The Undercover escrita por Mares on Mars


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Well well, vamos começar.



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Veneza , 2 meses atrás

– Okay, todos prontos? – Skye perguntou, concentrada nas imagens das câmeras de segurança que seu laptop emitia.

– Aguardando instruções – Melinda respondeu através de seu comunicador.

– Nós temos 5 guardas espalhados pelo ambiente. Eles são grandões e estão a paisana.

– Já vi eles. Temos um pequeno problema Skye – Coulson disse um pouco inseguro.

– E qual seria esse problema, DC? – a hacker respondeu intrigada.

–O restaurante tem alguns clientes além do nosso casal – Ward constatou olhando pela janela do barco onde se encontrava.

– Sigam o plano, vocês fazem isso a séculos, sabem que tudo vai dar certo – a mais jovem disse seguramente, e recebeu uma afirmativa de todos.

– E Skye... Liga o som antes de começarmos – o diretor pediu e segurou com força a mão da agente sênior que estava a sua frente. May e Coulson estavam a mais de uma hora sentados em um restaurante a beira do rio. Observavam um empresário que há vários minutos conversava com o garçom, explicando detalhadamente como queria seu jantar. Fingiam ser um casal, e trocavam sorrisos e alguns gestos carinhosos, para reforçar o disfarce. Grant estava em um barco, há alguns metros de distância, e Lance Hunter, vestido de garçom, servia três dos cinco guardas em uma mesa. Skye estava a distância, no Playground, comunicando-se através do pontos eletrônicos e microfones sem fio, posicionados estrategicamente nas poderosas joias que May usava, no terno refinado de Coulson e na grava borboleta de Hunter.

– Certo, vamos começar – Skye disse e pressionou dois botões em seu laptop. Um, para aumentar o campo de visão da câmera, e o outro, para reproduzir um clássico musical nos comunicadores de todos. Os primeiros acordes da bela guitarra acompanhavam a voz de Nancy Sinatra enquanto May educadamente anunciava ao “marido” que precisava retocar a maquiagem. Levantou-se lentamente, deu a volta pela mesa, e passou próxima a um dos guardas, que havia se levantado há alguns segundos e caminhava na direção oposta. Intencionalmente, esbarrou com o grandalhão, e falsamente pediu desculpas exageradas, enquanto colocava uma mini granada da boa noite no bolso externo do casaco do homem. Aquilo soltaria um gás de pequenas proporções e fariam o guarda cair nos próximos 20 segundos. Lance estava fazendo sua parte, entregando bebidas batizadas com dendrotoxina para três dos gigantes na mesa 7, e Ward havia atirado, a distância, mini granada da boa noite em forma de abelha na direção do 5º guarda.

– Coulson, May, eu aconselho que vocês prendam a respiração por alguns segundos – Skye instruiu, e dois segundos depois, os 5 guardas desabaram em sono profundo. Alguns clientes repararam no fato de um homem de quase dois metros de altura ter caído, mas Lance brincou, dizendo que ele havia bebido muito. O chefe deles, sentado ao centro, observava atônito.

– Mas o que... – ele começou a dizer, mas foi interrompido por Coulson, que sentara-se a sua mesa.

– Bonassera senhor Giovanni – o diretor cumprimentou educadamente.

– Quem é você? – o italiano parrudo perguntou.

– Alguém que precisa de algumas respostas. Se o senhor por favor, puder me acompanhar até o meu barco sem protestar eu seria muito grato. Mas se preferir fazer isso do modo difícil, minha “esposa” teria o prazer de lhe mostrar o caminho – declarou com um tom ameaçador e Melinda posicionou-se de pé ao seu lado.

– Mas que merda vocês querem de mim? – Giovanni protestou por um segundo.

– O barco senhor Giovanni, agora – May ordenou estendendo o braço em direção ao barco parado no pequeno píer a alguns metros de distância.

– A conta ... – ele disse procurando a carteira em seus bolsos.

– Não se preocupe com isso – Coulson disse levantando-se – Podemos ir senhor? Não temos o dia inteiro.

Ao entrar no barco, Giovanni Spina foi conduzido a uma pequena sala de estar, onde Ward e Lance os aguardavam.

– Eu exijo que vocês me digam quem são – o homem gritou e May revirou os olhos.

– Nós somos da Interpol – mentiu e sentou-se em um dos confortáveis sofás. – Nossas perguntas são simples senhor Spina, se responder rapidamente estará fora deste barco antes mesmo que seus guardas acordem.

– Então comecem logo com essas porcarias de perguntas – ele disse jogando-se no sofá de frente para a agente.

– Nós sabemos que você negociou peças roubadas de uma instalação da S.H.I.E.L.D. no ano passado. Acompanhamos sua conta bancária. Você dispôs de meio milhão de euros em julho e em setembro, recebeu o triplo desse dinheiro. – Coulson esclareceu pacientemente.

– Só o que queremos saber é : o que você vendeu e pra quem. – May declarou inclinando-se na direção do negociante.

– Eram caixas pequenas e vinham com um documento. Dentro dessas caixas tinhas substâncias químicas, e não me peça para explicar, eu não sei nada de química.Os arquivos tinham especificações que não explicavam para que elas serviam, tinham um carimbo bem grande na capa, estava escrito “somente para os olhos de N.J.F., eu não sei quem é esse. Na verdade eu as comprei num leilão clandestino, e alguns meses depois eu recebi a ligação de uma mulher que estava disposta a pagar bem caro pelo que eu comprei. Eu não tinha um uso pra aquilo,e o dinheiro era muito... – o homem esclareceu, se atropelando nas palavras.

– Senhor – Skye chamou pelo comunicador – Esse homem dispunha de algo muito poderoso. N.J.F, Nicholas J. Fury, só o diretor podia saber o que tinha lá dentro.

– É, eu percebi – Coulson respondeu preucupado. – O que você sabe sobre a compradora?

– Na verdade, era um casal. Mulher, loira, magra e alta, acho que 35 anos, não vi a cor dos olhos porque ela ficou de óculos o tempo todo. O homem era alto, moreno, tinha os olhos azuis, devia ter uns 40 anos. Com certeza eram americanos. Disseram que trabalhavam para uma organização internacional. Olha eu não fiz muitas perguntas, eu só estava interessado na grana...

– Isso é tudo o que você lembra? – May o interrompeu irritada.

– Eles me deram um telefone, disseram que se eu tivesse alguma coisa nova era só ligar – o italiano declarou e Coulson sentiu uma vontade incrível de o espancar. Se ele tivesse mencionado o telefone antes essa conversa não teria sido necessária.

– Seria de grande ajuda esse número – disse cerrando os punhos.


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Notas finais do capítulo

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