Violet Of Night escrita por violetofnight


Capítulo 4
4- Bem-vinda


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora e prometo que vou tentar postar mais rápido... Gente sei que as vezes o Nyah! da no saco com aquele OMG!, mas tentar mandar um comentariozinho não custa nada.



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   O avião pousou lentamente na capital dos Estados Unidos e eu estava agradecendo Marcus pela passagem de primeira classe – é sempre bom ter privacidade – e pelas dicas sobre os Cullens.

 

   Marcus me falou bastante de Alice, eu tentava não tomar decisões, mas minha mente remoia a idéia de como eu faria pra entrar na cidade sem chamar a atenção dos lobos. Surpreendentemente eu estava com medo de como meu talento ia se adaptar a sua estranha forma.

 

“Senhora! Já pode desembarcar”. – a comissária de bordo interrompeu abruptamente meus pensamentos, quase me fazendo pular do acento.

 

Sorri meio sem graça. “Acho que eu cochilei”. A desculpa saiu meio esfarrapada, mas com os óculos ela não pode ter certeza do contrario.

 

“Tudo bem! Isso sempre acontece”. – ela sorriu simpaticamente e foi acordar outro dorminhoco.

 

   Levantei-me depressa, a ansiedade já explodia nessa altura, minha vontade era voar para Forks, mas eu ainda tinha um desafio pela frente. Descer a grande escada do avião sem enxergar direito.

 

   A cidade foi ficando pra trás e eu me tornei só um vulto. A paisagem já estava clara, mas eu não tinha certeza da hora, pois o céu era de um cinza tão forte que o Sol poderia já ter nascido a horas.

 

   Já estava bem perto dos limites da cidade, então parei para caçar, – queria chegar lá na melhor forma – mas tive que me apressar um pouco, não queria dar sorte pro azar.

 

   Agradecendo ao Dimitri, encontrei uma trilha de lobo, não era muito fresca, mas parecia ser constante. Eles poderiam passar por aqui de novo.

 

   Meus sentidos deram o alerta.

 

   Eles ainda estavam um pouco longe, o que só me dava tempo de me concentrar.

 

   Aproximando-me devagar eu estava a menos de cem metros, o vento estava ao meu favor e eu podia sentir o cheiro de um lobo e da pequena meio-vampira, com certeza a pequena Renesmee e o tal Jacob Black.

 

   Agora eu estava a uns trinta metros e já podia ver a grande silhueta do lobo debruçado sobre um animal e ao seu lado uma pequenina figura se alimentando alegremente.

 

   Eu sorri com a cena, – já me imaginando nela – mas isso não era hora, então eu me concentrei torcendo para os poderes de Alec ainda estarem forte o suficiente.

 

   A nevoa foi caindo grossa pelo chão da floresta, ela parecia ter vida própria enquanto rastejava para a figura do grande lobo. Eu ficava mudando de idéia e repassando orações antigas enquanto ela não atingia seu alvo.

 

   Demorou cerca de vinte segundos para a nevoa cruzar a floresta e o lobo estava distraído demais para se dar conta da ameaça, quando finalmente ele se deu conta já era tarde demais.

 

   O lobo avermelhado caiu sobre sua presa, cego, surdo e paralisado. Ele soltava pequenos grunhidos, nada que chamasse atenção dos outros, mas eu sabia que era questão de tempo até os outros perceberem algo de errado.

 

   A pequena criatura entrou em desespero por ver seu protetor caído sem ação, ela o sacudia e chamava seu nome sem sucesso.

 

   Era incrível vê-la. Ela tinha pouco mais de um ano, mas aparentava ter uns cinco ou seis. Era a criatura mais linda que eu já tinha visto. Seus cabelos cor de bronze eram lisos e acabavam em grandes cachos logo abaixo da cintura.

 

   Eu avancei rápido e quando cheguei à pequena clareira, Renesmee pulou em posição de defesa – ela mais parecia um gatinho bravo – ficando entre mim e o lobo. Ela olhava para os lados procurando socorro e eu sabia que logo alguém viria, então tratei de me apressar.

 

“Calminha Renesmee. Eu não vim pra machuca-lá”.

 

   Uma linha grossa surgiu entre seus perfeitos olhos.

 

“Por favor, deixe-me explicar”. – eu implorei.

 

   Ela relaxou um pouco, mas ainda parecia bastante desconfiada.

 

“O que você fez com o Jake?” – mesmo com o tom raivoso sua voz mais parecia um coral de anjos.

 

“Ele vai ficar bem, mas ele não me deixaria explicar”. – minha voz continuou soando implorativa.

 

   Ela olhou para o lobo inerte pelo canto dos olhos como se confirmasse o que eu disse.

 

“O que você quer?” – ela grunhiu.

 

“É uma longa história, mas você pode me deixar mostrar”. – eu disse estendendo a mão.

 

“Você vai fazer como eu faço?” – ela questionou incrédula.

 

“Sim, mas tem que ser rápido, os outros vão chegar logo”. – eu me aproximei mais um pouco.

 

“M-Mas como?” – as palavras quase não saíram de seus lábios perfeitos.

 

“Por favor, Renesmee, não temos tempo”. – agora eu realmente estava implorando.

 

   Ela mordeu o lábio inferior – com certeza herdou essa mania da mãe – e seu rosto se contorceu em duvida e curiosidade.

 

   Seus sentidos deveriam estar gritando para não fazer isso, mas pelo seu avanço sua curiosidade era maior.

 

    Agora ela estava a um passo de distancia e seu olhar continuava cauteloso.

 

   Já podia sentir as criaturas avançando pela floresta, mas agora só faltava literalmente o toque final. Fechando os olhos eu estiquei o braço pausando minha mão em sua bochecha quente.

 

   As imagens fluíram rapidamente – eu tive duvidas se ela estava entendendo – e seu corpo se estremecia como se ela levasse pequenos choques.

 

   Em pouco tempo estava tudo acabado, então eu arfei abrindo os olhos e deixando minha mão cair.

 

   Olhei para seu rosto e ele era uma linda mascara em branco, – por um segundo achei que ela estava em choque – então resolvi quebrar o silêncio.

 

“Então? Gostou do seu próprio veneno?” – eu disse abrindo um largo sorriso.

 

   Ela também sorriu divertidamente, como quem anda num brinquedo legal no parque.

 

“Fantástico!” – isso foi tudo que ela disse antes de se atirar em meus braços.

 

   O abraço apertado me deixou meio sem jeito, e com a cabeça enterrada na minha blusa ela disse abafadamente.

 

“Seja bem-vinda!”.

 

   Minha garganta deu um nó e eu respirei fundo sentindo o cheiro de seus cabelos. Com certeza o melhor cheiro que eu já tinha sentido.

 

   Nossos corpos entrelaçados balançaram quando os rosnados nos atingiram e eu nunca vi tantas criaturas reunidas em um só lugar.

 

   A floresta a nossa volta estava tomada por lobos e vampiros furiosos.

 

   Eu apertei Renesmee instintivamente em meus braços – ela despertava em mim sentimentos maternais – o que fez os rugidos se intensificarem.

 

   Estavam todos lá. Os Cullens e os lobos, que pareciam bem divididos entre Renesmee e o Jacob, que eles não sabiam o que tinha.

 

   Comecei a pensar em proteger Renesmee e como faria para protegê-la quando eles atacassem.

 

   O rosto de Edward se transformou na incredulidade, pelo visto meu plano deu certo. Ele saiu da posição de ataque e todos olharam pra ele abismados.

 

“Esperem! Acho que ela não quer machucar a Ness”. – ele disse não muito seguro, parecia que esperava uma confirmação.

 

   Renesmee se virou pra encarar sua família, mas não se soltou dos meus braços.

 

   Bella me encarou duramente e grunhiu entre os dentes.

 

“Renesmee venha já pra cá”.

 

   Apesar da ordem ser para a criaturinha ela podia ser entendida como: “Solte minha filha

 

   O corpo da criança se enrijeceu ao som do seu nome, mas antes que ela acatasse a ordem eu mostrei a ela imagens de sua família me atacando logo em seguida.

 

   Os olhos de Edward se arregalaram e todos voltaram seus olhos para sua estranha expressão, então Renesmee se soltou de meus braços, mas segurou em minha mão confiante.

 

“Tudo bem pessoal ela não vai me machucar”. – sua voz de anjo cortou a tensão da clareira

 

“Como ela faz...” – Edward não conseguiu terminar a frase.

 

“Deixa ela te mostrar pai”. – ela instigou.

 

  Ele deu um passo pra frente, mas foi interrompido por Bella.

 

“Edward me diga o que está acontecendo”. – ela exigiu.

 

   Edward pousou a mão sobre o rosto de Bella e falou quase num tom hipnótico.

 

“Tudo bem querida, ela não vai me machucar. Eu também não estou entendendo muito mais já vou te explicar tudo”.

 

   Bella não podia discutir com o apelo de Edward então ela arfou num sinal de desistência.

 

   Eu podia ter pensado: “Não tenha tanta certeza”, mas isso não me ajudaria muito, ao invés disso resolvi encorajá-lo pensando: “Vamos lá eu não poderia fazer nada com vocês”, o que também era uma mentira deslavada, mas era a mais certa.

 

   Edward se aproximou lentamente e todos redobraram a atenção. Ele esticou a mão esperando meu toque, eu me concentrei nas imagens que explicassem a história sem muitos rodeios, mas eu evitei mostrar meus poderes – eu queria mostrar na pratica – e nem meu envolvimento com o Marcus – isso até eu queria esquecer.

 

   As imagens acabaram e ele me olhou com ar de pena, – o que me deixou com raiva – mas rapidamente ele se virou para sua família e disse: “Está tudo bem. Ela veio em paz”.

 

   Agora olhando pra mim ele estava pensativo, mas de novo ele falou com um pouco de pena.

 

“Olha a decisão não é minha. Eu tenho que perguntar ao resto da minha família.”

 

“Tudo bem!” – eu respondi sabendo que era tudo o que eu precisava.


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Notas finais do capítulo

Povo esse capitulo saiu muito grande, então tive que dividi-lo em dois, por isso esse não é o final do quarto capitulo. Espero que gostem e espero que comentem. bjOo

105 leitores e só 5 review?
Vou dar uma de terrorista e só vou postar depois de pelo menos dois reviews. Tah falado! :x