Sonhos indomáveis escrita por Evelyn Andrade
Observei atentamente enquanto Lissa sorria, ela fazia isso muito pouco desde tudo.
–E como está escola? - Ele pergunta
Ela força seu corpo frágil a se sentar e eu resisto ao impulso de ajuda-la pois sei que ela se sentiria incapacitada se eu o fizesse em vez disso giro em torno de sua cama e me sento ao seu lado.
–A mesma coisa de sempre, você tirou dez na prova de matemática.- Digo e Lissa sorri
–Mas um dez para minha coleção de dez infinitos. - Diz ela mas não consigo identificar nenhum tipo de humor em sua voz.
–Talvez ficar em casa seja bom para você. - Comento
Os olhos de Lissa se dilatam enquanto ela me encara.
–É isso mesmo que estou ouvindo? você também quer me trancar?
–Lissa não é assim, só acho que você não deveria se desgastar por coisas tão bestas.
Lissa respira fundo.
–Rose, eu estou morrendo.
Sempre que ela me dizia essas palavras algo se quebrava dentro de mim, algo como uma perda antecipada que dilacerava meus orgãos em uma dor agonizante que eu não poderia explicar em palavras, mas ali estava eu, sendo forte.
–Lissa, não precisa colocar em palavras tão cruas.
Lissa revira os olhos.
–Você sabe que sim.
–Você sabe que ficará ainda por um bom tempo. - Digo
Ela desvia seus olhos dos meus.
–Meu tempo está acabando Rose.
Eu respiro profundamente escolhendo minhas próximas palavras mas me surpreendo ao constatar que eu não tinha nenhuma.
–Minha mãe não quer me contar nada sobre meu pai. -Começa Lissa- Eu estou insistindo a tempos mas ela parece não ceder, acho que ela não sabe o quanto isso importa para mim.
Eu a olho.
–Lissa, será que vale tanto a pena assim? - Eu pergunto
Seus olhos esmeralda voltam para os meus e vejo um brilho diferente cintilar por eles.
–Eu faria tudo para descobrir onde está o meu pai, se eu não estivesse fadada a uma morte chata eu colocaria uma mochila nas costas e sairia pelo mundo.
Eu levanto a cabeça quando uma ideia completamente maluca me ocorre mas trato imediatamente de expulsa-la de minha mente.
–O que foi? - Ele pergunta
–O que?
Ela me conhecia tão bem.
–Você teve uma ideia.
–Não tive não. - Digo
Lissa rola os olhos enquanto algum humor começa a encher seus olhos.
–No que você pensou Rose?
Eu mordo meu lábio inferior inquieta enquanto divago sobre o que deveria falar.
–Por que não fazemos isso? -Pergunto
Lissa enruga as sobrancelhas.
–Fazer o que? - Ela pergunta
–Vamos colocar uma mochila nas costas e varrer o mundo atrás de seu pai. - Eu digo
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