New Rebellion: escrita por Yori Sora


Capítulo 3
Vitória:




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As coisas não foram exatamente fáceis para Astrian. Digo, ele retornou com Kate em suas costas, indo para a pequena casa em que conseguiram hospedagem. Lá, ele notou que C.C. estava acordada, antes mesmo de entrar ele percebeu - pois ela estava na porta.

– Astrian... você é como seu pai - ela disse, e sorriu.

– Como assim, mamãe? - Astrian respondeu com uma pergunta. Ele notou uma pequena agitação em suas costas.

– E-ela é a sua mãe? - Katherine perguntou.

– Sim, Kate. Conheça C.C. Lamperouge - Astrian disse, com um sorriso que a pequena não pôde perceber.

– Não deveria me apresentar assim, Astrian. Eu imagino que você tenha encontrado essa garota por aí e a adotado, mas seu pai pode não concordar - C.C. explicava e, então, algo se passou pela a mente de Astrian.

"Realmente, será complicado... não terei como explicar para a Kate que meu pai é o Imperador Demônio, mesmo com os cabelos mudados, ela vai perceber a semelhança se eu disser que o nome dele é Lelouch. Poderíamos usar a sigla L.L., mas será que isso seria realmente convincente? Não sei se duraria a longo prazo, essa estratégia", Astrian pensava, analiticamente, parecendo que o mundo havia parado.

– Bem, mamãe... só saberemos quando falarmos com ele. Eu não poderia deixar essa criança sozinha - Astrian se justificou.

– Então fale comigo - foi ouvida uma voz. C.C. sorriu.

– Estava acordado e ouvindo tudo? Você é mesmo um Feiticeiro Imortal - C.C. brincou, como só fazia com Lelouch.

– Não é hora para provocações, C.C. - Lelouch disse, seriamente. Ele estava surgindo da porta aberta da pequena casa. E suspirou. - Bem, vamos entrar, se ficarmos aqui fora chamaremos atenção demais.

"É mesmo... Kate me viu usando meu Geass. Ela definitivamente saberá que não somos uma família normal. Cedo ou tarde ela poderá acabar descobrindo a verdade sobre o Imperador Demônio", Astrian pensou.

– Sim, vamos - e, então, ele disse calmamente, concordando com o pai.

A casa só possuía uma pequena cozinha, uma sala e um quarto, onde a família dormia. Astrian percebeu que deveria ter cogitado que, uma hora ou outra, seus pais acordariam e notariam sua ausência. Ele tirou Katherine de suas costas e a deixou repousada numa parede, se sentando em frente a ela.

C.C. se sentou no chão também, mas Lelouch permaneceu de pé, com uma feição rígida. Astrian realmente não gostava de quando seu pai se irritava, o que era raro.

– Como você a salvou, Astrian? - Lelouch perguntou.

– Usei meu Geass - o filho respondeu sem medo. Lelouch rangeu os dentes.

– Eu planejei TUDO para que o ódio das pessoas desaparecessem com o meu eu antigo, eu tive você com a C.C., mas o que preciso dizer para você não usar esse poder amaldiçoado? Eu preciso te contar minha história várias vezes ou desenhá-la!? - Lelouch esbravejou.

– Pai... - Astrian fraquejou por um instante. Notou que Katherine poderia estar assustada com a discussão, então se virou para ela, que havia se levantado.

– Eu... não quero causar problemas - ela disse fracamente, mal se mantendo de pé, pelo o cansaço emocional. - Eu posso ir embora e...

– Não, Kate. Estamos juntos nisso, né? - Astrian respondeu, sorrindo para ela. Ela sorri fortemente e balança a cabeça, em afirmativo. - Pai, ela já sabe sobre o meu Geass, ela tem que vir conosco. E, seguindo a lógica natural, saber quem você é - ele terminou, olhando para o pai.

"Eu venci... o meu pai não tem argumentos para negar a minha afirmação", Astrian pensou, secretamente.

"Filho... então essa é a sua sacada? Se você revelar que eu sou Lelouch vi Britannia, definitivamente ela terá que vir conosco. Ou ser morta. Não creio que você permitirá a segunda opção, mas... é uma pena que você e eu sejamos tão semelhantes. Você me venceu", Lelouch pensou.

– Por quê não acabamos logo com isso? Imperador Demônio Lelouch? - C.C., que presumivelmente percebeu o jogo estratégico de seus amados, decidiu acabar com tudo.

– Mas espere... o Imperador Demônio não foi morto pelo o Zero? - Katherine perguntou, olhando bem para as pessoas a sua frente.

– Me desculpe, pai, eu tive que confiar no seu senso de justiça. Sei que agora permitirá que ela venha conosco - Astrian afirmou. - Eu venci porque sempre acreditei em você - e sorriu gentilmente.

– Você parece estar cansada, menina... vamos dormir? - C.C. disse, se aproximando da criança e a levando para um canto do quarto. A criança acenou com a cabeça.

– A propósito, pai... eu não deixarei que a maldição do Geass me consuma. Pode ter certeza - Astrian disse a última palavra daquela noite.


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