His Big Chance escrita por Thaís Romes


Capítulo 3
É melhor sermos amigos.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu esqueci a tradução da desculpa anterior que foi título do capítulo.

Desculpa: Não é você, sou eu.
Tradução: É totalmente, exclusivamente você!

Espero que gostem do capítulo!



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Desculpa: É melhor sermos amigos.

Tradução: Só de pensar em fazer sexo com você, fico com o estômago embrulhado.

Estaciono meu carro em frente à entrada do casarão, onde um funcionário aguardava para pegar minhas chaves e estacioná-lo no lugar correto. Tudo naquele lugar era intimidador, incluindo os moradores. Enquanto caminho em direção a mansão, segurando a caixa com as coisas de Oliver, me pego lembrando de seu sorriso, sua voz grave, e a animação quando me anunciei ao telefone mais cedo... Acho que ativei o modo automático sem perceber, pois quando volto à realidade, vejo Oliver parado em minha frente, segurando a porta aberta de sua casa, com o mesmo sorriso de que me lembrava nos lábios... Tão lindo!

–Felicity, você está bem? –questiona, com um sorriso divertido nos lábios. Balanço minha cabeça, tentando recobrar os sentidos.

–Sim... Bem. –engulo em seco. –Estou, completamente bem!

–Entre. –diz me cedendo passagem. –Deixa que eu pego isso, parece estar pesado! –fala, tirando a caixa das minhas mãos. –Aceita uma água, suco ou alguma outra coisa?

–Na verdade não, vim apenas te entregar isso. –respondo, sorrindo toda boba para ele. –Não pretendo tomar mais do seu tempo.

–Você não toma meu tempo! –diz rapidamente, enquanto coloca a caixa sobre uma mesa. –Por favor, só quero conversar com alguém um pouco. –Oliver me dá um sorriso triste, passando a mão nos cabelos curtos, parecendo envergonhado por demonstrar tanta vulnerabilidade. –Minha família está viajando e meu amigo, bom, ele tem os próprios problemas agora, e eu não quero somar os meus aos dele...

Suspiro, admirando sua beleza, que parecia se expandir de dentro para fora, Oliver Queen é realmente fascinante. –Tudo bem. –acabo cedendo. –Uma água, então. –Ele sorri vitorioso.

–Me deixa guardar o seu casaco. –Oliver se coloca atrás de mim, afasto meus cabelos para começar a despir o casaco, nesse momento, posso sentir seu toque cálido em meus ombros, é como se uma corrente elétrica atravessasse meu corpo. –Desculpa. –sussurra perto demais do meu ouvido, com aquela voz, que já não sai mais da minha cabeça. –Vou pegar sua água e já volto, pode me esperar na sala.

4° Regra dos funcionários da SGC Ltda.

Seja um observador imparcial.

Ele indica o caminho, antes de sair pela direção contraria. Com toda certeza a mansão é linda e imensa, mas não se parece em nada com um lar. As fotos na parede pareciam todas tiradas em estúdios por profissionais, sem nenhuma espontaneidade ou falha, eles pareciam perfeitos demais, e posso jurar que vi traços de photoshop em uma ou duas, das da Sra. Queen.

–Odeio essas fotos. –Oliver me faz pular de susto, parecendo adivinhar meus pensamentos. –São tão falsas! Não somos nem de longe, tão perfeitos assim. –ele me entrega um copo com água e algumas pedras de gelo, enquanto segura outro igual.

–É uma bela casa. –elogio.

–Obrigado. –ele indica o sofá, e nos sentamos lado a lado.

–Então, sobre o que quer conversar?

–Como é seu nome? –pergunta interessado.

–Felicity! –falo confusa, ele já sabe meu nome!

–Seu sobrenome. –especifica, me fazendo engasgar com a água.

Respiro fundo, Oliver parece preocupado, mas logo me recupero do incidente. –Você falou sobre um amigo, como se chama, esse seu amigo? –tento mudar de assunto, a fim de distraí-lo.

–John Diggle. – Oliver parece se perder em pensamentos. –Ele acabou de ser pai. –havia um sorriso orgulhoso em seu rosto, mas seus olhos eram tristes.

–Oliver. –chamo seu nome com carinho. –Por que está tão triste? Isso era para ser uma coisa boa, ou não? –questiono confusa.

–É claro, é ótimo, Sara é perfeita. –balança a cabeça, como se quisesse recuperar os sentidos. -Estou feliz por eles, Diggle e Layla merecem toda felicidade do mundo! Não... Não é isso. –me olha intensamente. –Sou eu. Não me vejo tendo essa felicidade um dia. –ele solta um riso nervoso, coçando a nuca. –Não sei como consigo me sentir tão à vontade pra conversar assim com você! –desabafa. –Só te conheço há um dia, e já sabe mais do que a maioria das pessoas com quem convivo há anos.

–A dor compartilhada. –penso alto, filosofando comigo mesma.

–Como? -Oliver ergue uma sobrancelha.

–O ser humano costuma reconhecer a dor em outras pessoas, que já viveram as mesmas situações, é como aquela sensação de gostar de alguém por instinto. –explico. –A dor compartilhada. Você a reconheceu em mim, assim como a reconheço em você.

Oliver apenas me olha por muito tempo, com um semblante estranho, depois com muito cuidado pega a minha mão, parece querer ter certeza de que eu sou real. Quando nossas mãos se tocam a mesma corrente elétrica passa por nossos corpos.

–Eu adoro seu nome. –diz do nada. –Felicity. –é como se conversasse sozinho, completamente perdido em pensamentos, olhando para nossas mãos entrelaçadas. Eu me movo no sofá, desconfortável e relutante ao mesmo tempo. – É um nome muito bonito.

–Oliver. Acho que é melhor eu ir, agora. –sussurro paralisada.

–Me desculpa. -diz soltando minha mão, e voltando a realidade. –Acho que me fiz entender mal, eu não estava dando em cima de você, parece que eu estava... –suspira balançando a cabeça. -Mas acredite, eu não estava!

–Tudo bem. –respondo um pouco decepcionada, tentando não deixar transparecer.

–Não que você não seja atraente. –se apressa em explicar. –Você é... Mas também é amiga da minha ex, acho que existe um código sobre isso ou alguma coisa do tipo, não? –sorri constrangido.

–Acho que sim. –murmuro me levantando.

–Felicity! –se levanta apressado. –Me deixe te acompanhar até a porta, é o mínimo que posso fazer. –parecia tão decepcionado quanto eu.

–Hum, claro. -caminhamos para a saída em silencio. Oliver pede um dos empregados para trazer meu carro antes de abrir a porta para mim.

–Obrigada, por me receber em sua casa. –digo educada, em uma forma se despedida.

–Te acompanho até seu carro.

–Não precisa Oliver, não quero incomodar! –protesto, mas ele não se abala.

–Faço questão. –sorri, me seguindo para fora da mansão. –Obrigado, por me escutar mais uma vez. Apesar das circunstâncias serem péssimas, eu fico feliz por ter te conhecido.

–Eu também! –solto sem pensar, enquanto Oliver abre a porta do meu carro que eu já havia destrancado a distância.

Passei com meu corpo a centímetros do dele para poder entrar no carro, mas quando estava prestes a me abaixar Oliver segura meu braço, e em um impulso muito rápido, cola seus lábios nos meus. O beijo foi doce, carinhoso e intenso. Suas mãos afastaram meus cabelos enquanto nos beijávamos, e sinto sua respiração quente em minha face.

–Me desculpa. –pede quando nos separamos. –Mas talvez nunca mais te veja na vida, e então, você se tornaria o meu grande “SE”.

–Grande Se? –pergunto atordoada pelo beijo, por sua proximidade e por seu perfume amadeirado que parece me envolver.

–Passaria o resto da minha vida pensando como teria sido se beijasse você, aqui, e agora. –responde me olhando sério, com seus olhos azuis me prendendo a ele, antes de me beijar mais uma vez, tão intenso quanto à primeira. –Boa noite, Felicity. –diz por fim, antes de se afastar.

TERCEIRA ETAPA DO INFERNO DO TÉRMINO DE UM NAMORO: DEPRESSÃO

Chego a minha casa louca por um banho e minha cama, mas como nada na minha vida acontece como quero, encontro Iris e Barry esparramados em meu sofá, assistindo Friends.

–Sabe que só dei a vocês a cópia das minhas chaves, para usarem em uma situação de emergência, como eu desaparecendo por uma semana, ou no caso de um apocalipse zumbi, não sabem? –questiona indignada, enquanto tiro o meu casaco.

–Mas é uma emergência! –Barry se levanta, e puxa a noiva junto.

Ele se aproxima me dando um beijo no rosto. Barry Allen assim como Iris é meu amigo de infância, costumávamos nos chamar de os três mosqueteiros, e eu os amo como irmãos. Barry é um cientista forense, estagiário na polícia de Starlling City, mas como seu trabalho não está surtindo um bom retorno financeiro, e ele pretende se casar no próximo ano, passou a trabalhar na SGC por meio período, o que juntando ao seu trabalho na polícia, também de meio período, o deixa exausto. E o que eu mais amo em meu amigo, é sua incapacidade de ver o “copo meio vazio” Mr. Allen é o maior otimista que conheço.

–Você furou comigo hoje, e fomos informados que marcou de sair amanhã com a garota da semana do Slade. –ele faz uma careta de nojo. –Então, acabo de nos incluir nisso. –aponta para ele e Iris, que sorria de orelha a orelha ao seu lado.

–Tudo bem, vocês estão dentro. –me dou por vencida. –Mas nada de ficarem se pegando, ou serem tão fofos assim. –faço careta, acompanhada de um gesto com as mãos apontando para os dois. –Ninguém precisa disso.

–Nós te amamos Fel! –grita Iris, enquanto eu subia as escadas apressada.

Entro na banheira, tentando pensar em quão longe me deixei levar. Não podia ter beijado Oliver, ou ter me permitido me envolver ao ponto de ter motivos para ele me beijar. Sinto uma culpa imensa me corroer, em pensar que estava ansiosa para apresentá-lo a Helena, só que agora eu fico imaginado os meus filhos com ele, não mais os dela.

–Ah que grande merda! –praguejo frustrada, afundando meu corpo na banheira. Minha sorte é que nunca mais em minha vida eu vou vê-lo outra vez...


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Notas finais do capítulo

Oie!
Obrigada por todos os comentários incríveis, por quem favoritou e em especial as minhas leitoras lindas que sempre me acompanham em todas as minhas fanfics, vcs são tão lindas...
Não esqueçam de comentar ok?
Muitos beijos!