Once Upon a Time: We are all mad here escrita por Kremer


Capítulo 7
7




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Emma e Regina estavam de volta ao hospital.

– E quanto à injeção? – perguntou Regina.

– Nenhuma enfermeira afirma ter aplicado. Nenhuma seringa foi encontrada no quarto. É como se ela tivesse sido feita fora do hospital – respondeu Whale.

– Algum efeito colateral? – perguntou.

– Nenhum visível. Vou deixar vocês entrarem.

Whale havia telefonado para que Regina e Emma fossem ao hospital, contando rapidamente que a garota queria falar com elas, sem mais detalhes. E lá estavam.

– De que injeção vocês estavam falando? – perguntou Emma. Regina contou, resumidamente, sobre a marca que viu no braço dela.

– Vamos cuidar disso depois – disse Regina.

Ao entrarem, a garota tinha uma expressão neutra, beirando à alegria.

– Emma, Regina. Fico feliz em poder dizer que me lembrei de quem sou – disse, calmamente.

– Ora... Isso nos poupa um bocado de trabalho – surpreendeu-se Emma.

– Meu nome é Alice. Eu fui expulsa do País das Maravilhas, mandada direto por um portal.

Emma precisou de um segundo para absorver a informação. Por mais que já tivesse uma suspeita parecida, a probabilidade ainda lhe parecia remota.

– E quanto a sua falta de memória? Você sabe o que ocasionou? – perguntou Regina.

– Sim. Bebi uma poção que me fez perder a memória, logo antes de cair. Na verdade, fui obrigada.

– Por quem? – perguntou Emma.

– Pela Duquesa. Ela está tomando posse de Wonderland.

...

Era perto do meio-dia quando David e Mary Margaret entraram no Granny’s. Assim que se sentaram, Granny foi até eles.

– O que os Charming desejam? – perguntou, cordialmente.

– Dois cafés, Granny. Mas... Não é Ruby quem deveria atender? – perguntou Snow, delicadamente.

– Ela não apareceu desde ontem. Não consegui falar com Emma, nem Regina.

– Eu ainda sou o xerife – protestou David.

– Ora, David, não quis envolver você nisso. Precisa se preocupar com seu filho. Depois de Zelena, vocês merecem algum descanso.

– Mas, pelo menos, deixe-me ajudar – insistiu.

– Bem, então, será que pode dar o recado a Emma? Ontem foi noite de lua cheia, Ruby deve ter se distanciado um pouco, talvez esteja dormindo. Mas...

– Nós entendemos a preocupação e vamos ajudar, Granny – disse Snow, apiedando-se.

...

– Você está dizendo que saqueou um brigue sozinho? – Henry estava incrédulo.

– Um pirata nunca está sozinho. Ele tem o mar. Tem o navio. Tem sua espada... E além do mais, tenho o meu gancho. – sorriu Hook.

– Ah, por favor – Henry riu.

– É tudo uma questão de saber sobre seu inimigo. Há galeões de guerra, navios de carga, corvetas, navios espanhóis, navios ingleses... Mas a verdade é que nem todo navio tem marujos aptos. Alguns são contratados aos montes, sem a mínima qualificação, sem experiência. Cem deles não valem a astúcia de um homem do mar.

Henry assentiu. Os dois estavam sentados no deque. Hook havia ensinado Henry a fazer alguns nós, e agora, ambos encaravam o horizonte.

– O que aconteceu com o Jolly Roger?

Hook pigarreou. Contou a Henry como trocara seu navio, para ir atrás de Emma.

– Você o quê?! – Henry não ficara tão surpreso quando ouviu a história do brigue como agora.

– Não foi nada de mais – desconversou Hook.

– Claro que foi! Até onde eu sei, aquele navio era tudo o que importava pra você – disse Henry, cada vez mais incrédulo. Hook apenas sorriu.

– Existem coisas mais importantes no mundo, marujo.

Henry, então, o surpreendeu com um abraço.

...

– Regina, precisamos falar com Rumpelstiltskin – disse Emma, ao saírem do hospital.

– Odeio admitir isso, mas talvez precisemos mesmo da ajuda dele.

– Algo me diz que Alice não contou toda a verdade.

– É o que espero que Gold responda.

Ao chegarem à loja, Rumpelstiltskin estava tirando o pó de alguns artigos de metal.

– Então a paz acabou – disse ele, indiferente.

– Por que o pessimismo? Poderíamos ter passado só para dizer oi – disse Emma.

– Vocês nunca passam. Direto ao ponto, por favor.

Regina resumiu a historia, com algumas interrupções de Emma para adicionar detalhes. Logo, Gold estava à parte da situação.

– Wonderland nunca foi um lugar muito visitável – comentou Rumpelstiltskin -, pelo menos não nos tempos da Rainha de Copas. Talvez você se lembre, Regina, de que essa, no caso, seria sua mãe.

– Me lembro vagamente.

– Gold, precisamos da sua ajuda com algo um pouco mais específico – disse Emma, e contou a suspeita de uma injeção, que, àquela altura, Regina suspeitava conter magia.

– Então vou precisar ver a paciente.

...

Robin e seus homens despertaram quase ao mesmo tempo. Estavam todos um tanto confusos com o que aconteceu. Robin, porém, manteve-se firme e ordenou a um de seus homens:

– Separe os homens em grupos. Quero a área toda averiguada. Qualquer coisa que possa explicar o que aconteceu – o homem apenas assentiu. Marian se aproximou.

– Talvez devêssemos perguntar à Regina – disse.

– Talvez, se o que você pretende é apenas obter informações, e não acusá-la – disse Robin.

– Você a defende depois de tudo o que fez?

– Você não conheceu a mesma Regina que eu – respondeu, tentando não soar irritado.

– Claro, porque você a conheceu até bem demais – disse Marian, em um tom irônico, e se afastou. Robin suspirou.

...

De volta ao hospital, Rumpelstiltskin havia preparado um líquido azul claro para misturar com o sangue coletado de Alice. Se a solução ficasse verde, é porque a injeção continha alguma substância com propriedades mágicas.

– Aí está a resposta – disse, ao constatar que a solução ficara verde.

– Poções injetáveis? Sério? – Emma ergueu as sobrancelhas, em descrença.

– É um método pouco comum – disse Regina, simplesmente.

– Com licença? O médico me deu alta. Onde eu posso ficar? – Alice havia saído de seu quarto e encontrado os três no corredor.

– Venha comigo, vamos procurar Ruby. Regina, talvez você e Gold queiram analisar isso – disse Emma.

– Faremos o melhor – respondeu Gold. Regina assentiu.

...

Emma e Alice chegaram ao Granny’s, e praticamente esbarraram com Snow e Charming, que haviam acabado de sair.

– Emma, estávamos indo encontrar você – disse David.

– E por que? – aquilo não poderia significar boa coisa.

– Ruby desapareceu. Granny pediu ajuda – disse Snow.

– Desapareceu? – repetiu Emma. – Ah, mas que ótimo.

– Você poderia, talvez, fazer uma busca na floresta? – disse David.

– Tudo bem. Mas primeiro, deixe-me arrumar essa bagunça. E, ah, pai, mãe... Essa é Alice.

Ambos se cumprimentaram, sem fazer perguntas. Charming e Snow sabiam que quando Emma estava ocupada com algum caso – ou alguns – deveriam tentar não ficar no seu caminho. O casal foi embora, e Emma foi até o balcão do Granny’s, com Alice.

– Está com fome? – perguntou.

– Um pouco.

– Peça o que quiser, e diga a Granny que está por minha conta. Vou precisar resolver esse problema com Ruby. Você sabe onde fica seu quarto, não sabe? – perguntou Emma. Alice assentiu. – Ótimo, preciso que fique por aqui. Evite sair... Não sabemos o que pode acontecer.


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Notas finais do capítulo

Os próximos capítulos prometem ser mais esclarecedores o/