Sophie White, a Estranha escrita por white271


Capítulo 3
Casas




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Passaram se os dias de agosto, Sophie já havia lido todos os livros de cima abaixo, pois achava-os fascinantes. Clarice ou Srta. Mella, como a chamava no orfanato, ensinou a arte da Legilimência e da Oclumência, ler mentes e ocular a mente para impedir de ser lida, respectivamente para Sophie.

A coisa que ela mais amava fazer depois de magia era a música. Cantar, tocar ou qualquer coisa com a música preenchia o vazio dentro dela, de não ter pais nem amigos. Às vezes pensava que era chata e por isso seus pais a abandonaram, mas Srta. Mella gostava dela, ah isso ela podia ter certeza.. ou não? Enfim, passava o tempo todo em seu quarto e não saia para nada, sempre se comunicava com Clarice pelos pensamentos e ela sempre lhe respondia.

31 de agosto, Sophie não podia estar mais excitada do que estava, mesmo Srta. Mella sempre pedindo para ela relaxar, coisa que nunca dava certo. Com um aceno das mãos terminou de fechar seu malão e arrumar seu quarto, em seguida jantou a comida que mais amava: suco de laranja, macarrão com queijo, frango, cenourinhas cozidas e bolo de chocolate para lembrar e nunca se esquecer do dia de seu aniversário, o dia em que descobrira ser uma bruxa, sem nunca nem ter desconfiado apesar de seus poderes, e se livrara de anos e anos na escola dos trouxas, nome dado aos não bruxos. Deitou-se mais tranquila e depois de afofar os travesseiros e apagar as luzes foi dormir.

Quando dormia tentava penetrar através da Legilimência a mente de uma pessoa desconhecida com a mesma voz da pessoa que sibilava “minha” nos sonhos estranhos com clarões. Essa tal pessoa desconhecida quer uma pedra que por enquanto não apresentou finalidade alguma para Sophie, e ainda por cima nesse sonho ela só vê o breu. “Eu preciso da pedra idiota” “E-Eu vou co-conseguir Mi-milorde”, era isso que ouvia, vozes sibilando e gaguejando, um o tal Milorde e o outro provavelmente seu servo. Achou também que a ligação com a palavra “minha” queria dizer “minha pedra”. Verde, roxo, amarelo e “minha” as cores dos clarões e a palavra que viu e ouviu de novo antes de acordar suando e ofegando já em cima da hora para se arrumar.

Tomou um rápido café da manhã, pegou a bolsinha com ouro, vestiu-se com uma roupa qualquer, pois iria colocar o uniforme no tal “Expresso de Hogwarts” e em seguida com um simples aceno da mão fechou as janelas, ergueu o malão e trancou o quarto. Foi correndo para o quarto de Clarice que já estava à sua espera para aparatar perto da estação. O escuro a levantou do chão e em um segundo estavam em um beco:

— Escute bem, vou te levar até King’s Cross...mas lá você terá de achar a plataforma sozinha, O.K.?

— O.K. — respondeu Sophie, pensando que não poderia ser tão difícil achar a plataforma 9 ¾, ela estaria entre a plataforma 9 e 10.

Andou, andou e andou até chegar entre a plataforma nove e dez. Não havia outra plataforma ali, ficou confusa “deve ser algo mágico” pensou, e resolveu esperar porque provavelmente alguém iria para a tal plataforma. Então viu dois rapazes, um loiro e outro moreno passarem pela parede entre a plataforma 9 e 10, foi e fez o mesmo sem hesitar e num segundo de pura escuridão estava na plataforma 9 ¾. Embarcou sem problemas, o ruim foi achar uma cabine... Ninguém queria sentar com ela ou estavam ocupadas e ainda por cima as pessoas não paravam de apontar e rir dela. Pensou no trem preto e vermelho provavelmente veloz e como queria que chegasse o mais rápido possível.

Ela achou uma cabine vazia e acomodou seu malão no bagageiro. Um rapaz de cara amarrada segurando um cajado apareceu:

— Hãã, posso fica aqui com você? Todos estão lotados. — perguntou o rapaz loiro de pele quase branca e cabelos brancos bagunçados tentando ser gentil. Sophie assentiu com a cabeça, ele entrou e se acomodou, ficarão sem se falar até o trem partir.

Ela sinceramente queria ler os pensamentos dele, mas não podia, ele era muito bonito de olhos azuis e tal:

— Desculpa não ter falado meu nome, é Sophie White.

— Jack, Jack Kosty. — respondeu Jack olhando a nos olhos, ele a achava belíssima e ela também achava ele muito bonito.

— Eai, você nasceu bruxo?

— Ah sim. Meus pais são bruxos de linhagem e você?

— Não sei, nunca conheci meus pais. — respondeu Sophie voltando a olhar para o chão constrangida achando que ele a humilharia.

— Você provavelmente já deve ter esbarrado com Draco Malfoy? Um menino que se acha de olhos cinzentos e loiro que se acha o tal. — Ela pensou e então se lembrou de ter visto esse menino no Beco Diagonal, não gostava dele.

— Sim, ele me chamou de Estranha quando eu esbarrei nele sabe, por causa do cabelo.

— Nossas famílias querem que sejamos amigos, mas eu não gosto nenhum pouco desse muleque! — neste exato momento Draco Malfoy e sua gangue estavam parados do lado de fora da cabine e ele simplesmente enfiou a cara para perguntar:

— Por que esta sentado com A Estranha Jack? Essa ai provavelmente nasceu trouxa, e esse cabelinho, aff que horror! — olhando Sophie com nojo. A menina sustentou o olhar, depois se virou para Jack e sem querer viu o que estava pensando, estava enfurecido e iria congelar Malfoy com seu cajado, quando Sophei interferiu.

— Jack não... — estendendo o braço na sua frente no momento exato em que ele pegou o cajado — Ele não merece nenhuma amostra nem dos seus nem dos meus poderes, mesmo que ele mereça. — olhando raivosamente para Malfoy e os dois meninos que vinham com ele e já estavam de varinhas sacadas, ela também tinha sacado e apontava para entre os olhos de Malfoy. — Vão embora ou eu terei de tirá-los daqui a força!

— Uuuiii, o que será que A Estranha vai fazer? — respondeu Malfoy debochando de Sophie e fazendo os amigos rir sem abaixar a varinha. Então ela sem saber como, pois não usava as mãos, fez surgir um vento tão forte que empurrou Malfoy e os comparsas para fora desarmando-os. Jack correu a trancar a porta, fechar as cortinas e perguntar.

— Como você fez aquilo e como você sabe dos meus poderes, e como sabia que eu ia usa-los contra Malfoy? Responda sinceramente. — Sophei corou e respondeu.

— Hãã, eu não sabia eu só deduzi, e o vento não fui eu, ele só entrou pela janela.

— Não acredito. Me mostre. — ordenou Jack decidido.

— O.K., eu li sua mente e fiz o vento. Feliz? — respondeu Sophie o desafiando.

— Como? Eu quero ver, anda. — ordenou Jack

— Ta. — bufou Sophie. — O que você quer comer?

— Hã?? Não quero comida, quero ver como fez aquilo. — respondeu Jack começando a se estressar.

— Vou entender como uma tortinha de caramelo. — respondeu ela achado graça daquilo. Então acenou com a mão e fez aparecer uma deliciosa tortinha de caramelo em sua mão esquerda.

— Co-como você fez isso? — perguntou Jack estarrecido e confuso.

— Também não faço a mínima ideia de onde veio isso, mas eu sei que são gostosas e que posso fazer qualquer coisa com as mãos, só não sabia que podia com os olhos. — respondeu Sophei que fez sumir a tortinha e tentou com os olhos conjurar outra em sua mão. Conseguiu e a entregou a Jack. — Coma, são gostosas.

Jack aceitou meio hesitante, deu uma mordida:

— Meu deus! Que delícia! Mas você pode fazer quantas quiser quando e onde quiser? — perguntou Jack devorando a tortinha.

— Mas é claro! — respondeu Sophie que já estava comendo a dela.

Os dois conversaram e comeram a viagem inteira, se deram muito bem. O trem foi diminuindo e eles foram se trocar, nenhum deles queria que aquilo acabasse... Ao desembarcar do trem foram guiados por um homem muito alto e barbudíssimo chamado Hagrid:

— Primeiro ano aqui comigo! — gritava ele até reunir todos os primeiranistas, seguiram até um lago negro onde embarcaram em barcos pequeninos, já estava de noite.

Jack e Sophie foram no mesmo barco de duas meninas loiras que olhavam enojadas para Sophie e com caras fofas para Jack que nem as via pois estava de costas para elas conversando com White que sorria. Chegaram do outro lado, Sophie só tinha olhos no castelo e mesmo quando entrou ela não prestou atenção em sequer uma palavra da Profª McGonagall que falava sobre as casas. Quando ouviu isso Sophie prestou bem atenção:

— ... vocês poderão ser selecionados para a Sonserina, lar dos astutos, para Grifinória, lar dos corajosos, para a Lufa-Lufa, lar dos bondosos ou para a Corvinal, lar dos inteligentes. Esperem nesta sala até eu chamar. — e a professora saiu da salinha cheia de alunos ansiosos e nervosos. Voltou minutos depois e os conduziu para um salão onde haviam quatro mesas na vertical com alunos e uma na horizontal com professores, o teto do Salão Principal era transparente e eles podiam ver o céu cheio de nuvens, pouco abaixo do teto haviam candelabros de velas que iluminavam o salão inteirinho.

Passaram pelo meio do salão e todos aplaudiram, pararam em frente à mesa dos professore onde se encontrava um banquinho com um chapéu pontudo, velho e remendado:

— Vou chamar seus nomes e vocês colocarão o Chapéu Seletor, e ele os direcionara para a casa mais adequada. — e então a Profª McGonagall começou a chamar vários nomes diferentes que subiam e colocavam o chapéu que gritava através de sua “boca” de dobras para toda criança que sentava... SONSERINA... LUFA-LUFA... GRIFINÓRIA... CORVINAL..., alguns demoravam mais e outros bem menos. Só haviam restado Sophie e outro rapaz de cabelos negros bagunçados e olhos verdes:

— Potter, Harry! — chamou a professora e todos no salão se calaram. Ah, então esse é o famoso Potter, pensou Sophie. O chapéu demorou um longo tempo para se decidir com Harry, até que o botou na Grifinória.

— White, Sophie! — chamou a professora, e Sophie subiu olhando para o chão ao ver que todos haviam se calado também. Ela tinha quase certeza que iria para Corvinal...

— Aah, outra Weasley. Acho que é a primeira que não vai para Grifinória. SONSERINA!... — gritou o chapéu, todos haviam se calado.

Ela ficou parada com o chapéu na cabeça pensando por que ele a teria chamado de Weasley? Ergue-se e dirigiu-se a professora que também estava estarrecida com o dizer do chapéu:

— Desculpe Profª Minerva, mas seu chapéu cometeu um engano. Eu não sou uma Weasley, sou uma White. — afirmou Sophie num cochicho que o salão inteiro ouviu.

— Vá para a mesa da Sonserina, e depois do jantar o diretor deseja te ver. — essas foram as palavras da professora de coque preto, Sophie assentiu e foi de cabeça baixa para a mesa de pessoas com gravatas verdes que a olhavam fiquisadamente, igual ao resto dos alunos e professores, sentou-se ao lado de Jack que simplesmente sorriu.


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