~Pov Annia

Nina e eu descemos as escadas já prontas para a festa, encontrando Chris e Ronan sentados conversando com Martin Jenkins sobre os próximos treinos e jogos que teriam na semana.

Eu ainda não conseguia olhar para aquele idiota sem pensar em estuporá-lo pelo que fez ao meu irmão, e acho que percebeu já que se despediu assim que percebeu minha presença e o olhar que eu lhe lançava. Os dois nos olharam e sorriram, vindo até nós. Ronan segurou minha cintura e Chris a da namorada.

—Estão lindas. –Disseram juntos.

—Sabemos. –Nina respondeu, o que fez Chris revirar os olhos e beijar-lhe a bochecha.

Fomos até o salão comunal da Lufa-Lufa não nos surpreendendo ao encontrar a música alta e alguns casais se beijando, bem como em todas as festas dessa escola.

—Acha que o relacionamento da Goulartt com o Lewis é sério mesmo? –Nina perguntou se aproximando de mim observando-a e eu apenas dei de ombros.

—Eles estão ficando há um bom tempo, mas ela nunca disse nada sobre namoro a ninguém e nós sabemos que Amélia não é dessas, se está namorando gosta que todos saibam.

—Parece sério. –Balancei a cabeça concordando.

A morena pareceu ter percebido a nossa chegada, mas não nos deu atenção, apenas a Chris. Amélia sorriu para ele e desviou o olhar, coisa que fez Nina se virar cruzando os braços enquanto ele olhava estranhando.

—Eu não fiz nada. –O Sonserino respondeu levantando as mãos. –Que garota estranha.

—Vamos pegar uma bebida. –A ruiva respondeu puxando o namorado e indo até o balcão.

—Esses dois ainda se matam. –Ronan falou olhando pra mim e eu ri concordando.

—O que será que ela quer com ele? –O loiro deu de ombros segurando minha cintura e olhando em meus olhos. –Estranho.

—Vai voltar a seguí-la? –Perguntou, mas o que ele queria dizer era “Vai voltar a procurar algo que prove que ela está do lado de Lucius?”.

—Não, não precisa se preocupar com isso. Já disse que estou fora.

Sorrindo ele abraçou minha cintura trazendo seu corpo para mais próximo do meu selou nossos lábios. Incrível como aquela sensação de ter seus lábios nos meus parecia se tornar tão única, mesmo já tendo feito isso um milhão de vezes era algo que eu nunca me cansava.

—O que acha de sairmos daqui? –Perguntei quando nos separamos, meus braços em torno de seu pescoço.

—Mas acabamos de chegar.

—Eu sei. –Sorri lhe dando um selinho, aproximando meus lábios de sua orelha em seguida. –Apenas acho que tem muita gente aqui.

—Chris e Nina vão nos matar. –O loiro riu, apertando minha cintura.

—Eles nem vão notar. –Me dando um selinho e lançando um olhar rápido aos nossos amigos ele segurou minha mão, e juntos fomos até uma mesa que ali havia, onde ele pegou uma garrafa de bebida.

Em seguida saímos de lá rindo pelos corredores, até que encontramos uma sala vazia. Estava escuro quando entramos, mas nem nos importamos.

Ronan colocou a garrafa em cima de uma das mesas, onde eu me sentei, e fez feitiços para impedir que alguém entrasse. Ele abraçou minha cintura deu um beijo em minha testa e quando afastou seus lábios olhou em meus olhos, ficando assim por longos segundos.

—O que foi? –Perguntei notando que ele tentava esquecer algo que não parecia ter lhe feito bem.

—Tive um pesadelo essa noite.

—E como foi? –Ele soltou o ar como se não quisesse falar daquilo. –Ronan...

—Ele tinha levado você de mim. –Começou e eu abaixei minha cabeça. –Simplesmente disse que queria encontrá-la e mesmo eu dizendo para não ir sozinha você foi.

—Isso não vai acontecer... –Comecei, mas ele voltou a falar.

—Eu não sei o que ele quer, mas não pense que você não está envolvida nisso. Ainda acho que deveria contar ao seu pai tudo o que sabe.

—Ele me mataria.

—Eu sei, mas todos estariam mais seguros se soubessem o que esperar. Você estaria mais segura.

—Minha mãe sabe de tudo, e eu tenho certeza de que ela encontrará um jeito de contar a ele. –O Sonserino balançou a cabeça. –Ronan, eu sei que ele é perigoso, mas prometi que não faria mais nada, então não farei.

—Eu não quero perder você. –Ele murmurou me abraçando.

—Eu sei. –Falei convencida fazendo-o sorrir e revirar os olhos.

A sala estava escura, mas seus olhos azuis intensos pareciam ser a única luz capaz de iluminá-la por completo. O silêncio encheu o lugar enquanto eu o encarava, levando lentamente uma das minhas mãos até o seu rosto.

Me aproximei e o beijei enquanto ele, ainda segurando minha cintura, colava seu corpo ao meu. Eu sentia que ele estava mal por aquele sonho, não porque era ruim demais que eu não fosse voltar, mas porque ele sabia que podia acontecer.

Ronan estava ciente que se eu levasse isso até o fim não me importaria com as consequências, não me importaria em talvez não voltar.

Devagar ele foi me deitando na mesa, mas sem parar aquele beijo. Desci a mão que estava em seu rosto para os botões de sua camisa, tirando-a devagar e esbarrando na garrafa fazendo-a cair e se quebrar, mas nem nos importamos. Depois arrumaríamos a bagunça.

Os olhos dele brilhavam tanto! Às vezes eu me surpreendia com a forma como eles eram tão sonhadores como os da tia Luna. Colocando uma das mãos em minhas costas ele me segurou, tirando minha blusa.

Seus lábios foram para minha testa, dando um demorado beijo lá, depois um na ponta do meu nariz e descendo por meu pescoço, deixando-me arrepiada com aquela sensação maravilhosa que era sentir seus lábios tocando minha pele.

Deslisando suas mãos pela lateral do meu corpo lentamente ele parou colocando os dedos no cós da saia que eu usava, descendo-a lentamente e jogando-a no chão.

Me sentei novamente sobre a mesa, passando meus braços em torno de seu pescoço. Ronan levou uma de suas mãos até minha nuca, acariciando-me e tomou meus lábios em um beijo intenso e delirante.

Desci minhas mãos por seu abdômen, arranhando-o o que o fez estremecer e enterrar sua mão em meus cabelos. Tirei seu cinto e logo em seguida sua calça enquanto ele jogava meu sutiã no chão.

O Sonserino se afastou um pouco e olhou em meus olhos, sorrindo o que também me fez sorrir. Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e disse:

—Eu te amo.

Quem diria que um dia eu o ouviria dizer isso pra mim? Só de pensar meu coração já batia mais rápido, como se a noite fosse só nossa e realmente era.

—Eu também te amo. –Murmurei. –Acha que alguém vai nos ver?

—Resolveu se preocupar agora? –Perguntou rindo. –Quer parar e ir até a sala precisa?

Resmunguei e ele riu mais, me beijando de novo. Não demorou muito até as únicas peças que nos separavam estarem no chão. Devagar Ronan penetrou, me fazendo soltar um gemido baixo e morder o lábio enquanto ele descia os beijos até meus seios dessa vez.

Se alguém nos pegasse certamente estaríamos de detenção pelo resto da vida, mas isso era o que menos me preocupava, se contassem aos nossos pais provavelmente nos matariam. Ainda sim acho que valeria a pena por aquele momento.

Aos poucos ele foi aumentando a velocidade o que fazia minha respiração falhar e alguns gemidos escaparem tanto da minha boca quanto da dele.

Enterrei minhas mãos em seus cabelos e Ronan desceu suas mãos para minha cintura, me apertando. Não demorou muito até o ápice nos atingir e ele cair deitado em cima de mim, ambos ofegantes.

—Está me esmagando Zabini. –Reclamei fazendo-o rir e sair de cima de mim.

—Cala a boca Malfoy. –Ele retrucou bagunçando meu cabelo e se deitando ao meu lado quando eu me virei de lado para que o coubesse. –Ainda me surpreendo com o fato de que você continua do mesmo tamanho de quando éramos crianças.

—Você é um idiota. –Falei rindo e fazendo língua.

—Ao que tudo indica não só o tamanho, mas a maturidade também. –Ele disse me dando um selinho e sorrindo.

—Falou o que chorou na biblioteca por um dia inteiro só porque eu disse que os zonzóbulos iam comer o seu cérebro.

—Oh meu Merlin eu havia me esquecido disso! –O Sonserino gargalhou e eu o acompanhei. –Se lembra de quando passamos as férias desgnomizando o jardim d’A Toca porque estávamos de castigo?

—Como sempre culpa do James.

—Tia Gina ficou furiosa. –Balancei a cabeça concordando.

—Foi uma boa infância apesar de tudo. –Eu sorri e ele me deu um selinho concordando.

~Pov Chris

—Ruiva eu já disse, eles devem estar no quarto aproveitando por Anthony também estar aqui. –Falei segurando a cintura dela.

—Eu sei que podem, mas depois do que aconteceu com Scorpius eu tenho medo pela Annia. –Eu soltei o ar e ela passou os braços por meu pescoço. –Vou até o seu quarto ver se eles estão bem, prometo não demorar okay?

—Vai acabar interrompendo o que não deve. –Eu ri e ela me deu um selinho.

—Pelo menos vou saber se estão realmente bem.

—Vou até o balcão beber alguma coisa, não demora okay? E tome cuidado com os monitores. –Nina balançou a cabeça e me beijou, dando as costas em seguida.

Me sentei próximo ao balcão, pedi uma cerveja amanteigada já que ficar bêbado não era o que eu queria hoje, mas a companhia de Amélia me surpreendeu. Ela estava sentada do meu lado usando um vestido que eu já havia visto em Nina algumas vezes.

—Hei, esse vestido não é seu. –Afirmei olhando-a, o que a fez sorrir.

—Tem razão. –Ela se aproximou mais de mim. –Mas funcionou como eu queria.

—E o que você queria?

—Não seja idiota Collins, nós dois sabemos que eu queria que me notasse. –Revirei os olhos e soltei o ar cansado.

—Sabe que a Nina não vai ficar nem um pouco feliz por saber que o está usando não é?

—Não seja por isso, pode tirar se quiser. –Ouvir aquilo foi o suficiente pra me fazer revirar os olhos e me levantar, mas ela fez o mesmo, parando na minha frente e colocando a mão no meu peito para que eu parasse.

—Olha, eu não sei o que quer com todo esse teatro, mas não vai conseguir Goulartt.

—Talvez eu tenha conseguido no momento que falou comigo.

—Tá, tanto faz, eu vou atrás da Nina. –Falei pegando meu copo e virando de uma vez o que restava em meu copo.

E essa foi a minha ultima lembrança daquela noite...