Emmett McCarty” Edward falou.

 

Carlisle e eu olhamos para ele surpresos por saber de tal fato.

 

“Esse é o nome que ele continua repetindo em sua mente: Emmett McCarty. Agora você realmente conseguiu. Você foi trazido a Deus por um anjo para ser julgado... Parece que ele pensa que somos divindades” Edward passou o relatório e sorriu.

 

De fato, eu não estava enganada, ele me considerava realmente um anjo e achava que Carlisle era Deus!

 

“Ele pensa que sou um anjo...” Isso era algo maravilhoso, encarei o doutor outra vez com os olhos selvagens “Você têm de transformá-lo agora. Por favor, farei qualquer coisa, apenas o transforme!”.

 

Carlisle ainda relutava e visualizei Edward revirar os olhos e enfim, fez algo inimaginável.

 

“Ah pelo amor de Deus... Vá em frente e o transforme, Carlisle. Ele está sangrando por todo o tapete branco de Esme”.

 

Sorri para Edward e Carlisle entendeu prontamente, levando os caninos para o pescoço de Emmett. Ele reagiu de forma bruta, contudo, o veneno começou a penetrar em seu sistema sanguíneo e seu coração acelerou-se.

 

Percebi que a dor estava consumindo-o pouco a pouco, como fizera comigo. Eu sabia exatamente como ele se sentia, o fogo ardendo em suas veias, a queimação real em seu corpo, os pulmões explodindo, mesmo assim, ele aceitava a dor e não demonstrava. Apenas olhava para mim e forçava um sorriso. Ele era um homem muito forte, batalhador, adorável, amável e bonito... E... Era melhor abandonar esses pensamentos, pois, eu não sabia se após a transformação ele me aceitaria por ter feito algo tão cruel, por ter transformado sua vida em um poço obscuro de imortalidade inútil.

 

Edward, Esme e Carlisle foram caçar e eu me recusei a sair de perto do meu Emmett, eu precisava sofrer, precisava passar por isso para vê-lo vivo e sorrindo apenas para mim. Eu agüentaria a abstinência de sangue por quanto tempo fosse necessário. Eu seria forte, assim como o homem que agüentava a dor em silencio na minha frente.

 

 Permaneci aproximadamente doze horas encarando seu belo rosto e decorando cada detalhe de sua face, prendendo-me especialmente ao modo como seus bochechas levantavam e revelavam formosas covinhas. Verifiquei que seus olhos castanhos ficaram mais escuros e o contorno avermelhado se aproximava da retina. Percebi seus lábios grandes e cheios curvando-se em sorrisos ao me olhar.

 Esme surgiu com algumas peças de roupa e me encarou com a familiar compaixão.

 

“Sei que não quer sair de perto dele, então preparei essas roupas para você minha querida. Logo vai passar, resista firme, tudo vai dar certo. Estarei lá em cima, caso precise de mim” Ela sorria e desfilava pela casa.

 

“Obrigada mãe” Sussurrei e soube que ela havia escutado, pois me lançou um outro olhar antes de subir as escadas.

 

 Durante quatro dias observei meu Emmett sofrer, durante quatro dias sofri com ele e minha família compartilhou minha dor. Durante 96 horas não fiz nada além de cuidar do meu salvador. Salvador porque fez essa minha imortalidade fazer sentido. Enfim, toda a dor havia acabado. E eu já não estava entre o amor e a morte. Agora eu me encontrava entre o amor e a incerteza, isso porque, eu já o amava, mas não sabia dizer se ele sentia o mesmo por mim.

 

 Emmett McCarty levantou o corpo escultural e me lançou um olhar desejoso com seus olhos vermelho-sangue. Seu sorriso iluminou minha vida e notei que ele também me amava.

 

“Você está bem?” Tentei conversar com ele.

 

“Estou muito, muito bem minha anja” Ele sorriu maliciosamente.

 

“Hora do almoço então” Peguei sua mão e corri para a floresta.

 

 Eu precisava caçar, e ele por ser um recém-criado também precisava. Emmett mostrou que dominava seus instintos e acabou com três ursos que estavam em um período pós-hibernação. O desafio era algo atrativo para ele, e seus músculos deram-lhe uma vantagem enorme.

 

 Fiquei contente em compartilhar o ‘almoço’ com ele e voltamos para casa para a apresentação formal à família Cullen.

 

 Edward tocava como sempre seu piano de calda. Carlisle e Esme olhavam para nós esperando as apresentações.

 

“Emmett, esses são Carlisle e Esme Cullen, meus pais... Pai, mãe... Esse é Emmett McCarty”.

 

“Seja bem-vindo à nossa família Emmett... Claro, se quiser...” Ambos disseram.

 

“É claro que quero ficar com a família da minha anja, obrigado sogrinhos” ele respondeu sorrindo.

 

Se houvesse sangue em minha face, eu estaria ruborizada. Notando isso, Emmett mostrou os dentes reluzentes maliciosamente.

 

“Tratarei você como um filho” Esme irradiou-se com seu novo ‘filhinho’.

 

“E eu te tratarei como uma mãe...” ele respondeu o óbvio.

 

 Caminhamos para a sala, que estava com o som maravilhoso causado pelos dedos de Edward em contato com as teclas do piano.

 

“Minha nossa, quem é o garoto no piano?” Emmett perguntou e Edward virou-se com muita agilidade em nossa direção, fazendo Emmett recuar um passo e mostrando um sorriso.

 

Emmett e eu observamos o olhar de repreensão que Carlisle e Esme deram à Edward, e permanecemos nesse silêncio por alguns segundos. Emmett exalava concentração, tentando entender o que acontecia na sala. Achei melhor alertá-lo do que eu sabia.

 

“Emmett, querido... Aquele é Edward. Seja cuidadoso perto dele, ele pode ouvir sua mente”.

 

 Olhei para Edward de forma bruta e ele revirou os olhos ao se levantar.

 

“Ah, é?” Emmett sorriu “Que número eu estou pensando?” Ele perguntou e enrugou a testa, obviamente tentando confundir Edward.

 

Edward cruzou os braços e levantou o queixo aproximando-se de nós.

“Bem-vindo à família, Emmett. Vinte e cinco. Você terá muito o que aprender, dezesseis. Há regras que você precisa seguir, quarenta e três. Se você pisar fora da linha, irei forçá-lo a lidar com as conseqüências. Sete, trinta e oito e o último número foi dezessete” Edward sorriu ao terminar de saldar o novo inquilino e dizer todos os números que se passou pela cabeça de Emmett.

 

Emmett gargalhou “Digam-me irmão, acha que agüenta uma queda de braço?” Desafiou.

 

Fiquei feliz por Edward ter aceitado tão bem, e um pouco nervosa, isso deixava claro que Edward nunca pensara em mim como companheira, contudo, tendo meu próprio companheiro, Edward já não era necessário.

Emmett conseguiu se destacar e se familiarizar com todos na casa de forma surpreendente.

 

Depois de inúmeras disputas com Edward, as quais ele ganhou quase todas por ser um recém-criado poderoso, a noite surgiu e o luar banhou todo o campo com luzes noturnas e fascinantes.

 

“E então minha anja... Podemos ter um tempo para nós?” Emmett me encarava com o olhar penetrante.

 

“Antes... Eu queria saber um pouco sobre você... Sobre o que você era quando humano” Revelei minha curiosidade.

 

“Não me lembro muito bem, pareceu que está tudo meio embaçado, mas... Basicamente, filho do meio, ótimo caçador, brincalhão...” Ele não conseguia se descrever.

 

“E...?” Incentivei.

 

“Para que falar de mim se temos a eternidade toda para pensar em nós?” Ele perguntou e aproximou-se, pegando meus cabelos “Minha anja” Ele sussurrou.

 

Fiquei maravilhada com sua resposta e senti seus lábios cheios contornando os meus em um intenso e vigoroso beijo. Sua língua quente dançava com a minha e me perdi no paraíso da noite nos braços de Emmett... Meu Emmett... Meu maravilhoso e eterno amor... As estrelas cintilaram em concordância enquanto a lua iluminava seu rosto de homem com traços de bebê.


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Notas finais do capítulo

N/B : Gostaram??? Rewius!



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