The Undercover escrita por Mares on Mars


Capítulo 16
Chapter 15


Notas iniciais do capítulo

Depois de 15 dias de pura enrolação e preguiça da parte da autora (mentira, tava louca de trabalho), eis aqui um capítulo novo, espero que gostem e aproveitem



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– Nossa primeira correspondência em um ano – Skye anunciou animadamente ao entrar na cozinha, e entregou o pomposo envelope vermelho que havia acabado de tirar da caixa do correio nas mãos de Coulson, que com um olhar desconfiado, abriu-o e leu-o.

– Fomos convidados para um baile da alta sociedade – contou arqueando as sobrancelhas e May fez uma careta.

– Isso é incrível – Skye comemorou com uma risada,empoleirou no balcão, e começou a comer um iogurte, usando o dedo como colher.

– Isso é perigoso, de quem veio o convite? – a chinesa perguntou pegando o envelope na mão de Coulson, e de lá tirou uma nota, que leu em voz alta:

– “Queridos Philip,Melinda e Skye, conto com a presença de vocês na festa no próximo fim de semana. Eu pessoalmente estou organizando e faço questão que toda a família compareça, inclusive os Hunter, que ainda não tivemos a oportunidade de conhecer. Com carinho, Laura”. Muito atencioso da parte dos Nathan – comentou dando de ombros.

– Por favor, nós vamos? – Skye implorou quase miando.

– Ou podemos aproveitar o tempo que eles estiverem fora para fazermos uma revista pela casa – Phil sugeriu dando de ombros.

– Fazemos os dois – May respondeu – E Skye, desce da porcaria do balcão e arranja uma colher – ordenou olhando para a garota, que imediatamente a obedeceu.

– Sim senhora – disse e deu uma risadinha – Vou correr pra contar pros meninos – avisou, e deu um beijo rápido na bochecha de May antes de sair correndo da cozinha, em direção à porta de saída.

– Ela não tem jeito – Melinda comentou, mas não pôde deixar de sorrir.

– Você gosta dela de verdade, não é? – Phil perguntou aproximando-se.

– Acho que todos nós gostamos – respondeu e o olhou rapidamente – Phil, nem vem – pediu engolindo uma risada, afinal, o diretor se aproximava com um sorriso maldoso.

– Nós estamos sozinhos aqui – disse passando uma de seus braços em volta da chinesa, que deu uma risadinha.

– Ela vai voltar daqui a pouco – advertiu deixando-se ser abraçada.

– Ainda tem um um tempinho – insistiu e sorriu – Você é linda – comentou charmosamente e ela deu uma risadinha.

– Quer dar um passeio, sair um pouco? – perguntou soltando-se do abraço.

– Pra qualquer lugar que você quiser .

– Só me deixa trocar de roupa e nós vamos exibir Lola por aí – disse com uma risadinha, e deu um beijo rápido em Phil antes de correr para o segundo andar.

Dez minutos depois, desceu as escadas de vestido e salto alto, pronta para seu papel de madame.

– Podemos ir? – perguntou ao chegar na sala, e Phil a olhou impressionado.

– Já disse hoje que você é linda? – devolveu, levantando-se do sofá. Foi até a “esposa” e passou um braço pela cintura da mesma, e ambos caminharam juntos até a porta principal, que os levou até a garagem, onde elegantemente, ambos entraram no carro. Dessa vez, Coulson a substituiu no banco do motorista, e a chinesa se acomodou confortavelmente ao lado. Com alguns movimentos, a capota estava aberta, e era exatamente como nos velhos tempos. Phil, Melinda e Lola. Vento nos cabelos e sorrisos apaixonados.

– E para onde nós vamos? – foi a pergunta feita enquanto manobrava para fora da garagem.

– Nós temos uma festa para ir daqui a 5 dias, talvez se eu tiver um vestido bem bonito eu consiga distrair todo mundo na festa para alguém invadir a casa dos Nathan – sugeriu e em responde recebeu um suspiro – O que foi? – perguntou.

– Há uma semana você não ligava pra compras, e hoje você quer que eu vá comprar um vestido pra você – respondeu dando de ombros, e manobrou o carro para a rua.

– Você vai usar um terno, eu tenho que estar a altura.

– Eu sempre uso ternos.

– Mas eu nunca uso vestidos. Deixe eu ser mulherzinha por alguns momentos – May pediu com beicinho, e logo em seguida os dois riram.

– Que seja. Vamos encontrar um vestido pra você – e com isso, tomou a rua principal, e dirigiu para o sul, em direção ao centro comercial.





– Nós vamos para um baile. Acredita nisso? – Skye perguntou empolgada, jogando-se no sofá entre Tripp e Ward – Eu nunca fui pra um baile.

– Nem de formatura? – Mack perguntou, sentado numa poltrona confortável, bebericando uma cerveja.

– Eu pulei fora da escola antes do segundo ano – explicou e deu de ombros – Acho que só me arrependo de não ter ficado até o baile de formatura de Ben McKiney.

– Quem é Ben McKiney? – Ward perguntou com uma careta.

– O garoto mais gato e bad boy do Instituto. Olhos verdes, loiro, forte, tinha um carro lindo – Skye contou com empolgação.

– E por que você queria ter participado do baile dele? – insistiu, fechando a mão em punho.

– Porque ele tinha me chamado pra ir com ele – disse com um suspiro sonhador e Ward a encarou.

– Você vai querer um loiro bad boy pro baile dos Nathan? – definitivamente Ward estava enciumado, porém, passou despercebido por Mack e Tripp, que haviam se distraído com a TV.

– Não precisa ser bad boy, pode ser o Fitz – provocou e recebeu um beliscão brincalhão na perna esquerda.

– Você é terrível Skye – o especialista disse com um sorriso, e tudo o que os dois queriam naquele momento era um beijo rápido e muitos sorrisos por horas.




– Não acredito que vamos para a nossa primeira missão disfarçados – Simmons deu um gritinho animado enquanto levava sua última mala para o carro.

– Eu não sei se vou conseguir – Fitz disse preocupado, mas recebeu um soquinho no braço.

– Fica tranquilo, nós vamos te dar apoio – Hunter encorajou ajudando-o com uma grande mala de equipamentos.

– Todos prontos? – Isabelle perguntou ao entrar na garagem, bem arrumada e parecendo desconfortável.

– Tudo isso é pra mim? – Hunter provocou, e recebeu um gesto indelicado em resposta.

– Crianças, no carro, saímos em dois minutos – declarou e entrou no carro, do lado do carona. FitzSimmons obedeceram a ordem de sua mãe e se acomodaram no banco traseiro – Algumas coisas que precisam ficar claras antes de começarmos – disse quando Hunter manobrou o carro para fora da garagem – Nós seremos uma família pelos próximos dias. Somos os pais – gesticulou entre ela e Lance – e vocês são os filhos – apontou para os cientistas no banco traseiro – Toda a liberdade que nós temos aqui não pode ser levada para Omaha. Nós não seremos Izzy e Hunter, e sim... mamãe e papai – engasgou um pouco para pronunciar as duas últimas palavras.

– Nós podemos lidar com isso, mamãe, mas e vocês, podem? – Simmons perguntou, com um sorriso compreensivo.

– Nós já passamos por situação parecida – Hunter respondeu, com um sorriso travesso na direção de Isabelle, que revirou os olhos e tirou seu celular da bolsa.

– May mandou uma mensagem – disse com uma risadinha – “Não esqueçam que hoje começa a parte de vocês. Não se atrasem ou eu arranco um dedo de cada um. Ou melhor, um dedo seu e outro do Hunter, FitzSimmons não merecem isso” – leu em voz alta, e todos no carro riram.

– Ela tá mais falante – Lance comentou.

– Isso foi uma mensagem escrita – Fitz disse com uma careta.

– Foi a maior mensagem que ela já digitou na vida dela.E a mais carinhosa também.

– Impossível – o cientista duvidou, e Hunter sorriu para Isabelle, que pegou o celular de Hunter em sua bolsa e entregou para Fitz. Haviam 6 mensagens de Melinda dos últimos 9 meses. O rapaz começou uma leitura em voz alta:

– “Como você tem meu número?”, “Te mato quando voltar”, “Para de me mandar mensagens”, “Vou dar um tiro na sua cabeça”, “Odeio você”. Essa é a melhor de todas : “Hunter... Vai se foder”.

– Eu disse que aquela foi a mais carinhosa – disse dando de ombros, e novamente todos no carro riram.





– Eu não vou usar um vestido desses – Melinda disse com a voz firme, apontando para o bufante e azul vestido que Phil havia apontado em uma vitrine.

– Ele é bonito.

– Parece o vestido da Cinderella.

– O vestido dela é legal.

– Eu não sou a Cinderella – aquela era uma discussão infantil, daquelas que May havia esquecido que poderia ter. Mas Phil sempre despertava isso nela.

– Você poderia ser.

– Você sempre disse que eu não esperaria por um príncipe encantado.

– Porque você já tinha encontrado o seu.

– Quando foi que eu encontrei meu príncipe? – aquela foi uma provocação baixa e Phil fingiu um som ofendido – Pelo que eu saiba, príncipes não derrubam café nas princesas.

– Ah que se dane, você nunca foi uma princesa mesmo– respondeu dando de ombros.

– Não era isso que você dizia.

– Se você acha que eu tava te chamando de princesa, você entendeu tudo errado, ela nunca foi princesa.

– Mas casou com um príncipe.

– O que comprova a minha tese.

– Você tem uma tese sobre isso? – perguntou incrédula.

– Eu tenho uma tese sobre qualquer coisa que envolva você – respondeu com um sorriso, e roubou-lhe um beijo antes de passarem para a próxima vitrine.




(Brooklyn, 1999)

– Acho que finalmente encontrei uma princesa que te represente – Phil disse animadamente, ao entrar em casa com vários pacotes de papel do mercado e uma sacola da locadora da esquina.

– Explique – a chinesa pediu, enquanto mexia um tacho no fogão. Era uma cena muito caseira, daquelas que Phil nunca se daria o luxo de imaginar quando entrou para a S.H.I.E.L.D. Melinda May, de calça de moletom e uma camiseta roubada do Capitão América, com o cabelo preso e uma manchinha de molho na bochecha, fazendo o jantar de sábado para que eles pudessem sentar no tapete e assistir um filme em seu dia de folga.

– Mulan – disse simplesmente, e esperou que ela entendesse.

– Quem é essa?

– Ela é você.

– De novo, explique.

– Primeiro, ela é chinesa.

– Isso é racismo.

– Segundo, ela é guerreira.

– Eu gostei disso.

– E o príncipe dela também é um guerreiro – relatou sugestivamente, e ela riu.

– Sabia que não era por mim – respondeu, e desligou o fogo da panela Pronto para comer o melhor prato que eu já fiz na minha vida? – perguntou com um sorriso um pouco diabólico, e começou a servir yakissoba em duas tigelas.

– Você sempre diz que vai ser o melhor, e sempre acabamos pedindo pizza – provocou e recebeu um tapa no braço.

– Um dia você vai me amar mais ainda pela comida que eu faço – rebateu e caminhou para a sala, onde rapidamente, Phil colocou a fita no vídeo cassete e aguardou o início do filme.

Uma hora e meia depois, May havia concordado que aquele era o melhor desenho animado que já havia visto na vida.

– Eu disse que você finalmente ia se achar uma princesa.

– Ela não é princesa.

– Mas casou com um príncipe.

– Quem disse que eles casaram?

– É obvio que eles casaram, todo final feliz precisa de um casamento.

– Ah é mesmo? – perguntou com a sobrancelhas arqueadas.

– Sim, e sabe o que mais que eu acho?

– Diga

– Acho que você deveria parar de me enrolar e aceitar logo casar comigo.

– Eu já disse que caso com você.

– Você disse isso há seis anos, e continua me enrolando.

– Eu te enrolo? Phil, por favor – debochou com uma risadinha.

– E não?

– Foi você quem não me deu um anel – respondeu com um biquinho.

– Se esse é o problema ... – disse com um sorriso, e tirou um delicado anel de prata de seu bolso da calça.

– Phil – Melinda exclamou e revirou os olhos – Por quanto tempo você tem guardado isso?

– Há alguns meses...

– Quanto tempo?

– Desde que eu fui visitar minha mãe na Carolina do Sul.

– Phil, eu não acredito nisso... 8 meses.

– Com tudo que aconteceu nesse tempo eu achei que não fosse a hora certa pra isso... – ele foi interrompido nesse momento pelo abraço mais apertado que havia recebido na vida.

– Qualquer hora com você é a hora certa – May suspirou e distribuiu inúmeros beijos pelo rosto de Phil.

– Melinda May, você aceita casar comigo no sábado, no cartório do Brooklyn? – perguntou com as mãos tremendo, e Melinda sorriu.

– Vai com calma Phil, você esperou 8 meses pra pedir, acho que você pode esperar mais um pouquinho – respondeu rindo.

– E quando você quer casar comigo? – perguntou esperançoso, e colocou o anel no dedo anelar direito de May.

– Assim que eu conseguir o vestido da minha mãe – e essa foi a frase mais dócil, controversa e meiga que Phil escutou de Melinda em 15 anos que se conheciam.


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Notas finais do capítulo

O que acham meus queridos? Coloquei um pouco de tudo e nada, mas é um capítulo leve que eu precisava escrever, espero que tenham aproveitado