Abri meus olhos e vi que eu ainda estava no bendito hospital, é parece que eu cochilei. Olhei ao meu redor e estava tudo calmo, as luzes estavam apagadas e eu só ouvia o som da minha própria respiração.

Me levantei com todo cuidado para não encostar no meu pulso, fui ate a porta e a abrir devagar. Olhei em volta e o hospital estava quase vazio, sem sinal daquela enfermeira oxigenada e muito menos do medico.

Sai andando de cabeça baixo para ninguém ver que eu era uma paciente, mais sabe fica meio difícil quando se estar usando uma roupa, que é um vestido duas vezes maior do que você, já vi que vai ser difícil.

Mais eu não sei o motivo de ter me levantado no meio da madrugada, pois eu vi no relógio de uma senhora que eram exatamente 02:00 horas da manha, e eu estava sem sono.

Uma parte de mim queria saber se o Carter ainda estava aqui no hospital, sabe esperando por mim e tal, mais a outra não queria ver ele de jeito nenhum, sabe depois daquele ''quase beijo'', eu estou com vergonha de vê-lo novamente. Quer isso Alyssa, pra que ter vergonha se não ia acontecer nada, não ia porque se aquela enfermeira não tivesse abrido a porta eu ia empurrar ele, claro que eu ia, não ia? Deixa de besteira menina, claro que você ia.

Fiquei discutindo comigo mesma em relação do acontecimento de horas atrás, ate que eu ouço uma voz dizer:

– A paciente não estar no quarto, ela sumiu! E depois escutei outra dizendo:

– Como assim ela sumiu? Você tem que saber onde ela se meteu, você é a enfermeira que estava cuidando dela. E logo a outra voz disse:

– Não posso fazer nada se essa tal de Alyssa fugiu no meio da noite.

Então quer dizer que estão me procurando? Ótimo, eu estava querendo uma diversão mesmo essa noite.

Peguei um jornal de um homem que estava passando, coloquei na frente do meu rosto como se eu estivesse lendo e andei ate a sala de espera.

Quando cheguei me sentei em uma poltrona marrom que estava no canto da sala e que dava para observar todos que estava passando pelo local.

No canto avistei Carter cochilando, não acredito que ele esta dormindo aqui por minha causa, que fofo nossa ele... Fofo nada, ele é um idiota por mim ele podia ir para a casa dele, podia me deixar aqui abandonada, pois eu tenho casa, tenho família, eu tenho... Ai quem eu estou querendo enganar? Tenho que confessar que eu achei muito legal da parte dele fazer isso por mim, bom foi por mim eu acho, sabe o Carter é muito legal, mais ele esconde, ele quer que as pessoas pensem que ele é o típico bad boy, o garoto rebelde, o galinha, mais não, ele é um cara legal, fofo, gentil, simpático e... lindo, eu tenho que admitir que o jeito quando ele passa a mão atrás na nuca quando esta nervoso é muito fofo, e tudo mais. Mas eu tenho que lembrar que ele é o Carter, o garoto que me trancou na sala de aula, o garoto que sempre foi um idiota comigo, um idiota que sempre me irritava, O idiota.

Eu ia ate ele acorda-lo mas ai aquela enfermeira oxigenada chegou e acordou ele, bom e eu acho que ela deu a noticia que eu tinha sumido, pois o garoto se levantou em um pulo da poltrona.

Ele ficou discutindo com a enfermeira, ate que um menino de uns 6 anos passou correndo e tirou o jornal da minha mão, mais que raio desse garoto esta acordado uma hora dessas e ainda atrapalhando a vida das outras pessoas?

Carter e a enfermeira olharam para mim, e eu sorri e comecei a correr por todo o hospital, eu não queria voltar para aquela sala escura e solitária, eu queria ir para casa, ou então queria que Carter ficasse comigo enquanto eu dormia e... e nada, esquece.

Eu olhei para trás e só vi Carter correndo atrás de mim, então eu parei. Respirei fundo e quando ele chegou perto, ele disse:

– Você é doida ou o que? Respondi:

– Ou o que. Eu adorava ver ele irritado por minha causa. Ele riu e disse:

– Mais me conta o porque de você ter fugido do quarto? Respondi:

– Estava sem sono, e não quero ficar sozinha lá.

Ele riu e disse:

– Vem, eu fico lá ate você dormir.

Eu sorri e nos voltamos para o quarto.

Deitei na cama e ele se sentou ao meu lado, igual a hoje de tarde.

Ele disse:

– Agora você pode dormir, boa noite e sonhe com os anjos. Eu sorri e disse:

– Obrigada, e boa noite.

Fechei os olhos e pude sentir os olhos de Carter me olhando, mais mesmo assim eu dormi, dormi tão bem, pois com ele ali me sentia estranhamente segura.