Memórias mortas. escrita por Val-sensei
"Mascara da morte se viu adolescente, dormindo naquele mesmo lugar, tentou ir mais fundo e viu um dos garotos lhe cutucar com o pé.
– Ei preguiçoso o mestre está chamando para o treinamento, hoje vamos ver quem vai ficar com a armadura de ouro de câncer.
Ele abriu os seus olhos azuis e olhou seriamente para ele.
O rapaz sentiu certo medo e resolveu não amolar mais.
–Pietra... - ele olhou a janela com os braços sobre a borda da parede, o céu ainda havia estrelas, ele viu algumas brilharem com mais intensidade.
Suspirou fundo e viu um rapaz de cabelos azuis e olhos azuis, uma cara fechada e séria.
– Então é o candidato ao meu lugar? - perguntou a voz.
– Hãm! - ele não entendeu a pergunta enquanto achava que aquela pessoa estava ali viva.
– Você será o cavaleiro de câncer e me substituirá?
– Não sei... - respondeu, mas quando olhou não viu mais ninguém.
– Quem era ele? - olhou para todos os lados mais não viu ninguém.
Ele era assim já estava acostumado a viver com fantasma em volta de si, menos um, aquela pessoa. Sim, será que ela o abandonou,será que ela morreu? Ele se perguntava enquanto vestia a sua roupa para ir tentar ganhar a sua armadura.
Berdinard caminhou até a arena e enquanto via os outros lutando por uma mera lataria revestida em ouro ele estava meio perdido entre as estrelas pensando naquela garota, foi quando ouviu o seu nome e se levantou para ir até lá.
– III, lutar com esse ai... Vai ser fácil de mais - um dos pretendentes a cavalheiros disse tentando o irritar.
Berdinard apenas olhava, nunca havia se interessado por aquela armadura, se perguntou muitas vezes por que estava ali.
– Vamos mocinha, não parece muito animado.
O rosto sério ficou sinistro de repente e o rapaz sentiu a raiva lhe tomar conta e esticou o dedo em direção a cabeça dele e da mesma saiu um raio decepando a cabeça do rapaz e caindo no chão.
O barulho fez o rapaz olhar com desespero e sair correndo.
Pietra que via de longe o treino sentiu-se triste e correu atrás dele.
Ela o encontrou perto de um lago com a cabeça entre as pernas e chorando.
– Berdinard?
– SAÍDA DAQUI ME DEIXE SOZINHO! - as lágrimas caiam sem parar.
– Sou eu, Pietra - ele ergueu o rosto e viu uma moça linda de mascara, com uma armadura leve, parecia que ia participar de alguma coisa relacionada a cavaleiros.
– Pietra morreu, ela me abandonou - ele não queria olhar.
– Berdinard eu estou aqui... - apontou para ela mesma. - Olha para mim... - ela se sentiu triste. - Eu estou me tornando uma amazona e quero ver você virar um cavalheiro.
– Eu não quero matar pessoas, não quero ver fantasmas em minha volta.
– BERDINARD, OLHA PARA MIM! - ela retirou a mascara e ele não a reconhece, nervoso, inseguro e sem controlar o seu cosmo direito ele estendeu o dedo em direção a e...
– Suma da minha frente sua idiota - o raio saiu de seus dedos e também fez com que a cabeça dela caísse no chão, saindo sangue para todos os lados.
Em seguida o seu corpo caiu no chão sem vida.
– NÃO... NÃO.... NÃOOOOOOOO! - ele colocou a mão sobre a sua cabeça como se ela fosse explodir, e viu varias cabeças em volta de si, vários fantasmas em sua frente... NÃOOOO - ele chorava desesperadamente olhando aquele corpo no chão.
Viu-se em choque diante daquilo e quando acordou novamente em seu quarto.
Olhou em sua volta, mas não viu nada, suspirou fundo e balbuciou...
– Pietra... - algumas lágrimas escorreram de seus olhos.
– Então Berdinard, por que me matou? - a voz soou em sua cabeça.
– NÂOOOOOOOO! - ele gritou assustado e saiu do encosto da cabeceira da cama e a olhou em sua volta a viu em pé diante de si, agora com o corpo e a cabeça unidos.
– Já descobriu Máscara da morte por que me matou? - ela perguntou mais uma vez.
– Pietra... Perdoe-me... Eu... Eu... - lagrimas escorreu pelos seus olhos azuis. - Eu... Não sabia controlar o meu cosmo em um momento de raiva, ou algo parecido e também não te reconheci aquele dia... - ele foi para tocar a mão dela, mas não deixou.
– Então foi um acidente?
– Eu não sei... - ele não sabia o que dizer, ele queria que ela tivesse ali viva, pois era a sua melhor amiga.
– Então Berdinard, atual cavaleiro de ouro de Atena, do signo de câncer, mais conhecido como Máscara da Morte, não sabe por que me matou?
– Por que me abandonou? - ele retornou a pergunta e se aproximou dela á encarando com o rosto molhado em lágrimas
– Eu nunca abandonei você, Berdinard - um leve sorriso surgiu em seus lábios, agora ela parecia linda como era, com os lábios rosados, cabelos cacheados e loiro, seus olhos verdes cintilantes.
– Mas eu nunca mais te vi depois daquele dia que você foi com o Shion - ele mexeu as mãos.
– Agora você sabe o porquê nunca me viu, não é?
– Sim, para se tornar uma amazona você não podia ir até onde eu estava e aquele dia você quebrou as regras - ele se sentiu triste.
– Então por que não me deixou virar uma amazona, por que me matou?
– Eu não sei te responder... Como eu disse não sabia controlar o meu cosmo direito, estava assustado, nervoso, com medo... - ele deixou mais lágrimas cair e colocou a mão na cabeça. - Eu via fantasma, eu posso tirar a vida das pessoas... Eu... Eu estava assustado... Eu não tinha ninguém... - ele ajoelhou diante dela. - Perdoe-me...
Ela ajoelhou também e o abraçou com carinho.
– No fundo eu sei que você tem sentimentos e grandes amigos.
– É eu sei, mas eu não queria isso... - ele retribuiu o abraço e colocou a cabeça no ombro dela. - Perdi tudo que eu amava naquele dia... Depois daquele dia descobri que era mesmo você e me fechei para o mundo, me tornei um assassino frio e calculista, um homicida fanático que gosta do submundo, que leva as pessoas para esse lugar com o meu poder.
– Máscara eu ouvi o seu grito algum problema - era Afrodite que entrava em sua casa.
Afrodite o viu de joelho chorando olhando para o alto.
– III ficou maluco de pedra - comentou o pisciano.
– Tudo bem Berdinard, eu só queria saber o porquê, mas foi um acidente, agora posso partir tranquila, sabendo que você está em boas mãos.
– Não Pietra, fica... - Afrodite o viu agarrar o nada e fala sozinho.
– Será algum fantasma? - perguntou-se olhando o mesmo.
– Não pertenço mais esse mundo Máscara da morte, sabe disso melhor que ninguém - Pietra também deixa algumas lágrimas cair.
Ela abaixou-se e estendeu a mão a ele enquanto Afrodite não via ninguém à frente dele.
Máscara levantou-se e ela o beijou em um beijo terno e antes de desaparecer.
– Adeus Berdinard, eu amo você.
Uma luz sumiu de frente a ele. - Ela havia sumido, para fazer parte das estrelas.
Máscara da Morte deu um leve sorriso e sentiu mais umas lágrimas descendo em seu rosto.
– Além de estar ficando doido de pedra, tu também está precisando de uma mulher urgente, está beijando o nada. - Afrodite tentava tirar o amigo daquele clima, por mais que soubesse que possivelmente havia alguém que o seus olhos não podem ver e não pertenciam aquele mundo.
Mascará olhou feio para Afrodite.
– Era um fantasma de uma amiga que eu matei no dia que eu peguei a minha armadura de ouro, mas foi acidentalmente... - ele secou as lagrimas e olhou o local que Pietra estava.
– Mesmo assim beijar fantasma não é muito saudável - Afrodite ergueu a sobrancelha e suspirou fundo. "Realmente ele não é normal, ainda não aprendi a conviver com isso". - pensa consigo mesmo enquanto o olhava com reprovação.
– Vá amolar outro, Afrodite... - ele foi ao banheiro lavar o rosto.
– Ei, fica calmo, eu só estava tentando descontrair.
– Eu já te contei a história e por que eu me tornei assim e como cavaleiro pretendo continuar assim.
Afrodite sorriu e disse:
– Pelo ao menos agora ela vai descansar em paz, não é mesmo? - ele deu um sorriso e jogou uma rosa no ar oferecendo a amiga de Máscara da Morte.
O canceriano dá um leve sorriso e diz:
– Sim, agora ela ficará em paz e me deixará em paz... - olhou a sua constelação no teto de sua casa e tinha uma estrela extra, brilhando no teto.
Sabia exatamente que estrela era ela, Pietra e sabia que ele não estava mais sozinho, sabia que ela sempre estaria ali olhando por ele.
Afrodite sabia que ele tinha uma ligação muito forte com aquela garota e sabia da história do cavaleiro, se tornaram amigos ali no santuário e tinha algo em comum: a morte que os envolviam desde a infância.
Fim
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