Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 32
Rachel paranoica.


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem a demora pra postar SEMANA DE PROVAS...e ta dificil ter tempo de escrever...vai aí mais um cap pra vcs meus anjos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/550246/chapter/32

Não sei quantos dias depois...

Apenas finja que eu não uso mais muletas e estou curada e Jason também. Bom, é verdade.

(...)

– Jason eu não vou ir! – gritei e me joguei na cama esperneando.

– Rachel, você vai sim! Querendo ou não, por bem ou por mal! – Disse Jason me puxando pelas pernas. Cama! Me ajude! Não me deixe nesse momento crucial! – Ok, não vá então. Desculpe por me preocupar com você!

Flashback mode on

–Droga Jason! Me devolve essa coberta! Eu to com frio! – Gritei me encolhendo na cama.

– Não sei porque! Já está na hora de acordar. – Falou e eu tive que fazer a cara de um demônio sendo incomodado.

–E POR QUE DIABOS EU ACORDARIA SEIS DA MANHÃ JASON!?!? – Gritei e comecei a jogar os travesseiros nele com força.

– Porque você vai tirar sangue! Algo me diz que você é uma formiga fantasiada de humana, mas preciso ter certeza. – Meu rosto tinha raiva, surpresa, desgosto e feiura, tudo ao mesmo tempo.

– Tudo bem, mas vem cá amorzinho, deita aqui do meu ladinho. – Falei com uma cara tentando ser sedutora, pena que mais parecia um panda morrendo. Dei batidinhas no meu lado da cama. Insisti tanto que ele veio. Depositei um beijo em sua boca e depois mordi o lábio dele. Me aproximei de sua orelha e sussurrei “eu não vou tirar sangue queridinho” e sai correndo porta a fora.

Ele começou a me perseguir e minhas pernas de formiga não estavam dando conta (opa, confessei que sou uma formiga...). Ele me parou, agarrou minhas pernas e eu fiquei de ponta cabeça no ar. Ele me levou assim de volta para o quarto e trancou a porta.

– Ou você vai, ou fica sem doces por uma semana. – Jason, essa atingiu meu coração. Como você pôde? Achei que me amava!

– Você não faria isso comigo! – Disse de uma forma ameaçadora e cerrando os olhos (que coisa estranha de se falar, até parece que eu peguei uma motosserra e estou cerrando meu olho fora...).

Flashback mode off

– Eu nunca tive diabetes e não é agora que vou ter! – Falei eu tentando me redimir.

– Eu te amo Rachel mas as vezes você é muito imatura. – Falou Jason, bufou e saiu do quarto.

Comecei a me culpar mentalmente por não ter aceitado ir. Realmente, eu penso como uma criança de cinco anos. Se o que Jason quer é uma pessoa madura então é o que ele vai ter.

Coloquei uma calça jeans azul clara, uma blusa rosa com o Patrick desenhado (já comecei mal), uma jaqueta preta e uma sapatilha rosa. Essas roupas que a Deise me deu, me fazem parecer uma patricinha. Que seja, to sem ânimo agora.

Desci as escadas e fui até a cozinha para tomar café, ah espera, eu tenho que estar em jejum para fazer esse exame estúpido. Cheguei na porta e vi Jason encostado na bancada bebendo café na minha xícara dos três porquinhos. Dei meia volta e comecei a caminhar em direção a porta da frente.

– Aonde você vai? – Perguntou da porta da cozinha curioso.

– Fazer... coisas. – Falei séria e decidida o que fez com que Jason ficasse surpreso.

– E que tipo de ‘coisas’ são essas que você vai fazer? – Falou Jason me testando.

– Não é da sua conta. – Continuei séria. Simplesmente sai e fechei a porta ‘na cara dele’.

Ah, como é bom voltar ao normal. Ser séria é tão... tão... não eu... Minha barriga está roncando, aliens, help me!

Cheguei no tal lugar onde os vampiros moram e sugam o sangue com seringas gigantes e pontudas.

Falei com a moça que trabalhava lá e ela me mandou esperar me chamarem. Sentei em um sofá (bem confortável por sinal!), e o que era pra ser 5 minutos, virou uma eternidade que era eternamente eterna.

– Senhorita Rachel? – Chamou um homem de meia idade e eu o segui. – Você é albina?

–Não... por que? – me olhei no espelho que tinha na sala e percebi do que ele estava falando, eu estava quase invisível, cérebro, é você?

– Nada não, você é uma garota bonitinha. – Falou e eu desconfiei.

– Você é tarado assim mesmo ou só está tentando me tranquilizar? – Perguntei e ele meio que ficou sem jeito.

– Tranquilizar, sua cara não está muito boa. – Além de tarado, agora está me chamando de feia. Agora você vai ver.

– SOCORRO!!! ESSE HOMEM TARADO AQUI QUER ME ESTRUPA... AAAAH – Eu sei que falei errado, não me julguem.

Duas mulheres apareceram e uma veio com uma seringa, que eu deduzi ser um tranquilizante.

– Chega David, cansamos de ignorar suas furadas! Dessa vez vamos chamar a polícia! – A mulher cravou o que eu deduzi ser um tranquilizante na perna do cara e logo ele...perdeu as pernas. A mulher saiu arrastando ele da sala. Acredite, isso foi muito hilário. Congelei quando a outra mulher disse para desculpa-los e que ela mesma iria tirar o sangue.

Não sei porque, mas acho que ela nunca tirou sangue na vida.

– Bom... acho que é essa a seringa, vamos achar essa veia! Cadê suas veias? – Ai meu Deus! A mulher ta olhando confusa pro meu braço, ela com toda certeza não vai saber fazer isso! Socorro!

– AAAAAAAAH! – Dei um pulo na cadeira quando ela cravou aquela coisa no meu braço, e acredite, não foi com carinho! Acho que eu vou morrer! Ela cravou aquilo com tudo BEM NO MEU NERVO! ISSO NÃO É VACINA MOÇA! – Sua maluca desmiolada do capeta! Olha o que ta fazendo! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Ela começou a cravar no meu braço continuamente na esperança de encontrar uma veia. Já ta saindo muito sangue se quer saber! Mano! Ela tá perfurando todo meu braço como se não houvesse amanhã! – JÁ CHEGA! Não sou obrigada a aguentar isso! – Me levantei da cadeira com força e com o braço que ela não mutilou (literalmente foi quase isso, ta todo cheio de sangue e furos!), dei um belo de um soco em sua cara, a fazendo cair no chão desmaiada.

Como eu vou voltar pra casa agora? Parece que eu levei um tiro no braço... Já sei, vou comprar uma faixa, enrolar no meu braço e colocar a jaqueta por cima para tapar. Aguente a dor Rachel, depois você processa ela, muita calma nessa hora. Respira Rachel respira...

Certo agora eu volto pra casa como se nada tivesse acontecido, ah pera, aconteceu! Jason ficou bravo comigo e não gosta de como eu sou. Estou tão feliz por ter lembrado disso. Será que eu deveria mudar meu jeito de ser por causa disso? Não sei, mas eu o amo e quero que ele me aceite. Eu sei que posso estar errada e que provavelmente isso não vá da nada certo, mas não custa tentar.

O que eu vou fazer? E se aquela maluca furou uma veia minha? Ta doendo demais. Meu braço foi atingido por uma metralhadora. Provavelmente deve ta super inchado e roxo. Mas tudo bem né, vamos voltar para casa! Momento eu mais dramática do que uma pessoa dramática.

Cheguei em casa e me deparei com Jason na frente da tv, assistindo Bob Esponja. Tive um ataque de felicidade no meu interior quando vi o Bob, meu ídolo, mas eu não podia demonstrar mais meu lado infantil.

– Oi, quer vir assistir comigo Bob esponja? – Perguntou e fez sinal para mim sentar do lado dele.

– Não, vou tomar um banho e depois vou dormir. – Ele olhou pra mim como se a situação estivesse realmente feia. Eu estava me segurando para não pular naquele sofá e ver meu amado. Ai meu Deus! Ele ta cantando Amendobobo! Se contenha, se contenha.

– Como assim? Você assiste todos os episódios toda semana! O que deu em você? – Perguntou e eu não sabia nem ao menos deduzir o que ele estava pensando.

– Nada amor, eu quero tomar um banho! Não posso? – Larguei minha bolsa e subi as escadas correndo. Espero que ele não tenha visto a cara de dor que eu fiz.

Me tranquei no quarto e fui correndo para o banheiro ver o estado que aquela bruaca deixou o meu braço. Eu estou com o braço do Hulk, acho que preciso devolver. Bem como eu pensei, inchado e roxo misturado com sangue. Tomei um banho e limpei a bagunça no meu braço. Bom, eu até gritaria e choraria agora, mas vou chorar só. Se eu gritar, o Jason vai escutar. Fiquei reclamando da vida embaixo do chuveiro e cantando baixinho “o melhor dia de todos” do Bob Esponja (irônica essa música).

Saí do banheiro, peguei um pijama de manga comprida(para tapar meu braço levemente mutilado) no verão (nada exótico, nem animais) apenas um pijama normal, o que sinceramente não combina comigo. Saudade do meu pijama das tartarugas ninjas. Destranquei a porta e me joguei na cama. Não estava conseguindo dormir, droga de sono que foi interrompido as seis horas da manhã.

Ouvi a porta ranger e deduzi que Jason estava entrando. Ele puxou meu braço e fez com que eu sentasse na cama (o outro braço).

– Qual é? Eu estava dormindo! – Falei e puxei meu braço com força.

– Você nem ao menos está com cara de quem dormiu! E desde quando você usa pijamas normais Rachel? O que está havendo com você? – Perguntou a última frase trincando os dentes.

– Qual o problema de usar pijamas normais? Qual o problema de fingir ser uma pessoa normal? Não é o que você quer? – Perguntei já saindo lágrimas dos meus olhos.

– O que? Do que ta falando? – Perguntou confuso.

– Hoje de manhã você me chamou de criança e mesmo que eu tenha a mentalidade de uma garota de cinco anos, aquilo me magoou. Eu tentei mudar porque eu te amo e não queria te perder, mas quer saber, eu não vou mudar, não vou deixar de ser a pessoa que sou, e se você não gosta, talvez não deveríamos estar mais juntos... – Eu já estava em meio a milhões de soluços e lágrimas quando do nada Jason me abraça apertado.

– Rachel, eu gosto de você porque você nunca tentou ser outra pessoa perto de mim. Eu amo tudo em você. Você é divertida, está sempre sorrindo, cantando, dançando. Você nunca precisou fazer nada pra me conquistar. Todo tempo que estivemos juntos foi especial e verdadeiro. Você é tudo o que eu preciso. Desculpe se eu te magoei, eu apenas estava preocupado com você. Então por favor, coloque seu pijama de palhaço que eu coloco o meu de unicórnio que você me deu e vamos assistir Bob esponja juntos! Você me deixa louco sabia? Quase enfartei quando você deixou de olhar Bob esponja comigo para ficar aqui em cima. Quando você saiu hoje de manhã, pela sua reação, achei que nem voltaria mais pra casa. Mas você voltou pra mim Rachel! E quero que continue sempre assim ... – Comecei a chorar mais ainda e o apertei ainda mais fazendo que meu braço doesse demais.

– Você sempre diz a coisa certa. – Coloquei a mão em seu rosto e o beijei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado...deixem seus coments ...leiam "you are the best of me" da minha amiga Lollypop...beijoooos anjos